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Aula 6 - Metabolismo dos lipídeos

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NUTRIÇÃO ANIMAL
Metabolismo dos lipídeos
1
Prof. Dr. Cláudio Henrique de Almeida Oliveira
Curso: Medicina Veterinária
 Lipídeos
Grego “lipos” Gordura
São todas as substâncias insolúveis em água, mas solúveis em
solventes orgânicos (éter, acetona, clorofórmio e outros), onde sua
estrutura básica é:
• Um grupo glicerol (um açúcar de 3 C)
• Três ácidos graxos.
Na natureza são encontrados principalmente:
• Folhas
• Sementes dos vegetais
• Gorduras e óleos de animais2
Funções:
Aumentam a capacidade de absorção de vitaminas
lipossolúveis:
• A, D, E e K;
Desempenham o papel de fornecer gordura para os produtos
animais (leite e carne);
Atuam como percussores da regulação do metabolismo animal;
3
Funções:
É um dos componentes mais energéticos dos alimentos, pois
cada grama de lipídio pode:
• Fornecer em média 9 Kcal de lipídeos.
• 2,25 mais energética em comparação:
–Proteínas e carboidratos.
Fonte de ácidos graxos essenciais;
Os depósitos subcutâneos de gordura auxiliam a manutenção
da temperatura corporal dos animais;4
5
 Elevado valor energético
 Método prático de elevar o conteúdo energético e melhorar a
conversão da dieta
 Melhora a palatabilidade
 Facilita a absorção de nutrientes
Auxilia a agregação dos peletes
 Fonte de ácidos graxos essenciais
Caracterização:
Quanto a presença de insaturações:
• Saturados
• Monoinsaturados
• Poliinsaturados
6
Caracterização:
Quanto a presença de insaturações:
• Saturados:
–Os ácidos graxos que não têm nenhuma dupla ligação
em suas cadeias.
7
Caracterização:
Quanto a presença de insaturações:
• Monoinsaturados:
–Os ácidos graxos que têm uma dupla ligação em suas
cadeias.
8
Caracterização:
Quanto a presença de insaturações:
• Poliinsaturados:
–Os ácidos graxos que têm duas ou mais insaturações.
9
Caracterização:
Maioria dos lipídeos nos vegetais  Insaturados.
• Sementes oleaginosas e cereais (predominância):
–Ácido linoleico (18:2 n-6)
Maioria dos lipídeos nos vegetais  Insaturados.
• Forragens (predominância):
–Ácido linolênico (18:3 n-3).
10
Caracterização:
Triglicerídeos
Glicolipídeos
Fosfolipídeos
+
11
Caracterização:
Triglicerídeos
• São formados por uma molécula de glicerol ao qual se ligam
três ácidos graxos.
• São encontrados em:
–Sementes de plantas;
–Grãos de alguns cereais
–Gordura animal.
12
Caracterização:
Triglicerídeos
• É a principal forma de armazenamento de gordura no
tecido animal;
• São sintetizados:
–Fígado;
–Tecido adiposo;
–Glândula mamária;
–Intestino delgado.
»Porém a maioria das células possuem a capacidade
de realizar sua síntese.13
(Bruss, 2008)
Caracterização:
Glicolipídeos
• São os lipídeos constituintes das membranas, encontrados
principalmente em:
–Forragens (gramíneas e leguminosas)
• Possuem estrutura similar aos triglicerídeos exceto que um
dos seus ácidos graxos é substituído por um açúcar:
–Comumente a galactose (galactolipídeos).
+
14
Caracterização:
Fosfolipídeos
• São os lipídeos constituintes das membranas, mais
encontrados:
–Bactérias presentes no rúmen do animal
»Do que em alimentos.
• Possuem estrutura similar aos triglicerídeos exceto que um
dos seus ácidos graxos é substituído:
–Fosfato
15
Metabolismo de lipídeos
16
O Metabolismo de lipídeos é o conjunto de reações químicas
que se processam no organismo visando:
Armazenamento e o consumo de energia para as atividades
biológicas dos animais.
O metabolismo pode ser dividido em duas "fases":
Catabolismo
Anabolismo
17
Absorção de energia Liberação de energia
 Digestão
Os lipídeos da ração podem iniciar a degradação pela boca.
• Lipase lingual 
Posteriormente serão degradados no estômago:
• Lipase gástrica
No intestino delgado (+ efetivo)
–Encontra-se o principal sítio de digestão e absorção dos 
monoacilglicerol.
–Lipase pancreática e lipase entérica.
18
19
20
Trituração  boca, proventrículo e moela
Aumenta área superficial das partículas
Lipase lingual 
Lipase gástrica
Lipase pancreática
Lipase entérica.
Sais biliares 
21
 Emulsificação  ocorre no intestino delgado
Realizado pelos sais biliares presentes na bile
(Ác. Cólico, Ác quenodexicólico)
 Evita nova união das gotículas de gordura
 Necessário para atuação da lipase + colipase
22
A presença do alimento no duodeno estimula a liberação:
Bile – sais biliares;
Suco pancreático - Lipase;

O tampão bicarbonato do suco pancreático e biliar, bem como o
secretado pelos enterócitos (lipase entérica):
Aumenta o pH luminal;
23
 Sais biliares
Derivados do colesterol, formados no fígado e secretados na
vesícula biliar;
 Passam via ducto biliar para o intestino;
 Emulsificam glóbulos de gordura  pequenas gotas
• Aumentando a área de superfície acessível à atuação das
enzimas.
24
Os sais biliares são:
Quando uma concentração micelar crítica de sais biliares é
alcançada, os monômeros dos sais começam a se agregar,
formando as micelas;
25
 Ação enzimática  lipase pancreática + colipase
• Atuam nas gotículas de gordura emulsificadas
• Hidrólise dos triglicerídeos
A colipase “limpa” a superfície da gotícula de gordura
A lipase se liga a gordura na interface
 A colipase serve como “âncora” para a lipase
 A lipase hidrolisa os triglicerídeos (posições 1 e 3)
 Formação das micelas
26
 Micelas
Responsáveis por transportar os produtos da digestão dos
triglicerídeos + colesterol + fosfolipídeos = para junto da
membrana epitelial dos enterócitos ===  absorção
27
 Micelas
Os produtos da digestão dos triglicerídeos (ácidos graxos,
glicerol e triglicerídeos) + colesterol + fosfolipídeos
• Absorvidos no jejuno intestinal Difusão facilitada
28
 Micelas
Os sais biliares são absorvidos no íleo intestinal por processo
ativo sódio-dependente (gasto energético)
• Segue para o fígado ==== vesícula biliar ==== bile
29
 Realizada pelos enterócitos
 Existe 2 formas de absorção
• Pela proteína ligadora de ácidos graxos
– Fatty Acids Biding Protein (FABP)
• Diretamente pela mucosa intestinal
30
 Proteína ligadora de ácidos graxos (FABP)
 Nos enterócitos, há uma proteína transportadora de ácido graxos –
FABP , que tem maior afinidade por ácidos graxos com maior nº de
C e mais insaturados, por isso que os insaturados são bem mais
absorvidos do que os saturados.
Maior concentração
• Jejuno e íleo
 
I-FABP 
PDB 1ICM 
31
 Os AGCC e M (-14) são absorvidos
diretamente pela mucosa intestinal, bem
como o glicerol
Transportados pela albumina no sangue
• Até fígado
32
Os AGCL (+14) são absorvidos pela ação
da FABP e convertidos em triglíceridios
juntamente com os monoglicerídeos, para
serem incorporados aos:
Quilomícrons
Portomícrons
• Para o transporte.
33
Lipase lingual 
Lipase gástrica
34
Formação do quilomícron e portomícron
Portomícrons
Quilomícrons
Cães e gatos
Herbívoros 
35
 Síntese de lipoproteínas
Os triglicerídeos, fosfolipídeos, colesterol e alguns AG livres
presentes nas células intestinais, vão se combinar:
• Apoproteínas específicas
Função:
• Facilitar o transporte dos lipídeos pelo plasma sanguíneo.
36
formação
 Síntese de lipoproteínas
Tipos:
• Quilomícrons (QM); Portomícrons (PM)
• Lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL);
• Lipoproteínas de baixa densidade (LDL);
• lipoproteínas de densidade intermediária (IDL);
• Lipoproteínas de alta densidade (HDL).
37
38
 Síntese de lipoproteínas
Tipos:
 Quilomícrons (suínos, cães, gatos e herbívoros)
 Sistema linfático  sistema sanguíneo  fígado >
distribuição tecidos.
Portomícrons (aves) = sistema linfático rudimentar
 Sistema sangíneo  fígado  distribuição tecidos
 Síntese de lipoproteínas
Tipos:
• Quilomícrons (QM):
–Transportam
triglicerídeos do:
39
 Síntese de lipoproteínas
Tipos:
• Lipoproteínas de muito
baixa densidade (VLDL):
– Sintetizada:» Intestino e fígado.
– Efetuam o transporte
dos triglicerídeos do:
» Fígado
» Tecidos periféricos
40
 Síntese de lipoproteínas
Tipos:
• Lipoproteínas de
baixa densidade
(LDL);
–Levam o colesterol:
41
 Síntese de lipoproteínas
Tipos:
• Lipoproteínas de
densidade
intermediária (IDL):
–Atuam como
intermediários
entre:
» VLDL e LDL
42
 Síntese de lipoproteínas
Tipos:
• lipoproteínas de alta
densidade (HDL):
–Recolhem o
colesterol:
43
44
45
46
VLDL, LDL, HDL
Na superfície dessas lipoproteínas, existe uma apoliproteína
• APOB, APOC
• Para ativar a enzima lipase lipoprotéica
–Presente na superfície dos tecidos (músculo, tec.Adiposo)
47
VLDL, LDL, HDL
A lipase lipoprotéica irá hidrolizar os triglicerídeos presentes na
VLDL
• Os ácidos graxos livres (AGL) serão então absorvidos para o
interior dos tecidos (ex: músculo)
48
VLDL, LDL, HDL
AGL + glicerol 3 fosfato  Formam triglicerídeos
• Armazenados no tecido Adiposo
49
 Numa necessidade energética do organismo os triglicerídeos (TG)
armazenados são usados como fonte de energia
 Através da ação da enzima lipase hormônio-sensível presente nos
adipócitos
Hidrólise dos TG
• Originando AGL e glicerol
Lipólise
Lipólise
Os hormônios adrenalina e glucagon (secretados em resposta
a baixos teores de glicemia) ativam:
• Adenilil−ciclase na membrana plasmática dos adipócitos.
A adenilil− ciclase transforma
ATP em AMPc (AMP cíclico).
50 Adipócitos
Lipólise
A proteína−cinase dependente de AMPc, fosforila e, assim,
ativa a lipase.
Os triacilgliceróis são hidrolizados em: ácidos graxos e glicerol.
51 Adipócitos
Lipólise
O fígado não possui uma alta capacidade de transportar
lipoproteínas e o excesso de mobilização de AG faz com que
os triglicerídeos sejam:
• Armazenados em células hepáticas.
Tal gordura armazenada no fígado durante a fase de alta
demanda energética (BEN - final de gestação ou o início de
lactação), pode contribuir para que o animal desenvolva
algumas doenças metabólicas como:
–Cetose
–Lipidose
52
Metabolismo ruminal de 
lipídeos
53
O metabolismo lipídico no rúmen é limitado:
Taxa de liberação deste componente da matriz do alimento.
Liberação de gorduras:
• Grãos de cereais e de sementes oleaginosas
–Triglicerídeos
• Forragens
–Galactolipídeos
–Fosfolipídeos
54
Liberação de gorduras: Grãos de cereais e de sementes oleaginosas
Existe a necessidade de degradar a parede celular para:
• Iniciar a hidrólise.
Após a liberação dos lipídeos da matriz, os triglicerídeos são
rapidamente hidrolisados (lipólise)  Ácido graxo e glicerol.
O glicerol é fermentado rapidamente para produzir:
• Ácidos graxos voláteis (AGVs).
55
Fermentação ruminal
AGVs
 Liberação de gorduras: Forragens
Galactolipídeos: liberados da matriz, são hidrolizados:
• AGVs, galactose e glicerol.
Fosfolipídeos: são metabolizados de maneira semelhante
produzindo:
• AGVs, fosfato e glicerol
A hidrolise de glicerídeos por lipase em forragens frescas pode
ocorrer no rúmen.56
Toxidade dos AG
Alguns ácidos graxos (especialmente os poliinsaturados) são
tóxicos aos microrganismos ruminais:
• +++ susceptíveis são:
– bactérias Gram +, metanogênicas e protozoários.
Essa toxicidade é maior em ácidos graxos que são solúveis:
• Tanto em solventes orgânicos, como em agua.
Assim, os microrganismos ruminais desenvolveram um
mecanismo de autodefesa:
• Biohidrogenação.57
Biohidrogenação:
Mecanismo que converte:
Os ácidos graxos também podem reagir com íons de cálcio
insolúveis, que são atóxicos.
Esse processo é dependente do
pH, e cerca de 65 % dos AG
ruminais estão na forma:
Sabões insolúveis
58
(menos tóxico) 
Biohidrogenação:
Sob condições normais de alimentação, a maior parte dos AG
insaturados ingeridos (linoléico e linolênico) são:
Biohidrogenados (acima de 80 %).
59
 Síntese ruminal de AG
Os microrganismos apresentam AG em suas membranas celulares
altamente saturados.
Tem-se observado a síntese e incorporação, na membrana
microbiana do rúmen, de AG de:
• Cadeia com número ímpar de carbono
• Cadeia ramificada
–Que não ocorre naturalmente nos alimentos consumidos.
 Síntese ruminal de AG
Os AG dos alimentos não são:
• Oxidados e degradados de maneira significativa pelos
microrganismos.
60
Obrigado pela atenção!!!
61 Contato: claudiohao@hotmail.com 
https://www.youtube.com/watch?v=ucrEGVXrDAw

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