Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS INGRID CAROLINE MOREIRA LIMA RELATÓRIO FISIOLOGIA ANIMAL COMPARADA: SISTEMA CIRCULATÓRIO São Luís, MA 2020 INGRID CAROLINE MOREIRA LIMA RELATÓRIO FISIOLOGIA ANIMAL COMPARADA: SISTEMA CIRCULATÓRIO Relatório prático apresentado a Professora Isabel Dias da disciplina de Fisiologia Animal comparada, para obtenção de nota. Orientador: Profa. Isabel Dias São Luís, MA 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................................3 2. OBJETIVOS..............................................................................................................................4 3. PARTE EXPERIMENTAL....................................................................................................4 3.1 MATERIAIS............................................................................................................................4 3.2 PROCEDIMENTOS...........................................................................................................5 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................6 5. CONCLUSÃO..........................................................................................................................10 REFERÊNCIAS...........................................................................................................................11 3 1 INTRODUÇÃO O sistema cardiovascular funciona no sentido de integrar o corpo como uma unidade, proporcionando aos músculos e demais tecidos um contínuo fornecimento de nutrientes e oxigênio, de forma que podem ser mantidos elevados níveis de atividade por um período determinado. O indicativo da frequência cardíaca, ou seja, a quantidade de vezes que o coração bate a cada minuto, e da pressão arterial (medida da força do sangue que flui contra as paredes das artérias), é um dos índices mais utilizados na medicina para avaliar a saúde dos pacientes, embora diversos fatores fisiológicos como idade, sexo, sedentarismo, dentre outros parâmetros devam ser investigados, pois possuem influência direta nessa avaliação. 2 OBJETIVOS Avaliar as respostas de frequência cardíaca (FC) e pressão arterial (PA) em repouso, em condições de exercício físico e após tempo de recuperação. 3. MATERIAIS Aparelho Medidor de Pressão Arterial Digital Cronômetro e Frequencímetro PROCEDIMENTOS O teste será feito em indivíduo voluntário (adulto sedentário) que, inicialmente, será mantido em repouso, sentado, por um tempo aproximado de 5 minutos. Após esse tempo, será verificada a FC com auxílio do cronômetro (método da palpação) ou frequencímetro e a PA, por meio de aparelho digital. 1. Frequência Cardíaca - Método palpação Como fazer a medida? • Medir no pulso (radial) ou no pescoço (carótida) • Usar indicador e dedo médio • Contar os batimentos durante 15 segundos • Começar pelo ZERO e Multiplicar por 4 4 2. Pressão Arterial – Medição digital Como fazer a medida? • Colocar a braçadeira a 2 cm acima da dobra do braço, apertando-a (deixar o fio da braçadeira por cima do braço) • Apoie o cotovelo na mesa (palma da mão virada p/ cima) • Ligue o aparelho e espere até que ele faça a leitura da PA Caso ele também faça a leitura do pulso, compare com a medida que você tirou (método da palpação) Verifique o monitoramento das variáveis no vídeo a seguir: https://drive.google.com/file/d/1UdxgOC2TgCsxJFp1RiFRLvbwKGElnfBG/view?usp=sharing Os registros da FC e PA em repouso (1º monitoramento) deverão ser anotados na tabela abaixo: FC PA Imediatamente após os exercícios, a FC e PA serão novamente monitoradas. Verifique o monitoramento das variáveis no vídeo a seguir: Após essa verificação, o voluntário realizará exercícios físicos de intensidade moderada, por um tempo aproximado de 10 minutos. Os exercícios ilustrados abaixo deverão ser executado em duas séries, com um tempo de recuperação de 15 segundos (intervalo entre os exercícios). https://drive.google.com/file/d/1UdxgOC2TgCsxJFp1RiFRLvbwKGElnfBG/view?usp=sharing 5 https://drive.google.com/file/d/1PskjWCXjSbTPP56knZCwNZqlBCPRXjUw/view?usp=sharing Os registros da FC e PA após exercício físico (2º monitoramento) deverão ser anotados na tabela abaixo: FC PA Após o segundo monitoramento, o voluntário será mantido novamente em repouso (sentado), por um tempo aproximado de 10 minutos. Após esse tempo, a FC e PA serão monitoradas novamente. Verifique o monitoramento das variáveis no vídeo: <https://drive.google.com/file/d/1qRfND_jITHuQ5dakqN5jy4OWdTg_CKE0/view?usp=shari ng> Os registros da FC e PA em repouso (3º monitoramento) deverão ser anotados na tabela abaixo: FC PA A partir dos registros das tabelas acima e das tabelas EM ANEXO, faça um resumo das suas principais observações. Busque verificar: - O que ocorreu em cada monitoramento? - Após a realização dos exercícios físicos houve aumento ou redução das variáveis? E após o período de repouso (3º monitoramento)? - A quais eventos você atribui esses resultados? - Como o sistema circulatório se relaciona à situação prática aqui demosntrada. - Você poderá, a seu critério, montar uma tabela única, contendo as variárias obtidas em todos os monitoramentos, para melhor visualização e análise. https://drive.google.com/file/d/1PskjWCXjSbTPP56knZCwNZqlBCPRXjUw/view?usp=sharing 6 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO PROCEDIMENTO 1. Para o primeiro procedimento foi feito a frequência cardíaca realizando o método palpatório de pulso radial. E foi colocado os dedos indicadores e médios esticados sobre a parte interna do punho. Contou-se os batimentos após 15 segundos e multiplicou-se por 4 achando assim, os batimentos por min da frequência cardíaca. Os resultados das aferições de e da frequência cardíaca e pressão arterial do voluntario podem ser observados nas tabelas 01. VOLUNTÁRIO FC PA Ingrid 79 bpm 120/80 mmgHg A frequência cardíaca de repouso (FCR) é de 60 a 80 batimentos por minuto (bpm) em média. Em indivíduos sedentários e de meia-idade, ela pode superar 100 bpm. 2. PROCEDIMENTO: Pressão Arterial – Medição digital Os resultados das aferições de e da frequência cardíaca e pressão arterial monitorados no vídeo podem ser observados nas tabelas 02. Tabela 2. Frequência cardíaca e pressão por meio da medição digital FC PA 93 bpm 89/65 mmgHg As comparações relacionadas aos dados coletados da frequência cárdiaca e pressão arterial foi que os ambos métodos das pessoas avaliadas estão consideravelmente com valores normais, segundo as diretrizes de saúde. E que a frequência cardíaca do método pulsatório para o digital não houveram um um aumento significativo para váriavél FC. Tabela 1. Frequência cardíaca e pressão do voluntário sedentário em posição sentada 7 3. PROCEDIMENTO: Pressão Arterial- Após exercício físico Os resultados das aferições de e da frequência cardíaca e pressão arterial do segundo monitoramento após uma série de exercícios físicos podem ser observados nas tabelas 03. Tabela 03. Aferição de pressão sistólica e diastólica em indivíduo após série de exercícios FC PA 138 bpm 109/64 mmgHg Em jovens saudáveis o valor de pressão considerado ótimo seria de 120x80 mmHg e da frequênciacardíaca entre 60 e 100bpm. O indivíduo manteve sua pressão sistólica e diastólica e sua frequência cardíaca em torno desta média, e quando submetido a uma serie de exercícios físicos teve uma elevação nesses números. Dessa forma, notou-se que após a realização dos exercícios físicos houve aumento das variáveis FC E PA. Vários fatores afetam a FC durante o repouso e durante o exercício, como temperatura, umidade, horário do exercício, modificação de posição, ingestão de alimentos, etc. Após uma série de exercícios físicos o voluntário foi mantido novamente em repouso (sentado), por um tempo aproximado de 10 minutos. Após esse tempo, a FC e PA foram monitoradas pela terceira vez, podendo ser observada o registro conforme a tabela 4. Tabela 04. Aferição de pressão sistólica e diastólica em indivíduo após o repouso de 10 min de série de exercícios FC PA 117 bpm 90/65mmgHg Após o voluntário realizar um repouso de 10 min após uma sequência de atividades físicas, observou-se uma diminuição nas variáveis FC E PA. Segundo Sandoval (2014), quando se inicia um exercício, a FC aumenta proporcionalmente à sua intensidade (de acordo com a capacidade física atual. Existe uma correlação direta entre a intensidade da FC máx e o VO2 máx durante o exercício, embora próximo do VO2 máx se perca a linearidade. 8 A frequência cardíaca máxima é muito importante para o planejamento do treinamento e seu controle, assim como para determinados testes de laboratório e de campo, tanto para esportistas como para a população em geral. Os eventos que podem ser atribuídos a estes resultados são que o controle da frequência cardíaca (FC) durante o repouso e o exercício é um bom indicador do nível de intensidade em que o coração está trabalhando e é uma informação importante do estado de saúde de uma pessoa. O músculo cardíaco responderá diretamente à necessidade de oxigênio e de fluxo sanguíneo do organismo em diferentes momentos da vida, tanto para realizar um exercício de determinado nível de intensidade como durante períodos de doença ou de necessidade externa, em que o organismo responde enviando fluxo sanguíneo aos músculos e/ou órgãos que necessitem do aporte de sangue e de O2. A frequência cardíaca é parte importante de diferentes variáveis fisiológicas. Por exemplo, junto ao volume sistólico forma o débito cardíaco. A frequência cardíaca é também parte do duplo produto (SANDOVAL, 2014). O Débito cardíaco em condições de repouso e durante o exercício aumenta proporcionalmente à intensidade do exercício, desde 5 L em condições de repouso a um máximo de 20 a 25 L/min em homens jovens e que realizam atividade física; em esportistas de elite o DC é maior, sendo mais evidente nos esportistas de resistência, que podem ter entre 35 e 40 L/min de sangue de DC. Essas diferenças devem-se inteiramente ao grande volume sistólico de indivíduos treinados, já que o exercício físico contínuo de características aeróbias produz hipertrofia fisiológica do ventrículo esquerdo, com aumento do volume sistólico, gerando um batimento mais forte. Em consequência disso, aqueles que realizam exercícios aeróbios possuem um DC de repouso mais econômico, com menor FC do que pessoas sedentárias, uma vez que seu VS é maior (de 70 a 71 mL em indivíduos sedentários e de aproximadamente 100 mL em indivíduos treinados) (SANDOVAL, 2014). A pressão sistólica (PAS) aumenta em proporção ao consumo de O2, ao débito cardíaco e à progressão do exercício, enquanto a pressão diastólica (PAD) permanece relativamente igual ou aumenta apenas levemente. Com a mesma carga relativa de trabalho, as pressões sistólicas são maiores quando o trabalho se realiza mais com os braços do que com as pernas, devido à menor massa muscular e à menor vascularização que existe nos membros superiores. Em repouso, cerca de 80% do oxigênio que flui pelas artérias coronárias é extraído pelo miocárdio. Essa extração de alto nível significa que as demandas elevadas de O2 para o miocárdio, durante o exercício, só podem ser atendidas com um aumento proporcional da 9 irrigação sanguínea coronariana. Durante esforço intenso, a quantidade de fluxo sanguíneo coronariano aumenta cinco vezes para atender a demanda de O2 acima do nível de repouso. Como o miocárdio é um tecido essencialmente aeróbio, deve ter uma provisão contínua de O2. O impedimento do fluxo sanguíneo coronariano causa dor anginosa e pode provocar um dano irreversível ao músculo cardíaco, como no infarto do miocárdio. Os principais substratos que geram energia no miocárdio são a glicose, os ácidos graxos e o ácido láctico. O percentual de utilização desses substratos dependerá da intensidade e da duração do exercício. A prática demonstrada se relaciona com o sistema circulatório, pois para que funcione adequadamente o sistema circulatório necessita de uma estrutura de bombeamento de fluidos que chama-se coração. Um importante atributo do coração é conhecido como débito sanguíneo. O débito sanguíneo é o volume de sangue bombeado pelo coração por unidade de tempo (mL/minuto). O débito sanguíneo é dado como o produto da frequência cardíaca (batimentos/minuto) pelo volume sistólico (mL / batimento). A pressão sanguínea é produzida pelo coração e é a principal responsável pelo fluxo do sangue através dos vasos sanguíneos. Ela pode ser definida como a quantidade de pressão sanguínea que excede a pressão ambiental. A pressão arterial trata da pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias, sendo afetada por diferenças na pressão do sangue e pela resistência periférica dos vasos. Assim, ela é interpretada como um produto da frequência cardíaca e da resistência vascular. A pressão arterial pode ser expressa em duas unidades de medida, quilopascais (kPa) ou milímetros de mercúrio (mmHg). O ciclo de batimentos cardíacos encontra-se dividido em dois momentos, a sístole e a diástole. A sístole caracteriza o momento em que o ventrículo cardíaco se contrai para ejetar o sangue pelo sistema de vasos. Neste período a pressão sanguínea atinge seu valor mais alto, pois o sangue é impelido pelas veias com muita força devido a contração do músculo cardíaco. O valor mais alto da pressão sanguínea, encontrado no momento da sístole, é chamado de pressão sistólica. Já na diástole, o ventrículo se distende para receber o sangue, durante a diástole é obtida a pressão sanguínea mais baixa, chamada de pressão diastólica. As pressões sistólica e diastólica sofrem constantes variações fisiológicas devido a mudança das condições e do estado físico do organismo. Atividades físicas e emoções são fatores que contribuem para mudanças no débito cardíaco, fazendo com que a pressão arterial se altere. Assim, o corpo se prepara para responder a diversas situações, como, por exemplo, a necessidade de enviar oxigênio rapidamente para os músculos da perna para que se possa correr. 10 5 CONCLUSÃO Com o presente relatório, conclui-se que as pressões sistólica e diastólica e frequência cardíaca notadamente sofrem variações fisiológicas devido a alterações do estado físico. Fatores como emoções, nível de hidratação e condicionamento físico também parece contribuir para que os valores da pressão arterial sejam afetados. REFERÊNCIAS ALVES, N. et al . Práticas inovadoras no processo ensino aprendizagem de fisiologia humana. Revista Contexto & Saúde, Ijuí, v. 10, n. 20, p. 1227-1232, 2011. BARROS, W. M. et al . Seminários didáticos: ferramenta de aproximação das disciplinas básicas com a prática profissional. Rev. Ciênc. Ext. v.8, n.3, p.127-141, 2012. GUYTON, A.; HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 11 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. MEDPREV: Direito à Saúde. Frequência Cardíaca e Pressão Arterial durante o exercício físico. Disponível em: <https://medprev.online/blog/frequencia-cardiaca.html>. SANDOVAL,A. E. Medicna do esporte: princípios e prática - Porto Alegre: Artmed; 2005. Disponível em:<https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5972/introducao_a_fisiologia_do_ex ercicio_principais_mecanismos.htm> Acesso em: 21 out 2020. https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5972/introducao_a_fisiologia_do_exercicio_principais_mecanismos.htm https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5972/introducao_a_fisiologia_do_exercicio_principais_mecanismos.htm