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Risco e Retorno de uma Carteira Núcleo de Educação a Distância www.unigranrio.com.br Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ Reitor Arody Cordeiro Herdy Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação Nara Pires Pró-Reitoria de Programas de Graduação Lívia Maria Figueiredo Lacerda Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD Copyright © 2019, Unigranrio Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio. Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária Carlos de Oliveira Varella Núcleo de Educação a Distância (NEAD) Márcia Loch Sumário Risco e Retorno de uma Carteira Para início de conversa… .................................................................. 04 Objetivos .......................................................................................... 05 1. Fundamentos de Risco e Retorno ........................................... 06 1.1 Risco de um Ativo Individual .................................................. 07 1.2 Distribuição de Probabilidades ............................................... 07 1.3 Mensuração de Risco ............................................................ 08 1.4 Desvio-padrão ..................................................................... 09 1.5 Coeficiente de Variação ........................................................ 09 2. Risco e Retorno de uma Carteira ............................................ 10 2.1 Retorno de uma Carteira ....................................................... 10 2.2 Correlação do Retorno em Carteiras ....................................... 12 Síntese ............................................................................................ 16 Referências ....................................................................................... 17 Para início de conversa… Nesta unidade iremos ver que cada decisão financeira tomada pelo gestor, apresenta uma reunião de características de risco e retorno que podem afetar o valor da empresa e a sua credibilidade no mercado. A percepção do risco pode variar entre os gestores e as empresas. Portanto, é essencial especificar um nível aceitável de risco de acordo com a taxa de retorno que se é esperada e exigida. Veremos ainda que a diversificação de ativos, na composição de uma carteira, é uma ferramenta bastante útil para a minimização do risco em investimentos. O gestor financeiro deve utilizar o máximo de conhecimento e informação possíveis para proteger os recursos da empresa, além de multiplicar os recursos. A partir dos conhecimentos adquiridos sobre risco e retorno de ativos individuais, é possível compor uma carteira e avaliar a sua viabilidade em detrimento de diferentes composições ou diferentes carteiras. 4 Gestão Econômica e Financeira Objetivos ▪ Entender o que é o risco e o retorno dos ativos. ▪ Saber como mensurar a taxa de retorno de um investimento. ▪ Utilizar as ferramentas apropriadas para determinar o risco de um ativo. ▪ Entender o que é uma carteira de ativos e como é composta. ▪ Verificar as ferramentas utilizadas para a mensuração do retorno de uma carteira. ▪ Analisar a correlação existente entre retornos de diferentes ativos para a composição de uma carteira. 5Gestão Econômica e Financeira 1. Fundamentos de Risco e Retorno O risco é a possibilidade de prejuízo financeiro ou, mais formalmente, a variabilidade de retornos associada a um determinado ativo ou a uma carteira de ativos. O risco significa incerteza. Um título prefixado, por exemplo, possui risco igual a zero. Já, uma ação ordinária com forte oscilação de seu valor em bolsa ao longo do período, apresenta um risco elevado. O retorno é o total de ganhos ou prejuízos dos proprietários, decorrentes de um investimento durante um determinado período de tempo. Para encontrar a taxa de retorno, utiliza-se da seguinte fórmula: Exemplo Os ativos A e B possuem valores e fluxos diferentes, logo, pode-se comparar as taxas de retorno de ambos: ATIVO A ATIVO B Geração de caixa no ano = $800 Geração de caixa no ano = $1.700 Valor de mercado atual = $21.500 Valor de mercado atual = $11.800 Valor de compra 1 ano atrás = $20.000 Valor de compra 1 ano atrás = $12.000 Ativa A RT = ($800 + $21.500 - $20.000) / $20.000 = 11,5% Ativa B RT = ($1.700 + $11.800 - $12.000) / $12.000 = 12,5% 6 Gestão Econômica e Financeira 1.1 Risco de um Ativo Individual Análise de Sensibilidade e Amplitude A análise da sensibilidade consiste no uso de inúmeras estimativas de retorno possíveis para se obter uma percepção da variabilidade entre os resultados. Neste caso, o risco do ativo pode ser medido pela amplitude dos retornos. A amplitude é encontrada subtraindo-se o retorno associado ao resultado pessimista do retorno associado ao resultado otimista. Quanto maior a amplitude, maior o risco do ativo. Exemplo: 1.2 Distribuição de Probabilidades A distribuição de probabilidades é a possibilidade de ocorrência de um dado resultado, ou a chance de que ele ocorra. A distribuição de probabilidades é um modelo que relaciona as probabilidades a seus respectivos resultados. O tipo mais simples de distribuição de probabilidades é o gráfico de barras. Se todos os resultados possíveis e todas as probabilidades a eles associadas fossem conhecidos, haveria então a possibilidade do desenvolvimento de uma distribuição de probabilidades contínua. As imagens a seguir ilustram tais gráficos, segundo Gitman (2004). 7Gestão Econômica e Financeira 1.3 Mensuração de Risco O risco de um ativo pode ser medido pela sua amplitude e, também, quantitativamente, por meio de estatísticas. O desvio-padrão e o coeficiente de variação são as ferramentas estatísticas mais comumente utilizadas para medir a variabilidade dos retornos dos ativos. Valor Esperado do Retorno 8 Gestão Econômica e Financeira 1.4 Desvio-padrão O desvio-padrão (sk) é o indicador estatístico mais comum do risco de um ativo, ele mede a dispersão em torno do valor esperado. Por sua vez, o valor esperado de um retorno ( k ) é o retorno mais provável do ativo. � �r = �(𝑘𝑖 ‒ 𝑘)2 𝗑 Pr 𝑗 � �=� Exemplo: Cálculo do valor esperado do retorno e do desvio-padrão. Retorno Esperado = 15,00% 1.5 Coeficiente de Variação Coeficiente de Variação (CV) é uma medida de dispersão relativa utilizada na comparação dos riscos de ativos que possuem retornos esperados diferentes. 9Gestão Econômica e Financeira sk = desvio-padrão dos retornos k = retorno esperado do ativo Exemplo: Selecionar o ativo menos arriscado entre X e Y dados: 2. Risco e Retorno de uma Carteira A maioria dos gestores financeiros é avessa ao risco, logo, preferem investir em carteiras e não em ativos individuais. Uma carteira é um conjunto ou uma combinação qualquer de ativos financeiros. Os gestores financeiros e os investidores em geral investem em carteiras porque conseguem diversificar parte do risco inerente à aplicação, diferentemente das situações em que os recursos são todos investidos em um único ativo. A aplicação em um único ativo expõe o investidor às consequências do mau desempenho desse ativo. Uma carteira diversificada protege os recursos investidos e minimiza o risco. 2.1 Retorno de uma Carteira O retorno de uma carteira é o somatório da média ponderada dos retornos dos ativos individuais que compõem tal carteira. O retorno da carteira é calculado conforme mostra a equação abaixo: 10 Gestão Econômica e Financeira � kp = (w1 x k1) + (w2 x k2) + ... + (wn x kn) = � wj x kj �=� Onde: Wj = proporção do valor total da carteira aplicada no ativo j. Kj = retornodo ativo j. Exemplo Para determinar o valor esperado e o desvio-padrão dos retornos da carteira XY, criada com a combinação dos ativos X e Y em proporções iguais (50% de cada). Os retornos previstos dos dois ativos em cada um dos próximos cinco anos (2004 a 2008) são dados nas colunas 1 e 2, respectivamente, da tabela abaixo. Na coluna 3, os pesos de 50% de cada um dos ativos e seus retornos respectivos, provenientes das colunas 1 e 2, são inseridos. A coluna 4 mostra os resultados do cálculo – um retorno esperado da carteira de 12% para cada ano, de 2004 a 2008. 12% 12% 12% 12% 12% 16% 14% 12% 10% 8% 8% 10% 12% 14% 16% 11Gestão Econômica e Financeira Como é mostrado na tabela seguinte, o valor esperado dos retornos dessa carteira no período de 5 anos também é igual a 12%. Na mesma tabela, verifica-se que o desvio-padrão dos retornos da carteira XY é igual a 0%. Esse valor não deve ser surpreendente, pois o retorno esperado em todos os anos é o mesmo, igual a 12%. Não há variabilidade nos retornos esperados de um ano para outro. 2.2 Correlação do Retorno em Carteiras A variação em conjunto dos retornos dos ativos aumenta ainda mais a diversificação. Existe uma estatística apropriada para a mensuração dos movimentos de retorno dos ativos de uma carteira, chamada de correlação. 12 Gestão Econômica e Financeira Pode haver casos de a correlação entre dois ativos não ser perfeitamente negativa. Entretanto, o gestor financeiro ainda pode contar com os benefícios da diversificação, combinando tais ativos da maneira como se verifica na figura abaixo: A carteira XY, formada por 50% de X e 50% de Y, ilustra o caso de correlação negativa perfeita, visto que as duas séries de retornos variam em direções completamente opostas durante o período de cinco anos. Os valores de retorno da carteira foram calculados na tabela anterior. Já a carteira XZ, formada por 50% de X e 50% de Z, ilustra o caso contrário, de correlação positiva perfeita, dada a maneira idêntica como as duas séries de retorno se comportam durante os cinco anos. Os valores de retorno foram calculados a partir do mesmo método para o cálculo dos retornos da carteira XY. Os cálculos de valor esperado e desvio-padrão da carteira XY estão demonstrados nas tabelas anteriores. 13Gestão Econômica e Financeira Os desvios-padrão dos retornos de uma carteira podem ser calculados a partir dos dados de desvio-padrão dos componentes da carteira, utilizando- se a equação: Onde w1 e w2 são as proporções dos ativos componentes 1 e 2; σ1 e σ2 são os desvios-padrão dos componentes 1 e 2; e r1,2 é o coeficiente de correlação entre os retornos dos ativos 1 e 2. 14 Gestão Econômica e Financeira 15Gestão Econômica e Financeira Síntese O risco é a possibilidade de prejuízo financeiro associada a um determinado ativo ou a uma carteira de ativos. O risco significa incerteza. O retorno é o total de ganhos ou prejuízos dos proprietários, decorrentes de um investimento durante um determinado período de tempo. Existem ferramentas que possibilitam a mensuração do risco de um ativo, proporcionando informações muito úteis ao gestor financeiro, principalmente, quando há a necessidade de escolha entre diferentes ativos. Os gestores financeiros e os investidores em geral investem em carteiras porque conseguem diversificar parte do risco inerente à aplicação, diferentemente das situações em que os recursos são todos investidos em um único ativo. A aplicação em um único ativo expõe o investidor às consequências do mau desempenho desse ativo. Uma carteira diversificada protege os recursos investidos e minimiza o risco. Uma carteira é um conjunto ou uma combinação qualquer de ativos financeiros. O retorno de uma carteira é a média ponderada dos retornos dos ativos individuais que compõem tal carteira. 16 Gestão Econômica e Financeira Referências ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2009. ______. Fundamentos de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2010. BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração financeira: teoria e prática. 13 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. LEMES JÚNIOR, A. B.; RIGO, C. M.; CHEROBIM. A. P. M. S. Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. Administração financeira. 8 ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2008. ______. Princípios de administração financeira. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 17Gestão Econômica e Financeira Introdução Objetivo 1. O que é a Gestão Financeira? 2. Funções do Gestor Financeiro 3. Análise e Planejamento Financeiro 4. Gestão da Estrutura de Ativo da Empresa 5. Gestão da Estrutura Financeira da Empresa 6. Gestão econômica e financeira e empresas 6.1 Saída de conselheiros da OGX deve ser investigada 7. O Sistema Financeiro Nacional - SFN 8. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional 9. Principais Taxas, Índices e Indexadores do Mercado Brasileiro 9.1 Índice de Preços ao Consumidor Ampliado – IPCA 9.2 Índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M 9.3 Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC 9.4 Certificado de Depósito Interbancário – CDI 9.5 Taxa Referencial – TR 2.6 Taxa Básica Financeira – TBF Síntese Referências _6qaq5sqzs3xo Valor do Dinheiro no Tempo e Anuidades Para início de conversa… Ao estudar esta unidade de aprendizagem, você poderá: 1. Fluxo de Caixa 2. Valor Futuro 3. Valor Presente 4. Anuidades Referências _xptkyx6vaxsv _ges6yl5rceng _8fxchpz2nwvk _fdk1j4two9el _9tpn6f7i6oai _7jp0s9f6x5z1 _5xkw61ytok75 _x4wbo6tlm85s Séries Mistas, Amortizações e Principais Modalidades de Financiamentos Para início de conversa… Objetivos 1. Séries Mistas 1.1 Valor Futuro de uma Série Mista 1.2 Valor Presente de uma Série Mista 2. Amortizações 2.1 Amortização de Empréstimos 3. Depósitos Necessários para Acumular uma Quantia Futura 4. Tabela PRICE 5. Sistema de Amortização Constante (SAC) Referências Risco e Retorno de uma Carteira Para início de conversa… Objetivos 1. Fundamentos de Risco e Retorno 1.1 Risco de um Ativo Individual 1.2 Distribuição de Probabilidades 1.3 Mensuração de Risco 1.4 Desvio-padrão 1.5 Coeficiente de Variação 2. Risco e Retorno de uma Carteira 2.1 Retorno de uma Carteira 2.2 Correlação do Retorno em Carteiras Síntese Referências Risco e Retorno Para início de conversa… Objetivos 1. Modelo de Precificação de Ativos (CAPM) 1.1 O Coeficiente Beta Síntese Referências Aplicação de Análises de Gestão Econômica e Financeira Para início de conversa… Objetivos 1. Aplicação de Análises de Gestão Econômica e Financeira 1.1 A Empresa NEAD Ltda. Referências Matemática financeira e Ferramentas de Gestão Econômica e Financeira Para início de conversa… Objetivo Tópicos Abordados 1. Matemática Financeira 2. Taxa de juros 3. Juros Simples 3.1 Juros Compostos 3.2 Tabelas e Fórmulas 3.3 Calculadoras 3.4 Microsoft Excel Referências Composição de Taxas de Juros e Técnicas de Orçamento de Capital Para início de conversa… Objetivos 1. Taxa de Juro Nominal 1.1 Taxa de Juro Efetiva 1.2 Taxa de Juro Equivalente 2. Período de Payback 2.1 Critérios de Aceitação 2.2 Valor Presente Líquido (VPL) 2.3 Critérios de Aceitação 2.4 Aplicação das Ferramentas 2.5 Taxa Interna de Retorno (TIR) 2.6 Aplicação das Ferramentas Síntese Referências
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