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AS ESTRATÉGIAS DE OPERAÇÕES E O DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 ANTONIO CARLOS DOS SANTOS FIAIS 
Bacharel em Ciências Contábeis – UNEB 
 Bacharel em Administração – UNEB 
Pós-Graduação em Direito Tributário e Consultoria Fisco Contábil – FMNASSAU 
Mestrado em Auditoria e Gestão empresarial – Conclusão parcial - UNEATLANTICO 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Diante de um mercado tão competitivo, é necessario que as organizações 
tenham um diferencial na qualidade de seus produtos e serviços e no 
atendimento aos clientes. É importante as empresas terem como metas nos seus 
negócios: atender aos seus clientes de forma satisfatória, e torná-los fiés a 
empresa. É necessário também haver periodicamente uma avaliação com 
relação ao grau de satisfação destes clientes, buscando sempre atender aos 
desejos e as necessidades dos seus consumidores. 
O trabalho na área da satisfação do cliente começou no ano de 1970, devido ao 
aumento do consumo de produtos e serviços. A redução da qualidade dos 
serviços prestados e o aumento da inflação, também colaboraram e obrigaram 
várias empresas a diminuir os preços dos seus produtos. Com isso, ocorreu o 
surgimento da insatisfação dos clientes (HOFFMAN, BATESON, 2003). 
O presente artigo tem por objetivo identificar as principais causas das mudanças 
no cenário das empresas no que se refere as estratégias de operações, as 
oportunidades oferecidas para as empresas que passaram a adotar uma filosofia 
de reciclagem dentro de seus processo operacional e o impacto do ambiente 
legislativo sobre as estratégias de operações dentro de uma organização. 
 
1. As principais pressões que causam mudanças nas e stratégias de 
operações em uma organização 
 
- PRESSÕES DOS CLIENTES E DA CONCORRÊNCIA: 
 
O cenário da competição: As principais condicionantes do processo competitivo, 
dadas as premissas da globalização e do atual cenário de negócios, são 
competências, conhecimentos e capital. 
 
http://cbs.wondershare.com/go.php?pid=3022&m=db
As bases da competição convergiram para uma forte pressão por preços e 
margens, diante da diversidade e abundância de oferta e da concorrência. A 
concorrência, do ramo e de ramos correlatos, extrapolou os mercados 
tradicionais, do mercado geográfico para o mercado global, do real para o virtual 
e do de massa para o personalizado, seja por difusão. Quanto a gestão, estrutura 
e processos, houve um aumento de complexidade, com maiores exigências em 
velocidade, tecnologia e flexibilidade. (BERNARDI, 2014, p. 24) 
 
O mercado: A partir da variedade de escolhas, informações e muitas ofertas, o 
mercado e os clientes tornaram-se mais abertos a novas alternativas, marcas, 
além de sofisticados e impacientes. Podendo equiparar com mais rapidez e 
facilidade, orientando-se mais acentuadamente por qualidade, preços e 
conveniência, elevando suas expectativas quanto a atendimento e 
personalização. (BERNARDI, 2014 p. 25) 
 
Diante destas duas vertentes, cada vez mais os consumidores estão mais 
exigentes e informados sobre as qualidades e características dos produtos que 
estão consumindo, devido ao fácil acesso a informação promovidos pela 
tecnologia. Em decorrência da existência de um mercado tão competitivo, faz-se 
necessário que organização procure criar o seu diferencial competitivo, para 
assim driblar a concorrência, manter a lealdade de seus consumidores, 
conquistando novos clientes, procurando atendê-los de forma satisfatória e com 
isso torna-los fies a empresa. Assim diante deste cenário tão exigente e 
competitivo, influenciados por pressões concorrenciais, as empresas precisaram 
inovar o seu principal produto, causando assim mudanças dentro da estratégia 
de operações. Percebe-se assim uma grande mudança no cenário econômico 
atual, tendo várias empreses promovendo uma substituição do seu processo 
produtivo tradicional pelo uso de materiais que possam ser reutilizados. 
 
- EFEITOS DECORRENTES DA MATURIDADE DO PRODUTO: 
 
Todo produto tem seu ciclo de vida, onde passam pelas seguintes fases: 
Introdução, crescimento, maturidade e declínio. A partir da maturidade o produto 
já deixou de ser uma novidade para seus consumidores, as vendas tendem a 
sofrer declínio e os lucros estáveis, promovidos pelos custos de investimento no 
produto para este ficar frente a concorrência. 
 
- PRESSÕES PROMOVIDAS PELO AMBIENTE LEGISLATIVO: 
 
Os tributos ambientais formam um conjunto de políticas fiscais integrada por 
impostos, taxas e contribuições destinados a contribuir e incentivar a proteção 
do meio ambiente. 
No direito brasileiro, são exemplos de instrumentos tributários que visam 
proteger o meio ambiente o ICMS Ecológico, a TCFA (Taxa de Controle e 
Fiscalização Ambiental), as cobranças de créditos de carbono oriundas do 
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, entre outros meios. 
 
A cobrança pelo uso das águas, prevista pela Lei Federal n.º 7.433/97, não 
constituiu uma modalidade de tributo, visto que ela possui a natureza jurídica de 
preço público, não sendo considerada, portanto, como um tributo ambiental. 
 
Diante do panorama legislativo temos intervenção do estado por meio da 
aplicação de políticas tributárias. De acordo com a CF/88 o estado poderá 
intervir na ordem econômica por meio de políticas tributárias, de modo que possa 
implementar políticas públicas de tributação ambiental que estejam de acordo 
com os princípios constitucionais estabelecidos, procurando alcançar como 
finalidade única o desenvolvimento sustentável. 
 
Entre as opções para o governo conter a devastação da natureza, os tributos 
ambientais ocupam posição importante, fortalecida nos últimos anos pelo 
adensamento da consciência ecológica em todas as partes do mundo. 
Perseguem os seguintes objetivos. (AMARAL 2011 p. 166) 
 
a) Oferecer maior flexibilidade ás empresas poluidoras para se 
adaptarem aos sinais emitidos pelo mercado; 
b) Estimular níveis menores de poluição, bem como o emprego de 
métodos e técnicas mais eficientes; 
c) Diminuir os custos sociais ocasionados pelo declínio dos níveis de 
poluição por meio dos incentivos fiscais e do ajustamento de preços; 
d) Ampliar a arrecadação governamental; 
e) Garantir a transparência dos instrumentos utilizados, que são menos 
vulneráveis à “captura" quando comparados a outras políticas 
regulatórias. 
 
2. Tipos de oportunidades oferecidas para as empres as que adotam uma 
estratégia de reciclagem de materiais em suas opera ções 
 
Através da mudança para o uso de estratégias de reciclagem em seu processo 
produtivo, as organizações podem dispor de oportunidades para qualificar as 
suas operações, tornando-as como empresas possuidoras de um processo de 
desenvolvimento sustentável, os quais podem ser evidenciados nos seguintes 
aspectos: 
 
 
- Redução de custos operacionais de produção, pois com a reciclagem de 
materiais, estes podem ser reutilizados para fabricar produtos novos, 
complementando o ciclo de materiais, assim menos de 3% destes materiais se 
convertem em desperdício. 
 
- A vantagem competitiva que a empresa pote ter, elevando o grau de lealdade 
e confiança dos seus clientes, pois estes terão o prazer em participar do 
processo de compra, no qual usam produtos e processos que poderão ser 
reciclados. 
 
3. Como o ambiente legislativo afeta as estratégias de operações de uma 
organização e como isso pode convertido em oportuni dades 
 
- Como o um ambiente legislativo afeta a estratégia de operações de uma 
organização? 
Com o sanção da Lei 12.305/10, foi instituída a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos (PNRS), que definiu os princípios, objetivos e instrumentos, bem como 
diretrizes, relativas à gestão e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos 
os perigosos, em âmbito nacional. 
Entre os conceitos introduzidos está a responsabilidade compartilhada pelo ciclo 
de vida dos produtos é o "conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas 
dos fabricantes, importadores,distribuidores e comerciantes, dos consumidores 
e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos 
sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem 
como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade 
ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei." Quer 
dizer que a Lei exige que as empresas assumam o retorno dos seus produtos 
descartados (ou seja, a retornabilidade dos produtos usados) e cuidem da 
adequada destinação, ao final de seu ciclo de vida útil. 
Afim de viabilizar esta responsabilidade compartilhada, entra o instrumento da 
logística reversa que é definido pela Lei 12.305/10 como "instrumento de 
desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, 
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos 
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou 
em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente 
adequada". 
O processo da logística reversa responsabiliza as empresas e estabelece uma 
integração de municípios na gestão do lixo. Neste processo, os produtores de 
um eletroeletrônico, por exemplo, têm que prever como sedará a devolução, a 
reciclagem daquele produto e a destinação ambiental adequada, especialmente 
dos que eventualmente poderão retornar o ciclo produtivo. 
 
Esta pressão por parte da legislação pode ser convertida em oportunidades da 
seguinte forma: 
 
Criando possibilidades de dar para a empresa um grande passo, rumo ao 
desenvolvimento sustentável, tornando assim uma organização excelente; 
 
A pressão legislativa promoverá uma forma eficaz de redução de custos com a 
reutilização e a redução do consumo de matérias-primas. 
 
4. Considerações finais 
O diferencial competitivo hoje é pré-requisito para qualquer organização se 
manter no mercado, e para isso ela deve estar atendas as grandes mudanças 
das necessidades do mercado em atenção aos seus consumidores. 
A estratégia de operações vem em seguida a ser um carro chefe na condução 
dos negócios da empresa voltada para a melhoria na qualidade dos produtos e 
serviços ofertados e no atendimento ao público externo. 
O desenvolvimento sustentável também é um fator que não pode estar ausente 
na filosofia de desenvolvimento de qualquer empresa, sua operações e suas 
estratégias operacionais devem estar voltadas para manter a saúde do meio 
ambiente e na qualidade de vida do planeta, onde isso hoje é um grande 
diferencia competitivo. 
a legislação ambiental brasileira, já tomou as providencias cabíveis, evitando os 
prejuízos ambientais causados por ações de poluição geradas pelas entidades 
organizacionais. Por meio do impacto potencial da ação legislativa sobre todo os 
negócios, as empresas se viram obrigadas a desenvolver, projetar e aplicar um 
processo de desenvolvimento sustentável. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
<http://www.administradores.com.br/producao-academica/satisfacao-do-
cliente/2859/> acesso em: 15.10.2017 as 19:16 
 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Tributo_ambiental> Acesso em: 15.10.2017 as 
20:29 
 
BRAZIL, <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm> acesso em 17.10.2017 
 
HOFFMAN, K. Douglas.; BATESON, John E. G. Princípios de marketing de 
serviços, conceitos, estratégias e casos, 2 ed. São Paulo: Pioneira Thomson 
Learning, 2003. 
 
STELO, Gilmar. Política tributária e meio ambiente. Brasília : OAB Editora, 
2009. 
 
AMARAL, Alberto. Comércio internacional e a proteção do meio ambiente. São 
Paulo : Atlas, 2011. 
 
BERNARDI, Luis Antonio. Manual de plano de negócios : fundamentos, 
processos e reestruturação. São Paulo : Atlas, 2014.

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