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14/09/2017 1 Helicobacter pylori Helicobacter pylori Bacilo Gram-negativo Forma helicoidal Família Enterobacteriaceae. Cumprimento entre 2 a 4 μm Diâmetro que varia entre 0,5 e 1 μm. Cromossoma circular envolvido por uma dupla membrana – uma membrana interna (citoplasmática); periplasma e uma membrana externa de fosfolipídios e LPS (lipopolissacarídeos). Patógeno extracelular que coloniza a superfície da mucosa gástrica dos seres humanos. Apresenta entre 2 a 6 flagelos unipolares com cerca de 3 μm de comprimento cada, os quais são importantes para a rápida mobilidade da bactéria na mucosa gástrica. Morfologia e composição da H. pylori. De © 2008 Michelle Wiepje. Patógeno microaerofílico (requer baixos níveis de oxigênio) e o seu ótimo crescimento ocorre na presença de 5 a 15% de oxigênio. Em 1994, a Agência Internacional para Pesquisa no Cancro (AIPC), uma organização subordinada da Organização Mundial de Saúde (OMS), considerou esta bactéria um carcinogenio do tipo I, devido à sua íntima associação com o cancro gástrico. Possíveis vias de transmissão Pessoa para pessoa, por iatrogenia e por contato com água com contaminação fecal. Especula-se que seja: Via oral-oral - saliva, placa dentária e refluxo do conteúdo gástrico ou vômito ou via fecal-oral. A transmissão nasocomial ser o único modo de transmissão comprovado, em termos quantitativos este é considerado insignificante. Essa bactéria também já foi isolada a partir de primatas não – humanos e de gatos domésticos. Epidemiologia A infeção por H. pylori possui uma elevada prevalência, sendo que cerca de 50% da população mundial encontra-se infectada. É considerado um problema de saúde tanto nos países em desenvolvimento como nos países desenvolvidos, possuindo uma prevalência de cerca de 70% e entre 30 e 40%, respetivamente. Helicobacter pylori. De iStock.com/iLexx. 14/09/2017 2 Quais são os sintomas da infecção pelo H. pylori? •Uma dor chata ou queimação no seu abdome •Náuseas •Vômitos •Eructos (arrotos) frequentes •Estufamento •Perda de peso Quando procurar o médico? •Dor abdominal acentuada ou persistente •Dificuldade para engolir •Fezes sanguinolentas ou pretas como piche •Vômitos escuros ou que lembram grãos de café. Prevalência da infecção Área geográfica, raça, etnia, idade e condição sócio-econômica. Adquirida na infância e pode permanecer por décadas a não ser que seja tratada com esquemas terapêuticos que envolvem uma combinação de fármacos, incluindo antibióticos. Contudo, a maioria das pessoas infetadas por H. pylori não desenvolve sintomas desta colonização. Apenas 15 a 20% dos indivíduos infetados desenvolvem problemas clínicos mais severos, como úlceras gastroduodenais, linfoma MALT ou cancro gástrico. Evolução: diferenças na suscetibilidade genética do hospedeiro a estirpes específicas da H. pylori, diferenças genéticas entre as estirpes da H. pylori e a fatores ambientais, como tabagismo, consumo de álcool, dieta e alto consumo de sal. Alguns estudos sugerem que dietas ricas em antioxidantes, frutas, vegetais e vitamina C possuem um efeito protetor contra o risco de infeção e desenvolvimento das doenças. Doenças Helicobacter pylori é etiologicamente associada a várias doenças gastroduodenais. Inflamação da mucosa gástrica Gastrite superficial crónica que pode evoluir para atrofia gástrica. Úlcera péptica (tanto duodenal como gástrica), sendo que pacientes infetados possuem um risco entre 10 a 20% de desenvolver ulceração. Adenocarcinoma gástrico, sendo que este ocorre entre 1 a 2% dos indivíduos infetados. Linfoma MALT (mucosa-associated lymphoid tissue), o qual ocorre em menos de 1% dos pacientes infetados. Representação esquemática das doenças relacionadas com a infeção por H. pylori. De Negrei, C., & Boda, D. (2014). The Mechanisms of Action and Resistance to Fluoroquinolone in Helicobacter pylori Infection. Coloniza a superfície do antro e do corpo do estômago, possuindo um tropismo para as junções intercelulares das células epiteliais gástricas. H. pylori foi isolada pela primeira vez em 1982 por Warren e Marshall, contudo esta bactéria coloniza os seres humanos há pelo menos 58.000 anos e encontra-se muito bem adaptada para conseguir sobreviver na mucosa gástrica humana. Para além disso, erradicação espontânea desta bactéria do estômago humano é um evento raro. Colonização e Fatores de virulência 14/09/2017 3 Resumidamente, o mecanismo de colonização pela H. pylori envolve quatro principais etapas: 1.penetração nas criptas das células epiteliais da superfície do estômago; 2.adaptação ao ambiente; 3.fixação às células epiteliais; 4.inflamação da mucosa gástrica / aumento das espécies reativas de oxigênio (ERO) e nitrogênio (ERN), resultado numa gastrite crônica. Após a exploração dos mecanismos de defesa do hospedeiro, o patógeno pode adquirir nutrientes e consequentemente replicar-se com sucesso. Características que permitem a H. pylori desenvolver-se no estômago são: •Mobilidade e penetração na camada de muco viscoso do estômago devido à presença de flagelos e da forma helicoidal, respetivamente; •Capacidade para alterar o pH do estômago através da produção da enzima urease, a qual hidrolisa a ureia em amônia e dióxido de carbono, aumentando deste modo o pH no estômago e consequentemente protegendo a bactéria da acidez gástrica; •Presença de adesinas bacterianas que permitem que a bactéria se ligue à superfície das células epiteliais, como as adesinas HpaA (H. pylori adhesion A); BabA (blood group antigen-binding adhesin); SabA (sialic acid binding adhesin) e OMPs (outer membrane proteins); • Indução de uma resposta inflamatória, devido à presença de LPS na membrana externa; • Produção de fatores de virulência, como por exemplo, as citotoxinas VacA (vacuolating cytotoxin A); CagA (cytotoxin associated gene A); CagPAI (CagA pathogenicity Island), CagE (cytotoxin associated gene B), IceA (induced by contact with epithelium) e HP-NAP (neutrophils- activating protein); • A proteína CagA afeta a transdução de sinais nas células do hospedeiro e é associada com uma proeminente resposta inflamatória, com o rearranjo do citoesqueleto e com a presença de cagPAI (grupo de genes que codificam um sistema de secreção bacteriano); • Já a citotoxina VacA é associada à formação de vacúolos em culturas celulares, disrupção de junções epiteliais, fragmentação das mitocôndrias e indução da apoptose na mucosa gástrica. Fatores de virulência da Helicobacter pylori. Morales-guerrero, S. E., Mucito-varela, E., Aguilar-gutiérrez, G. R., Lopez-vidal, Y., & Castillo-rojas, G. (2001). The Role of CagA Protein Signaling in Gastric Carcinogenesis— CagA Signaling in Gastric Carcinogenesis. Não invasivos ou invasivos quando baseados na biopsia endoscópica. Diagnóstico •Invasivos São aqueles que requerem tecido gástrico para detectar o microrganismo: Endoscopia digestiva alta com biópsias •Teste da urease •Estudo histológico •PCR •Cultura •Não Invasivos Antígeno do "H.pylori" nas fezes •Sorologia de anticorpos IGM e IGG para HP no sangue •Teste Respiratório •Histologia: São colhidos amostras da parede do estômago (biópsias) as quais serão enviadas para um laboratório onde receberão preparo e coloração especiais. Após, serão examinadas em microscópio procurando identificar a bactéria, que é sugerida por sua aparência e local de colonização. •Cultura: Raramente utilizada na prática clínica. É difícil e cara. Uma importante aplicação da cultura (fazer crescer a bactéria em um meio de cultura apropriado) em ocasiões especiais é a determinação da sensibilidade aos antibióticos para o tratamento de organismos resistentes. Técnicas Invasivas 14/09/2017 4 Técnicas Invasivas Teste da Urease É o método endoscópico de escolha para o diagnóstico de H. pylori. •Exame de sangue: testado para anticorpos contra o H. pylori. • •Teste respiratório com ureia marcada: O paciente ingere uma cápsula, líquido ou pudim que contém ureia marcada com átomo especialde carbono. Após alguns minutos ele expira o ar em um recipiente, exalando dióxido de carbono. Se é encontrado o átomo de carbono marcado no ar expirado o H. pylori está presente, já que essa bactéria contém grande quantidade de urease uma substância química que transforma a ureia em dióxido de carbono e amônia. •Teste do antígeno fecal: O paciente colhe uma amostra de fezes que é examinada para antígenos do H. pylori. Técnica não invasivas Os primeiros tratamentos anti-H.pylori foram descritos, em 1983, e constam de um esquema trí- plice “clássico”, no qual se associa um sal de bismuto, tetraciclina (ou amoxicilina) e metronidazol (Silva et al., 2004). Tratamento de Helicobacter pylori Em um estudo realizado em Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG), utilizando como tratamento o pantoprazol 40mg, amoxicilina 1000mg e claritromicina 500mg durante 7 dias, dos pacientes avaliados, entre 87% e 95% deles erradicaram o H. pylori na análise por protocolo e entre 84,5% e 95% na análise por intenção de tratamento. Não foi observada diferença estatisticamente significativa nas taxas de erradicação entre homens (85,7%) e mulheres (83,3%) (Coelho et al., 2004). Pyloripac Retrat é o primeiro produto para o retratamento da eliminação de bactéria que provoca úlceras e gastrites. O mercado farmacêutico conta com uma inédita e exclusiva opção para a eliminação da bactéria Helicobacter pylori: o Pyloripac Retrat da Medley Indústria Farmacêutica. O medicamento foi desenvolvido especificamente para o retratamento deste microorganismo, num período de 10 dias. Segundo estudos, em 20% dos casos a eliminação da H. pylori não apresenta resultado com um tratamento convencional, sendo necessária a reindicação de um novo produto. “A resistência da bactéria, entre outros fatores, dificulta a eliminação da doença, por isto a necessidade do retratamento”, explica Juliano Arnais, gerente de produtos das linhas Gastroenterologia e Ginecologia da Medley. Com o Pyloripac Retrat, o portfólio da Medley se torna completo para o tratamento da H. pylori, com os seguintes medicamentos: Pyloripac (tratamento de sete dias para eliminação da bactéria), Pyloripac IBP (tratamento por 14 e 28 dias, para eliminação da bactéria e cicatrização da úlcera). [Preço sugerido: R$ 128,42 Registro M.S. : 1.0181.0579.001-8 | SIM – 0800 729 8000 | www.medley.com.br ] Modo de usar Retirar os comprimidos e as cápsulas, imediatamente antes do uso. O PYLORIPAC RETRAT deve ser administrado por via oral com água. Posologia Pela manhã, ao acordar (em jejum), tomar ao mesmo tempo 1 cápsula de lansoprazol 30 mg, 1 comprimido de levofloxacino 500 mg e 2 cápsulas de amoxicilina 500 mg. Aguardar pelo menos 30 minutos para se alimentar. À noite, em jejum de 3 horas, tomar ao mesmo tempo 1 cápsula de lansoprazol 30 mg e 2 cápsulas de amoxicilina 500 mg. Aguardar pelo menos 30 minutos para se alimentar. O tratamento é recomendado durante 10 dias ou conforme orientação médica. 14/09/2017 5 A infecção pelo H. pylori pode ser prevenida? Ninguém sabe com certeza como a infecção pelo H. pylori se dissemina, o que torna a prevenção difícil. Pesquisadores estão tentando desenvolver uma vacina para prevenir – e mesmo curar - a infecção pelo H. pylori. Para ajudar a prevenir a infecção algumas ações podem ser realizadas: •Lavar suas mãos com sabão e água após usar o banheiro e antes de comer •Comer alimentos que tenham sido bem lavados e cozidos apropriadamente •Tomar água de uma fonte limpa e segura Se você está preocupado com a infecção pelo H. pylori ou pensa que possa estar em risco de um câncer de estômago, fale para o seu médico. Juntos vocês podem decidir se haverá benefício ou não na procura da bactéria. Fontes: http://knoow.net/ciencmedicas/medicina/helicobacter-pylori-bacteria/ http://www.esadi.com.br/aparelho-digestivo/doenca/helicobacter-pylori-h-pylori/ https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/viewFile/1479/1233 http://www.repositorio.ufba.br:8080/ri/bitstream/ri/5710/1/5886-16316-1-PB%5B1%5D.pdf http://knoow.net/ciencmedicas/medicina/helicobacter-pylori-bacteria/ http://www.esadi.com.br/aparelho-digestivo/doenca/helicobacter-pylori-h-pylori/ https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/viewFile/1479/1233 http://www.repositorio.ufba.br:8080/ri/bitstream/ri/5710/1/5886-16316-1-PB[1].pdf
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