A europa_do_seculo_xix_-_revolucoes_liberais,_nacionalismo_e_socialismo

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HISTÓRIA: DAS CAVERNAS 
AO TERCEIRO MILÊNIO
PARTE 2 
 CAPÍTULO 22
Europa do século XIX: revoluções liberais, 
nacionalismo e socialismo 
EUROPA DO 
SÉCULO XIX: 
REVOLUÇÕES LIBERAIS, 
NACIONALISMO E 
SOCIALISMO 
2 2
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HISTÓRIA: DAS CAVERNAS 
AO TERCEIRO MILÊNIO
PARTE 2 
 CAPÍTULO 22
Europa do século XIX: revoluções liberais, 
nacionalismo e socialismo 
Europa após o Congresso de Viena
n Congresso de Viena (1814-1815): reunião de lideranças das potências 
europeias para redefinir o mapa europeu e reorganizar o poder nos Estados 
após as Guerras Napoleônicas. Seus objetivos eram:
•	 conter	movimentos	sociais	revolucionários;
•	 	restituir	privilégios	da	nobreza	e	do	clero	e	o	poder	da	monarquia	em	
diversos países.
n Apesar dos esforços em restaurar na Europa a ordem anterior à Revolução 
Francesa, determinadas transformações econômicas, políticas e sociais se 
mostraram irreversíveis:
•	 o	avanço	da	industrialização;
•	 o	fortalecimento	do	capitalismo e da burguesia;
•	 o	crescimento	da	classe trabalhadora.
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AO TERCEIRO MILÊNIO
PARTE 2 
 CAPÍTULO 22
Europa do século XIX: revoluções liberais, 
nacionalismo e socialismo 
Liberalismo
n As ideias liberais, identificadas com a burguesia em ascensão, 
desdobraram-se nos campos da política e da economia europeias ao 
longo dos séculos XVIII e XIX.
Ideias liberais no campo econômico Ideias liberais no campo político
n Liberdade na prática das atividades 
produtivas e comerciais, sem a 
interferência do Estado.
n Laicização do Estado.
n Instituição de monarquias 
constitucionais ou de repúblicas 
como formas de governo.
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AO TERCEIRO MILÊNIO
PARTE 2 
 CAPÍTULO 22
Europa do século XIX: revoluções liberais, 
nacionalismo e socialismo 
Onda revolucionária na Europa 
no século XIX
n Forças políticas em disputa durante as revoluções liberais:
n	Movimentos	liberais,	nacionalistas	e	também	socialistas	questionaram	a	
tentativa de restauração do Antigo Regime por parte dos participantes do 
Congresso	de	Viena.
Conservadores
Desejavam manter o 
regime absolutista.
Década de 1820
Teve início uma 
onda de revoluções 
na Europa: 
Portugal, Espanha, 
Nápoles	e	Grécia.
Liberais
Defendiam o fim ou a limitação do 
poder dos monarcas e a garantia 
da liberdade produtiva e comercial.
Década de 1830
Ocorreram outros movimentos 
populares	na	Europa;	foram	
derrotados	na	Alemanha,	Itália	e	
Polônia, mas foram bem- 
-sucedidos	na	França	e	na	Bélgica.
Trabalhadores
Lutavam por melhores 
condições de vida.
¡ A burguesia consolidou 
seu poder político.
¡ A classe operária 
tornou-se independente 
e politicamente 
consciente.
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1848: a Primavera dos Povos
Durante 1848, revoltas populares eclodiram em várias partes da Europa. 
Esse conjunto de movimentos sincrônicos e sem articulação direta ficou 
conhecido como Primavera dos Povos.
n Motivada por uma crise econômica. Aumento do desemprego e do 
custo de vida.
Interesse da burguesia industrial Interesse das camadas médias e pobres
n Acabar com os entraves do Antigo 
Regime ao desenvolvimento da 
produção.
n Promover transformações 
sociais que melhorassem suas 
condições de vida.
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Europa do século XIX: revoluções liberais, 
nacionalismo e socialismo 
n	Apesar	da	intensa	mobilização,	as	revoltas	foram	quase	todas	derrotadas,	
com exceção da ocorrida na França:
n A Primavera dos Povos teve importância histórica significativa, pois 
possibilitou	a	derrubada	dos	últimos	resquícios	do	absolutismo	monárquico	
e	da	tradição	aristocrática	na	Europa,	consolidando as conquistas 
burguesas.
n	Vários	ideais	diversos	se	manifestaram	nas	revoluções	de	1848:	liberais,	
democratas, socialistas e nacionalistas.
Um levante popular 
depôs	o	rei	Luís	Filipe	I 
e foi proclamada a 
Segunda República 
Francesa (1848-1852).
Liberais, democratas e 
socialistas entraram em 
conflito. A burguesia 
massacrou o levante 
popular dos socialistas e 
da população pobre.
Em 1848, Luís Napoleão 
Bonaparte foi eleito 
presidente por voto direto. 
Entretanto, em 1851 deu 
um golpe de Estado e foi 
eleito cônsul, abrindo 
caminho para sua ascensão 
ao trono imperial.
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nacionalismo e socialismo 
Nacionalismos
n A ideia de pertencimento a uma nação com língua, cultura e história comuns 
forjou-se,	aos	poucos,	durante	o	século	XIX.
n Os países europeus utilizaram argumentos nacionalistas para legitimar seu 
expansionismo territorial e comercial.
n Povos dominados fizeram uso das ideias nacionalistas para lutar pela 
emancipação em relação aos países invasores.
Nação Nacionalismo
Conceito político ligado à existência 
de uma unidade linguístico-cultural de 
um	povo;	incorporou-se	a	ele,	durante	
o	século	XIX,	a	noção	de	unidade	
territorial e política.
Ideologia	com	base	na	qual	se	defende	
a existência de laços culturais, 
históricos e linguísticos entre os 
habitantes	de	um	território,	que	
justificam	a	preferência	por	tudo	o	que	
pertence à nação.
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 CAPÍTULO 22
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nacionalismo e socialismo 
Unificação italiana
No	começo	do	século	
XIX,	a	Península	
Itálica	estava	dividida	
politicamente.
Alguns grupos discutiam 
a unificação italiana.
Em 1858, o conde de 
Cavour	(monarquista	liberal)	
promoveu alianças militares 
com outros países para 
enfraquecer	a	Áustria;	anexou	
a Toscana, Parma, Módena e 
parte dos Estados Pontifícios.
Em 1860, Giuseppe 
Garibaldi (republicano) 
conquistou	as	Duas	
Sicílias. Em 1870, os 
exércitos	da	Itália	
conquistaram	Roma.
A unificação só se 
completou após a 
Primeira Guerra Mundial, 
com a anexação de 
Trentino, Trieste e Ístria.
Em 1929, pelo Tratado 
de Latrão, criou-se o 
Vaticano,	completando	o	
processo de formação da 
Itália.
Destacaram-se os seguintes:
¡ Carbonários:	grupo	heterogêneo,	que	
congregava	monarquistas	liberais	e	
republicanos, pertencentes à burguesia 
ou à aristocracia militar.
¡ Jovem Itália: grupo	que	contava	com	
elementos	da	média	e	da	pequena	
burguesias,	que	desejavam	instalar	uma	
república.
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 CAPÍTULO 22
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nacionalismo e socialismo 
12° L
40° N
Palermo Messina
Marsala
Roma
Pontecorvo
Nápoles
Elba
Córsega
Módena
Parma
Florença
Veneza
Castelfidardo
Ferrara
Régio
Calatafimi
Trento
SolferinoMilão
Gênova
Alexandria
Turim
Cagliari
IMPÉRIO
AUSTRÍACO
FRANÇA
MAR TIRRENO
MAR
ADRIÁTICO
Insurreições de 1848
Movimentos revolucionários
anteriores a 1848
Reino do Piemonte-
-Sardenha
Ducado de Toscana
Ducado de Módena
Ducado de Parma
Ducado de Lucca
Estados da Igreja
Tirol
Reino das Duas Sicílias
Territórios sob
domínio austríaco
Reino Lombardo-Veneziano
Expedição de Garibaldi e 
os camisas vermelhas
Avanço do Exército 
piemontês
Insurreições populares
Principais batalhas
Conflitos durante a unificação italiana
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Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 134.
90 km
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 CAPÍTULO 22
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nacionalismo e socialismo 
Unificação alemã
Século XIX
A região da 
atual Alemanha 
era formada 
por Estados 
autônomos.
1858
Otto von Bismarck foi nomeado 
primeiro-ministro da Prússia 
e conseguiu apoio da nobreza 
e da alta burguesia para 
realizar a unificação. Bismarck 
modernizou	o	exército	e	
transformou a Prússia em uma 
das	potências	bélicas	europeias.
1815
A fundação da 
Confederação 
Germânica estabeleceu 
a influência da Prússia 
e da Áustria sobre 
os demais Estados 
germânicos.
1866
Com a ajuda da 
Itália,	Bismarck	
venceu	a	Áustria	
e organizou a 
Confederação 
Germânica do 
Norte.
1834
A Prússia instituiu o Zollverein, união 
aduaneira entre diversos Estados 
germânicos,	com	exceção	da	Áustria.	A	
medida	fortaleceu	a	Prússia,	que	ascendeu	
como potência da região, e os Estados 
germânicos	que	se	desenvolveram	
sob o Zollverein passaram a apoiar a 
unificação alemã.
1870-1871
Guerra Franco-Prussiana
	Napoleão	III	declarou	guerra	
à	Prússia,	que	conseguiu	o	
apoio dos Estados germânicos 
do sul. Com a vitória da 
Prússia no conflito, Bismarck 
e	o	rei	Guilherme	I	fundaram	
o Segundo Reich Alemão.
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Europa do século XIX: revoluções liberais, 
nacionalismo e socialismo 
A unificação alemã
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Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Barcelona: Larousse, 2010. p. 237.
HANÔVER
OLDENBURG
SCHLESWING
HOLSTEIN
MECKLEMBOURG
Dantzig
Berlim
LAUENBURG
BAVIERA
WURTEMBERG
Estrasburgo
HESSE
NASSAU
LIPPE
BRUNSWICK
ANHALT
THURINGE
Bad Ems
Colônia
SAXÔNIA
Munique
51° N
14° L
MAR DO NORTE
MAR BÁLTICO
DINAMARCA
IMPÉRIO RUSSO
IMPÉRIO AUSTRÍACO
FRANÇA
Prússia em 1861
Ducado administrado 
pela Prússia
Aquisições da Prússia
Aquisições prussianas 
em 1866
Confederação Germânica 
do Norte (1866-1871)
Estados do sul
Limites do Império 
Alemão em 1871
Alsácia-Lorena
Estados independentes
Ducado administrado 
pela Áustria
80 km
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PARTE 2 
 CAPÍTULO 22
Europa do século XIX: revoluções liberais, 
nacionalismo e socialismo 
O surgimento das ideias 
socialistas e anarquistas
n	Para	os	pensadores	do	liberalismo	clássico,	as	bases	do	avanço	da	
humanidade estavam na razão, na ciência e no progresso.
n	Entretanto,	as	péssimas	condições	de	vida	dos	trabalhadores	industriais	
durante	o	século	XIX	mostravam	que	a	era	do	progresso	e	das	grandes	
descobertas no campo da ciência não tinham vencido a pobreza e a 
exploração do trabalho.
n	Nesse	contexto,	foram	elaboradas	teorias	nas	quais	se	defendia	a	
humanização do capitalismo ou sua destruição. Três dessas teorias se 
destacaram:
•	socialismo utópico;
•	socialismo científico;
•	anarquismo.
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nacionalismo e socialismo 
Socialistas utópicos
n Os socialistas utópicos criticaram o aumento da pobreza e a exploração dos 
trabalhadores no sistema capitalista, e propuseram mudanças na sociedade 
para	que	esta	se	tornasse	mais	justa	e	igualitária.
“O	pior	problema	da	sociedade	é	a	
ociosidade de determinados grupos da 
população,	como	o	dos	proprietários.	
Todos devem trabalhar e ser remunerados 
de acordo com sua produção.”
Claude-Henri de 
Rouvroy (conde de 
Saint-Simon)
(1760-1825)
Charles Fourier
(1772-1837) 
“Nos falanstérios	não	haverá	
propriedade privada e todos 
poderão trabalhar e participar 
das decisões da comunidade. A 
partir	do	momento	em	que	os	
falanstérios	passarem	a	funcionar,	
toda	a	sociedade	seguirá	seu	
exemplo.”
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Robert Owen
(1771-1858)
“Reduzi a carga horária dos meus 
funcionários para 10 horas diárias e 
construí escolas, creches e hospitais. 
Como isso não foi suficiente, criei 
núcleos corporativos em que não 
havia propriedade privada e onde 
os trabalhadores eram produtores e 
consumidores do que fabricavam. Por 
conta disso, fui banido da Grã-Bretanha.”
Os socialistas utópicos foram assim chamados por Karl Marx e Friedrich Engels, que 
consideravam utopia a possibilidade de cooperação entre as classes.
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PARTE 2 
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nacionalismo e socialismo 
Socialismo científico
n Karl Marx e Friedrich Engels desenvolveram	uma	profunda	análise	do	
capitalismo com o objetivo de proporcionar aos trabalhadores uma teoria e 
um programa de ação para a derrubada do sistema capitalista e a construção 
do socialismo.
n A seguir, os principais conceitos do marxismo.
•	 	Materialismo histórico:	as	maneiras	com	que	os	seres	humanos	se	
organizam para produzir as condições materiais de sua existência (modos 
de produção) condicionam a vida social, política, cultural e ideológica.
•	 	Materialismo dialético:	todo	sistema	econômico	está	em	constante	
transformação,	gerando	contradições	internas	que	conduzem	a	sua	
destruição	e	à	formação	de	outro,	que	o	substitui.
•	 	Luta de classes: as sociedades humanas têm sido marcadas pelo conflito 
entre	camadas	sociais	com	interesses	antagônicos	e	inconciliáveis;	esse	
conflito	é	o	motor	das	transformações	sociais	ao	longo	da	história.
•	 	Mais-valia:	é	a	diferença	entre	o	valor	da	riqueza	que	o	operário	produz	
com	o	seu	trabalho	e	o	que	ele	recebe	na	forma	de	salário.
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Sociedade capitalista segundo o marxismo
Burguesia
Proletariado
Detentora 
dos meios de 
produção
Detentor da força de trabalho
Burgueses 
exploram os 
trabalhadores por 
meio da mais-valia.
Trabalhadores 
vendem sua força 
de trabalho aos 
burgueses.
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Revolução proletária
n Para Marx e Engels, superar o capitalismo e atingir uma sociedade sem 
classes só seria possível por meio de uma revolução socialista.
Burguesia
Burguesia
Proletariado
Proletariado
Sociedade sem 
classes
Sociedade capitalista Ditadura do proletariado Comunismo
As ideias e a produção intelectual de Marx e Engels serviram de base para as lutas sindicais e 
políticas	dos	trabalhadores	em	vários	países.
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Luta feminina
n Até o século XIX, apesar das mudanças sociais e econômicas ocorridas por 
conta da industrialização, a maior parte das mulheres ocupava um papel 
secundário na sociedade capitalista.
•	 	Mulheres ricas: educadas para o casamento e para a submissão ao marido.
•	 	Mulheres pobres: trabalhavam nas fábricas, recebiam salários menores 
que os dos homens e enfrentavam dupla jornada de trabalho (na indústria 
e em casa).
n Influenciadas pelas teorias liberais, socialistas utópicas e marxistas, diversas 
mulheres organizaram marchas, petições, clubes populares e jornais para 
lutar pela igualdade de direitos.
Reivindicações das mulheres no século XIX
¡ Direito ao voto feminino.
¡ Legalização do divórcio.
¡ Direito à educaçãode boa qualidade.
¡ Condições igualitárias no trabalho.
Precursoras do 
movimento feminista
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nacionalismo e socialismo 
Ideias anarquistas
n O anarquismo	foi	concebido	no	século	XVIII,	quando	William	Godwin	
propôs uma sociedade sem propriedade privada e sem formas de autoridade.
n	Em	meados	do	século	XIX,	as	ideias	de	Godwin	foram	desenvolvidas	por	
outros teóricos, como Proudhon, Bakunin e Kropótkin.
n	Principais	ideias	anarquistas:
•	 Livre	associação	dos	trabalhadores.
•	 Inexistência	do	Estado.
•	 Superação	de	qualquer	autoridade:	família,	Igreja	etc.
Os	primeiros	anarquistas	tinham	em	comum	a	oposição	ao	marxismo,	por	serem	contra	a	
ditadura	do	proletariado	e	avessos	a	qualquer	forma	de	governo	e	hierarquia.
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Organização proletária
n Sindicato:	associação	de	trabalhadores	assalariados	que	luta	para	defender	
ou	melhorar	as	condições	de	trabalho	e	de	salários	de	seus	associados.
•	 	Os	primeiros	sindicatos	foram	organizados	na	Grã-Bretanha,	na	segunda	
metade	do	século	XVIII,	e,	em	seguida,	na	França.	 Foram proibidos 
nesses	países,	mas	funcionaram	clandestinamente	até	o	final	do	século	
XIX,	quando	foram	legalizados.
•	 	Durante	o	século	XIX,	os	sindicatos	se	espalharam	pela	Europa,	Estados	
Unidos	e	América	Latina.
n Anarcossindicalismo: corrente	sindical	que	defendia	a	construção	de	uma	
sociedade	de	indivíduos	livres,	que	só	seria	possível	pela	ação	direta	dos	
trabalhadores, por meio de uma greve geral dirigida pelos sindicatos. 
Essa corrente foi trazida ao Brasil pelos imigrantes italianos.
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 CAPÍTULO 22
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nacionalismo e socialismo 
Associação Internacional dos Trabalhadores
Século XIX
Difusão do 
pensamento 
marxista entre 
os	operários.
1869
Mikhail Bakunin e seus 
companheiros ingressam 
na	Internacional,	
iniciando uma disputa 
com os marxistas sobre 
o modo de organização 
da	AIT	e	as	estratégias	de	
luta dos trabalhadores.
1864
Fundação da Associação 
Internacional dos 
Trabalhadores (AIT)	em	Londres.
1872
As divergências 
entre	anarquistas	e	
marxistas atingem 
o	auge;	Bakunin	
é	expulso	da	AIT	
e	a	organização	é	
transferida para 
Nova York.
1876
Dissolução 
da	AIT.
1866
O manifesto e os estatutos da 
associação redigidos por Karl Marx 
são aprovados em um congresso 
em	Genebra.	A	Internacional	aprova	
uma	pauta	de	caráter	socialista.
1889
Sob a iniciativa de 
Friedrich Engels, 
membros de 
partidos comunistas 
de	vários	países	
criam a Segunda 
Internacional, 
sem a presença de 
anarquistas.
Também	conhecida	como	
Primeira Internacional.
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 CAPÍTULO 22
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nacionalismo e socialismo 
Comuna de Paris
1870
Com a derrota da França na 
Guerra Franco-Prussiana, Louis 
Adolphe Thiers é eleito líder 
do Governo Provisório.
Bismarck envia seu exército 
para tomar Paris, entretanto, 
moradores da cidade formam 
uma Guarda Nacional para 
resistir ao invasor.
1871
Os parisienses não aceitam 
a rendição da França, 
depõem o governo francês 
e proclamam a Comuna 
de Paris. A Comuna 
estruturou uma nova 
organização de poder na 
cidade e tomou medidas 
em prol dos trabalhadores.
Cerca de dois meses 
depois da fundação 
da Comuna, Adolphe 
Thiers e o Exército 
prussiano se aliam para 
destruí-la; após terem 
prendido e executado 
milhares de parisienses, 
conseguem colocar fim 
ao movimento.
Características e medidas da Comuna de Paris
¡ Gerida totalmente pelos trabalhadores.
¡ Influenciada por ideias socialistas e anarquistas.
¡ Eleição dos líderes por sufrágio universal.
¡ Controle estatal sobre as fábricas abandonadas na cidade.
¡ Instituição do ensino laico e gratuito para todos.
¡ Congelamento de preços de mercadorias e de aluguéis.
¡ Redução da jornada de trabalho e extinção do trabalho noturno.
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