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O PAPEL LEGAL DO GESTOR IMOBILIÁRIO

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Prévia do material em texto

O PAPEL LEGAL 
DO GESTOR 
IMOBILIÁRIO
Professora Esp. Claudete Cristina Iwata
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; IWATA, Claudete Cristina.
 
 O Papel Legal do Gestor Imobiliário. Claudete Cristina 
Iwata. 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2015. Reimpresso em 2019.
 198 p.
 “Graduação - EaD”.
 
 1. Gestão. 2. Mercado. 3.Imobiliário. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-8084-920-2
 CDD - 22 ed. 333.33
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Head de Curadoria e Inovação
Jorge Luiz Vargas Prudencio de Barros Pires
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Gerência de Curadoria
Giovana Costa Alfredo
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais
Nádila Toledo
Supervisão Operacional de Ensino
Luiz Arthur Sanglard
Coordenador de Conteúdo
Paulo Pardo
Designer Educacional
Rossana Costa Giani
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
Fernando Henrique Mendes
Qualidade Textual
Keren Pardini
Nayara Valenciano
Ilustração
Fernando Henrique Mendes
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Pró-Reitor de 
Ensino de EAD
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
Professora Esp. Claudete Cristina Iwata
Especialização em Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Empresarial pelo 
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicas, Brasil(2000)
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SEJA BEM-VINDO(A)!
Querido(a) aluno(a), seja muito bem-vindo(a) ao mercado imobiliário. É com muita satis-
fação que abro as portas desse nobre caminho ao Universo do Conhecimento para que 
juntos possamos alcançar lugares ainda desconhecidos, descobrir novas possibilidades, 
conquistar nossos objetivos e realizar nossos sonhos. 
Basta observar ao nosso redor para ver que muitos corretores de imóveis exercem a profis-
são sem ter preparo, conhecimento ou qualificação. Eles não sabem quais são as leis apli-
cáveis em cada caso, não sabem diferenciar um conselho de um sindicato, não conhecem 
o alcance das leis, muito menos sabem interpretar documentos e que, acima de tudo, po-
derão ser responsabilizados por seus atos ou omissões se vierem a prejudicar seu cliente.
Essa situação é compreensível, uma vez que a legalização da nossa profissão se deu há 
pouco mais de 50 anos, com a legislação COFECI – Conselho Federal de Corretores de Imó-
veis, quando foram instituídos nossos deveres e direitos, complementados, em 2002, com 
o Código Civil Brasileiro, em seu Capítulo XIII, por 8 artigos relacionados à corretagem.
Nesta disciplina, aprenderemos que a profissão deve ser exercida com preparo, conheci-
mento e qualificação, apresentarei a você quais são as leis diretamente relacionadas ao nos-
so dia a dia, à forma correta dos procedimentos e, claro, quais são nossos direitos e deveres.
Você saberá o que significa COFECI Conselho Federal de Corretores de Imóveis, CRECI 
– Conselho Regional de Corretores de Imóveis, SECOVI – Sindicato da Habitação e Con-
domínios, SINDIMÓVEIS – Sindicato dos Corretores de Imóveis, para que servem e qual 
é a importância da sua participação nos conselhos e nos sindicatos.
O Papel Legal do Gestor Imobiliário transpassa a esfera legal, atingindo o universo da so-
ciedade como lugar onde nós vivemos, nos desenvolvemos, formamos família, criamos 
nossos filhos e realizamos nossos sonhos. 
Nossa profissão tem um grau de nobreza na dimensão da responsabilidade, em que 
devemos conhecer e cumprir com nosso Papel Legal.
Para que você possa vislumbrar o que consideraremos nesta obra, passarei a seguir os 
redundância principais tópicos a serem tratados:
Na unidade I, veremos a história da profissão de corretor de imóveis, a história da lega-
lização desta profissão, organismos fundamentais para o corretor de imóveis, que são o 
COFECI e o CRECI, e outros, como o SINDIMÓVEIS e o SECOVI.
Na unidade II, veremosque a legislação se divide em RESOLUÇÕES, LEIS, DECRETOS e 
PORTARIAS. Estudaremos os aspectos mais relevantes da parte legal, apresentando para 
os artigos mais importantes comentários úteis ao desempenho da profissão.
A primeira é a Lei nº 4.116, de 27 de agosto de 1962, a primeira a ser devidamente apro-
vada. Por meio dela, o poder legislativo nacional reconheceu a profissão de CORRETOR 
DE IMÓVEIS. 
Em seguida, vem a Lei 6.530, de 12 de maio de 1978, que substitui a anterior com algu-
mas inovações, regulamentada pelo Decreto nº 81.871, de 29 de junho de 1978.
APRESENTAÇÃO
O PAPEL LEGAL DO GESTOR IMOBILIÁRIO
O estudo e compreensão da legislação específica são fundamentais para o bom profis-
sional. Assim, ficarão muito claros os direitos e deveres quanto ao exercício da profissão.
Na unidade III, veremos que o Código Civil que entrou em vigor em 2002 destinou 
um capítulo especialmente para o Corretor de Imóveis. Os direitos e deveres estão 
bem explicitados, inclusive a obrigação de atender o cliente com lisura sob pena de 
responder legalmente por ações ou omissões.
Encerrando a parte legal, estudaremos a Lei de Locação. Mediante esta, o corretor 
saberá agir na locação, administração e na venda. A leitura é obrigatória e o enten-
dimento tornará o desenvolvimento do trabalho muito mais fácil.
Na unidade IV, no intuito de despertar o bom profissional que existe dentro de cada 
um, o capítulo intitulado RESPONSABILIDADE DO GESTOR trata do profissional en-
quanto pessoa. Na maioria das vezes, sabemos o que devemos fazer, o que não sa-
bemos é por que não fazemos.
A ATITUDE está diretamente ligada à NECESSIDADE; enquanto a segunda não surge, 
a primeira não é acionada. Todavia, nem sempre temos tempo hábil para tomar ati-
tude, por isso, a palavra DESPERTAR vem como provocador da ATITUDE, antes que 
surja emergencialmente a NECESSIDADE.
O Corretor compreenderá o que está fazendo e deixará de agir automaticamente e 
de forma empírica. O trabalho se tornará muito mais agradável ao percebermos o 
que estamos fazendo, para que e como faremos.
Trabalhando corretamente, a REMUNERAÇÃO, um dos objetivos do trabalho do 
Corretor, será merecida. Existe uma tabela de honorários às quais o corretor deverá 
obrigatoriamente obedecer. Muitos não conhecem nem sabem como obtê-la.
A cada OPERAÇÃO IMOBILIÁRIA corresponderá um honorário diferente. A tabela, 
que é elaborada pelo sindicato e homologada pelos CRECIs de cada região, apre-
senta uma por uma.
Na unidade V, aprenderemos quais são as principais OPERAÇÕES IMOBILIÁRIAS e os 
aspectos mais relevantes sobre cada uma delas: VENDA, COMPRA, PERMUTA, LOCA-
ÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, LOTEAMENTOS, INCORPORAÇÕES, ASSESSORIA, CONSUL-
TORIA e PARECER TÉCNICO DE AVALIAÇÃO MERCADOLÓGICA. 
Diferenciaremos GESTOR de CORRETOR e, assim, saberemos que, quando qualificados, 
os profissionais fazem questão de propagar os conhecimentos adquiridos, como for-
ma de mostrar ao cliente que estão atualizados e, assim, obter vantagem competitiva.
Encerraremos nossa jornada de estudos abordando nosso foco principal, o CLIENTE; 
é para ele todo nosso empenho de sempre melhorar.
Desejo que aprecie a obra e venha a fazer parte dos profissionais que têm orgulho 
de dizer que são CORRETORES DE IMÓVEIS.
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS
15 Introdução
16 História da Profissão 
19 História da Legalização 
24 COFECI - Conselho Federal de Corretores de Imóveis 
26 CRECI - Conselho Regional de Corretores de Imóveis 
27 Como me Tornar um Corretor de Imóveis? 
40 Corretor X Gestor 
41 Sindicatos 
42 Secovi 
43 Sindimóveis 
44 SINCIL 
46 Considerações Finais 
UNIDADE II
O PAPEL LEGAL DO GESTOR
51 Introdução
52 Código De Ética 
58 Autorização de Venda com Exclusividade 
79 Considerações Finais 
SUMÁRIO
UNIDADE III
CONHECIMENTO DA LEI DE LOCAÇÃO
85 Introdução
86 Exercício Legal da Profissão 
88 Lei de Locação 
125 Considerações Finais 
UNIDADE IV
RESPONSABILIDADE DO GESTOR
131 Introdução
132 Código Civil Brasileiro – da Corretagem 
138 O Corretor de Imóveis 
149 Remuneração 
153 Modelo de Tabela 
159 Considerações Finais 
SUMÁRIO
11
UNIDADE V
DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO
165 Introdução
166 Operações Imobiliárias 
177 O Cliente 
184 Qualificação 
186 Considerações Finais 
189 CONCLUSÃO
190 REFERÊNCIAS
192 GABARITO
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Professora Esp. Claudete Cristina Iwata
PROFISSÃO: CORRETOR 
DE IMÓVEIS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conhecer o histórico da profissão de Corretor de Imóveis.
 ■ Saber qual é o caminho para se tornar corretor.
 ■ Identificar os conselhos e órgãos da nossa categoria.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ História da profissão
 ■ História da legalização
 ■ COFECI
 ■ CRECI
 ■ Como me tornar um corretor de imóveis?
 ■ Corretor x Gestor
 ■ Sindicatos
 ■ SECOVI
 ■ SINDIMÓVEIS
 ■ SINCIL
INTRODUÇÃO
Em 2008, o Brasil assistiu a um verdadeiro “boom” imobiliário, ou seja, uma 
explosão repentina no mercado imobiliário com a lei da oferta e da procura em 
pleno vapor.
Muitas negociações sendo feitas, transações imobiliárias realizadas a cada 
momento, muitos investimentos, empreendimentos e, claro, muitos corretores 
de imóveis aproveitando essa boa fase.
O “boom” imobiliário foi impulsionado por vários fatores, como a estabi-
lidade da economia brasileira, queda do índice de desemprego, aumento das 
linhas de crédito com juros menores. O mercado imobiliário saiu do período 
de estagnação que vinha passando há algum tempo e junto com este período 
reaqueceu os preços.
Com toda essa evolução, percebeu-se que além de faltar corretores no mer-
cado, estão em falta profissionais competentes e qualificados.
A profissão não é mais opção de pessoas que não sabem em que trabalhar 
e decidem ser corretores de imóveis, é a profissão escolhida para nortear a vida 
da pessoa, ou seja, com a qual pretende trabalhar, se desenvolver e atingir seus 
objetivos.
Atualmente, podemos observar cada vez mais jovens escolhendo como pro-
fissão, como meio de vida, de subsistência, a de Corretor de Imóveis, porém, 
não mais aquela em nível de ensino técnico, mas de ensino superior tecnológo.
As pessoas têm compreendido a necessidade da qualificação, do preparo e 
de uma nova roupagem para o mercado imobiliário como um todo.
Há um consenso nacional de que para atuar em qualquer segmento, é pre-
ciso ter conhecimentos técnicos.
A denominação GESTOR IMOBILIÁRIO surge como forma de diferenciar 
o profissional habilitado por meio de um curso superior tecnológo.
Conhecer O PAPEL LEGAL DO GESTOR IMOBILIÁRIO é como possuir 
um ingresso sem o qual não se pode iniciar na profissão.
Ser um CORRETOR DE IMÓVEIS ou um GESTOR IMOBILIÁRIO vai 
muito além de uma credencial, depende de estudo, de conhecimento, de von-
tade e, acima de tudo, de atitude.
Introdução
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PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Nesta obra, abordaremos os principais itens que darão suporte para o bom 
desempenho na profissão. Obterá sucesso aquele que se conscientizar de que o 
conteúdo estudado é apenas o primeiro degrau a ser galgado no infinito cami-
nho em busca do saber. Não é exagero usar a palavra que representa o que não 
tem fim, pois o conhecimento não tem limites, e quanto mais aprendermos, mais 
teremos a certeza da necessidade de aprender mais e mais.
Para ingressar no mercado imobiliário com altivez e honra, é preciso conhecer 
a HISTÓRIA DO CORRETOR. Como surgiu a profissão, em que lugar, quando 
e quais foram as pessoas protagonistas, por meio das quais, tudo se tornou pos-
sível, real e legalizado.
O conhecimento da história torna o profissional orgulhoso da luta e da per-severança de quem o antecedeu.
HISTÓRIA DA PROFISSÃO
Conhecer a história da profissão que escolhemos é ficar sabendo de que forma 
tudo começou, quem começou, quais dificuldades existiam e como chegamos 
até onde estamos hoje.
O site do COFECI traz um histórico sobre a profissão de corretor de imóveis 
que merece nossa atenção. Diz a história que a profissão de Corretor de Imóveis 
no Brasil vem desde o tempo da colonização, onde as pessoas que trabalhavam 
no comércio em geral ou que ficavam nas ruas conversando e observando ganha-
vam a vida arrumando pousadas para os corajosos desbravadores das novas 
terras deste país.
Não é demais dizer de maneira figurada que tudo começou no descobrimento 
do Brasil, quando Pero Vaz de Caminha escreveu a carta para Portugal descre-
vendo o Novo Mundo recém-descoberto. As maravilhas por ele escritas fizeram 
com que outros portugueses se aventurassem em vir desbravar novas terras.
Tendo por base o descobrimento do Brasil, vamos lembrar que Pedro Álvares 
Cabral descobriu o Brasil em 22 de abril de 1.500, logo, se tivermos que estabelecer 
História da Profissão
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um marco, com certeza poderia ser abril de 1.500.
Nos filmes épicos aos quais assistimos, as guerras sangrentas se davam por 
nada mais nada menos que conquista e domínio de terras. Até hoje a situação 
não mudou. São países brigando por territórios e aumento de domínio. As ter-
ras e a propriedade sempre tiveram muito valor.
Continuando com nossa história, não é difícil imaginar que cada um que 
via esse Brasil encantador queria de alguma forma demarcar a extensão da sua 
propriedade.
Por esse motivo, desde os primeiros anos da colonização do Brasil já existia 
uma preocupação com a comercialização e com o registro dos imóveis.
O primeiro documento que fala sobre o registro de imóveis encontra-se no 
livro IV, Título VII, das Ordenações do Reino, que era uma coletânea de leis 
vindas como ordem do Reino e que deviam ser cumpridas, pois, estabeleciam 
também as punições a serem aplicadas em casos de desobediência. No caso desse 
registro, a recompilação foi feita por mandato do Rei Felipe I, no ano de 1.575, 
com o seguinte teor: 
se for senhor de alguma causa? e vender duas vezes a desvairadas pes-
soas, o que primeiro houver a entrega della será della feito verdadeiro 
senhor, se della pagou o preço por que lhe foi vendida ou se houve o 
vendedor por pago della, porque concorrendo assim na dicta venda 
entrega a cousa e paga do preço, o fazem senhor della (COFECI, 2010a, 
online).
É claro que, uma vez pago o preço, o comprador queria segurança sobre seu 
direito à propriedade, mas como pode se observar no texto, por não haver legis-
lação específica, acontecia de ser vendido o mesmo imóvel para mais de uma 
pessoa, porém, naquela época, não havia registro ainda da intermediação de um 
corretor de imóveis.
Quando a Família Real veio morar no Brasil, nosso país deixou de ser Colônia 
para ser Reino Unido a Portugal e Algarves, assim, naturalmente, houve uma 
progressiva e completa reorganização na forma de administrar, a começar pela 
transferência de todas as Secretarias de Estado, repartições públicas e Tribunais, 
que até então funcionavam em Lisboa, para o Brasil.
Essa mudança provocou uma verdadeira revolução, pois houve a instala-
ção definitiva da vida administrativa para a cidade do Rio de Janeiro, mudando 
PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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completamente a cidade. Durante o período que D. João VI ficou no Brasil, o 
número de habitantes da capital dobrou de cerca de 50 mil pessoas para 100 mil.
Era a verdadeira urbanização da colônia provocada pela presença da corte. 
Imagine a situação naquela época, uma cidade ver sua população dobrar; onde 
foram morar todas essas pessoas? Quem eram os donos dos imóveis? Existiam 
imóveis para vender e para alugar, mas quem tinha essas informações?
Com certeza, nesse período, já existiam muitos profissionais que atuavam 
como agentes de negócios imobiliários, fazendo nascer assim a nova profissão.
As cidades começaram a tomar forma urbana com infraestrutura, e os agen-
tes imobiliários, com um caderno de apontamentos na mão, muita disposição, 
o mesmo sonho que temos até hoje de vencer na vida, passaram a intermediar 
negócios imobiliários utilizando, para isso, os anúncios nos jornais para divul-
gar suas ofertas.
O profissional da época contava com duas ferramentas muito poderosas: a 
sola dos sapatos e os jornais de circulação diária. Para que tivesse conhecimento 
das ofertas e dos negócios que estavam à disposição, o agente precisava andar 
muito, conversar com muita gente e, claro, convencer o cliente a assinar a auto-
rização de venda.
Desde aquela época, existia a preocupação em obter a autorização de venda, 
senão não faria sentido caminhar e trabalhar tanto para publicar no jornal uma 
oferta que outro agente publicaria também.
A partir de 1.821, surgiram os primeiros registros de anúncios nos jornais 
que se deu no mesmo período da introdução da imprensa no país e do início 
da legalização. Os primeiros jornais publicados no Brasil foram: o Sentinela e 
o Tamoio, ambos do Rio de Janeiro, e nos dois já haviam anúncios de imóveis.
No início do século XX, a sociedade ainda era formada por grandes lati-
fundiários e a maior parte da população vivia na zona rural. Quando surgiu a 
pequena burguesia ligada ao funcionalismo público e às pequenas atividades de 
especulação financeira, o desenvolvimento da cidade fez com que aumentasse a 
comercialização de imóveis por intermédio dos anúncios feitos em jornais e os 
agentes passaram a usar a atividade como profissão.
Não existiam cursos de formação, tudo que os agentes sabiam aprendiam 
na prática, nas atividades do dia a dia e observando a atuação uns dos outros.
História da Legalização
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HISTÓRIA DA LEGALIZAÇÃO
O primeiro Sindicato de Corretores de Imóveis a ser reconhecido como repre-
sentante da profissão no Brasil foi o do Rio de Janeiro. O dia histórico foi 7 de 
janeiro de 1.937, quando o Ministro de Estado dos Negócios do Trabalho, Indústria 
e Comércio, em nome do Presidente da República do Brasil, assinou a Carta 
Sindical, reconhecendo oficialmente o “Syndicato dos Corretores de Immóveis 
do Rio de Janeiro” como “syndicato profissional de trabalhadores por conta pró-
pria”, por despacho de 29 de outubro de 1.936, no Processo nº 22.431/1936, nos 
termos da legislação em vigor da época.
A conquista pelos direitos foi lenta e mediante muito esforço. Os primeiros 
sinais dos direitos do corretor foram conquistados por meio de sindicatos, que 
pelo Decreto nº 5.493/1.940 asseguravam ao corretor de imóveis aposentadoria 
e pensões para quem pagasse o seguro anual obrigatório. Também nessa época, 
o poder público reconheceu a capacidade técnica do corretor de imóveis para 
executar uma avaliação oficial.
Ainda nos anos 40, os corretores de imóveis faziam parte de uma categoria 
organizada e reconhecida por toda a sociedade. Os sindicatos tinham estreita 
ligação com as associações comerciais, conseguindo estender aos seus associa-
dos todas as garantias conquistadas pelos trabalhadores brasileiros, ou seja, não 
tinham legislação específica, mas estavam sob a égide do Código Comercial. Por 
meio do Decreto n.º 5.493, de 9 de abril de 1.940, os Corretores de Imóveis eram 
segurados no Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários, pagando 
seguro anual obrigatório.
Também faz parte da história, mais particularmente da avaliação imobiliá-
ria, outra conquista importante que foi o reconhecimento da capacidade técnica, 
dos profissionais da época por parte do poderpúblico, que passou a considerar 
como avaliação oficial a que era feita pelo Sindicato de Corretores de Imóveis, 
repartição arrecadadora ou por via judicial. Graças a este convênio, os corretores 
sindicalizados passaram a utilizar nos seus anúncios, depois do nome do escri-
tório, a expressão “Sindicato dos Corretores de Imóveis”, ou “filiado ao Sindicato 
dos Corretores de Imóveis”.
Essa relação sindical chancelava o reconhecimento do poder público quanto 
PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS
Reprodução proibida. A
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à capacidade técnica do profissional em avaliar um imóvel em preço de mercado.
Os profissionais da época sentiram a necessidade de selecionar as pessoas 
que desempenhariam a profissão e, para isso, criaram um projeto para admis-
são de novos associados. Como não poderia deixar de ser, a maior preocupação 
era quanto à idoneidade moral e profissional. Fato interessante e que poderia ser 
copiado atualmente era a necessidade de indicação por no mínimo dois associados.
Não era qualquer pessoa que podia se filiar ao sindicato, além de ter 
conhecimentos práticos, precisava ser garantido por duas pessoas que já eram 
sindicalizadas, em uma tentativa de impedir o mau profissional de manchar a 
honra do agente.
Será que atualmente alguém nos indicaria ou teríamos tranquilidade em 
indicar, como se estivéssemos avalizando o ingresso no mercado imobiliário de 
uma pessoa?
No início de 1.942, a Associação de Corretores de Imóveis regulamentou a 
profissão, por meio de um projeto rigoroso na admissão de novos associados, 
visto que somente eram aceitos os profissionais que estivessem exercendo a pro-
fissão efetiva e seguidamente, por no mínimo dois anos comprovadamente, além 
de preencherem todos os requisitos de absoluta idoneidade moral e profissional.
Eram recusadas inscrições de pessoas que estivessem cumprindo penas 
durante o tempo de condenação, para isso, eram exigidos atestados de antece-
dentes criminais e atestados político-sociais, sempre com a indicação de dois 
associados.
Na falta de legislação específica, os sindicatos dos corretores de São Paulo e 
do Rio de Janeiro elaboraram regulamentos que foram adotados por inúmeras 
cidades brasileiras. Por intermédio de um convênio firmado entre os sindica-
tos dos Corretores de Imóveis de São Paulo e do Rio de Janeiro, no dia 10 de 
outubro de 1.942, os dois sindicatos passaram a adotar as mesmas medidas de 
interesse para classe e para o aperfeiçoamento das transações imobiliárias no 
Brasil. Muitos dos documentos firmados nesse convênio, estabelecendo usos e 
costumes, constituíam na época uma verdadeira legislação adotada também por 
inúmeras cidades brasileiras.
O regulamento estabelecia que a obrigação do Corretor iria até o ajuste 
das partes interessadas, quando somente então lhe seria devida a remuneração 
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conveniada. Esta remuneração deveria ser mantida se, antes de esgotado o prazo 
da autorização concedida ao Corretor, o cliente revogasse ou desistisse da tran-
sação, ou mesmo se ele dispensasse os serviços ou embaraçasse a atuação do 
corretor. A remuneração deveria ser paga pelo vendedor no ato do recebimento 
do sinal ou princípio de pagamento ou no ato da assinatura da promessa de 
venda. O regulamento estabelecia o que deveria ser feito em cada caso em que 
a venda se realizasse, seja por meio de empréstimo, financiamento ou outro. O 
sinal deveria corresponder entre 10% e 20% do preço ajustado na transação. 
Muitas das normas que seguimos hoje, já eram praticadas na década de 40. 
No registro do COFECI (BRASIL, 2010, online), consta o DECÁLOGO DO 
CORRETOR, que descreve como deveria ser a conduta do corretor perante 
clientes, colegas de profissão e com os próprios sindicatos. Era um verdadeiro 
código de ética:
1. O Corretor vive o valor e seriedade de sua palavra, de sua ação e de 
seu espírito de iniciativa.
2. É o espírito de cooperação, e nunca o de competição ou concor-
rência, que deve presidir as relações entre os Corretores. Não há 
necessidade de perturbar o negócio entregue a outro Corretor, 
pois todo dia fica sempre aberta a porta da colaboração.
3. Não deve o Corretor aceitar a incumbência de venda ou de compra 
de um imóvel que seja entregue a outro, cumprindo-lhe, portanto, 
indagar sempre do cliente a respeito.
4. Nenhum Corretor deve oferecer um imóvel sem estar devidamen-
te autorizado pelo cliente ou por outro Corretor autorizado.
5. Não cabe ao Corretor o direito de prender em suas mãos um negó-
cio, se não tiver a probabilidade de realizá-lo.
6. Ao oferecer um negócio, cabe ao Corretor apresentar dados rigo-
rosamente certos, nunca omitindo detalhes que o depreciem.
7. Diante de cliente e estranhos, nunca deve o Corretor atacar, mas 
ao contrário, defender e justificar seus colegas. Só com esse âni-
mo conseguirá elevar o nível da classe, com proveito geral para si 
próprio.
8. As queixas devem ser levadas por escrito ao conhecimento do Sin-
dicato, e nunca expostas ao público. O desprestígio de um Corre-
tor reflete o conceito de todos os seus colegas.
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9. Da camaradagem, respeito e amizade entre os Corretores resultará 
inevitavelmente a elevação moral da classe e um campo mais vasto 
de negócios e oportunidades para todos.
10. O Corretor deve colocar estes preceitos da ética profissional acima 
de seus interesses materiais, respeitando-os incondicionalmente.
Mesmo contando com normas de conduta para os profissionais, nossa profissão 
ainda não era reconhecida legalmente. Essa conquista foi fruto do trabalho de 
muitos profissionais que dedicaram anos de suas vidas, entre emendas, idas, vin-
das e inúmeras visitas ao Congresso Nacional, porém, dois personagens merecem 
destaque, reconhecimento e gratidão de todos os corretores de imóveis do Brasil:
Ulysses Guimarães e Arnaldo Prieto
Representando toda categoria, em 26 de setembro de 1951, Ulysses Guimarães 
apresentou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 1.185. O empenho 
foi tanto que no dia seguinte o projeto já estava nas mãos das comissões de 
Constituição e Justiça de Legislação Social e de Finanças, sendo publicado em 
seguida no Diário Oficial.
Em 7 de agosto de 1962, o projeto é encaminhado à presidência da República 
por meio do ofício n.º 1265, tendo chegado às mãos do então Presidente João 
Goulart, em 23 de agosto de 1962. O Sindicato dos Advogados da Guanabara 
pressionou até que o projeto fosse encaminhado para arquivamento. Graças 
à intervenção do Deputado Adílio Martins Viana, o projeto foi devolvido ao 
Senado para não ser vetado e foi transformado na Lei nº 4.116/62 e publicada 
no Diário Oficial da União n.º 161, de 27 de agosto de 1962, sendo assinada por 
Auro Moura Andrade.
Já na forma de lei e devidamente assinada, finalmente, estava regulamen-
tada a profissão do Corretor de Imóveis.
Tendo sido feita a publicação no dia 27 de agosto de 1962, esta data ficou 
marcada em comemoração ao DIA DO CORRETOR DE IMÓVEIS. Três anos 
depois, a imprensa foi informada de que os corretores teriam um curso básico 
profissional indispensável para a obtenção de credenciais de sindicalização.
Nas comemorações do dia 27 de agosto de 1965, o Sr. Rubens Coelho, 
Secretário Geral da 7ª Diretoria do Sindicato dos Corretores de Imóveis do 
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Estado de São Paulo, fez publicar uma mensagem que traduz o espírito de nossa 
profissão que dizia:
Corretor de Imóveis [...] sempre o primeiro a chegar e a descobrir as 
possibilidadesocultas de uma região; dotado de uma segunda nature-
za, sabe para que lado caminha o progresso, e adiantando-se a ele, é o 
primeiro a transformar matas em cidades, e cidades em metrópoles, é 
o mago que transmuda esperanças em realidade, proporcionando um 
teto ao pobre e ao rico uma satisfação (BRASIL, 2010b, online).
Fonte: Brasil (2010c, online) 
http://www.cofeci.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=100%3Apersonagens-de-
destaque-decada-de-60&catid=50&Itemid=89 
Rubens Coelho foi figura muito importante para o mercado imobiliário de São 
Paulo, lançou mais de duzentos edifícios na capital, sendo o maior destaque o 
Edifício Itália, um dos cartões postais da cidade, situado ao lado do Copan com 
1.143 apartamentos, lojas e garagens. O empreendimento inteiro foi vendido 
pela empresa de Rubens Coelho em menos de um mês. Performance como essa 
é invejada até hoje por todos os profissionais da área.
Muito caminho foi percorrido até atingirmos o patamar em que nos encontramos 
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hoje. Personagens de nossa história deixam claro que pessoas com ATITUDE 
ajudaram a escrever capítulos importantes para regulamentar a profissão e garan-
tir DIREITOS e DEVERES. 
A história se faz dia após dia e agora os personagens somos nós. Cabe a cada 
profissional corretor de imóveis atuar no cenário imobiliário desempenhando 
seu papel com responsabilidade e ética, honrando todos aqueles que saíram de 
cena por já terem cumprido sua missão.
COFECI - CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE 
IMÓVEIS
O COFECI - Conselho Federal de Corretores de Imóveis é o órgão de disciplina 
e fiscalização do exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituído em 
O Edifício Itália foi inaugurado em 1965. Naquela época, era o prédio mais 
alto da América do Sul, medindo 150 metros a partir do nível da rua, tinha 
uma das estruturas mais altas do mundo em concreto armado. A obra teve 
o projeto assinado pelo arquiteto Franz Heep e foi construída pela Constru-
tora R. Cecchi & Cia. Ltda., de propriedade do Sr. Rubens Coelho. Pela impo-
nência e importância da obra, a representatividade que teve como secre-
tário na Diretoria do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de São 
Paulo teve tanta importância. Além de atuar significativamente em prol da 
categoria, foi profissional muito bem-sucedido e visionário.
Em 1967, no alto da construção, nos andares 41º e 42º, foi inaugurado o 
famoso Restaurante Terraço Itália, que permitia aos visitantes uma vista exu-
berante de 180º da cidade. Atualmente a edificação é protegida pelo Con-
selho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico 
(Condephaat). 
Fonte: Respirando Imóveis (2014, online) 
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autarquia, dotado de personalidade jurídica de direito público, vinculado ao 
Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e financeira. 
O Conselho Federal de Corretores de Imóveis tem por finalidade orientar, 
supervisionar e disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis em 
todo o território nacional. 
MISSÃO: supervisionar a ética dos Corretores de Imóveis em todo o terri-
tório nacional, cabendo-nos zelar e trabalhar pelo bom conceito da profissão e 
dos que a exercem legalmente, visando à defesa da sociedade.
VISÃO: buscar aprimoramento contínuo e inovando sempre.
VALORES: ética, transparência, efetividade e competência.
O Conselho Federal tem sede e foro na Capital da República e jurisdição em 
todo o território nacional. 
O Sistema COFECI-CRECI é composto por um Conselho Federal e 26 
Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis em todo o Brasil.
Os CRECIs normatizam e fiscalizam uma profissão de grande relevância para 
o desenvolvimento da nação. Congrega com base na lei 6.530, de 12 de maio 
de 1978, cerca de 280 mil profissionais e 40 mil empresas de intermediação de 
negócios imobiliários, proporcionando uma movimentação nesse mercado, que 
viabiliza a cadeia produtiva da construção civil, a qual representa cerca de 18% 
do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, além de representar a profissão que 
proporciona mediante seu trabalho a realização do sonho maior de cada brasi-
leiro: o sonho da casa própria. Estas dados datam de 2010.
As informações foram colhidas no site do COFECI: <www.cofeci.gov.br>. 
Acesse o endereço para que você saiba tudo sobre a profissão que escolheu, 
o que significa o COFECI, o que é o CRECI, os SINDICATOS e, dessa forma, 
possa instruir a sociedade e eventuais colegas que ainda não sabem. Procu-
re sempre aprender e buscar informações do nosso interesse, assim como o 
site do CRECI da sua região e mantenha-se informado.
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CRECI - CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE 
IMÓVEIS
Os CRECIs - Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis têm por finalidade 
fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição, sob supervisão do 
Conselho Federal, o COFECI.
Os Conselhos Regionais terão sede e foro na Capital do Estado, ou de um 
dos Estados ou Territórios, a critério do Conselho Federal. 
Compete ao Conselho Regional: 
I - eleger sua Diretoria; 
II - aprovar seu Regimento, de acordo com o Regimento padrão ela-
borado pelo Conselho Federal; 
III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição; 
IV - cumprir e fazer cumprir as Resoluções do Conselho Federal; 
V - arrecadar anuidades, multas e emolumentos e adotar todas as 
medidas destinadas à efetivação da sua receita e a do Conselho Federal; 
VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, 
bem como a previsão orçamentária para o exercício seguinte, subme-
tendo essa matéria à consideração do Conselho Federal; 
VII - propor a criação de Sub-regiões, em divisões territoriais que te-
nham um número mínimo de Corretores de Imóveis, fixado pelo Con-
selho Federal; 
VIII - homologar, obedecidas às peculiaridades locais, tabelas de 
preços de serviços de corretagem para uso dos inscritos, elaboradas e 
aprovadas pelos Sindicatos respectivos; 
IX - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretores de Imóveis e 
de pessoas jurídicas; 
X - organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurí-
dicas inscritas; 
XI - expedir Carteiras de Identidade Profissional e Certificados de 
Inscrição; 
XII - impor as sanções previstas neste regulamento; 
Como me Tornar um Corretor de Imóveis?
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XIII - baixar Resoluções, no âmbito de sua competência; 
XIV - representar em juízo ou fora dele, na área de sua jurisdição, os 
legítimos interesses da categoria profissional; 
XV - eleger, dentre seus membros, representantes, efetivos e suplentes, 
que comporão o Conselho Federal; 
XVI - promover, perante o juízo competente, a cobrança das impor-
tâncias correspondentes a anuidade, multas e emolumentos, esgotados 
os meios de cobrança amigável (BRASIL, 1978, grifos da autora).
Grifei algumas atribuições dos CRECIs para destacar que cabe a esse conselho 
fiscalizar, aplicar multas, homologar nossos honorários, expedir nossas Carteiras 
de Identidade Profissional, dentre outras.
COMO ME TORNAR UM CORRETOR DE IMÓVEIS?
De acordo com a RESOLUÇÃO-COFECI nº 327/92, o exercício da atividade de 
intermediação imobiliária, inclusive o de atos privativos da profissão de Corretor 
de Imóveis, somente é permitido às pessoas físicas e jurídicas detentoras de ins-
crição nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis e que satisfaçam as 
condições para oexercício profissional. 
É assegurada a inscrição aos Técnicos em Transações Imobiliárias forma-
dos por estabelecimentos de ensino reconhecidos pelos órgãos educacionais 
competentes. 
Equipara-se ao título de Técnico em Transações Imobiliárias, para fins de ins-
crição nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, os Diplomas conferidos 
a concluintes de Cursos de Graduação de Bacharel em Ciências Imobiliárias e de 
Cursos Superiores Sequenciais de Ciências Imobiliárias ou de Gestão de negócios 
Imobiliários, expedidos em consonância com o que determinam o Decreto nº 
2.208, de 17 de abril de 1997, e a Portaria – MEC nº 612, de 12 de abril de 1999, 
por Instituições de Ensino Superior devidamente autorizadas e reconhecidas pelas 
autoridades educacionais competentes. Veja abaixo a RESOLUÇÃO-COFECI nº 
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327/92 (BRASIL, 1992, online):
RESOLUÇÃO-COFECI N.º 327/92 
Revê, consolida e estabelece normas para inscrição de 
pessoas físicas e jurídicas nos Conselhos Regionais de 
Corretores de Imóveis. 
“Ad referendum” 
O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE 
IMÓVEIS-COFECI, no uso das atribuições que lhe são conferidas pe-
los artigos 4º e 16, XVI e XVII, da Lei N.º 6.530, de 12 de maio de 1978 
e artigo 10, III, do Decreto N.º 81.871, de 29 de junho de 1978, 
CONSIDERANDO que para atender ao seu objetivo institucional de 
disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis, cabe adotar 
as medidas necessárias ao funcionamento regular e eficiente dos Con-
selhos Regionais; 
CONSIDERANDO que a inscrição de pessoas físicas e jurídicas nos 
Conselhos Regionais constitui condição essencial para o exercício da 
profissão do Corretor de Imóveis;
 
R E S O L V E:
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA INSCRIÇÃO
Art. 1º - Constituem atos privativos da profissão de Corretor de Imó-
veis os de intermediação nas transações em geral sobre imóveis, in-
clusive, na compra e venda, promessa de venda, cessão, promessa de 
cessão, permuta, incorporação, loteamento e locação. 
Art. 2º - O exercício da atividade de intermediação imobiliária, inclu-
sive o de atos privativos da profissão de Corretor de Imóveis, somente 
é permitido às pessoas físicas e jurídicas detentoras de inscrição nos 
Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis e que satisfaçam as con-
dições para o exercício profissional. 
Art. 3º - Atendidos os requisitos legais e regulamentares, é assegurada 
a inscrição: 
 I - aos técnicos em Transações Imobiliárias, formados por estabeleci-
mentos de ensino reconhecidos pelos órgãos educacionais competen-
tes; 
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II - às pessoas jurídicas legalmente constituídas para os objetivos de 
intermediação imobiliária, inclusive para os fins previstos no artigo 1º 
desta Resolução. 
Parágrafo Único - As empresas colonizadoras que loteiam, constroem 
e incorporam imóveis, nos termos dos artigos 3º e seu parágrafo único, 
4º e 6º e seu parágrafo único da Lei N.º 6.530/78, estão obrigadas a 
se inscreverem nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, na 
forma desta Resolução.
Art. 4º - A inscrição no Conselho Regional de Corretores de Imóveis 
será: 
I - originária ou principal; 
II - secundária ou suplementar. 
Art. 5º - Inscrição originária ou principal é aquela feita no CRECI da 
Região onde o Corretor de Imóveis tenha o seu domicílio e exerça a 
sua atividade permanente ou esteja sediada a matriz da pessoa jurídica. 
 § 1º - Se o Corretor de Imóveis tiver mais de um domicílio, apenas no 
Conselho Regional de um deles poderá possuir a inscrição principal. 
§ 2º - A inscrição principal faculta o exercício permanente da inter-
mediação imobiliária da pessoa física ou jurídica na Região do CRECI 
onde estiver inscrita e o exercício eventual em qualquer parte do Ter-
ritório Nacional. 
§ 3º - O exercício eventual da intermediação imobiliária em região 
distinta da principal será permitido mediante comunicação prévia ao 
CRECI da Região do exercício eventual da profissão, após o pagamento 
de anuidade proporcional a 120 (cento e vinte) dias e a conseqüente 
anotação na Carteira Profissional do interessado. A continuidade do 
exercício eventual por período superior a esse tempo só será possível 
mediante inscrição secundária nos termos desta Resolução.
§ 4º - Para o exercício eventual, a pessoa física ou jurídica comunicará 
ao Presidente do CRECI da Região onde irá exercer a atividade profis-
sional a transação imobiliária, bem como a sua qualificação completa e 
o número da sua inscrição no Conselho Regional de origem. 
§ 5º - O Presidente do CRECI, recebendo a comunicação, anotará, de 
imediato, na carteira de identidade profissional do Corretor de Imóveis 
ou do representante legal da pessoa jurídica, a autorização para o exer-
cício eventual da intermediação imobiliária e a data do início do prazo 
a que se refere o § 3º deste artigo. 
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Art. 6º - Inscrição secundária ou suplementar é a efetuada no Conselho 
Regional diverso daquele em que a pessoa física ou jurídica possuir a 
inscrição principal, para permitir o exercício da atividade profissional 
além dos limites fixados no § 3º do artigo 5°. 
Parágrafo Único - É obrigatória a inscrição secundária de filial da pes-
soa jurídica que exerça atividade imobiliária em Região diversa daquela 
em que estiver inscrita a matriz. 
Art. 7º - O cancelamento da inscrição principal da pessoa física ou ju-
rídica acarretará, automaticamente, a da inscrição secundária, mas a 
perda desta não determinará a daquela. 
Parágrafo Único - Aplica-se à suspensão da inscrição o disposto neste 
artigo.
CAPÍTULO II
DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL DA PESSOA FÍSICA
Art. 8° - A inscrição principal de Corretor de Imóveis se fará mediante 
requerimento dirigido ao Presidente do CRECI, com menção: 
I - do nome do requerente por extenso e do nome profissional abrevia-
do que pretende usar; 
II - da nacionalidade, estado civil e filiação; 
III - da data e local de nascimento; 
IV - da residência profissional;
V - do número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); 
§ 1° - O requerimento que se refere este artigo será instruído com os 
seguintes documentos: 
a) - cópia da carteira de identidade; 
b) - cópia do certificado que comprove a quitação com o serviço mi-
litar; 
c) - cópia do título de Técnico em Transações Imobiliárias fornecido 
por estabelecimento de ensino reconhecido pelos órgãos educacionais 
competentes; 
d) - cópia do título de eleitor; 
e) - declaração do requerente, sob as penas da lei, de que não responde 
nem respondeu a inquérito criminal ou administrativo, execução civil, 
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processo falimentar e que não tenha títulos protestados no último qüi-
nqüênio, bem como os locais de residências no mesmo período. 
§ 2º - A efetiva entrega da Carteira Profissional de Corretor de Imóveis, 
somente será feita mediante a apresentação, pelo interessado, do com-
provante do pagamento da contribuição sindical obrigatória. 
Art. 9º - O estrangeiro, além dos documentos enumerados no parágra-
fo 1º do artigo 8º, excetuados os das alíneas b e d, deverão comprovar 
a permanência legal e ininterrupta no País durante o último triênio. 
Parágrafo Único - O documento referido na alínea c do parágrafo 1º do 
artigo 8º poderá ser suprido por título equivalente ou superior, devida-
mente reconhecido pelo órgão educacional competente. 
Art. 10 - A juntada de documentos referidos nasalíneas a, b, c e d do 
§1º do artigo 8º, poderá ser feita por cópia autenticada, dispensada a 
conferência com o documento original. 
Parágrafo Único - A autenticação poderá ser feita mediante cotejo da 
cópia com o original, por servidor do CRECI a quem for conferida essa 
atribuição, caso não tenha sido efetuada, anteriormente, por tabelião. 
 Art. 11 - O pedido de inscrição formará processo que será apreciado, 
previamente, por Comissão do CRECI que poderá solicitar diligência 
ou encaminhá-lo, se devidamente instruído, com parecer conclusivo à 
Diretoria. 
 § 1º - Qualquer exigência da Comissão do CRECI será comunicada 
por ofício ao requerente, pelo Secretário, a fim de ser atendida. 
§ 2º - O não atendimento da exigência, no prazo de 30 (trinta) dias 
contados da data do recebimento do ofício a que se refere o parágrafo 
anterior, acarretará o arquivamento do processo de inscrição, o qual 
somente será desarquivado mediante o cumprimento da exigência for-
mulada. 
 Art. 12 - Com o parecer conclusivo da Comissão, o Presidente do CRE-
CI encaminhará o processo de inscrição ao Plenário para decisão. 
Art. 13 - Qualquer pessoa poderá impugnar, documentadamente, o 
pedido de inscrição do requerente, objetivando o seu indeferimento. 
Parágrafo Único - A autoridade a que estiver submetido o processo, 
desde que reconheça na impugnação indícios que possam comprome-
ter a concessão da inscrição, deverá baixar o processo em diligência 
para elucidar os fatos apontados. 
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Art. 14 - Instruído o processo, inclusive se for o caso, com o esclare-
cimento da impugnação a que se refere o artigo anterior, o Plenário 
decidirá sobre a inscrição requerida. 
Art. 15 - A decisão do Plenário será transcrita no processo e comunica-
da ao requerente por ofício do Secretário do CRECI. 
Art. 16 - O requerente, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da 
data da ciência da decisão, poderá dela recorrer para o COFECI, atra-
vés de petição dirigida ao Presidente do CRECI. 
Art. 17 - O Presidente do CRECI poderá atribuir ao recurso, acom-
panhado ou não de documentos, efeito de pedido de reconsideração, 
submetendo-o ao reexame do Plenário. 
 § 1° - Caso não reconheça efeito de pedido de reconsideração ao re-
curso, o Presidente do CRECI encaminhá-lo-á ao COFECI, para deci-
são em última e definitiva instância. 
§ 2° - Se o Plenário do CRECI negar provimento ao pedido de reconsi-
deração remeterá o processo ao COFECI para decisão final. 
Art. 18 - O julgamento do recurso no COFECI obedecerá ao disposto 
no seu Regimento Interno. 
Art. 19 - Deferida a inscrição, originariamente ou em grau de recurso, 
o requerente, perante o Plenário do CRECI, no ato do recebimento da 
carteira de identidade profissional, prestará o compromisso de fielmen-
te observar as regras a que está sujeito, atinentes ao exercício da profis-
são de Corretor de Imóveis. 
 Parágrafo Único - A inscrição do Corretor de Imóveis somente será 
considerada completa após ter o requerente prestado o compromisso a 
que se refere este artigo e receber a sua carteira de identidade profissio-
nal. 
Art. 20 - O Conselho Regional fornecerá ao Corretor de Imóveis ins-
crito carteira e cédula de identidade profissional contendo os seguintes 
elementos: 
I - nome, por extenso, do profissional; 
II - filiação; 
III - nacionalidade e naturalidade; 
IV - data do nascimento; 
V - número e data da inscrição; 
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VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição; 
VII - fotografia e impressão datiloscópica; 
VIII - data de sua expedição e assinaturas do profissional inscrito, do 
Presidente e do Diretor 1° Secretário do Conselho Regional. 
Parágrafo Único - O fornecimento da carteira e da cédula de identidade 
profissional está sujeito ao pagamento de emolumentos. 
Art. 21 - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis somente po-
derá ser iniciado após o atendimento das formalidades da inscrição e 
do pagamento da primeira anuidade. 
Parágrafo Único - O pagamento da primeira anuidade, a ser recolhido 
concomitantemente com os emolumentos referentes à expedição da 
carteira de identidade profissional, será proporcional ao período não 
vencido do exercício. 
Art. 22 - Expedida a carteira de identidade profissional, o portador de-
verá, dentro de 60 (sessenta) dias, satisfazer a legislação fiscal e previ-
denciária para estabelecer-se, sob pena de cancelamento automático da 
inscrição e de apreensão da citada carteira. 
Art. 23 - Se a carteira de identidade profissional for extraviada, danifi-
cada ou se tornar imprestável para o fim a que se destina, o Conselho 
Regional expedirá segunda via, com essa designação expressa, median-
te o pagamento dos emolumentos devidos.
CAPÍTULO III
DA INSCRIÇÃO PRINCIPAL DA PESSOA JURÍDICA
Art. 24 - A inscrição principal da pessoa jurídica se fará mediante re-
querimento dirigido ao Presidente do CRECI, com menção: 
I - do nome ou razão social do requerente, bem como o seu nome de 
fantasia ou marca de serviço, se possuir; 
II - endereço completo da matriz e, se houver, de suas filiais; 
III - do número de inscrição da requerente no INSS, ISS, CGC e a do 
registro na Junta Comercial (livro, folha e data) ou do Cartório do Re-
gistro de Pessoas Jurídicas (livro, folha e data). 
IV - da qualificação completa do seu sócio-gerente ou diretor (nome, 
nacionalidade, estado civil, profissão, inscrição no CPF, no CRECI e o 
número, órgão e data da expedição, do documento de identidade). 
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Parágrafo Único - O requerimento citado neste artigo deverá ser firma-
do pelo sócio-gerente ou diretor da pessoa jurídica requerente, Corre-
tor de Imóveis inscrito e quite com suas obrigações financeiras perante 
o Conselho Regional. 
Art. 25 - Com o requerimento a que alude o artigo anterior deverão ser 
anexados: 
a) - cópia do ato constitutivo da pessoa jurídica; 
b) - declaração, sob as penas da lei, firmada pelo sócio-gerente ou dire-
tor, de que a requerente não responde nem respondeu à execução civil 
ou a processo falimentar e que não tem títulos protestados no último 
qüinqüênio. 
Art. 26 - Aplica-se ao processo de inscrição da pessoa jurídica, no que 
couber, o disposto nos artigos 10 a 18. 
Art. 27 - Deferida a inscrição, originariamente ou em grau de recurso, 
o Conselho Regional fornecerá à requerente certificado de inscrição, 
contendo: 
I - nome ou razão social da pessoa jurídica; 
II - número da inscrição precedido da letra “J”; 
III - data da inscrição; 
IV - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição; 
V - nome do sócio-gerente ou diretor da pessoa jurídica, inscrito como 
Corretor de Imóveis e o número de sua inscrição no CRECI da Região; 
VI - assinatura do responsável pela pessoa jurídica, do Presidente e do 
Diretor 1° Secretário do Conselho Regional. 
Parágrafo Único - O fornecimento do certificado de inscrição está su-
jeito ao pagamento de emolumentos. 
Art. 28 - O exercício da atividade de intermediação imobiliária pela 
pessoa jurídica somente poderá ser iniciado após o atendimento das 
formalidades da inscrição e do pagamento da primeira anuidade.
 Parágrafo Único - O pagamento da primeira anuidade, a ser recolhido 
concomitantemente com os emolumentos referentes à expedição do 
certificado de inscrição, será proporcional ao período não vencido do 
exercício. 
Art. 29 - Se o certificado de inscrição for extraviado ou danificado, o 
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Conselho Regional expedirá a segunda via, com essa designação ex-
pressa, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.
CAPÍTULO IV
DA INSCRIÇÃO SECUNDÁRIA
Art. 30 - A inscrição secundária será requerida perante o Conselho Re-
gional onde a pessoa física ou jurídica possuir a inscrição principal com 
a indicação da Região e da localidade em que pretender se estabelecer. 
Art. 31 - O Conselho Regional onde a pessoa física ou jurídica possuir a 
inscrição principal fornecerá à requerente certidão ou cópia dos reque-
rimentos e documentos a que se referem, respectivamente, os artigos 8º 
e 9º e 24 e 25, bem como cópia da sua folha de inscrição, com todas as 
anotações e de certidão de quitação das obrigações financeiras, acom-
panhados de ofício dirigido ao Presidente do Conselho da Região onde 
a requerente pretender a inscrição secundária. 
Art. 32 - Aplicar-se-á ao processamento da decisão do pedido de ins-
crição secundária no Conselho Regional onde a requerente pretender 
exercer a atividade da intermediação imobiliária, no que couber, o dis-
posto nos artigos 10 a 18. 
Art. 33 - Deferido o requerimento, o Conselho Regional promoverá a 
anotação do número da inscrição secundária seguida da letra “S” na 
carteira de identidade profissional da pessoa física ou no certificado de 
inscrição da pessoa jurídica. 
Art. 34 - O exercício da atividade da intermediação imobiliária na Re-
gião da inscrição secundária somente poderá ser iniciado após a anota-
ção a que se refere o artigo anterior e o pagamento da primeira anuida-
de, que será proporcional ao período não vencido do exercício.
CAPÍTULO V
DAS OBRIGAÇÕES VINCULADAS À INSCRIÇÃO
Art. 35 - A anuidade será paga até o último dia útil do trimestre de cada 
ano, salvo a primeira que será devida no ato da inscrição. 
Parágrafo Único - O valor das anuidades da inscrição principal e se-
cundária, bem como a forma de sua cobrança, será estabelecido por 
Resolução do COFECI. 
Art. 36 - A pessoa física deverá comunicar ao CRECI em que possuir 
inscrição principal ou secundária qualquer alteração em seus dados ca-
dastrais aludidos no artigo 8º, no prazo de 30 (trinta) dias contados da 
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ocorrência da modificação. 
Art. 37 - O Corretor de Imóveis que deixar de ser responsável por pes-
soa jurídica deverá comunicar o fato ao CRECI, no prazo de 15 (quin-
ze) dias contados da data da desvinculação. 
Art. 38 - A pessoa jurídica deverá comunicar ao CRECI em que possuir 
inscrição principal: 
I - no prazo de 30 (trinta) dias: 
a) a substituição do Corretor de Imóveis, sócio-gerente ou diretor; 
b) a alteração de seus dados cadastrais a que alude o artigo 24. 
II - no prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer alteração contratual que 
vier a sofrer. 
Art. 39 - As pessoas jurídicas que instalarem filiais, com capital desta-
cado do capital social da matriz, na mesma região do CRECI em que 
estiver inscrita, deverão providenciar, no prazo de 15 (quinze) dias do 
arquivamento do ato constitutivo da filial, a averbação da mesma junto 
ao CRECI, instruindo o requerimento com: 
a) cópia do ato constitutivo da filial; 
b) comprovante do recolhimento da contribuição sindical; 
c) prova de que a filial se encontra sob responsabilidade de sócio-ge-
rente ou diretor, Corretor de Imóveis; 
d) comprovante do recolhimento da taxa de averbação correspondente 
a 20% (vinte por cento) da taxa de inscrição da matriz. 
Art. 40 - O não atendimento das obrigações previstas neste Capítulo 
nos prazos fixados sujeitará a pessoa física ou jurídica infratora a pro-
cesso disciplinar, por infringência do artigo 20, VIII, da Lei N.º 6.530, 
de 12 de maio de 1978. 
CAPÍTULO VI
DA TRANSFERÊNCIA E DA TRANSFORMAÇÃO DA INSCRI-
ÇÃO
Art. 41 - A pessoa física ou jurídica, mediante requerimento dirigido 
ao Presidente do CRECI em que possuir inscrição principal, poderá 
transferi-la para outro Conselho Regional, desde que se encontre quite 
com o pagamento de anuidades, multas e emolumentos devidos e não 
esteja respondendo a processo disciplinar. 
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§ 1º - Instruído o processo no órgão original deverá ser emitida certi-
dão a ser apresentada, ou encaminhada ao CRECI para onde preten-
de o interessado se transferir, a qual conterá o seu nome, número de 
inscrição, filiação, naturalidade, data de nascimento, CPF, declaração 
de quitação de anuidade, bem como qualquer anotação de elogio ou 
penalidade porventura existente em sua ficha. 
§ 2º - Aplica-se ao processo de transferência de inscrição principal, no 
que couber, o disposto nos artigos 10 a 18. 
§ 3º - Deferida a transferência da inscrição, será fornecida ao requeren-
te, conforme o caso, nova carteira e cédula de identidade profissional 
ou certificado de inscrição, desde que pagos os emolumentos devidos e 
restituídos, no ato, os documentos acima mencionados expedidos pelo 
CRECI de origem. 
§ 4º - O Presidente do CRECI para onde for transferida a inscrição 
principal do requerente comunicará, por ofício, ao CRECI de origem a 
efetivação da transferência, acompanhado da carteira e cédula de iden-
tidade profissional ou do certificado de inscrição, para serem inutili-
zados nesse Órgão e tomadas as demais providências, objetivando a 
desvinculação da pessoa física ou jurídica. 
§ 5º - A inscrição principal no CRECI de origem será considerada can-
celada, na data da efetivação da transferência. 
Art. 42 - A pessoa física ou jurídica, mediante requerimento dirigido 
ao Presidente do CRECI em que possuir a inscrição secundária, po-
derá transformá-la em principal, desde que se encontre quite com o 
pagamento das anuidades, multas e emolumentos devidos e não esteja 
respondendo a processo disciplinar em ambos os Conselhos Regionais. 
§ 1º - O requerente instruirá o pedido de transferência com certidão 
fornecida pelo CRECI de origem atestando a quitação quanto ao pa-
gamento de anuidades, multas e emolumentos e que não responde a 
processo disciplinar. 
§ 2º - O requerimento, anexado ao processo de inscrição secundária, 
será decidido pelo Plenário do Conselho Regional. 
§ 3º - Aplica-se ao processo de transferência de inscrição secundária 
em principal o disposto nos §§ 2º a 5º do artigo 41.
CAPÍTULO VII
DA SUSPENSÃO E DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
Art. 43 - Os efeitos da inscrição principal ou secundária podem ser 
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suspensos a critério do Plenário do Conselho Regional: 
I - a pedido da pessoa física, no caso de doença grave ou exercício de 
mandato, cargo ou função públicos incompatíveis com a atividade pro-
fissional, por período determinado; 
II - “ex-officio”, no caso de sentença judicial em ação penal que impo-
nha pena acessória da interdição de direitos ao Corretor de Imóveis; 
III - em decorrência da aplicação da penalidade do artigo 21, IV, da Lei 
N.º 6.530, de 12 de maio de 1978, à pessoa física ou jurídica. 
§ 1° - No caso dos incisos I e II deste artigo o Corretor de Imóveis fi-
cará dispensado de votar nas eleições do Conselho Regional e de pagar 
anuidade, no período da suspensão da inscrição. 
§ 2° - No caso do inciso III deste artigo, o Corretor de Imóveis ficará 
impedido de votar nas eleições do Conselho Regional, mas obrigado, 
da mesma forma que a pessoa jurídica, ao pagamento da anuidade. 
Art. 44 - O Presidente do CRECI, tendo em vista a decisão do Plená-
rio, determinará a anotação na carteira de identidade profissional do 
Corretor de Imóveis da suspensão da sua inscrição, com indicação do 
respectivo período de duração. 
Parágrafo Único - No caso do inciso III do artigo 43, oPresidente do 
CRECI determinará a anotação da penalidade de suspensão da inscri-
ção imposta à pessoa jurídica, na carteira de identidade profissional do 
sócio-gerente ou diretor por ela responsável. 
Art. 45 - Se a pessoa física ou jurídica, cuja inscrição tiver sido sus-
pensa, praticar ato de intermediação imobiliária responderá a processo 
disciplinar por infringência ao artigo 20, VIII da Lei N.º 6.530, de 12 
de maio de 1978, e artigo 38, III, do Decreto N.º 81.871, de 29 de junho 
de 1978. 
 
Art. 46 - A qualquer tempo o Corretor de Imóveis que tiver obtido a 
suspensão dos efeitos da inscrição, no caso do inciso I do artigo 43, 
poderá requerer a suspensão da interrupção, a fim de restabelecer o 
exercício de sua atividade profissional. 
Parágrafo Único - O Presidente do CRECI determinará a anotação da 
interrupção da suspensão na carteira de identidade profissional do re-
querente. 
Art. 47 - O cancelamento da inscrição principal ou secundária poderá 
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ser determinado a critério do Plenário do Regional: 
I - a pedido da pessoa física ou jurídica, juntando ao requerimento, 
respectivamente, carteira e cédula de identidade profissional ou certi-
ficado de inscrição; 
II - “ex-officio”, no caso de morte da pessoa física ou extinção da pessoa 
jurídica; 
III - em decorrência de aplicação da penalidade do artigo 21, V, da Lei 
N.º 6.530, de 12 de maio de 1978, à pessoa física ou jurídica. 
§ 1° - No caso do inciso I, o Conselho Regional, para conceder o can-
celamento, verificará se a pessoa física ou jurídica está quite com anui-
dades e multas que lhe tenham sido aplicadas e com a contribuição 
sindical obrigatória e, no caso específico de pessoa jurídica, se foi su-
primido de seu contrato social o objetivo de intermediação imobiliária, 
inclusive os atos referidos no artigo 1º desta Resolução. 
 § 2° - A pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição cancelada a 
pedido, poderá se reinscrever no Conselho Regional desde que atenda 
as exigências da época do novo pedido. 
§ 3º - A pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição cancelada em 
decorrência de falta de pagamento de anuidade, emolumentos ou mul-
tas, terá restaurada a inscrição automaticamente, desde que satisfaça o 
débito devidamente corrigido. 
Art. 48 - No caso de cancelamento da inscrição principal, o Conselho 
Regional deverá recolher a carteira e cédula de identidade profissional 
do Corretor de Imóveis ou o Certificado de Inscrição da pessoa jurí-
dica.
 
Parágrafo Único - Não ocorrendo entrega espontânea dos documentos, 
o Conselho Regional deverá requerer a sua busca e apreensão. 
Art. 49 - O Presidente do Conselho Regional onde a pessoa física ou 
jurídica tiver inscrição secundária anotará na carteira de identidade 
profissional ou no certificado o cancelamento da referida inscrição, co-
municando esse fato ao CRECI de origem.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 50 - Os Conselhos Regionais manterão atualizado o Cadastro de 
pessoas físicas ou jurídicas que possuam ou tenham possuído inscri-
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ção principal ou secundária, anotando todos os atos a que alude esta 
Resolução. 
Art. 51 - O número de inscrição, principal ou secundária, identificador 
da pessoa física ou jurídica, é imutável e será concedido em ordem cro-
nológica a cada inscrição. 
§ 1º - No caso de cancelamento da inscrição, pelas hipóteses do artigo 
47, o número que a identifica não poderá ser atribuído a outra pessoa 
física ou jurídica. 
§ 2º - À pessoa física ou jurídica que tiver sua inscrição principal ou 
secundária cancelada a pedido ou por falta de pagamento de anuidades 
e voltar a se inscrever no mesmo Conselho Regional será atribuído o 
mesmo número de inscrição. 
Art. 52 - Aplicam-se as disposições desta Resolução aos processos ori-
ginados dos pedidos de inscrição em tramitação. 
Art. 53 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação no 
Diário Oficial da União, revogadas as Resoluções-COFECI nºs 148/82, 
160/83, 165/83, 235/88 e 251/89. 
Brasília-DF, 25 de junho de 1992 
WALDYR FRANCISCO LUCIANO 
Presidente 
RUBEM RIBAS 
Diretor 1º Secretário 
Homologada em Sessão Plenária de 07/08/92
CORRETOR X GESTOR
Afinal, qual é a diferença entre um corretor de imóveis que se inscreve no CRECI 
com um certificado de conclusão de Curso Técnico em Transações Imobiliárias 
- TTI e outro com o certificado de Curso Superior de Gestão de Negócios 
Imobiliários?
Sindicatos
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O Curso técnico é classificado pelo Ministério de Educação e Cultura em nível 
de ensino médio, ou seja, o antigo segundo grau. O corretor de imóveis munido 
desse certificado continuará tendo como escolaridade o ensino médio completo.
No caso, o curso de gestão de negócios imobiliários é classificado como curso 
superior tecnológico. O corretor com esse certificado tem como escolaridade 
ensino superior e por isso poderá prestar um concurso em nível de ensino supe-
rior, cursar uma pós-graduação, mestrado etc.
Outra diferença diz respeito à RESOLUÇÃO 1.066/07, quanto à inscrição 
no CNAI – Cadastro Nacional de Avaliadores Imobiliários. Os corretores forma-
dos no curso TTI somente poderão pleitear a inscrição no CNAI se possuírem 
o certificado de conclusão de curso de avaliação imobiliária devidamente reco-
nhecido pelo COFECI, ao passo que os profissionais possuidores de diploma de 
curso superior em gestão imobiliária poderão se inscrever sem necessidade de 
fazer o curso.
SINDICATOS
Sindicatos são associações que têm por objetivo defender interesses comuns de 
uma categoria ou classe de profissionais. No caso do mercado imobiliário, existe 
o SECOVI – Sindicato da Habitação e Condomínios, que defende os interesses 
PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS
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das empresas imobiliárias, ou seja, pessoas jurídicas e o Sindimóveis-Síncil: 
Sindicato dos Corretores de Imóveis que defendem os interesses dos correto-
res de imóveis pessoas físicas.
SECOVI
Vamos tomar o SECOVI-PR como parâmetro apenas para conhecer a natureza 
deste sindicato e a importância para o nosso mercado.
É o Sindicato da Habitação e Condomínios e representa todas as empre-
sas de compra, venda, locação, administração, incorporação e loteamentos 
de imóveis, e dos edifícios em condomínios residenciais e comerciais em todo 
o Estado do Paraná.
MISSÃO DO SECOVI-PR
‘Atuar como representante de classe, integrador de empresas do ramo 
imobiliário e condomínios, fomentar negócios de interesse de seus re-
presentados, oportunizar capacitação, conhecimentos e agir como fó-
rum de discussões e análise junto ao mercado e à sociedade’.
VISÃO DO SECOVI-PR
‘Ser uma entidade sindical, representativa, necessária e formadora de 
opinião, reconhecida pela excelência no atendimento e prestação de 
serviços, sendo referência nacional por ações eficazes e inovadoras’ 
(PARANÁ, 2013, online).
O SECOVI-PR - Sindicato da Habitação e Condomínios é uma Entidade Patronal 
reconhecida por meio de carta sindical expedida pelo Ministério do Trabalho, 
que representa todas as empresas de compra, venda, locação, administração, 
incorporação e loteamentos de imóveis, e dos edifícios em condomínios resi-
denciais e comerciais em todo o estado do Paraná.
Atualmente, muitas empresas são filiadas ao SECOVI por ser uma entidade 
representativa e atuante. Foi constituído para fins de estudo, coordenação, pro-
teção e representação legal das categorias econômicas representadas, conforme 
Sindimóveis
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estabelece seu estatuto e a legislação sindical em vigor.
Tem como principal objetivo a colaboração com os poderes públicos muni-
cipais, estaduais, federais e as demais associações, no sentido da solidariedade 
social e da subordinação aos interesses nacionais, sendo que entre as funções 
já elencadas, estão as de orientar, informar, esclarecer e promover cursos para 
funcionários (condomínios e empresas do mercado imobiliário), gerentes, empre-
sários, síndicos e condôminos.
As delegacias regionais promovem calendários anuais de cursos com pro-
gramas abordando temas interessantes, não somente na área imobiliária, mas 
também de condomínios.
O Secovi-PR está há 31 anos em 2015 defendendo os interesses do mercado 
imobiliário e condominial. 
Sua atuação junto a órgãos do poder público tem por objetivo principal 
coordenar, esclarecer e orientar as pessoas que gerenciam e trabalham em condo-
mínios (síndicos e funcionários), além de empresários e profissionais do mercado 
imobiliário que estão diretamente ligados a este Sindicato, o qual, por meio da 
infraestrutura de sua nova sede, disponibiliza toda uma gama de serviços; não 
apenas no âmbito do próprio Sindicato, mas também mediante seus agentes de ser-
viços, como: Universidade Livre do Mercado Imobiliário e Condominial (Unihab), 
que coordena os cursos; Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do 
Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), importante órgão que fornece 
às empresas dados estatísticos do mercado; Câmara de Mediação e Arbitragem 
(CMA); além dos diversos serviços, como a assessoria jurídica, serviços de saúde 
por meio do Serviço Social da Habitação (SecoviMed), entre outros.
SINDIMÓVEIS
Da mesma forma, falaremos do SINDIMÓVEIS do Paraná, e por ser uma enti-
dade da nossa região, temos mais propriedade para falar a respeito.
De abrangência estadual, objetiva zelar pelos interesses dos corretores 
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de imóveis, pessoas físicas, quanto aos seus direitos, formação e qualificação. 
Infelizmente, o corretor ainda não tem consciência do poder que tem, da força 
resultante da união de profissionais lutando pela mesma causa, mas com o tempo 
esse quadro vai mudar.
Precisamos nos unir, promover maior integração entre nossa classe, não 
somente no âmbito profissional, no que diz respeito à qualificação, mas também 
no social, com jantares e almoços festivos, torneios de futebol, truco e outras 
ações que promovam convívio agradável entre os corretores e as famílias.
Para isso, é preciso iniciativa em participar e chamar nossos colegas para 
participar também.
Fonte: <https://twitter.com/sindimoveispr/ www.sindimoveis.org.br>
SINCIL
O SINCIL foi criado de forma bem peculiar, sendo que a ideia nasceu em uma fes-
tiva comemoração pelo dia do corretor, em 26 de agosto de 1988, mediante uma 
conversa entre o prefeito da cidade de Londrina-PR, na época, Wilson Rodrigues 
Moreira e o jornalista Francisco das Chagas Marinho, quando indagado pelo pre-
feito do porquê de Londrina, com tantos corretores, estes ainda ficavam filiados 
ao sindicato da capital, respondeu que faltava incentivo. Assim, apoiado pelo pre-
feito e mesmo sem atuar no ramo imobiliário, mas detentor da carteira do CRECI, 
Francisco das Chagas convocou os colegas a criarem o seu próprio sindicato e, 
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muito aplaudido, foi apoiado, nascendo assim o SINCIL, que tem área de atua-
ção em alguns municípios, como Abatiá, Alvorada do Sul, Andirá, Apucarana, 
Arapongas, Assaí, Bandeirantes, Barra do Jacaré, Bela Vista do Paraíso, Califórnia, 
Cambará, Cambé, Carlópolis, Congonhinhas, Conselheiro Mayrink, Cornélio 
Procópio, Florestópolis, Guapirama, Ibiporã, Itambaracá, Jacarezinho, Jaguapitã, 
Jataizinho, Joaquim Távora, Jundiaí do Sul, Leópolis, Londrina, Marilândia do 
Sul, Miraselva, Nova América da Colina, Nova Fátima, Porecatu, Primeiro de 
Maio, Rancho Alegre, Ribeirão Claro, Ribeirão do Pinhal, Rio Bom, Rolândia, 
Santa Amélia, Santa Cecília do Pavão, Santa Mariana, Santo Antônio da Platina, 
Santo Antônio do Paraíso, São Jerônimo da Serra, São Sebastião da Amoreira, 
Sertaneja, Sertanópolis e Uraí, com intuito de colaboração com os poderes públi-
cos, no sentido de solidariedade profissional e de sua subordinação aos interesses 
nacionais, como parte integrante do sistema confederativo da representação sin-
dical das profissões liberais.
Querido(a) aluno(a), a sua participação no CRECI, nos sindicatos e em 
qualquer atividade relacionada à nossa profissão é muito importante. Nossa cola-
boração é que fará nossa profissão evoluir e ser mais respeitada.
A atitude que o corretor tem como cidadão perante seu país ele tem como 
membro de um conselho perante o CRECI. Quer dizer que se para ele é in-
diferente a sorte de quem vai governar nosso município, nosso estado ou 
nossa nação, por que ele estaria interessado em quem vai dirigir nosso 
conselho? Essa omissão é muito perigosa, pois o corretor é um elemento 
participativo em todas essas esferas que citamos e delas depende para o 
desenvolvimento de sua vida, quer seja ela social, profissional ou familiar. 
Reflita sobre isso.
PROFISSÃO: CORRETOR DE IMÓVEIS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E46
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Toda história é feita por pessoas destemidas, corajosas e preocupadas com o bem 
comum. O início da legalização da nossa profissão é muito bonito, pois dependeu 
da garra de pessoas firmes que não desistiram, mesmo diante de muitos desafios.
É só acessar o site do COFECI para ver em quantos capítulos tudo aconteceu. 
Foram muitas batalhas, muitas reuniões, horas dedicadas sem remuneração, sim-
plesmente doadas voluntariamente na esperança de ter nossos direitos garantidos.
Por isso o orgulho que temos por nossa profissão aumenta na medida em 
que conhecemos o passado, nos situamos dentro do mercado presente e assu-
mimos nosso papel na sociedade visando ao futuro.
Você pode perceber que sempre fomos muito importantes para a história de 
nosso país. Por meio dos agentes imobiliários, pessoas iam e vinham, compra-
vam, vendiam, investiam e faziam as cidades crescerem. Os agentes imobiliários 
eram e são até hoje os detentores das informações a cerca dos imóveis que estão 
disponíveis para compra, venda, locação etc.
Mesmo antes de conseguirmos a legalização da nossa profissão, a classe já era 
unida por meio do sindicato e lutava para o bem comum. Essa primeira unidade 
ficará como um chamamento, um despertar para a sua participação nos movi-
mentos de nossa classe. Não precisa se candidatar a delegado do CRECI, basta 
você prestar mais atenção no que acontece ao seu redor e iniciar sua participa-
ção, mesmo que timidamente, assim, com certeza cresceremos fortes. 
De que forma queremos ser respeitados se muitos de nossos colegas sequer 
conhecem a legislação que norteia seu trabalho, garante seus direitos e delimita 
seus deveres? Não sabem a função do CRECI, muito menos a dos sindicatos!
Terá destaque o profissional que estiver preparado e for detentor de conhe-
cimentos. A base da construção da profissão de um Corretor de Imóveis e, 
principalmente, de um Gestor Imobiliário é conhecer qual é o seu papel legal.
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1. Quando foi regulamentada a profissão de Corretor de Imóveis?
2. O que significa inscrição secundária?
3. Uma pessoa que se cadastra junto ao CRECI, mas não exerce a profissão é obri-
gada a pagar anuidade? 
MATERIAL COMPLEMENTAR
Investimentos: Como Administrar Melhor seu 
Dinheiro
Mauro Halfeld
Editora: Fundamento
Sinopse: Ganhar dinheiro não é uma tarefa fácil.

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