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Aula 3 - CAVIDADE NASAL E SEIOS PARANASAIS

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CAVIDADE NASAL E SEIOS PARANASAIS 
 
ESTRUTURA E FUNÇÃO 
 Narina 
 Prega alar → divide a narina em porções ventral (cavidade nasal) e dorsal (divertículo nasal ou falsa 
narina) 
 Cavidade nasal: dividida (direita e esquerda) pelo osso vomer e pelo septo nasal (cartilagem) 
 Seios paranasais → 6 pares = conchal dorsal, conchal médio, conchal ventral, esfenopalatino, frontal e 
maxilar (maior) 
 
 
LACERAÇÃO DE NARINA 
 Reparo cirúrgico de acordo com cada caso 
 
ATEROMA NASAL 
 Ateroma nasal ou cisto epidermóide da falsa narina 
 Ocorre na pele da falsa narina 
 Dobra de pele → pelos e saída de glândulas sebáceas ficam virados para dentro 
 Acúmulo de secreção sebácea forma um cisto 
 Não é abscesso e não vem a furo 
 Enfermidade congênita, porem aumento de volume só aparece com o passar dos anos 
 Indolor, unilateral e único 
 3 a 5cm de diâmetro 
Tratamento → remoção cirúrgica 
 Sedação e anestesia local 
 Preparação asséptica da pele sobre o cisto 
 Incisão da pele e tecido subcutâneo sobre lesão 
 Remoção do cisto inteiro por dissecação 
 Suturas do espaço morto e subcutâneo (Vicryl 0) e pele (Nylon 1) 
 
PÓLIPO NASAL 
 Crescimento anormal de tecido tumoral (benigno) na mucosa nasal 
 Pediculado – geralmente pedículo é bem menor que a massa 
 Podem crescer demais e se projetar para fora da narina 
Tratamento → excisão da massa 
 Cortar pedículo e suturar mucosa se necessário e se possível, pontos simples separados (Vicryl 0) 
 
TUMORES NASAIS 
 Sarcoides (fibrossarcoma), carcinomas (Espinocelular ou basocelular) e osteossarcoma (ossos da face) 
 Avaliar cada caso e verificar possibilidade de remoção cirúrgica 
 Neoplasias devem ser excisadas e tecido enviado para análise histológica 
 Cauterização ou crioterapia 
 Observar recidivas e metástases 
 Carcinomas 
 
HEMATOMA ETMOIDAL PROGRESSIVO 
 Massa encapsulada que se forma a partir do labirinto etmoidal ou seios paranasais 
 Hemorragia de causa desconhecida → submucosa 
 Mucosa estica e fica espessa → cápsula do hematoma 
 Hematoma é macio, de superfície brilhante, normalmente de cor 
vermelho escuro com manchas ou levemente esverdeado 
Histologia 
 Cápsula → epitélio respiratório e tecido fibroso 
 Estroma → contém sangue, tecido fibroso, macrófagos, células gigantes com depósitos de 
hemossiderina e depósitos de calcário 
Sinais clínicos 
 Epistaxe ou secreção nasal mucopurulenta com traços de sangue 
 Unilateral 
 Bilateral → hematoma se projeta para ambos os lados 
 Ruídos ventilatório anormal 
 Expiração de odor fétido 
 Agitação da cabeça 
 Dispneia 
Diagnóstico 
 Raio X, endoscopia e tomografia (determina localização exata) 
 Diagnóstico diferencial → corpos estranhos, rinite fúngica, micose de bolsa gutural, neoplasia de 
etmoide, fraturas de crânio, neoplasia/infecção/cistos nos seios paranasais, abscesso pulmonar, 
pleuropneumonia 
 
 
 
 
Tratamento 
 Tratamento visa remoção da massa e destruição de sua origem 
 Massas de até 5cm de diâmetro 
 Tratamento via endoscópica – sedação 
 Laserterapia – regressão do tecido 
 Injeção de formalina – regressão do tecido 
 Massas maiores 
 Acesso à cavidade nasal via seios maxilar e frontal (trepanação) 
 Anestesia geral inalatória 
 
SEIOS PARANASAIS 
Sinais clínicos 
 Secreção nasal unilateral serosa, purulenta, mucopurulenta, serosanguinolenta ou sanguinolenta de 
acordo com enfermidade 
 Inchaço ou deformidade da face 
 Diminuição da área para passagem de ar (dificuldade respiratória, as vezes ruído respiratório) 
 
Diagnóstico 
 Exame clínico deve incluir percussão dos seios paranasais e 
endoscopia para verificar a origem da secreção nasal 
 Exame radiográfico em posições latero lateral e dorsoventral – 
opacidade e acúmulo de fluidos 
 
SINUSITE 
 Enfermidade mais comumente observada 
 Primária ou secundária, aguda ou crônica 
 Secundária → afecções dentárias, fratura de ossos da face, granulomas e neoplasias 
 Empiema → Streptococcus equi 
 
Tratamento 
 Drenagem do conteúdo purulento acumulado no seio paranasal e antibioticoterapia local e sistêmica 
SID ou BID 
 Sicocentese (furo no seio apenas para introduzir um cateter) e implantação de cateter para lavagem 
do seio → sedação + anestesia local 
 Sinusite primária → antibiótico sistêmico, trepanação e irrigação 
 Acometimento seio conchal ventral → trepanação 
 Evidências radiográficas 
 Trepanação → remoção do conteúdo purulento acumulado no seio paranasal e implantação de 
sistema de drenagem 
 Incisão nos ossos da face com o objetivo de explorar os seios nasais

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