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PETIÇÃO INICIAL - abraão lobato x lms

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DIAS & SOUSA		 
Advogados Associados		 
Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) Federal Trabalhista Titular da _____ª Vara do Trabalho de Macapá/AP.
ABRAÃO LOBATO PERNA, brasileiro, casado, vigilante, inscrito no CPF/MF sob o nº. 324.981.522-53, residente e domiciliado na Rua das Mangueiras, nº.124, Distrito de Jarilândia, Vitória do Jari/AP, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infrafirmado (mandato procuratório em anexo), apresentar a competente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, em desfavor de: L M S VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PRIVADA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ sob o nº.08.531.731/0001-75, localizada na localizada na Avenida Paraná, nº.279, CEP: 68.900-000, Bairro: Santa Rita, Macapá/AP.
HISTÓRICO CONTRATUAL 
		O reclamante foi admitido pelo reclamado no dia 14 de maio de 2012, para laborar na função de vigilante. Sendo demitido sem justa causa no dia 28 de novembro de 2014. Recebia remuneração mensal no importante de R$ 1807,03 (mil oitocentos e sete reais e três centavos). Ressaltando se levou em conta a progressão salarial no memorial de cálculo. Laborava das 19h às 7h em escalas 12 x 36. 
DA DIFERENÇA DE HORAS EXTRAS 50% - DOS PLANTÕES EXTRAS
Excelência, o obreiro por vezes era obrigado a realizar plantões (12h) extraordinários, em postos diversos. Ocorre que o reclamante não recebia por estes trabalhos suplementares corretamente, pois, a empresa se limitava em pagar um valor fixo de R$ 40,00, por cada plantão extra de 12h.
Abaixo relacionamos uma tabela com os dias, postos em que o reclamante realizou os plantões adicionais, e quantidade de horas executadas, todos com cópias dos livros de ocorrência em anexo.
	DATA PLANTÃO EXTRA
	POSTO
	QTD HORAS REALIZADAS
	14/07/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	26/07/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	14/08/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	17/08/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	02/10/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	06/10/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	12/10/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	16/10/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	22/10/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	07/11/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	17/11/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	29/11/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	07/12/2012
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	02/04/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	14/04/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	16/04/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	18/04/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	20/04/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	22/04/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	24/04/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	26/04/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	28/04/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	30/04/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	15/06/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	19/06/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	23/06/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	12/07/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	14/07/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	16/07/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	18/07/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	20/07/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	22/07/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	24/07/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	26/07/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	28/07/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	30/07/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	02/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	04/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	06/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	08/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	10/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	12/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	14/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	16/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	18/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	20/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	22/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	24/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	26/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	28/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	30/08/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	22/12/2013
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	01/09/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	03/09/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	19/09/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	21/09/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	23/09/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	25/09/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	27/09/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	29/09/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	05/11/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	07/11/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	09/11/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	11/11/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	13/11/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	15/11/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	17/11/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	19/11/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
	21/11/2014
	Escola estadual fonte do saber
	12h
Posto isto requer o pagamento da diferença de horas extras, na quantidade e nos meses acima descritos. Por fim requer os reflexos das horas extras sobre as demais parcelas trabalhistas, tais como, FGTS, aviso prévio, férias, dentre outros.
REQUER a condenação da reclamada que apresente em Juízo o livro de ocorrência do posto do obreiro, bem como dos postos que tirou plantões extras, com fundamentação no art. 359 seguintes do CPC.
Ressaltando ainda que conforme exposto a empresa pagou o valor de R$ 40,00 por cada plantão realizado e que procederemos ao abatimento deste valor por ocasião da elaboração do memorial de calculo no JURISCALC.
DAS FÉRIAS + 1/3 EM DOBRO
Excelência, conforme analise nos extratos bancários do obreiro (doc.anexo), a reclamada efetuou o pagamento das férias em atraso, conforme provam os extratos bancários juntados, ou seja, não efetuou seu pagamento dentro do prazo determinado no art. 145 da CLT, isto é, a reclamada tem como regra conceder as férias e pagá-las durante o decorrer das mesmas. Abaixo segue quadro com o período aquisitivo, o período em que efetivamente foi concedida a féria pleiteada e a data de pagamento da mesma.
	PERÍODO AQUISITIVO
	PERÍODO DE CONCESSÃO
	DATA DE PAGAMENTO
	14/05/2012 a 13/05/2013
	01/09/2013 a 30/09/2013
	05/09/2013
Cabe registrar que, segundo a jurisprudência majoritária, não apenas as férias usufruídas fora do prazo, como também aquelas usufruídas no prazo, porém pagas fora do prazo devido, são devidas em dobro. 
Os artigos 142 e 145 da CLT determinam que o pagamento das férias + 1/3 deve ser efetuado até dois dias antes do início do período. 
De acordo com a Orientação Jurisprudencial nº 386 do TST “é devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal”, ou seja, até dois dias antes do início das férias do empregado. 
Vejamos o teor da OJ nº 386 do TST: 
FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA DO PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal. 
Portanto, com base na Orientação Jurisprudencial nº 386 do TST, o período aquisitivo: 2011 é devido em dobro. 
Cabe frisar que os funcionários da reclamada recebem seus vencimentos através de depósito em conta corrente, devendo a reclamada juntar aos autos, sob pena de confissão quanto ao objeto do pedido, os comprovantes de depósitos bancários referentes á todos os períodos de férias concedidosa reclamante, a teor do que dispõe o art. 359 do CPC. 
Diante o exposto REQUER a condenação da reclamada no pagamento das férias + 1/3 em dobro conforme descrito acima, bem como seus reflexos sobre o FGTS e o art. 467 da CLT.
DA DIFERENÇA DO ADICIONAL NOTURNO / PRORROGAÇÃO DA JORNADA NOTURNA.
 Excelência, conforme exposto ao norte o reclamante laborava das 19h às 7h em escalas 12 x 36. Considerando o adicional noturno as atividades urbanas das 22h às 5h, é notório que o reclamante percebeu tal direito durante o período que laborou, portanto, a reclamada deixou de se ater ao disposto no § 5º do art. 73 da CLT, bem como ao entendimento que está consubstanciado na súmula 60 do TST, o qual dispõe que o adicional noturno será também devido quando houver a prorrogação da jornada noturna, ou seja, além das horas extraordinárias, o empregado tem direito ao devido adicional, ainda que o horário de trabalho ultrapasse as 05h da manhã. 
 Veja o entendimento jurisprudencial sobre a matéria:
ACÓRDÃO – ADICIONAL NOTURNO. PRORROGAÇÃO. JORNADA NOTURNA. A Corte de origem deu provimento parcial ao recurso ordinário do autor para condenar a reclamada ao pagamento de diferenças de adicional noturno e horas extras noturnas decorrentes da prorrogação da jornada noturna. Decidiu mediante os seguintes fundamentos: a sentença considerou que no caso de horários mistos as normas que disciplinam o trabalho noturno incidem apenas sobre o serviço executado dentro do período definido domo noturno. O reclamante não concorda com essa decisão. Defende que todo trabalho realizado em prorrogação as horas noturnas devem assim ser consideradas, na forma da OJ 6 da SDI do C.TST. Postula as diferenças de adicional noturno e horas extras noturnas. O § 2º do art. 73 da CLT considera como noturno o trabalho realizado entre as 22 horas de um dia e as 5h do dia seguinte. Porém, quando há prorrogação da jornada noturna em horário diurno, o adicional é devido também sobre o tempo elastecido. Esse é o sentido do § 5º do art. 73 da CLT. De resto a matéria está pacificada pela orientação jurisprudencial acima mencionada, in verbis: adicional noturno. Prorrogação em horário diurno. Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o adicional quanto as horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT. Esse parâmetro deve ser observado na apuração das horas noturnas registradas nos cartões-ponto. PROC. Nº TST-RR-791383/2001.5. Ministra relatora ROSA MARIA WEBER CANDIOTA DA ROSA. Brasília, 13 de junho de 2007.
 Dessa forma, considerando a prorrogação do adicional noturno REQUER a condenação da reclamada no pagamento da diferença do devido adicional de 20% das 5h às 7h da manhã (2h x 15 dias = 30h/mês) durante todo pacto laboral do reclamante, bem como seus reflexos sobre todos os direitos trabalhistas devidos, a exemplo de férias + 1/3, 13º salário, RSR e FGTS + 40% nos termos da fundamentação. 
DA DIFERENÇA SALARIAL EM FUNÇÃO DA NÃO OBSERVAÇÃO DA DATA BASE 
Excelência, por dois anos seguintes (2011 e 2012) a reclamada não obedeceu a data correta de aumento da categoria da reclamante a Data-Base.
Conforme Acordão TRT/SE I/ DC 0001474-76.2011.5.08.0000 que definiu o Dissidio Coletivo da Categoria dos Vigilantes, o salário da obreira deveria ter sofrido um reajuste de 11% em 04/2011, passando de R$ 867,31 para R$ 962,31. Ocorre que a reclamada só implementou o referido aumento em 10/2011, conforme se constata através da folha “37” no campo ALTERAÇÕES DE SALÁRIO da CTPS da reclamante.
“DO REAJUSTE SALARIO: as partes convencionam reajuste salarial de 11% (onze por cento), retroativo a 30/04/2011, quitando as parcelas salariais pretéritas até a referida data:
DA DATA BASE: as partes convencionam fixar nova data base para primeiro de maio;
Sendo que a Convenção Coletiva 2012/2013 dos Vigilantes concedeu outro aumento salarial que deveria passar a vigorar a partir de 07/2012. O aludido aumento foi de 8%, passando o salário base de R$ 962,71 para R$ 1.039,73.
Acontece que conforme comprova as anotações feitas na página “17” da CTPS da obreira a reclamada só efetivou tal aumento em 11/2012.
SALÁRIOS, REAJUSTES E PAGAMENTO
REAJUSTES/CORREÇÕES SALARIAIS
CLÁUSULA TERCEIRA - REAJUSTE SALARIAL, FUNÇÕES - CARGOS PERACIONAIS: Para os integrantes da categoria que desempenham as funções abaixo relacionadas, e que estejam no exercício pleno de seus contratos de trabalho, de conformidade com a legislação em vigor e na data da vigência deste instrumento, fica assegurado o reajuste salarial de 08% (oito por cento) acumulados no período de PRIMEIRO DE MAIO DE 2011, A TRINTA DE ABRIL DE 2012, com efeito financeiro a partir de 1º de julho de 2012, descontando-se os aumentos espontâneos ou compulsórios porventura concedidos no período, exceto os decorrentes de término de aprendizagem, implemento de idade, promoção por antiguidade ou merecimento, transferência de cargo, função, estabelecimento, localidade ou equiparação salarial determinada por sentença transitada em julgado.
Com o advento da Convenção Coletiva 2014/2015 em sua Cláusula Terceira, Parágrafo 3º, o salário dos vigilante passou, a partir de Maio de 2014, a ser de R$ 1.205,22 (um mil duzentos e cinco reais e vinte e dois centavos), senão vejamos:
Parágrafo 3º – Os integrantes da categoria profissional não poderão ser admitidos ou continuar trabalhando, a partir de 1° de MAIO de 2014, com salários inferiores aos adiante elencados: a) SUPERVISOR DE SEGURANÇA FLORESTAL: R$3.635,52; b) INSPETOR DE SEGURANÇA FLORESTAL: R$2.537,14; c) GUARDA FLORESTAL, VIGILANTE FLORESTAL: R$1.824,63; d) CHEFE DE OPERAÇÕES E COORDENADOR DE SEGURANÇA: R$2.302,20; e) SUPERVISOR DE SEGURANÇA PATRIMONIAL: R$1.791,83; f) INSPETOR E FISCAL DE VIGILÂNCIA: R$1.579,14;g) VIGILANTE CONDUTOR DE CARRO FORTE: R$1.609,38; h) VIGILANTE CHEFE DE EQUIPE DE TRANSPORTE DE VALORES / GUARDA FIEL: R$1.678,89; i) VIGILANTE ESCOLTA / GUARDA ESCOLTA: R$1.434,73; j) MONITOR DE OPERAÇÕES DE VIGILANCIA E TÉCNICO DE SEGURANÇA ELETRÔNICA Jr.: R$1.284,30; l) VIGILANTE, GUARDA DE SEGURANÇA, VIGIA, VIGILANTE ORGÂNICO, ATENDENTE DE OCORRENCIA DE ALARME ELETRÔNICO E/OU SISTEMA DE CFTV E MONITOR DE ALARMES ELETRÔNICO E/OU SISTEMA DE CFTV: R$1.205,22. (grifo nosso)
Ocorre, que a reclamada nunca implementou a referida alteração salarial.
Para melhor visualização de Vossa Excelência elaboramos tabela com os dados descritos acima.
	Instrumento que concedeu o aumento salarial 
	Data que deveria ter sido efetivado o aumento salarial
	Data que efetivamente foi implementado o aumento salarial
	Percentual do aumento
	Valor do salário sem o aumento
	Valor do salário depois do aumento
	Diferença salarial devida ao mês
	Valor total da diferença salarial
	Dissidio Coletivo 2011 DC 0001474-76.2011.5.08.0000
	04/2011
	06/2011
	11%
	867,31
	962,71
	95,40
	366,10
	Convenção Coletiva 2012/2013
	07/2012
	08/2012
	08%
	962,71
	1.039,73
	77.02
	366,10
	Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015
	05/2014
	Nunca o aumento foi implementado
	7,33
	1.122,91
	1.205,22
	82,31
	732,20
	VALOR TOTAL DA DIFERENÇA SALARIAL
	R$ 2.196.63
Posto isto requer a diferença salarial na ordem de R$ 2.196,63 (dois mil cento e noventa e seis reais e sessenta e três centavos). Por fim requer os reflexos da diferença salarial sobre as demais parcelas trabalhistas.
MULTA DA CLAUSULA SEXTA PARAGRAFO QUARTO E QUINTO DA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2014/2015.
Excelência, é fato público e notório que a reclamada vem constantemente atrasando os pagamento salariais do obreiro. Tal situação persistiu por todo ano de 2014.
Neste sentido, a CLÁUSULA SEXTA, §, 4º e 5º DA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2014/2015, dispõe:
CLAUSULA SEXTA: omissis
§4º - O pagamento de salários deverá ocorrer no prazo máximo de até o 5º dia útil, na forma da Lei. E no eventual caso concreto de atraso do pagamento salarial, será aplicada uma multa normativa de 15% (quinze por cento) que terá como base de calculo o piso salarial do trabalhador, a serrevertido em favor do trabalhador prejudicado.
§5º - No caso de atraso superior a 30 dias, haverá incidência de mais 10% de multa sobre o salário base, a ser revertida ao trabalhador prejudicado.
Sabendo que a vigência da Convenção Coletiva 2014/2015 começou a partir de 01/05/2014, exporemos os atrasos salariais desde junho de 2014.
	Mês
	Data do pagamento
	Dias de Atraso em relação ao § 4º da Clausula Sexta da Convenção Coletiva 2014/2015
	Multa § 4º da Clausula Sexta da Convenção Coletiva 2014/2015
	Multa § 5º da Clausula Sexta da Convenção Coletiva 2014/2015
	Junho/2014
	14/07/2014
	9
	15%
	------
	Julho/2014
	16/09/2014
	41
	15%
	10%
	Agosto/2014
	Até a presente data não ocorreu
	85
	15%
	10%
	Setembro/2014
	Até a presente data não ocorreu
	55
	15%
	10%
Desse modo, considerando que a reclamada atrasou os salários referente aos meses de junho e julho e os de agosto, setembro, outubro, novembro, de 2014 não foram até a presente data pagos, ou seja, já estão em atraso, REQUER a aplicação da multa de 15% (quinze) para cada mês em atraso, conforme §4º da CCT 2014/2015. Do mesmo modo REQUER a aplicação da multa de 10% (dez por centos) sobre o salário referente aos meses julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro de 2014 em decorrência de que estes salários estão com atraso superior a 30 dias conforme o §5º da clausula sexta da mesma convenção.
Logo, temos:
	SALÁRIOS EM ATRASO
	SALÁRIO BASE
	MULTA DE 15%§4º DO CCT 2014/2015
	MULTA 10% §5º DO CCT 2014/2015
	TOTAL
	Junho 2014
	R$ 1.205,22
	R$ 180,78
	--------------
	R$ 180,78
	Julho 2014
	R$ 1.205,22
	R$ 180,78
	R$ 120,52
	 R$ 301,30
	Agosto 2014
	R$ 1.205,22
	R$ 180,78
	R$ 120,52
	R$ 301,30
	Setembro 2014
	R$ 1.205,22
	R$ 180,78
	R$ 120,52
	R$ 301,30
	Outubro 2014
	R$ 1.205,22
	R$ 180,78
	R$ 120,52
	R$ 301,30
	Novembro 2014
	R$ 1.205,22
	R$ 180,78
	R$ 120,52
	R$ 301,30
	TOTAL
	
	
	
	R$ 2.289,88
Diante o exposto, REQUER a condenação da reclamada no pagamento da multa do §4º e 5º da CCT 2014/2015, no valor de R$ 2.289,88 (dois mil duzentos e oitenta e nove reais e oitenta e oito centavos) referente ao atraso dos meses de: junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro de 2014.
DANO MORAL PELO ATRASO REITERADO NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS
Excelência é fato público e notório que a reclamada vem constantemente e de forma reiterada atrasando o pagamento de salários da reclamante.
Há de se ressaltar que a obreira é trabalhadora humilde, arrimo de família com remuneração baixa e que depende única e exclusiva desta fonte de renda. O reclamado por sua vez desconsidera tais necessidades e de forma inexplicável não só continua atrasar os pagamentos, mas, o que é pior, quando paga um salário deixa dois meses inadimplentes.
Por certo o simples atraso de pagamento de forma não eventual, se manifesta como algo razoável e até compreensível diante das intempéries da economia brasileira, mesmo sendo da reclamada o risco da atividade econômica. No caso presente não se trata de atraso isolado, mas sim, de ato costumeiro da reclamada, o que por si só provoca angustia, insegurança e temor não só no trabalhador, mas em toda sua esfera familiar.
Diante desse fato e julgando de forma harmoniosa entre legalidade e justiça social, a 4ª turma do Tribunal Superior do Trabalho, em recente decisão, proferida por ocasião do RR – 60500-09.2009.5.09.0562, decidiu que é devido indenização por danos morais quando há atraso reiterado no pagamento da remuneração.
Ressaltou o relator, o Ministro João OresteDalazen que: “se o atraso persiste por meses, o dano é presumido, uma vez que poucos empregados possuem condições de sobreviver dignamente sem receber salário”.
Na ocasião os ministros por unanimidade condenaram o reclamado a indenizar o trabalhador rural no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a título de dano moral.
Logo, é evidente o prejuízo do trabalhador em comento, pois certamente sempre contou com a contraprestação integral de seus salários para honrar as suas obrigações. Além disso, configura descumprimento dos deveres do empregador, no caso, o de adimplir de forma integral a obrigação de remunerar a prestação de serviços do empregado, configurando-se a quebra da boa-fé contratual e ofensa a dignidade do trabalhador.
Nesse sentido, constatada a mora salarial contumaz e estabelecida à desnecessidade de prova do dano, o reclamante faz jus à indenização postulada, nos termos da jurisprudência, a saber:
"RECURSO DE REVISTA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ATRASO NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS. DANO "IN RE IPSA". O atraso reiterado no pagamento dos salários configura dano moral, porquanto gerador de estado permanente de apreensão do trabalhador, que, por óbvio, compromete toda a sua vida - pela potencialidade de descumprimento de todas as suas obrigações, sem falar no sustento próprio e da família. Precedentes da Corte." (RR-900-04.2011.5.04.0020, Data de Julgamento: 7/5/2014, Relatora Ministra: Maria de Assis Calsing, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 9/5/2014)
"DANOS MORAIS. ATRASO NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS. 1. Hipótese em que a e. Corte regional reputou indevida a indenização por danos morais, ao fundamento de que -não restou demonstrado que o não percebimento de salários tenha maculado a esfera pessoal do Reclamante e provocado situações que atingiram a sua imagem ou boa conduta, ou que o tenham exposto a constrangimentos, humilhações ou vexames que caracterizassem dano a sua moral-. 2. Embora os atrasos no cumprimento das obrigações trabalhistas, em regra, acarretem apenas danos patrimoniais, sanados com a condenação ao pagamento das parcelas correspondentes, no caso, configura-se também o dano moral porquanto comprovado o prolongado atraso no pagamento dos salários do reclamante (60 dias). Esse procedimento não se limita a meros dissabores, já que deixa o trabalhador em total insegurança quanto ao futuro, sem poder se programar quanto à adimplência de seus compromissos financeiros. 3. Logo, comprovado o atraso no pagamento dos salários , o procedimento adotado pela reclamada importou em abalo moral suficiente a caracterizar violação aos direitos da personalidade do reclamante, justificando a condenação da empresa no dever de indenizar, no montante ora arbitrado em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Recurso de revista conhecido e provido." (RR-760-97.2010.5.02.0492, Relator Ministro Hugo Carlos Scheuermann, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 9/5/2014)
"RECURSO DE REVISTA. ATRASO NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Imperativo reconhecer que a mora salarial gera ipso facto um dano também extrapatrimonial quando não se cuida, por exemplo, de verbas acessórias ou salário diferido, mas sim daquela parte nuclear do salário imprescindível para o empregado honrar suas obrigações mensais relativas às necessidades básicas com alimentação, moradia, higiene, transporte, educação e saúde. O inevitável constrangimento perante os provedores de suas necessidades vitais configura um dano in re ipsa, mormente quando consignado ter sido reiterada a conduta patronal em não efetuar, ou mesmo atrasar, o pagamento dos salários. A ordem constitucional instaurada em 1988 consagrou a dignidade da pessoa humana como princípio fundamental da República, contemplando suas diversas vertentes, pessoal, social, física, psíquica, profissional, cultural, etc., alçando também ao patamar de direito fundamental as garantias inerentes a cada uma dessas esferas. Assim, o legislador constituinte cuidou de detalhar, no artigo 5º, caput e incisos, aqueles mais ligados ao indivíduo, e nos artigos 6º a 11, os sociais, com ênfase nos direitos relativos à atividade laboral (artigos 7º a 11). Dessa forma, o exercício dessa dignidade está assegurado não só pelo direito à vida, como expressão da integridade física apenas. A garantia há de ser verificada nas vertentes concretas do seu exercício, como acima delineado, com atendimento das necessidades básicas indispensáveis à concretização de direitos à liberdade e a outros direitos sociais, todos eles alcançáveis por meio do trabalho. O direitofundamental ao trabalho (artigo 6º, caput, da CF) importa direito a trabalho digno, cuja vulneração gera o direito, igualmente fundamental à reparação de ordem moral correspondente (artigo 5º, V e X, CF/88). A exigência de comprovação de dano efetivo não se coaduna com a própria natureza do dano moral . Trata-se de lesão de ordem psíquica que prescinde de comprovação. A prova em tais casos está associada apenas à ocorrência de um fato (não pagamento dos salários) capaz de gerar, no trabalhador, o grave abalo psíquico que resulta inexoravelmente da incerteza quanto à possibilidade de arcar com a compra, para ele e sua família, de alimentos, remédios, moradia, educação, transporte e lazer. Há precedentes. Recurso de revista conhecido e não provido." (Processo: RR-398-38.2010.5.04.0202, Relator Ministro Augusto César Leite de Carvalho, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 14/2/2014; destaques acrescidos)
"(...) III - RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE. 1. ATRASO REITERADO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS. DANO MORAL. CONFIGURAÇÃO PELA SIMPLES OCORRÊNCIA DO FATO. 1.1. A Corte 'a quo', com amparo nos elementos instrutórios dos autos, concluiu pelo atraso reiterado no pagamento dos salários. 1.2. O dano moral se configura pela mudança do estado psíquico do ofendido, submetido pelo agressor a desconforto superior àqueles que lhe infligem as condições normais de sua vida. 1.3. O patrimônio moral está garantido pela Constituição Federal quando firma a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República, estendendo sua proteção à vida, liberdade, igualdade, intimidade, honra e imagem, ao mesmo tempo em que condena tratamentos degradantes e garante a reparação por dano (arts. 1º, III, e 5º, caput e incisos III, V, e X). 1.4. No diálogo sinalagmático que se estabelece no contrato individual de trabalho, incumbe ao empregador proceder, tempestivamente, ao pagamento de salários (CLT, art. 459, § 1º). 1.5. O atraso reiterado no pagamento de salários claramente compromete a regularidade das obrigações do trabalhador, sem falar no próprio sustento e da sua família, quando houver, criando estado de permanente apreensão, que, por óbvio, compromete toda a sua vida. 1.6. Tal estado de angústia resta configurado sempre que se verifica o atraso costumeiro no pagamento dos salários - 'damnum in re ipsa'. 1.7. Ao contrário do dano material, que exige prova concreta do prejuízo sofrido pela vítima a ensejar o pagamento de danos emergentes e de lucros cessantes, nos termos do art. 402 do Código Civil, desnecessária a prova do prejuízo moral, pois presumido da violação da personalidade do ofendido, autorizando que o juiz arbitre valor para compensá-lo financeiramente. 1.8. O simples fato do ordenamento jurídico prever consequências jurídicas para o ato faltoso do empregador (no caso, a rescisão indireta do contrato de trabalho, com a condenação da empresa às reparações cabíveis - pagamento de diferenças e prejuízo - com juros e correção monetária -, nos termos dos arts. 483, 'd', e 484 da CLT) não prejudica a pretensão de indenização por dano moral, consideradas as facetas diversas das lesões e o princípio constitucional do solidarismo. Recurso de revista conhecido e provido. (...)" (ARR-73100-25.2008.5.01.0011, Relator Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3ª Turma, Data de Publicação: 6/9/2012; destaques acrescidos)
Meritíssimo, a indenização pleiteada por um lado, cumpre a finalidade de compensação, e por outro, também, ostenta caráter pedagógico ao ofensor, com vistas a inibir ou desencorajar, pelo efeito intimidativo do valor econômico, a reincidência de ofensa a bens imateriais preciosos, objeto de tutela jurídica.
Excelência, está cristalizado o atraso no pagamento dos salários, pois, tal procedimento adotado pela reclamada importou em abalo moral suficiente a caracterizar violação aos direitos da personalidade do reclamante, justificando a condenação da empresa no dever de indenizar.
Pelo exposto REQUER a condenação da reclamada no pagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) a titulo de dano moral como forma de compensação pelos danos causados ao reclamante.
DO DANO MORAL PELO NÃO RECOLHIMENTO DO INSS
Excelência, a reclamante informa que existem falhas no recolhimento da referida contribuição previdenciária. Vale ressaltar que, mensalmente, por todo o pacto laboral, foi descontado de seu salário o valor correspondente à contribuição previdenciária, cabendo à reclamada a obrigação de realizar os respectivos depósitos.
A falta dos depósitos traz prejuízos a trabalhadora, na medida em que os meses sem contribuição não contarão para sua aposentadoria, além de sentir-se profundamente lesado no seu direito, haja vista que, no período laborado, jamais deixou de ser descontado o valor correspondente à sua contribuição previdenciária.
É louvável o entendimento da eminente Juíza Convocada Dra. MARIA DE NAZARÉ MEDEIROS ROCHA, Relatora do ACÓRDÃO TRT 8ª/2ª T./RO 0001263-07.2011.5.08.0205, verbis: 
ACÓRDÃO TRT 8ª/2ª T./RO 0001263-07.2011.5.08.0205
DO PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
(...)
A reclamante, na exordial, alegou não ter a reclamada recolhido, em prol do INSS, contribuições previdenciárias relativa a sua pessoa. Em linhas gerais, considera que este fato lhe traz grande prejuízo, ofendendo-lhe à esfera moral, pelo que entende ter direito a uma indenização. 
A sentença de primeiro grau negou provimento ao pleito da empregada ao argumento de que “... O fato de a reclamada não ter efetivado todos os depósitos devidos a Seguridade Social, apesar de reprovável, não faz concluir que a reclamante tenha sofrido abalo em seus valores íntimos ou que tenha sido ofendida em sua honra e dignidade, não podendo ser tido como fato gerador do dano moral...” (fls. 76/76v, dos autos).
Analiso.
Merece reforma a decisão também nesse sentido.
Entendo que o trabalhador não pode ficar a mercê dos caprichos, ou mesmo dos atos ilícitos praticados por seu empregador em detrimento da satisfação de seus direitos trabalhistas previstos em lei, especialmente quanto ao recolhimento correto das contribuições sociais. A ausência de recolhimento das contribuições previdenciárias em nome do empregado, sujeita este a ocorrência de toda espécie de infortúnio no trabalho que venha afetar sua saúde, sem que possa desfrutar do gozo de benefício previdenciário. A conduta da empresa, em não recolher a contribuição previdenciária de seus empregados, enquadra-se como ato ilícito, nos termos do art. 186 do CCB, passível de indenização por perdas e danos. Despicienda a demonstração da ocorrência material do dano ao empregado, na medida em que o potencial de perigo se revela com a inadimplência do reclamado, que sujeita seus empregados aos riscos do trabalho sem o devido respaldo previdenciário, ainda que apenas quanto aos benefícios a serem concedidos pela previdência social geral. Caso o empregado sofra, por exemplo, um acidente de trabalho, ou mesmo seja acometido de doença sem nexo causal com a sua atividade laboral, corre o risco de não receber os benefícios previdenciários correlatos ao infortúnio pela ausência de recolhimento das contribuições previdenciárias em seu nome. Este fato, por si só, causa ao obreiro a incerteza do povir, contribuindo para sua intranquilidade e de seu círculo familiar, abalando as suas estruturas psíquicas. (grifamos)
Esta notável magistrada comunga do mesmo entendimento do Desembargador Dr. Marcus Augusto Losada Maia, conforme se verifica ainda em sua brilhante decisão:
Oportunamente, faço minhas as considerações proferidas no Acórdão, PROCESSO TRT 8ª – 1ª T/RO 0000298-41.2011.5.08.0201O, da lavra do Desembargador, Dr. Marcus Augusto Losada Maia:
“...Ora, o salário do trabalhador é intangível e ele tem o direito de saber o destino dos descontos efetuados, ainda mais quando o empregador está obrigado a direcionar os valores descontados para a Previdência Social. Com efeito, o empregador, ao não agir dessa maneira, frusta a possibilidade de o empregado,
por exemplo, habilitar-se a algum benefício oferecido pelaprevidência social e que dependa
de carência como o auxílio-doença. Não tenho dúvida, ademais, que supera o mero dissabor, o fato do trabalhador ver sonegados 5, 10 ou 15 anos de serviço, para fins de aposentadoria, em razão do conduta ilícita do empregador ao se apropriar indevidamente dos valores recolhidos a título de contribuição previdenciária. De se notar que o sofrimento, oriundo do ilícito patronal, surge no exato momento em que o trabalhador tem ciência de que as contribuições não foram devidamente repassadas, dado o temor de se ver privado, como visto, de algum benefício previdenciário ou mesmo de ver postergado o momento da aposentadoria. Nesse passo, torna-se desnecessário que o empregado demonstre algum prejuízo efetivo, pois, na hipótese, a dor, o sofrimento e, por conseguinte, o dano, repito, surgem quando o empregado tem ciência de que as contribuições descontadas se destinaram a outro fim. Assim, dou provimento ao recurso do reclamante para deferir o pedido de indenização, pois entendo que a conduta do empregador, de descontar do salário e não recolher as contribuições previdenciárias devidas pelo empregado, é capaz de macular o patrimônio imaterial do empregado...”.
Desta feita, entendo que no caso concreto sofreu ofensa em sua esfera moral, tendo como fato gerador a conduta omissiva e, por isso mesmo, ilícita do recorrido, que não cumpriu com a prestação obrigatória quanto ao recolhimento das contribuições previdenciária em nome de sua empregada, ensejando a reparação do dano pelo deferimento da indenização por danos morais.
(...)
Desta feita, reformando em parte a r. sentença de primeiro grau, julgo procedente o pedido de INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS NO IMPORTE DE R$-20.000,00 (VINTE MIL REAIS).
(...)
Sala de Sessões da Segunda Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região. Belém, 25 de julho de 2012.
É que o fato de a reclamada exercer de forma abusiva sua obrigação contratual, injustificadamente, implica violação dos direitos da personalidade do obreiro, que se torna refém da relação de emprego. A doutrina trabalhista caminha no sentido de que a afronta à dignidade do trabalhador, em razão da quebra da boa-fé contratual, pelo abuso de poder e descompromisso, enseja a condenação ao pagamento de compensação por dano moral, independentemente de prova de humilhação, constrangimento, angústia ou depressão.
O art. 186 do Código Civil preceitua que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Já o art. 927 do citado diploma legal dispõe que “aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187) causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. 
Pelo exposto, requer o pagamento de indenização por danos morais, arbitradas no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
DAS PERDAS E DANOS A TÍTULO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCOS: PRINCÍPIO DA RESTITUIÇÃO INTEGRAL
Excelência, é inegável que aquele que necessita contratar um operador do direito para receber o que é seu por lei e esforço tem um prejuízo, pois acabará arcando com os honorários contratuais, que naturalmente serão deduzidos do benefício porventura decorrente da ação. 
Sendo que na maioria esmagadora dos casos os valores auferidos na Justiça do Trabalho são de natureza alimentícia, o que torna ainda mais sofrido para o trabalhador ter que dispor de parte dos rendimentos.
Se o reclamado, que deveria cumprir espontaneamente a obrigação, só o faz quando compelido judicialmente, obviamente está gerando um gasto extra para o obreiro que ele mesmo deverá suportar.
O art. 395 do Código Civil é absolutamente claro ao dispor que o devedor responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, neles incluídos os honorários advocatícios. 
Nesse mesmo diapasão já reconheceu o STJ que: "Aquele que deu causa ao processo deve restituir os valores despendidos pela outra parte com honorários contratuais, que integram o valor devido a título de perdas e danos, nos termos dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02.", Resp 1.134.725, Relatora Ministra Nancy Andrighi, j. 14.06.2011, DJE de 24.06.2011.
A atual jurisprudência do STJ entende que a restituição ao credor deve ser integral. Isso porque ao se contratar um advogado, parte do crédito do autor é lapidado para pagamento do profissional contratado para viabilizar a satisfação de um direito, tudo por conta da resistência do demandado judicialmente.
Por conta disso, vem cada vez ganhando força a aplicação do princípio da restituição integral. Vejamos:
Decisões proferidas pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça admitem que o credor cobre do devedor o ressarcimento do valor gasto na contratação de advogado (os honorários advocatícios contratuais), a partir da interpretação da expressão “honorários advocatícios” constante nos artigos 389, 395, "caput", e 404, "caput", do Código Civil:
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Omitido.
Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.
Parágrafo único. Omitido.
Não é demais lembrar que os honorários advocatícios contratuais diferem dos honorários advocatícios sucumbenciais, que são os fixados na maioria dos processos judiciais para a remuneração direta ao advogado da parte vencedora pelo êxito no processo. A primeira dessas decisões foi proferida pela Terceira Turma do Tribunal em fevereiro de 2011, com a seguinte ementa:
“DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. 
PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 211/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. COTEJO ANALÍTICO E SIMILITUDE FÁTICA. AUSÊNCIA. VIOLAÇÃO DA COISA JULGADA. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. HONORÁRIOS CONVENCIONAIS. PERDAS E DANOS. PRINCÍPIO DA RESTITUIÇÃO INTEGRAL. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CÓDIGO CIVIL.
1. A ausência de decisão acerca dos dispositivos legais indicados como violados, não obstante a interposição de embargos de declaração, impede o conhecimento do recurso especial. O  2.  dissídio jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejo analítico entre acórdãos que versem sobre situações fáticas idênticas. 3. A quitação em instrumentos de transação tem de ser interpretada restritivamente. 4. Os honorários convencionais integram o valor devido a título de perdas e danos, nos termos dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02. 5. O pagamento dos honorários extrajudiciais como parcela integrante das perdas e danos também é devido pelo inadimplemento de obrigações trabalhistas, diante da incidência dos princípios do acesso à justiça e da restituição integral dos danos e dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02, que podem ser aplicados subsidiariamente no âmbito dos contratos trabalhistas, nos termos do art. 8º, parágrafo único, da CLT. 6. Recurso especial ao qual se nega provido.” (Superior Tribunal de Justiça, Terceira Turma, Recurso Especial nº 1.027.797-MG, relatora Ministra Fátima Nancy Andrighi, julgado em 17 de fevereiro de 2011).
Posteriormente, a Terceira Turma reiterou o mesmo entendimento ao decidir recurso que versava sobre o tema:
“CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. VALORES DESPENDIDOS A TÍTULO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. PERDAS E DANOS. PRINCÍPIO DA RESTITUIÇÃO INTEGRAL.
1. Aquele que deu causa ao processo deve restituir os valores despendidos pela outra parte com os honorários contratuais, que integram o valor devido a título de perdas e danos, nos termos dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02. 2. Recurso especial a que se nega provimento.” (Superior Tribunal de Justiça, Terceira Turma, Recurso Especial nº 1.134.725-MG, relatora Ministra NancyAndrighi, julgado em 14 de junho 2011).
 Na seara laboral é farta a jurisprudência a favor da tese ora apresentada, senão vejamos
HONORÁRIOS CONTRATUAIS. RESSARCIMENTO. INDENIZAÇÃO PELAS DESPESAS. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA INTEGRAL REPARAÇÃO. A egrégia Corte Regional, a título de indenização dos honorários advocatícios convencionais (os pactuados entre autor e advogado), condenou a reclamada a pagar 10% sobre o valor bruto da condenação, a saber R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais). Assim, a controvérsia se resume em saber se cabível a condenação da reclamada ao pagamento, a título de reparação de danos, dos honorários advocatícios convencionais ou extrajudiciais, aqueles originalmente pactuados entre as partes. Apesar de facultativa a representação por advogado no âmbito da Justiça Trabalhista (artigo 791 da CLT), a contratação do causídico se traduz em medida razoável, talvez até imprescindível, daquele que se vê obrigado a demandar em juízo, especialmente ao se considerar toda a complexidade do sistema judiciário, que, para um adequado manejo, requer conhecimentos jurídicos substanciais, que não são, via de regra, portados pelo juridicamente leigo. Nessa linha é que a contratação de advogado, não poucas vezes, traduz-se em verdadeiro pressuposto do adequado exercício do direito constitucional de acesso à Justiça (artigo 5º, XXXVI, daConstituição Federal), pois sem o auxílio profissional de um advogado poderia o demandante, por falhas técnicas, ter prejudicado o reconhecimento de seus direitos materiais. Certo que para ter substancialmente satisfeitos seus direitos trabalhistas o reclamante foi obrigado a contratar advogado e a arcar com as despesas desta contratação (honorários convencionais ou extrajudiciais), deve a reclamada ser condenada a reparar integralmente o reclamante. Isso porque foi aquela que, por não cumprir voluntariamente suas obrigações, gerou o referido dano patrimonial (despesas com honorários advocatícios convencionais). Incidência dos artigos 389, 395 e 404, do CC. Princípio da reparação integral dos danos. Precedente do STJ. Recurso de revista não conhecido.” (TST – 2ª Turma – RR 1152003920085030140 – Rel. Min. Guilherme Augusto Caputo Bastos – j. 24.08.2011).
“DANOS  MATERIAIS.  DESPESA  COM  CONTRATAÇÃO  DE ADVOGADO. A indenização pelos danos causados deve ser a mais  ampla  possível.  Nesta  incluem-se  os  valores  que  o obreiro teve que despender com a contratação de advogado para pleitear  o ressarcimento do dano,  à similitude  com  os honorários  médicos.  A  hipótese  não  é  de  verba  de sucumbência, motivo porque inaplicáveis  as Súmulas 219 e 329  do  TST.”  (TRT-14 – 2ª Turma – RO  00229200809114005 – Rel. Des. Carlos Augusto Gomes Lôbo – j. 16.05.2009).
Na própria corte do Egrégio Tribunal da 8º Região do Trabalho posição favorável ao pleito em questão tem aumentado, senão vejamos o posicionamento do Desembargador Marcus Losada que atuou como relator no RO 0001333-85.2011.5.08.0120.
Com efeito, a nova ordem constitucional estabelecida a partir de 1988 estabelece que o advogado é indispensável à administração da justiça, fazendo clara a opção de demonstrar a importância deste profissional.
Por outro lado, os conflitos trabalhistas têm se mostrado cada vez mais complexos, de maneira que a presença do advogado se tornou imprescindível.
Nessa linha, o fato do reclamante poder optar pela assistência, ou não, de um advogado não deveria justificar a elisão dos honorários, mas sim permitir o exame da parcela em cada caso concreto, por exemplo, se o empregado optasse por se fazer acompanhar do advogado, a ele seriam devidos honorários advocatícios, do contrário, estes não se justificariam.
Ademais, é princípio basilar de responsabilidade civil o princípio da restituio in integrum, ou seja, aquele que comete ato ilícito, como o empregador que se furta em pagar os direitos trabalhistas, deve ressarcir a vítima do dano de maneira integral.
Nesse passo, se o reclamante sofreu dano ao ter que contratar advogado para concretizar seus direitos trabalhistas, que deveriam ter sido cumpridos durante o contrato, o correto é que venha a ser indenizado em razão do prejuízo sofrido.
Outro não é o sentido do previsto pelos artigos 389 e 404 do Código Civil, cuja aplicação se justifica pelo previsto no art.8º da CLT. 
Pelo exposto, dou provimento ao recurso para deferir a indenização por dano material decorrente do valor pago a título de honorários advocatícios, como postulado, vencida a Desembargadora Maria Valquíria. 
Ressalto que por se tratar de verba indenizatória que, nos termos do art. 944, do Código Civil, mede-se pela extensão do dano, o fato gerador para o cálculo da parcela é o pagamento dos honorários advocatícios ao profissional contratado.
Por essa razão, a parcela em comento deve ser paga diretamente ao reclamante, sem a incidência de novos honorários advocatícios sobre a mesma, sob pena de não atender ao comando legal supramencionado.
Assim, o cálculo da parcela deve ser feito em apartado, sem a incidência de honorários advocatícios.
São hipóteses de aplicação do princípio da restituição integral, que estabelece que a dívida deve ser paga na totalidade pelo devedor, incluindo todas as despesas necessárias para a cobrança, sob pena de ser um pagamento parcial, caso seja limitado ao valor principal.
Assim, a título de danos materiais, requer a condenação da executada à quantia equivalente a 20% do valor da condenação.
DAS PERDAS E DANOS A TÍTULO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCOS: PRINCÍPIO DA RESTITUIÇÃO INTEGRAL
Excelência, é inegável que aquele que necessita contratar um operador do direito para receber o que é seu por lei e esforço tem um prejuízo, pois acabará arcando com os honorários contratuais, que naturalmente serão deduzidos do benefício porventura decorrente da ação. 
Sendo que na maioria esmagadora dos casos os valores auferidos na Justiça do Trabalho são de natureza alimentícia, o que torna ainda mais sofrido para o trabalhador ter que dispor de parte dos rendimentos.
Se o reclamado, que deveria cumprir espontaneamente a obrigação, só o faz quando compelido judicialmente, obviamente está gerando um gasto extra para o obreiro que ele mesmo deverá suportar.
O art. 395 do Código Civil é absolutamente claro ao dispor que o devedor responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, neles incluídos os honorários advocatícios. 
Nesse mesmo diapasão já reconheceu o STJ que: "Aquele que deu causa ao processo deve restituir os valores despendidos pela outra parte com honorários contratuais, que integram o valor devido a título de perdas e danos, nos termos dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02.", Resp 1.134.725, Relatora Ministra Nancy Andrighi, j. 14.06.2011, DJE de 24.06.2011.
A atual jurisprudência do STJ entende que a restituição ao credor deve ser integral. Isso porque ao se contratar um advogado, parte do crédito do autor é lapidado para pagamento do profissional contratado para viabilizar a satisfação de um direito, tudo por conta da resistência do demandado judicialmente.
Por conta disso, vem cada vez ganhando força a aplicação do princípio da restituição integral. Vejamos:
Decisões proferidas pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça admitem que o credor cobre do devedor o ressarcimento do valor gasto na contratação de advogado (os honorários advocatícios contratuais), a partir da interpretação da expressão “honorários advocatícios” constante nos artigos 389, 395, "caput", e 404, "caput", do Código Civil:
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Omitido.
Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmenteestabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.
Parágrafo único. Omitido.
Não é demais lembrar que os honorários advocatícios contratuais diferem dos honorários advocatícios sucumbenciais, que são os fixados na maioria dos processos judiciais para a remuneração direta ao advogado da parte vencedora pelo êxito no processo. A primeira dessas decisões foi proferida pela Terceira Turma do Tribunal em fevereiro de 2011, com a seguinte ementa:
“DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. 
PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 211/STJ. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. COTEJO ANALÍTICO E SIMILITUDE FÁTICA. AUSÊNCIA. VIOLAÇÃO DA COISA JULGADA. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. HONORÁRIOS CONVENCIONAIS. PERDAS E DANOS. PRINCÍPIO DA RESTITUIÇÃO INTEGRAL. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CÓDIGO CIVIL.
1. A ausência de decisão acerca dos dispositivos legais indicados como violados, não obstante a interposição de embargos de declaração, impede o conhecimento do recurso especial. O  2.  dissídio jurisprudencial deve ser comprovado mediante o cotejo analítico entre acórdãos que versem sobre situações fáticas idênticas. 3. A quitação em instrumentos de transação tem de ser interpretada restritivamente. 4. Os honorários convencionais integram o valor devido a título de perdas e danos, nos termos dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02. 5. O pagamento dos honorários extrajudiciais como parcela integrante das perdas e danos também é devido pelo inadimplemento de obrigações trabalhistas, diante da incidência dos princípios do acesso à justiça e da restituição integral dos danos e dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02, que podem ser aplicados subsidiariamente no âmbito dos contratos trabalhistas, nos termos do art. 8º, parágrafo único, da CLT. 6. Recurso especial ao qual se nega provido.” (Superior Tribunal de Justiça, Terceira Turma, Recurso Especial nº 1.027.797-MG, relatora Ministra Fátima Nancy Andrighi, julgado em 17 de fevereiro de 2011).
Posteriormente, a Terceira Turma reiterou o mesmo entendimento ao decidir recurso que versava sobre o tema:
“CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. VALORES DESPENDIDOS A TÍTULO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS CONTRATUAIS. PERDAS E DANOS. PRINCÍPIO DA RESTITUIÇÃO INTEGRAL.
1. Aquele que deu causa ao processo deve restituir os valores despendidos pela outra parte com os honorários contratuais, que integram o valor devido a título de perdas e danos, nos termos dos arts. 389, 395 e 404 do CC/02. 2. Recurso especial a que se nega provimento.” (Superior Tribunal de Justiça, Terceira Turma, Recurso Especial nº 1.134.725-MG, relatora Ministra Nancy Andrighi, julgado em 14 de junho 2011).
 Na seara laboral é farta a jurisprudência a favor da tese ora apresentada, senão vejamos
HONORÁRIOS CONTRATUAIS. RESSARCIMENTO. INDENIZAÇÃO PELAS DESPESAS. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA INTEGRAL REPARAÇÃO. A egrégia Corte Regional, a título de indenização dos honorários advocatícios convencionais (os pactuados entre autor e advogado), condenou a reclamada a pagar 10% sobre o valor bruto da condenação, a saber R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais). Assim, a controvérsia se resume em saber se cabível a condenação da reclamada ao pagamento, a título de reparação de danos, dos honorários advocatícios convencionais ou extrajudiciais, aqueles originalmente pactuados entre as partes. Apesar de facultativa a representação por advogado no âmbito da Justiça Trabalhista (artigo 791 da CLT), a contratação do causídico se traduz em medida razoável, talvez até imprescindível, daquele que se vê obrigado a demandar em juízo, especialmente ao se considerar toda a complexidade do sistema judiciário, que, para um adequado manejo, requer conhecimentos jurídicos substanciais, que não são, via de regra, portados pelo juridicamente leigo. Nessa linha é que a contratação de advogado, não poucas vezes, traduz-se em verdadeiro pressuposto do adequado exercício do direito constitucional de acesso à Justiça (artigo 5º, XXXVI, daConstituição Federal), pois sem o auxílio profissional de um advogado poderia o demandante, por falhas técnicas, ter prejudicado o reconhecimento de seus direitos materiais. Certo que para ter substancialmente satisfeitos seus direitos trabalhistas o reclamante foi obrigado a contratar advogado e a arcar com as despesas desta contratação (honorários convencionais ou extrajudiciais), deve a reclamada ser condenada a reparar integralmente o reclamante. Isso porque foi aquela que, por não cumprir voluntariamente suas obrigações, gerou o referido dano patrimonial (despesas com honorários advocatícios convencionais). Incidência dos artigos 389, 395 e 404, do CC. Princípio da reparação integral dos danos. Precedente do STJ. Recurso de revista não conhecido.” (TST – 2ª Turma – RR 1152003920085030140 – Rel. Min. Guilherme Augusto Caputo Bastos – j. 24.08.2011).
“DANOS  MATERIAIS.  DESPESA  COM  CONTRATAÇÃO  DE ADVOGADO. A indenização pelos danos causados deve ser a mais  ampla  possível.  Nesta  incluem-se  os  valores  que  o obreiro teve que despender com a contratação de advogado para pleitear  o ressarcimento do dano,  à similitude  com  os honorários  médicos.  A  hipótese  não  é  de  verba  de sucumbência, motivo porque inaplicáveis  as Súmulas 219 e 329  do  TST.”  (TRT-14 – 2ª Turma – RO  00229200809114005 – Rel. Des. Carlos Augusto Gomes Lôbo – j. 16.05.2009).
Na própria corte do Egrégio Tribunal da 8º Região do Trabalho posição favorável ao pleito em questão tem aumentado, senão vejamos o posicionamento do Desembargador Marcus Losada que atuou como relator no RO 0001333-85.2011.5.08.0120.
Com efeito, a nova ordem constitucional estabelecida a partir de 1988 estabelece que o advogado é indispensável à administração da justiça, fazendo clara a opção de demonstrar a importância deste profissional.
Por outro lado, os conflitos trabalhistas têm se mostrado cada vez mais complexos, de maneira que a presença do advogado se tornou imprescindível.
Nessa linha, o fato do reclamante poder optar pela assistência, ou não, de um advogado não deveria justificar a elisão dos honorários, mas sim permitir o exame da parcela em cada caso concreto, por exemplo, se o empregado optasse por se fazer acompanhar do advogado, a ele seriam devidos honorários advocatícios, do contrário, estes não se justificariam.
Ademais, é princípio basilar de responsabilidade civil o princípio da restituio in integrum, ou seja, aquele que comete ato ilícito, como o empregador que se furta em pagar os direitos trabalhistas, deve ressarcir a vítima do dano de maneira integral.
Nesse passo, se o reclamante sofreu dano ao ter que contratar advogado para concretizar seus direitos trabalhistas, que deveriam ter sido cumpridos durante o contrato, o correto é que venha a ser indenizado em razão do prejuízo sofrido.
Outro não é o sentido do previsto pelos artigos 389 e 404 do Código Civil, cuja aplicação se justifica pelo previsto no art.8º da CLT. 
Pelo exposto, dou provimento ao recurso para deferir a indenização por dano material decorrente do valor pago a título de honorários advocatícios, como postulado, vencida a Desembargadora Maria Valquíria. 
Ressalto que por se tratar de verba indenizatória que, nos termos do art. 944, do Código Civil, mede-se pela extensão do dano, o fato gerador para o cálculo da parcela é o pagamento dos honorários advocatícios ao profissional contratado.
Por essa razão, a parcela em comento deve ser paga diretamente ao reclamante, sem a incidência de novos honorários advocatícios sobre a mesma, sob pena de não atender ao comando legal supramencionado.
Assim, o cálculo da parcela deve ser feito em apartado, sem a incidência de honorários advocatícios.
São hipóteses de aplicação do princípio da restituição integral, que estabelece que a dívida deve ser paga na totalidade pelo devedor, incluindo todas as despesas necessárias para a cobrança, sob pena de ser um pagamento parcial, caso seja limitado ao valor principal.
Assim, a título de danos materiais, requer a condenação da executada à quantia equivalente a 20% do valor da condenação.DAS PARCELAS INCONTROVERSAS
Com amparo no Art. 467 da CLT, o reclamante faz jus a um acréscimo de 50% correspondente às verbas incontroversas, no caso de não pagamento até a hora da audiência, conforme dispõe mencionado artigo, que foi modificado pela LEI 10.272/2001. Assim todas as verbas pleiteadas deverão sofrer acréscimo de 50%, inclusive em caso de revelia e confissão quanto à matéria de fato (Inteligência do Enunciado de Súmula 69 do C. TST).
 DOS DIREITOS DO AUTOR
 Diante dos fatos, reclama:
	DIFERENÇA SALARIAL 2.196,63
	REFLEXO DIFERENCA SALARIAL NO AVISO PRÉVIO 3.075,28
	REFLEXO DIFERENCA SALARIAL NO 13º SALÁRIO 2.379,68
	REFLEXO DIFERENCA SALARIAL NAS FÉRIAS + 1/3 4.393,26
	REFLEXO DIFERENCA SALARIAL NO R.S.R. 73,22
	REFLEXO DIFERENCA SALARIAL NO FGTS 175,73
	MULTA ART. 467 DA CLT - DIFERENÇA SALARIAL 1.098,32
	DIFERENÇA DO ADICIONAL NOTURNO 20% 2.042,78
	REFLEXO ADICIONAL NOTURNO 20% NO AVISO PRÉVIO 68,99
	REFLEXO ADICIONAL NOTURNO 20% NO 13º SALÁRIO 185,96
	REFLEXO ADICIONAL NOTURNO 20% NAS FÉRIAS + 1/3 502,58
	REFLEXO ADICIONAL NOTURNO 20% NO R.S.R. 416,95
	REFLEXO ADICIONAL NOTURNO 20% NO FGTS 163,47
	DIFERENÇA DE HORAS EXTRAS 50% 4.987,42
	REFLEXO HORAS EXTRAS 50% NO 13º SALÁRIO 464,37
	REFLEXO HORAS EXTRAS 50% NAS FÉRIAS + 1/3 1.209,49
	REFLEXO HORAS EXTRAS 50% NO R.S.R. 949,09
	REFLEXO HORAS EXTRAS 50% NO FGTS 398,99
	FÉRIAS + 1/3 14.456,25
	FGTS SOBRE FÉRIAS + 1/3 2.313,00
	MULTA ART. 467 DA CLT - FÉRIAS + 1/3 7.228,14
	DANO MORAL / NÃO RECOLHIMENTO DE INSS 20.000,00
	DANO MORAL / REITERADO ATRASO SALARIAL 30.000,00
	MULTA DA CLAUSULA SEXTA DA CCT 2014/2015 2.289,88
Principal Corrigido 98.018,29 
Bruto devido ao Reclamante 101.069,48
FGTS (8%) + Reflexos - Pago 3.051,19 
Depósito FGTS + Juros de Mora 0,00
Juros de Mora sobre Principal 0,00 
INSS devido pelo Reclamante 267,22
Bruto devido ao Reclamante (1) 101.069,48 
Líquido devido ao Reclamante (5) 100.802,26
INSS Segurado 267,22
INSS devido pelo Reclamado 1.399,05 
INSS Empresa 23,00 1.399,05
Contribuição Social (Multa FGTS 10%) 0,00
Contribuição Social 0,5% 0,00
Outros débitos (3) 1.399,05 
Total devido ao INSS 1.666,27
Total Parcial 102.468,53
Custas de Conhecimento 2.049,37 
Base de cálculo IRRF 10.307,38
Custas de Liquidação 512,34 
IRRF do Reclamante 0,00
Custas pelo Reclamado (4) 2.561,71
Total devido pelo Reclamado (1+2+3+4) 105.030,24
- diferença de horas extras 50%
- das férias + 1/3
- diferença do adicional noturno
- da diferença salarial em função da não observação da data base
- multa da clausula sexta parágrafo quarto e quinto da convenção coletiva de trabalho 2014/2015
- dano moral / reiterado atraso salarial
- dano moral / não recolhimento de INSS
- das perdas e danos 20% sobre o valor da condenação
- Concessão da Justiça Gratuita, e, por conseguinte isenção de custas judiciais, eis que o obreiro é pobre na forma da lei, não possuindo condições de arcar com tais ônus, sem prejuízo da subsistência sua e de seus familiares	 Ilíquido
DO REQUERIMENTO 
“ EX POSITIS”, requer o reclamante à V.Ex.ª, que determine que sejam pagos todos os direitos trabalhistas deste e feita a notificação da reclamada, na pessoa de seu representante legal, para, querendo, possa contestar a presente demanda em dia e hora a ser designada por esta MM. Vara, sob pena de revelia e confissão ficta quanto a matéria de fato.
Requer provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito, com a juntada de documentos, oitivas de testemunhas apresentadas.
Dando-se à causa o valor de R$ 105.030,24 (cento e cinco mil trinta reais e vinte e quatro centavos).
Termos em que, pede deferimento.
Macapá/AP., 03 de junho de 2015.
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JEAN DIAS
OAB/AP Nº.928
 
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 ALANA E SILVA DIAS				 GERSON GERALDO DOS S. SOUSA
 OAB/AP Nº1773					 OAB/AP Nº1739
Avenida FAB, nº. 723B – Centro – Macapá-AP (em frente ao Esporte Clube Macapá)

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