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AV1 
ETAPA 1 
 
Questões discursivas são abertas para a resposta, mas necessitam de um padrão de 
resposta, com pontos necessários que precisam ser mencionados para a pontuação máxima 
da questão. O aluno tem liberdade de escolher as palavras e o modo de escrever, porém, a 
escolha errada de palavras pode afetar o conceito e reduzir a pontuação. As respostas 
abaixo são modelos que abordam os pontos mais importantes. 
 
a) Qual a diferença entre os conceitos iluminância e luminância? 
Iluminância é um conceito que indica a quantidade de iluminação incidente em um 
determinado ponto, é medida pela unidade Lux e é considerada invisível. Está 
relacionada a um ponto no espaço já que pode ter contribuição de iluminação 
direta, mas também de iluminação refletida pelas superfícies próximas. A 
iluminânica reduz de acordo com a distância da fonte de luz. 
A luminância é um conceito que indica a quantidade de iluminação que é refletida 
ou é emitida por uma determinada superfície, é medida em candelas por unidade 
de área (cd/m2) e é considerada visível. É a variação de luminância que permite a 
percepção dos objetos pela visão. Depende da variação de cores e acabamentos 
da superfície, pois mesmo com a mesma quantidade de iluminação incidente, uma 
quantidade diferente de iluminação será refletida ou emitida. Refletida se for um 
objeto opaco, e emitida se for uma fonte de luz. 
b) O que é o ofuscamento e como pode ocorrer dentro de um ambiente? O que pode 
ser feito para reduzir o ofuscamento? 
O ofuscamento é o desconforto causado pelo excesso de iluminação ou pela 
grande variação de valores de luminância, ambos dentro do campo visual. No 
primeiro caso, o excesso de iluminação dificulta a visualização adequada pela 
sensibilidade do olho. No segundo caso, a grande variação de luminância dificulta 
a adaptação do olho. 
O ofuscamento pode ocorrer por iluminação direta, ou seja, a visualização da fonte 
de luz. Mas pode ocorrer pela iluminação refletida, ou seja, a visualização de 
superfícies muito iluminadas. 
c) Quais os componentes da luz natural? Cite um exemplo para cada componente, 
descrevendo como a luz natural pode ser afetada no interior de um ambiente. 
Os componentes da luz natural são: o componente de céu, o componente de 
reflexão externa e o componente de reflexão interna. O componente de céu envolve 
a iluminação vinda da radiação difusa da esfera celeste. O componente de reflexão 
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externa é a reflexão da iluminação que ocorre em superfícies externas. O 
componente de reflexão interna é a reflexão de iluminação que ocorre em 
superfícies internas. 
Como a possibilidade de iluminação está associada à iluminância, se considera que 
cada componente contribui para a iluminação em um ponto no espaço interno. 
Sendo assim, as características do céu como o horário do dia e a umidade 
modificam a cor e quantidade de radiação difusa. A presença de edificações e a 
característica das suas superfícies visíveis pelo ponto em questão, pode influenciar 
a quantidade de iluminação. E, finalmente, a cor e o acabamento das superfícies 
internas pode aumentar a destruição de iluminação dentro do ambiente. 
d) Qual a diferença, para a iluminação natural, entre o posicionamento de janelas 
voltadas para norte e sul e aquelas voltadas para leste e oeste? 
A iluminação natural depende da orientação das aberturas pois está ligada ao 
posicionamento do Sol na esfera celeste. É importante lembrar que a iluminação 
difusa varia com o azimute e a altura, mas também com o passar das horas e dos 
dias. As fachadas leste e oeste permite a entrada de radiação direta até grandes 
profundidades no espaço. Essas fachadas possuem grande quantidade de 
iluminação, mas por esse mesmo motivo, podem gerar ofuscamento em vários 
momentos do dia. 
As fachadas norte e sul, pelo seu posicionamento, não permitem a entrada da 
radiação direta até grandes profundidades no espaço, ou seja, facilitam a proteção 
solar. Ao mesmo tempo, permitem a entrada da iluminação difusa pelo componente 
do céu. Essa iluminação permite valores de iluminação natural suficientes para a 
realização de atividades internas com menos possibilidade de ofuscamento. Para 
complementar, em regiões no hemisfério Sul, devido ao movimento do Sol, a 
parcela do céu mais próxima ao norte se torna mais iluminada, por possuir mais 
iluminação difusa. 
e) Qual a diferença entre aberturas laterais para iluminação e as zenitais? 
A abertura lateral, solução mais comum na arquitetura, é mais fácil de ser protegida 
da radiação solar direta. Dependendo de sua orientação e dos elementos de 
proteção solar, pode permitir entrada de grande quantidade de iluminação difusa. 
Esse tipo de abertura possibilita a visualização do exterior pelos usuários e por isso, 
o ofuscamento se torna mais possível. Além disso aumenta os valores de iluminância 
nas superfícies próximas, mas não possibilitam uma boa distribuição de iluminação 
no interior. Isso significa que ambientes profundos tem valores de iluminância mais 
baixos que o mínimo para realização de atividades, em uma grande parte de sua 
área. 
A abertura zenital dificulta a proteção solar e deve ser analisada com cuidado pelo 
arquiteto, pois como é localizada na cobertura (superfície mais quente da 
edificação) apresenta mais possibilidade de entrada de calor. Dificulta a visualização 
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do exterior, mas dificulta o ofuscamento por não estarem no campo visual do 
usuário. Permite uma melhor distribuição dos valores de iluminância no interior – se 
forem distribuídas corretamente na cobertura. A qualidade da iluminação desse tipo 
de abertura depende da distância entre o teto e a área de trabalho, fazendo com 
que pés-direito muito altos possam reduzir os valores de iluminância. 
f) Qual a diferença entre fluxo luminoso e intensidade luminosa? 
De uma maneira simplificada, o fluxo luminoso é um conceito que indica a 
quantidade total de iluminação produzida por uma fonte de luz e é medido com a 
unidade lúmen (lm). Todas as fontes de luz artificiais distribuem essa iluminação 
produzida de modo não uniforme nas diferentes direções do espaço. A intensidade 
luminosa é um conceito que indica a quantidade de iluminação produzida pela 
fonte de luz que é emitida em uma determinada direção, e é medida na unidade 
candela (cd). Os valores de intensidade quando são medidos, indicam como ocorre 
a distribuição luminosa de uma determinada fonte de luz. 
g) Qual a diferença entre temperatura da cor e índice de reprodução de cor? 
A temperatura de cor indica o tom da cor da luz produzida por uma fonte de luz 
artificial. Esse conceito é medido em kelvin(K) mesmo não estando ligado à 
temperatura real da lâmpada. O valor é uma comparação com o tom da cor da luz 
emitida por um corpo negro aquecido até determinada temperatura. Valores por 
volta de 2000K apresentam um tom mais próximo de laranja. Valores entre 4500K e 
5500K apresentam um tom mais próximo do branco. Valores acima de 6000K 
começam a apresentar um tom mais próximo do azul. 
O índice de reprodução de cor (IRC) é um conceito que indica a capacidade da fonte 
de luz artificial de reproduzir as cores das superfícies a partir da reflexão da 
iluminação. O IRC é medido em porcentagem, com o valor de 100% sendo 
correspondente à representação de cores que ocorre na luz natural, ou seja, é 
considerado como a melhor representação dessas cores. Quanto mais baixo é o 
valor, menor é a capacidade de representar a cor. 
h) Explique o que são as luminárias de sobrepor e as de embutir. Diga ao menos duas 
vantagens e duas desvantagens de cada. 
Luminárias de sobrepor são instaladas sobre uma determinada superfície sem a 
necessidade de modificação de peças para além do limite da superfície. Por esse 
motivo, facilitam a instalação e manutenção. Podem ser instaladas após da 
finalização da construção em lajes, forros e paredes. Dependendo do material e das 
suas características pode permitir a iluminação da superfície a qual está instalada. 
Porém,se for fabricada com material opaco impedem a iluminação da superfície 
que está instalada e aumenta o afastamento entre a área iluminada e a própria 
superfície. Além disso, por serem fixadas por fora da superfície, ocupam espaço do 
ambiente, podendo reduzir larguras livres de circulações ou pés-direito dos 
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ambientes. Podem não impedir a passagem, mas podem ser obstáculo a 
movimentação de objetos, se tornando mais frágeis a impacto. 
Luminárias de embutir são aquelas que tem seu corpo todo, ou em parte, instalado 
para além da superfície escolhida. Por esse motivo, necessitam da modificação ou 
adaptação da superfície e de espaço no interior do elemento construtivo. Podem 
ser instaladas em lajes, mas devem ser planejadas no momento da concretagem. 
Por isso, normalmente são instaladas em forros. Dependendo do seu projeto e 
fabricação, pode ser preciso sua completa retirada para realizar a sua manutenção. 
Esse tipo de luminária não ocupam o espaço interno do ambiente, deixando a 
circulação ou o pé-direito livre, e com isso se mantêm mais protegidas contra 
impactos. Não permitem a iluminação da superfície de instalação, mas podem 
permitir a iluminação de áreas maiores do ambiente se comparadas as luminárias 
de sobrepor opacas. 
A dificuldade de limpeza da luminária não está ligada a ser de embutir ou de 
sobrepor e sim ao projeto da luminária. A estética da luminária, também não deve 
ser encarada como vantagem ou desvantagem, tendo em vista o grande número de 
modelos disponíveis no mercado.

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