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M ar ce lo N as ci m en to / U FS Ca r Caṕıtulo 1 Integrais 1.1 Primitivas Sabemos que a derivada de uma função constante é zero. Além disso, uma função pode ter derivada zero em todos os pontos do seu domı́nio e não ser constante. Veja o exemplo abaixo. Exemplo 1.1. Considere a função f(x) = x |x| . Observe que f ′(x) = 0 em todo ponto de seu domı́nio, mas f não é constante. x y Proposição 1.2. Seja f cont́ınua em [a, b] e diferenciável em (a, b) e f ′(x) = 0, para todo x ∈ (a, b), então f é constante em [a, b]. Demonstração. Seja x0 ∈ [a, b] fixado. Para todo x ∈ [a, b], x 6= x0, segue do Teorema do Valor Médio, que existe c no intervalo aberto de extremos x e x0 tal que f(x)− f(x0) = f ′(c)(x− x0). Como f ′(x) = 0, para todo x ∈ (a, b), temos que f ′(c) = 0 e portanto f(x)− f(x0) = 0 =⇒ f(x) = f(x0), ∀x ∈ [a, b]. Portanto, f é constante em [a, b]. Pergunta: Porquê o Exemplo 1.1 não contradiz a Proposição anterior? Corolário 1.3. Se duas funções definidas em um intervalo aberto I tiverem a mesma derivada em todo ponto de x ∈ I, então elas vão diferir por uma constante. 5 M ar ce lo N as ci m en to / U FS Ca r Demonstração. Ideia da prova: Defina a função h(x) = f(x) − g(x). Disto segue que, h′(x) = f ′(x) − g′(x), ou seja, h′(x) = 0, para todo x ∈ I e da Proposição anterior h(x) = k. Segue que f(x) = g(x) + k. Definição 1.4 (Primitiva). Seja f : [a, b]→ R. Uma primitiva (ou antiderivada) de f em [a, b] é uma função derivável F : [a, b]→ R tal que F ′(x) = f(x) para todo x ∈ [a, b]. Observação 1.5. Se F for uma primitiva de f , então F será cont́ınua, pois é dife- renciável. Exemplo 1.6. A função F (x) = 1 3 x3 é uma primitiva de f(x) = x2 em R, pois F ′(x) = x2, para todo x ∈ R. Se F (x) é uma primitiva de f(x) então F (x) + k também será uma primitiva de f(x). Por outro lado, se houver uma outra função G(x) que é primitiva de f , pelo visto anteriormente, F e G diferem, neste intervalo, por uma constante. Segue que as primitivas de f são da forma F (x) + k, k = constante. Denotamos por ∫ f(x)dx = F (x) + k a famı́lia de primitivas de f e chamamos ∫ f(x)dx de integral indefinida de f . Na notação ∫ f(x)dx, a função f denomina-se integrando. Observação 1.7. Quando estamos tratando integrais indefinidas, nunca podemos esque- cer a constante k, pois existem infinitas primitivas para uma função f e se suprimirmos a constante, teremos encontrado apenas uma das infinitas possibilidades. Exemplo 1.8. ∫ x2dx = x3 3 + k. Das fórmulas de derivação já vistas, seguem as seguintes primitivas imediatas: (a) ∫ cdx = cx+ k (b) ∫ exdxex + k (c) ∫ xαdx = x α+1 α+1 + k, α 6= −1 (d) ∫ cosxdx = sinx+ k (e) ∫ sinxdx = − cosx+ k (f) ∫ 1 x dx = lnx+ k, x > 0 (g) ∫ 1 x dx = ln(−x) + k, x < 0 (h) ∫ sec2 xdx = tanx+ k (i) ∫ 1√ 1−x2dx = arcsinx+ k Integrais Primitivas Integral de Riemann Cálculo de Áreas Substituição de Variáveis Integração por partes Integrais Trigonométricas Primitivas de Funções Racionais; Frações Parciais Denominadores Redutíveis do 2 Grau Denominadores Redutíveis do 3 Grau Denominadores Irredutíveis do 2 Grau Substituições Trigonométricas Aplicações da Integral Volume Comprimento de Curva Integrais Impróprias Testes de Convergência Integrandos Descontínuos
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