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Reumatismo de partes moles · Reumatismo – caracteriza uma serie de patologias e é muito mais usado pelos pacientes do que pelos médicos, sempre que tem uma dor óssea ou dor tendínea; · Reumatismos de partes moles são doenças inflamatórias que podem levar a dor articular, seja de origem articular ou justa-articular (patologia extra-articular, estruturas próximas à articulação gerando dor nela) · São doenças que que têm cura, resolução completa, de um modo geral · Patologias extra-articulares · Músculos · Tendoes e suas bainhas · Ligamentos · Bursas – bolsas virtuais que se localizam sob a superfície de varias articulações e que contém liquido sinovial; quando inflamam pode aumentar a quantidade de liquido dentro delas, ocasionando dor; temos mais de 150 bursas em todo o corpo, só no ombro há 10 e a mais importante é a subacromial-subdeltoidea · Enteses – lugar de inserção do tendão na superfície óssea (transição entre o tecido tedineo lgamentar , que é mais fibroso que o tendão, e o osso · Comum nos pacientes com espondilites, especialmente nos com espondilite anquilosante · Nervos periféricos – existem pacientes com parestesia na mão, dor no pé, decorrente de compressão no nervo periférico · Etiologia · Trauma – as outras respondem por menos da metade das causas · Direto sobre a superfície articular que afete a Bursa, entese, ligamento · Cair com o cotovelo no chão distende a Bursa do cotovelo · Microtraumas repetitivos · Pintor, digitador, jogador síndrome do túnel do carpo · Doenças degenerativas · Doenças reumatológicas sistêmicas · AR · Espondilite anquilosante · Doenças sistêmicas · Hipotireoidismo · DM · Dedo em gatilho · Tendinite calcânea · Idiopática · Patogênese · Inflamatória · Dura em média 1 a 2 semanas (7 a 10 dias em média) · Processo inflamatório mais exacerbado mais intenso · Sinais flogísticos ao exame físico · Dor · Aumento de temperatura (calor) · Aumento de volume (edema) · Hiperemia · Conduta a) repouso + antinflamatório + infiltração de corticoide justiarticular/peritendinea · Se a dor inflamatória é intensa demais, pode até associar um opioide fraco como tramadol, codeína, mas precisa do antinflamatório pra agir na fisiopatologia · Escolha do antinflamatório: PEGAR NA GRAVAÇÃO · Se dor muito forte e não tem problemas de úlcera gástrica, gastrite · Se dor mto forte mas tem problemas gástrico · Obs: dorflex – é só analgésico, não fazer; agora torsilax – tem antinflamatório, pode associar esse relaxante muscular; é necessário associar o antinflamatório! b) Fisioterapia – pode ser usada na fase aguda porque algumas tem recursos antinflamatórios (crioterapia usa gelo com vasoconstricção e redução de citocinas inflamatórias pro tecido infamado; ondas curta, ultrassom são calores mais profundas que agem no tecido diminuindo a inflamação; eletroterapia estimula eletricamente vias aferentes de dor provocando analgesia) Obs: a fisioterapia que não pode ser usada é a motora! · Proliferativa – na fase proliferativa e de maturação o fisioterapeuta já pode iniciar recursos de fisioterapia motora pra não haver perdas de mobilidade (ombro congelado) · Maturação · Fibrose – normalmente ocorre após 3 meses do processo inflamatório com tecido fibrotico entorno da Bursa, do musculo, podendo comprometer o movimento; nessa fase pode precisar de fisioterapia intensa para recuperar o movimento articular · Exames complementares na investigação · Ultrassonografia · RNM – casos mais complicados, até quando já se pensa em cirurgia · Não pedir Rx – Rx vê articulação, mas não vê tendão/Bursa/partes moles Reumatismos de partes moles nos Membros superiores Ombro · Articulações do ombro · · Gleno-umeral · Escapulo-umeral · Acrômio-clavicular · · Bursa mais importante – bolsa subacromial- subdeltoidea · Estrutura tendinea do ombro · Tendão do bíceps – se insere na porção anterior da cabeça anterior da cabeça do úmero; paciente refere dor na porção anterior do braço/ombro você já imagina que ele tem tendinite do ombro · O principal movimento do bíceps é flexão do braço, então toda vez que vai fazer o exame, realizar manobras provocativas principal teste pra avaliar tendinite bicipital é flexão anterior do braço contraressistência (Teste de Seed ou Palm up test) dor no sulco intertubercular e braço · Dor a palpação do sulco bicipital · Teste de yergason – dor no sulco intertubercular quando se aperta · Tendões do manguito rotador – qualquer uma dessas estruturas pode inflamar gerando tendinite; o tendão mais importante do manguito rotador é o supraespinhoso – abdução do braço · Supraespinhoso – se insere no tubérculo maior do úmero, gerando dor na região lateral do braço; · É mais frequente do que a bicipital pela sua localização e pelo seu uso na abdução dobraço · Manobra: arco doloroso de Codmann – se faz sem reclamar de dor, tendão integro; se faz o movimento compensando pro outro lado, pode pensar em comprometimento · Teste de jobe positivo – tendinite de supra espinhoso ( paciente com braço em 90º e com o polegar pra baixo, levantar o braço contra resistência do examinador) · Infraespinhal – rotação externa do braço manobra contrarresistência é o teste de patter · Subescapular – rotação interna manobra contrarresistência é teste de Geber · Redondo menor · Etiologia · Tendinite · Bursite subdeltoideana subacromial · Dores miofaciais · Artrites · Outras Obs: se o paciente tem um comprometimento da articulação (gota, com derrame articular, ou artrite reumatoide com derrame articular) o paciente não consegue mobilizar ativamente e nem eu como examinadora consigo a mobilização passiva; quando o comprometimento é periarticular, o paciente não consegue fazer o movimento ativo porque está com dor, mas eu como examinador consigo fazer a movimentação da articulação dele porque ela está livre, mesmo que doa Cotovelo · Estruturas importantes · Epicondilo medial e lateral – onde se fixam os tendões flexores e extensores do punho · Epicondilite medial / lateral · Bursas do cotovelo · Bursite · Epicondilite medial e lateral · Na imagem da esquerda você pode até ter duvida se é artrite, mas você pede pra extender e ele não consegue porque está com dor, mas você, como examinadora consegue fazer a manobra passiva; se ele tiver artrite, você não consegue a manobra passiva porque o articulação está bloqueda; · · Os tendões extensores do punho passam pelo antebraço e se fixam no epicôndilo lateral do cotovelo; os tendões flexores do punho passam pela região ventral do antebraço e se fixam no epicôndilo medial, por isso o desconforto ao realizar movimento envolvendo punhos · Exame físico: cotovelo flexionado a 90 graus e manda paciente extensão do punho contraressistência · Bursite olecraniana · Etiologia · Trauma · Doenças inflamatórias sistêmicas · Clinica · Aumento de volume · Dor à compressão · Diagnóstico não precisa de exames complementares! Punho e mão · Cisto cinovial · Herniação do tecido sinovial da capsula articular ou da bainha tendinosa; normalmente indolor, mas pode incomodar quando cresce muito quando dificulta o movimento articular · Local mais comum : dorso do punho · Resolução espontânea, pode ser recidivante e quando faz cirurgia pode enfraquecer a membrana sinovial · Tenossinovite de D’quervain · Tendinite do abdutor longo e extensor curto do polegar · Clinica · Dor na região do processo estiloide radial (base do polegar) · Fraqueza à apreensão com o polegar (movimentos de pinça) · Palpação dos tendões na tabaqueira anatômica causa dor intensa + edema · Manobra de Finkelstein - flexiona os demais dedos sobre o polegar + desvio ulnar e o paciente refere dor · Dedo em gatilho · Tendinite do tendão flexor dos dedos – impossibilidade de extensão completa do dedo após flexão máxima, resultante de uma tenossinovite estenosante do tendão flexor superficial sob a cabeça metacarpiana · O tendão superficial inflamado não consegue deslizar e por isso o dedo fica “preso” · Manobra: palpar a cabeça do metacarpo · Clinica · Dor ao realizar extensão do dedo · Nódulodoloroso na superfície palmar, na região do metacarpo – onde também se faz a infiltração do corticoide · Síndrome de túnel do carpo · Neuropatia periférica · Ocorre por compressão do nervo mediano no trajeto do túnel do carpo · Queixas de parestesia (dormência, queimor, formigamento)+ queda de objetos das mãos + atrofia tenar + dor noturna em queimação · Causa · Idiopática – mais comum · Traumas (profissão) · Cirurgiao dentista · Cabelereiro · Secundária a patologias · · DM · AR · Hipotireoidismo · Osteoartrite · · Clínica · Sinal de tinel: punho-percussão do túnel do carpo com o punho em posição de extensão sensação de choque na extremidade dos dedos é positivo · Teste de phalen – dorsoflexão forçada do punho com uma mão oposta a outra durante um minuto, com ombro em 90º; · Não precisa ter os dois testes positivos; Paciente pode ter os dois testes negativos e mesmo assim ter STC – pedir Eletroneuromiografia pra confirmar Reumatismo de partes moles nos membros inferiores Quadril · Articulações · Articulação coxofemoral · Articulação sacroilíaca Bursites · Bursite trocantérica - é a segunda mais comum · Clínica · Inicio agudo ou gradual · Piora ao deitar sob o lado afetado · Caráter pseudo-radicular (por ter essa irradiação por toda a coxa se a Bursa for muito grande) · Ausência de queixas parestésias ao longo do membro inferior – paciente com dor na lateral do MMII podemos pensar em lombociatalgia, mas há queixas parestésicas! · Exame físico · Dor a palpação do trocanter maior · Piora a rotação externa do quadril e à abdução contraresistência · Bursite isquiática · Dor nas nádegas, sobre a tuberosidade isquiática · Nas pessoas mais magras que ficam horas sentas em cadeiras duras · Bursite do ileopectineo ou ileopsoas · Normalmente está medialmente à artéria femoral · Dor na região inguinal e anterior da coxa com irradiação pro joelho · Manobra provocativa: hiperextensão do quadril e palpa a região inguinal Joelho · Bursite pré-patelar · Bursa superficial na região anterior do joelho com palpação dolorosa · Etiologia · Trauma agudo ou recorrente (se ajoelhar com frequência) · AR · Artropatia por cristais · Bursite anserina / tendinite anserina / da pata de ganso · Se localizam na mesma região – entre os tendões dos músculos sartorios, grácil, semimembranoso e supero medial da tíbia, que quando se fundem pra se fixar no platô tibial medial ficam com aspecto de pata de ganso · Mulheres de meia idade e idosas e obesas · Clinico – dor na região do joelho (face medial) Tornozelo e Pé · Fasciite plantar · Inflamação da aponeurose do calceneo · A fascia plantar se insere na região anterior medial plantar do pé · Clínica: ao acordar não consegue colocar o calcâneo no chão porque durante a noite ocorre o depósito de estruturas inflamatórias; se andar muito piora a dor · Principal causa é o esporão do calcâneo – uma proliferação óssea que em si não doi, mas quando irrita a fáscia é que gera a dor; · O esporão pode ser retrocalcâneo gerando bursite retrocalcânea, entesite; mas pode ser plantar; · Se o paciente for obeso ou utilizar sapatos errados ergonomicamente isso piora salto em bloco (1 a 2 cm) na região do calcâneo, evitar rasteiras e sapatilhas, buscar sapatos com elevação no calcâneo pois o peso tem que ser na região do antepé · Solicitar radiografia do calcâneo – verificar se há esporão do calcâneo · Bursite retrocalcanear · Trauma ou exostose óssea · Aumento de volume local, dor a palpação e aumento de temperatura · Tendinite aquileana · Mais comum em esportistas, corredores e saltadores · Dor no terço inferior da perna e na fixação do calcâneo · Conduta: afastar do esporte temporariamente + repouso + antinflamatório + gelo + fisioterapia Menos comuns: · Metatarsalgia · Fratura de estresse · Mais comum em pacientes que usam salto alto elevado e o peso do corpo se acumula sobre os metatarsos · Hállux valgo · Desvio da primeira articulação metatarso falangiana do pé · Muita relação com atrose genética · Bursite joanete · Neuroma interdigital – neuroma de Morton · Síndrome do túnel do tarso · Compressão do nervo tibial posterior no retináculo dos flexores
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