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Síndrome Nefrótica e Síndrome Nefrítica *Ambas são doenças renais que podem evoluir insuficiência renal. Introdução – correspondem a doenças que comprometem o GLOMÉRULO RENAL. O glomérulo renal é a unidade básica da FILTRAÇÃO RENAL. 20 a 25% do débito cardíaco (cerca de 120 a 180L/dia de plasma) chega ao rim e ocorre o processo de ultrafiltração originando a urina. A maioria das proteínas (como a albumina) são excluídas desse processo, pois não passam pela barreira de membrana, devido a carga elétrica negativa e tamanho dos poros de membrana. Estrutura glomerular – glomérulo é um tufo de capilares no interior de uma capsula denominada – CÁPSULA DE BOWMAN. Polo vascular: Arteríola Aferente Capilares Glomerulares Arteríola Eferente. Sustentação glomerular: células mesangiais – produzem matriz mesangial. Polo urinário: espaço de Bowman (também chamado de espaço urinário) – é a área onde cai o filtrado glomerular que será levado para os túbulos renais. A cápsula de Bowman possui dois folhetos (o visceral e o parietal) – o espaço entre os folhetos que é o espaço de Bowman. Estrutura glomerular – membrana basal glomerular – localizada entre as células endoteliais dos capilares e os podócitos barreira física para a filtração glomerular (peneira); Barreira eletroquímica – presença de glicoproteínas aniônicas que repelem proteínas de cargas negativas. A maioria das proteínas (como a albumina) são excluídas deste processo, pois não passam pela barreira de membrana, devido a carga elétrica negativa e tamanho dos poros de membrana. -O endotélio do vaso entra em contato com o sangue, no entanto, ele possui poros. Depois a membrana basal do vaso e depois há o folheto visceral da cápsula de Bowman (podócitos). O folheto visceral é descontínuo, possuindo fenestras. A única estrutura contínua é a membrana basal. -Estruturas maiores que os poros não passam, assim como estruturas com carga negativa. -Se o paciente tiver um cálculo renal que obstrui o ureter e causa uma hidronefrose (uma dilatação importante do sistema pielo-calicial-renal) há um impedimento do funcionamento do rim. -Se o paciente tiver uma vasculite (doença autoimune) que ataca o glomérulo = problema vascular-renal. Fisiologia – filtração glomerular: Mecanismo de lesões nas glomerulopatias – Mecanismo imunopatológicos: -Citoxidade por anticorpos (atacam diretamente o rim); -Lesão mediada por imunocomplexos (ligação do antígeno com o seu anticorpo). Quando o imunocomplexo passa pelo rim, ele pode ficar retido no rim e desencadeia uma doença renal; -Lesão mediada por células – hipersensibilidade tardia (a sensibilidade/imunidade é desenvolvida depois). Linfócitos e leucócitos são ativados e vão ao rim, causando uma lesão. -Lesão mediada por ativação do complemento e por mediadores inflamatórios (algumas proteínas inflamatórias do sangue quando ativadas causam lesão renal). Outros mecanismos: -Lesão por toxinas (substâncias nefrotóxicas, ex.: contraste iodado); -Hiperglicemia crônica causa lesão; -Lesão por depósito de substâncias; -Lesão por alterações metabólicas. Síndrome Nefrótica – Definição – Lesão glomerular de natureza primária (idiopática) ou secundária (várias doenças) alterando a permeabilidade da membrana basal glomerular. É o conjunto de sinais e sintomas e alterações laboratoriais causadas por uma lesão glomerular que altera a capacidade de filtração da membrana glomerular, causando ume perda maciça de proteína. -É o conjunto de sinais e sintomas e sinais e achados laboratoriais que ocorrem quando há um aumento patológico e exagerado da permeabilidade do glomérulo à proteína, levando a proteinúria. -Causa lesão na barreira glomerular. -Ataca a membrana ela não fica mais seletiva proteína passa. -A lesão pode ser primária – especifica do rim. -A lesão pode ser a complicação de outra doença que altera a permeabilidade da membrana basal glomerular. Alterações na barreira da membrana: -Barreira de carga elétrica – Albuminúria (seletiva); -Barreira mecânica (poros) – Proteinúria (não seletiva). *uma ou outra, ou as duas! -Se há lesão da barreira mecânica (não fica mais com carga negativa) – proteínas grandes continuam a ser filtradas, mas a albumina (uma das principais proteínas plasmáticas) que é pequena e carregada negativamente começa a passar. Assim, vai ter uma proteinúria seletiva/albuminúria. -Ureia e creatinina são produtos do metabolismo do nosso corpo. Quando, por algum motivo, o rim não filtra direito, essas substâncias podem subir. -Se a perda é dos poros, todas as proteínas podem “ir embora”, inclusive a albumina. -A princípio, na síndrome nefrótica não há hematúria. Fisiopatologia – alteração na membrana glomerular. Determinantes para que haja a síndrome nefrótica: Proteínuria em faixa nefrótica >3,0 a 3,5g/24h ou >50mg/kg/24h; Hipoalbuminemia <2,5g edema generalizado. Adicionalmente: síntese hepática LDL colesterol – HIPERLIPEMIA -A consequência da proteínuria é a hipoalbuminemia, menos albumina do que o necessário no sangue. -Se há perda da albumina, há redução da pressão oncótica no sangue EDEMA. A água vasa para o terceiro espaço (espaço que não é intracelular nem intravascular), não fica dentro dos vasos. -Paciente vai ter muito inchaço e edema. Anotações – Se não for uma proteinúria seletiva, não vai perder só a albumina, vai ter a perda de diversas substâncias, como as lipoproteínas. Vai existir uma perda urinária de LDL (lipidúria). Como a pressão oncótica reduz, o fígado vai aumentar sua produção proteica, inclusive de LDL. Ele vai começar a produzir LDL acima do que é perdido. O LDL em excesso NÃO resolve o problema da redução da pressão oncótica. Vai aumentar os níveis de colesterol no sangue – devido a uma tentativa de o fígado aumentar a pressão oncótica. Etiopatogenia do Edema – -Os edemas por aumento de pressão hidrostática acometem membros inferiores, geralmente. Já o edema renal pode acometer qualquer lugar (ex.: edema bipalpebral, bem característico). Doença de acometimento agudo (fisiopatologia): -Quando há perda de líquido para o terceiro espaço, há uma redução do volume circulante efetivo, o que diminui o fluxo sanguíneo para o rim. - O rim ativa, de forma secundária, o sistema renina- angiotensina-aldosterona, que vai aumentar a reabsorção de sódio e, com isso, de água. -Mas a água que foi reabsorvida não vai conseguir ficar dentro do vaso, pois não há albumina. Assim, há mais edema ainda. -Isso é a teoria do underfilling. Doença de acometimento crônico (fisiopatologia): -Teoria do overfilling. -Quando não há uma perda muito rápida de proteína, o corpo consegue se adaptar a esse ambiente (há um aumento de produção das proteínas) e consegue chegar ao equilíbrio. Dessa forma, a diminuição da pessão oncótica não é tão grande. O corpo tem tempo de se ajustar. -Não há uma “fuga” tão grande do volume. -No entanto, o rim está doente. Devido ao processo patológico desse rim – vai ter uma retenção primária de sódio no rim. - Retém sódio retém água aumento da pressão hidrostática. -Mas o processo de aumento da pressão hidrostática está dentro do contexto de redução da albumina (não de forma exagerada, mas existe). -Aumento da pressão hisdrostática pela retenção patológica e primária de sódio no rim aumento da pressão hidrostática com a redução da pressão oncótica. -Assim vai extravassar líquido para o terceiro espaço. -Vai acontecer EDEMA. Teoria Principal Retenção primária renal de sódio em locall distal do néfron Fator Local Classificação – *Há diversos diagnósticos etiológicos para a síndrome. Síndrome Nefrótica Primária/Idiopática: *Doenças primárias dos rins Lesão mínima (80% crianças/20% adultos); -A causadora de síndrome nefrótica mais comum em crianças. Nessa doença a barreira elétricaperde a carga e, assim, há uma albuminúria excessiva. Ela é chamada lesão mínima, pois não pode ser vista na microscopia eletrônica. Glomeruloesclerose; Nefropatia membranosa; Membranoproliferativa. Síndrome Nefrótica Secundária: *Doenças sistêmicas que acometem de forma secundária os rins Diabetes Mellitus; -A hiperglicemia é tóxica para o rim. LES (lúpus eritematoso sistêmico); Amiloidose (depósito de proteína anormal em vários tecidos, como o rim); Vasculite (inflamação autoimune dos vasos – inflama glomérulo); Hepatite B; HIV; Linfoma; Tumores sólidos; Esquistossomose. Quadro Clínico – Edema periorbital e bipalpebral; Edema de face; Anasarca (edema generalizado); Derrame pleural/ascite (derrame peritoneal) /dispneia; Urina espumosa (proteinúria); HAS – mais raro – 30%; -Se a retenção de água for superior a perda da pressão oncótica – pode ter HAS. Mas isso é extremamente raro. O normal da s. nefrótica é a depleção do volume sanguíneo. Diminuição do volume urinário – menos comum – geralmente por pré-renal; -A princípio o paciente não vai ter oligúria (diminuição do débito urinário), mas com o passar do tempo, o rim acumula lesão. Assim como a redução da volemia pode inclusive causar lesão isquêmica (insuficiência renal pré-renal) então o paciente vai ter uma oligúria. -A oligúria é uma evolução da síndrome nefrótica, não costuma se apresentar no início do quadro. Doenças arterioescleróticas – LDL colesterol alto (aumento do estímulo para a produção hepática de albumina e LDL); Propensão a trombose – trombose de veia renal ou TEP (perda renal de fatores importantes para anticoagulação – antitrombina III); -Perda de proteína anticoagulante (antitrombina III). Anticoagulante coagulação formação de trombos. Propensão a infecções (perda renal de imunoglobulinas). -Perda de imunoglobulina (proteínas de defesa). Perda de imunidade e anticorpo. Exames complementares – Albumina sérica < 2,5; Proteinúria > 3,0 a 3,5g/24h (urina de 24h); LDL – colesterol alto; Função renal (ureia e creatinina): geralmente normal ou padrão pré-renal; -Marcadores da função renal. Produtos do metabolismo que são eliminados na urina. Quando o rim não está funcionando (diminuição da taxa de filtração glomerular) há um aumento sérico de ureia e creatinina. -No início da síndrome não é para ter um aumento da ureia e creatinina, mas quando há acumulo de lesão (pré-renal) pode ter o aumento. S. Urina – proteínas +++; -Classificação em “cruzes” - +. De + a ++++. Cilindros inespecíficos – Hialinos e granulosos (faz cilindros com proteínas); Biópsia Renal (avaliar necessidade). Nefropatia Diabética – *Exemplo de síndrome nefrótica. Complicação crônica do Diabetes – microangiopatia; Principal causa de insuficiência renal crônica e de diálise no ocidente; Aumenta o risco de DCV (doença cardiovascular) em 2 a 3x Prevenível – resulta na hiperglicemia crônica. -A hiperglicemia crônica é tóxica, o que vai causar uma lesão vascular renal e a síndrome nefrótica. Os estágios evoluem aos poucos. Primeiro o paciente terá uma leve perda albumina (microalbuminúria). Depois o rim vai acumular lesões perda de proteínas, que pode chegar na faixa nefrótica síndrome nefrótica doença renal terminal hemodiálise. Tudo isso devido a diabetes não tratada. Por isso, a prevenção é o tratamento da diabetes. Síndrome Nefrítica – Definição – sinais e sintomas resultantes do início abrupto de edema, hipertensão arterial sistêmica, oligúria, redução de função renal e alteração no sedimento urinário redução da taxa de filtração glomerular. -Também é uma doença glomerular. -Ela é o conjunto de sinais, sintomas e alterações laboratoriais resultantes de uma agressão inflamatória aguda nos rins, na qual existe, por princípio, a redução da taxa de filtração glomerular. -Essa inflamação causa uma lesão glomerular mais global no rim = o glomérulo fica com pus, sangra, entre outros. -A membrana glomerular é quase extinguida, o que reduz a TGF. -Vai ter hematúria, já que a inflamação causa sangramento nos rins. A hematúria é a nível microscópico – já que os glomérulos sangram. -Esse paciente vai ter proteinúria, pois a inflamação gera produção de proteína e, então, sai proteína na urina. No entanto, esses níveis são menores que na s. nefrótica (proteinúria subnefrótica). -Vai ter diminuição do nível urinário (oligúria) devido a redução da TFG. A urina fica presa. -Ao contrário da síndrome nefrótica, o paciente tem oligúria desde o princípio. -O paciente vai fazer edema por aumento de pressão hidrostática sobrecarga de volume, que não consegue ser eliminado pelos rins. -Além disso, faz hipertensão arterial sistêmica! -Vai ter um quadro de azotemia = retenção das escórias nitrogenadas (aumento de ureia e creatinina). -A síndrome nefrítica pode gerar uma proteinúria na faixa nefrótica – você classifica como nefrótica ou nefrítica a depender do nível de inflamação, além da presença de hematúria, oligúria, HAS. síndrome nefrítica com proteinúria nefrótica ou sobreposição de síndrome nefrítica e nefrótica. Patogenia – - Agentes infecciosos, anticorpos citotóxicos e depósito de imunocomplexos processo inflamatório glomerular glomerulonefrite (inflamação do glomérulo causada por infiltração de células inflamatórias – leucócitos e macrófagos), proliferação de células glomerulares liberação de mediadores inflamatórios lesão glomerular. - Glomerulonefrite (inflamação) redução da superfície de filtração glomerular redução da taxa de filtração glomerular redução da excreção de líquidos, solutos e eletrólitos. -Glomerulonefrite é clássico de s. nefrítica. As células inflamatórias atacam o glomérulo. O glomérulo vira uma “guerra”: proliferação de células glomerulares, morte celular, hematúria, leucocitúria, que forma cada vez mais lesão glomerular. -Retenção de água aumento de pressão hidrostática edema hipertensão. Glomerulonefrites causadoras de S. Nefrítica – *Existem patologias que podem causar síndrome nefrótica ou síndrome nefrítica – lesam de diferentes maneiras. Nefropatia por IgA – mais comum; Púpura de Henoch-Schonlein – vasculite; Glomerulonefrite – doenças infecciosas, pós- estreptocócica e associada a endocardite e abcessos viscerais. Rapidamente progressiva; Doença por anticorpos anti MBG (membrana basal glomerular). Manifestações Clínicas – Edema periorbitário e facial; Anasarca; Oligúria; A hematúria pode ser microscópica ou macroscópica; Alteração da coloração da urina (escura, turva ou cor de coca-cola); Hipertensão arterial sistêmica (sobrecarga de volume); Pode ocorrer congestão pulmonar e dispneia (sobrecarga de volume). Exames Complementares – Alteração da função renal logo no início – aumento de ureia e creatinina (IRA); Hiponatremia, hipercalemia e acidose metabólica (IRA); -Retém água, o que dilui o sódio – hiponatremia. -A acidose metabólica e hipercalemia (aumento de K+) são comuns! Alteração no sedimento urinário; Hematúria: +++; Cilindros Hemáticos: +++; Dismorfismo Eritocitário: +++; Proteinúria :+; Piúria/Leucocitúria (saída de glóbulos brancos, que são os responsáveis pela inflamação): ++; Outros cilindros (leucocitários): ++; Biópsia renal (avaliar a necessidade). *Um paciente com cálculo renal pode fazer hematúria. A hematúria de um sangramento por cálculo é diferente de uma hematúria por uma lesão glomerular! Se o sangramento é por conta de um cálculo renal não vai ter cilindro hemática – na síndrome nefrítica tem. A presença de hemácias dismórficas na urina (dismorfismo eritrocitários) é clássico da síndrome nefrítica, pois a hemácia quando passa na barreira, ela fica com a estrutura anormal.Se no sumário de urina tiver dismorfismo eritrocitário + cilindros hemáticos = forte indício que a hematúria é de origem glomerular. Glomerulonefrite pós-estreptocócica – A bactéria estreptococo beta-hemolítico do grupo A ou pyogenes faz geralmente infecção de garganta e impetigo (bolhas na pele). Existem diferentes cepas (tipos) dessa bactéria. Existem cepas nefritogênicas. O estreptococo não ataca o rim, mas ele faz o quadro cutâneo ou da garganta e depois de um tempo, devido aos anticorpos e imunocomplexos produzidos durante a inflamação, há um ataque ao glomérulo síndrome nefrítica. Quadro clínico: 7 a 14 dias após faringite ou 6 semanas após infecção cutânea (impetigo) diminuição do volume urinário, urina escura, edemas HAS (sobrecargas volumétricas). Lesão glomerular por: - Reação Ag/Ac formação imunocomplexos com deposição renal; - Antígenos de estreptococo beta-hemolítico do grupo A cepas nefritogênicas. Imunocomplexos se depositam no rim. Ocorre em qualquer faixa etária: pico de 6-10 anos; Mais grave no adulto; Mais comum na América do Sul, América Latina e Ásia. Manifestações clínicas (mesmas da síndrome nefrítica): -Hematúria: 25-40%; -Edema: 85%; -HAS: 60-80%; -ICC: 20%; -Alteração SNC: 10%; -ASLO +: 85-95% (exame de sangue que fica positivo quando há infecção pelo estreptococo). -Obs.: auto-limitada nas crianças (se resolve sozinha). Biópsia Renal -Identificação da etiologia; -Avaliar o grau de lesão; -Definição de prognóstico e tratamento. Tratamento das glomerulopatias – Controle da ingestão de sal; Controle rigoroso da PA Manejo da IRA (se houver); Tratamento da doença de base (se secundária); Corticoides ou imunossupressores. Casos Clínicos Caso 1: Paciente de 09 anos, sexo feminino, admitida no hospital pediátrico com queixa de edema periorbitário há 02 dias, associado a edema de MMII, urina espumosa e cor de coca cola. Refere história de amigdalite tratada com chá de anis estrelado há 02 semanas. - S. Nefrítica. Caso 2: Paciente de 66 anos, diabético tipo 2 há 15 anos, comparece ao ambulatório com queixa de que “está urinando menos” e está com “edema nos pés”. Conta que nunca quis ser diabético e, por isso, sempre fingiu que não tinha a doença, apenas tomando os remédios quando “sentia que o açúcar estava alto”. Nunca fez dieta. - Nefropatia diabética, a oligúria não faz pensar s. nefrótica (IRC) Caso 3: Paciente de 36 anos, sexo feminino, com diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico há 05 anos, vem à emergência queixando-se de oligúria, urina espumosa e “corpo todo inchado”. - Síndrome nefrítica – nefrite lúpica (glomerulonefrite). Biop
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