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Síndrome nefrótica – Dr. Renato Pontelli 1 Síndrome nefrótica A síndrome nefrótica é a condição glomerular caracterizada por proteinúria > 3,5g/1,73m2 na urina de 24h ou 40mg/m2/h em crianças, estando também associada a edema, hipoalbuminemia < 3g/dL, hipercolesterolemia e lipidúria. Para diagnóstico de uma síndrome glomerular deve-se associar a coleta da história clínica com exame físico e alguns exames laboratoriais. Para avaliação de doenças sistêmicas associadas pede-se exames como FAN, anti-dsDNA, complemento sérico, eletroforese de proteínas séricas e urinárias, sorologias para hepatite B, C e HIV, VDRL, antiestreptolisina O (ASLO), crioglobulinas e fator reumatoide. Além disso, todo paciente com síndrome nefrótica deve ser submetido a uma biópsia. Para coloração algumas colorações serão utilizadas, como HE e PAS, prata para corar membrana basal glomerular e tricrômio de Masson para fibrose intersticial. Na microscopia ótica pode-se visualizar alterações focais (apenas alguns glomérulos), difusa (todos os glomérulos), segmentar (afeta parte do glomérulo) ou global (afeta todo o glomérulo). Elas também podem ser classificadas em proliferativas (aumento de células endógenas ou mesangiais) ou exsudativa (aumento de leucócitos inflamatórios). A membrana basal também pode apresentar espessamento por depósitos imunes e o glomérulo pode ter esclerose derivada de cicatrizes. Na figura A pode-se visualizar um glomérulo normal, com alças glomerulares bem armadas e células mesangiais. Na figura B tem-se uma glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF), na C uma hipercelularidade mesangial característica de uma nefropatia por IgA. Na figura D pode-se observar uma hipercelularidade proveniente de um infiltrado inflamatório característico de uma glomerulonefrite difusa aguda (GNDA). Nas figuras E e F têm-se crescentes celulares, essas que são coleções inflamatórias de células no espaço de Bowman e servem como marcadores de gravidade. De modo geral, associado a essas crescentes tem-se ruptura dos capilares, passagem de proteínas e proliferação de células epiteliais parietais, viscerais, fibroblastos e macrófagos, falando a favor de uma glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) que exige tratamento precoce. A microscopia também pode ser feita por imunofluorescência, apresentando diferentes padrões, como: A) IgG linear na parede capilar como uma doença anti-membrana basal glomerular, B) IgG granular fino na parede capilar como nefropatia membranosa, C) IgG granular grosseiro na parede capilar associado à glomerulonefrite membranoproliferativa tipo I e D) IgA mesangial granular em uma nefropatia por IgA. Síndrome nefrótica – Dr. Renato Pontelli 2 A doença glomerular pode apresentar alguns padrões ultraestruturais típicos, como B) fusão dos processos podocitários em doença de lesões mínimas, C) espessamento e fendas na membrana basal glomerular na síndrome de Alport (alteração do colágeno), D) depósitos elétron-densos subendoteliais na glomerulonefrite membranoproliferativa tipo I, E) depósitos elétron-densos subepiteliais na nefropatia membranosa e F) depósitos elétron-densos mesangiais na nefropatia por IgA. Em crianças tem-se predomínio da doença de lesões mínimas (DLM) como principal etiologia da síndrome nefrótica, enquanto que em adultos jovens a causa varia conforme a cor, predominantemente GESF em negros e DLM ou nefropatia membranosa em brancos. Em idosos a principal causa é por nefropatia membranosa. Síndrome nefrótica – Dr. Renato Pontelli 3 A membrana basal glomerular é um complexo saco dobrado com abertura no hilo, tendo sua face externa coberta por podócitos e a interna por capilares e pelo mesângio. É uma estrutura trilaminar – lâminas densa, rara interna e rara externa – e composta por colágeno tipo IV e laminina, exibindo cadeias alfa 3, 4 e 5 e intensa carga negativa. Algumas síndromes podem promover a desestruturação dessa membrana, como a de Alport por mutação nos genes do colágeno tipo IV e a de Goodpasture por alteração das cadeias alfa. Os podócitos compõem o epitélio visceral, esse que é muito diferenciado e apresenta atividade mitótica apenas durante a vida pré-natal, de modo que não podem ser substituídos ou regenerados. É composto por corpos celulares, prolongamentos primários e pedicelos, esses últimos que produzem o diafragma da fenda – composto por proteínas como nefrina, podocina, alfa-actina, TRPC6 e CD2. No diafragma da fenda várias proteínas transmembranas se estendem dos processos podocitários interdigitais, formando uma barreira tipo zíper do lado externo da membrana basal glomerular. Alterações nas proteínas do diafragma da fenda estão relacionadas a algumas doenças em particular, como síndrome nefrótica congênita finlandesa (nefrina), GESF autossômica recessiva (podocina), GESF autossômica dominante (alfa-actina e TRPC6) e síndrome nefrótica em ratos (CD2). A proteinúria é diretamente proporcional ao dano no diafragma da fenda, fato que é marcador de doença glomerular. Além disso, tem-se o envolvimento de processos imunológicos e não imunológicos na fisiopatologia da proteinúria. Como fatores não-imunes ou mecânicos tem-se agressão mecânica, lesão do podócito com perda dos processos podocitários, filtração reduzida no local de fusão dos processos podocitários e redução do Kf, separação dos podócitos na membrana basal glomerular com passagem de proteínas, alterações endoteliais com perda de carga da membrana basal glomerular e defeito na endocitose de proteínas no túbulo contorcido proximal (síndrome de Fanconi). Além disso, os processos imunológicos podem derivar de deposição de complexos antígeno-anticorpo, ativação das vias do complemento, inflamação, comprometimento da integridade da barreira e depuração de imunocomplexos por ligação C3b de eritrócitos. Por dia filtra-se cerca de 170L de ultrafiltrado, de modo que sem a presença da barreira de filtração do diafragma da fenda cerca de 12 kg de proteínas seriam perdidos. Ao invés disso, perde-se cerca de 1g/dia, em que os túbulos podem reabsorver, tendo eliminação total de apenas 150mg/dia. a reabsorção proteica nos túbulos é feita por pinocitose, mas tem um limite que se for ultrapassado pode contribuir para proteinúria. Assim, a proteinúria é provocada por inflamações glomerulares que provocam alteração na permeabilidade das proteínas. O diagnóstico pode ser feito por urina I (+ a +++), proteinúria de 24h e proteína total ou microalbuminúria/creatinina em amostra isolada – a perda de outras proteínas na urina ocorre em paraproteinemias como mieloma e amiloidose. Ela pode ser classificada em microalbuminúria (30- 300mg/24h) – presença de lesão de órgão alvo e maior risco cardiovascular, proteinúria sub nefrótica (<3,0g/24h) ou proteinúria nefrótica (>3,5g em 24h). Clinicamente tem-se edema variável e gravitacional, urina espumosa, edema peripalpebral ao acordar, entre outros. A hipoalbuminemia ocorre em consequência da perda urinária, de modo que o fígado aumenta a sua produção para compensar os baixos níveis - como sinais clínicos tem-se linhas de Muehrcker nas unhas. A resposta do fígado é uma produção não seletiva de proteínas, aumentando o colesterol. A perda de proteínas geralmente é as de menor peso molecular, deixando as de maior peso acumuladas no sangue – gerando consequências como hipercoagulabilidade e hiperlipidemia. Tem-se aumento de proteínas da cascata da coagulação e da agregação plaquetária, fatores que podem ser aumentados por infecções, imobilidade e hemoconcentração. Assim, pode-se ter manifestações como tromboembolismo, acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio e até tromboses arteriais – Síndrome nefrótica – Dr. Renato Pontelli 4 glomerulonefrite membranosa é a principal e pode dar até trombose renal. Além disso, pela hiperlipidemiapode-se ter xantelasmas, colesterol > mg/dL, perfil lipídico altamente aterogênico, risco de morte cinco vezes maior, aumento de lipoproteínas (LDL e VLDL) e lipidúria com cilindros lipídicos. O edema pode ser gerado por mecanismos de underfill ou overfill. O underfill ocorre geralmente em crianças com doença por lesões mínimas, em que o edema resulta da hipoalbuminemia, tendo transudação de líquido para o espaço extravascular, fato que ativa o SRAA e promove retenção de água e sódio, piorando o edema. O overfill ocorre por um defeito na excreção de sódio com retenção após ativação do ENaC nos túbulos coletores, tendo aumento do volume sanguíneo, tendência a hipertensão, supressão da renina e edema por hipervolemia, ocorrendo geralmente na síndrome nefrótica do adulto. Em uma síndrome nefrótica com retenção de sal e água, quando ultrapassa a capacidade de complacência venosa tem-se transudação de líquido para o terceiro espaço e formação de edema – principalmente gravitacional de membros inferiores, mas também pode ocorrer ascite, derrame pleural, entre outros. Sabe- se que o sangue permanece no leito vascular por influência da pressão coloidosmótica, essa que mantém a água compondo o sangue. No underfill tem-se proteinúria e redução da albumina sérica, tendo transudação de líquido para o terceiro espaço e redução do volume intravascular efetivo, fato que induz a produção de renina para ativar o SRAA e reter água e sódio. Assim, nesse caso o edema é formado exclusivamente pela hipoalbuminemia. Enquanto isso, no overfill tem-se capacidade reduzida de excretar sódio por um defeito tubular, além de uma perda maciça de proteínas, fato que gera expansão da volemia e distensão das câmaras cardíacas com liberação de peptídeo natriurético atrial. Todavia, o sistema renal não consegue responder a essa substância, de modo que não perde água e sódio, ocorre congestão venosa e transudação para o terceiro espaço, gerando edema em decorrência da retenção primária de sódio e da hipoalbuminemia. Como causas de edema deve-se pensar em etiologia cardíaca, renal (proteinúria ou insuficiência renal), cirrose hepática e hipotireoidismo. A insuficiência cardíaca gera aumento da área cardíaca com falência da bomba, redução do débito cardíaco e do volume intravascular efetivo, fato que simula uma desidratação e desencadeia a ativação do sistema adrenérgico e do SRAA, com retenção de água e sódio também por aumento da secreção de ADH e sede (hiponatremia). O aumento de volume, principalmente venoso, pode gerar edema de membros inferiores, ascite, derrame pleural a direita, entre outros – principalmente pelo mecanismo de underfilling em que a redução da volemia arterial efetiva promove retenção de sódio. No edema underfilling os rins retêm sódio em decorrência de uma queda persistente da volemia arterial efetiva, em que as taxas plasmáticas de renina, aldosterona e ADH se elevam. Além disso, o indivíduo pode ter sede mesmo com a concentração de sódio plasmático normal, desenvolvendo hiponatremia. O organismo não consegue restaurar a volemia intravascular efetiva com o volume retido que se acumula no interstício. Na fase ativa de formação de edema ocorre balanço positivo de sódio. No edema generalizado também ocorre a retenção secundária de sódio, como na cirrose hepática. Uma grande parte da irrigação sanguínea das células hepáticas é feita por sangue venoso com baixa pressão (5-7mmHg) que sai da veia porta em direção à veia centrolobular, de modo que, nesse trajeto, os sinusoides hepáticos filtram o sangue e retiram toxinas e impurezas, sendo que as proteínas também passam livremente. Todavia, na cirrose tem-se aumento da pressão (P), mas o é muito baixo com poros muito grandes, fato que aumenta a ultrafiltração e auxilia para a ocorrência de transudação do fígado com formação de ascite – associação de uma albumina baixa com aumento de pressão do sistema porta. Síndrome nefrótica – Dr. Renato Pontelli 5 Na insuficiência hepática avançada tem-se hipoalbuminemia, de modo que a pressão coloidosmótica dos capilares periféricos, provocando perda de líquido para o terceiro espaço. No glomérulo o P se mantém estável graças à arteríola eferente, que mantém a pressão glomerular estável, de modo que o aumento da pressão coloidosmótica não influencia – se o P e o se igualarem, a ultrafiltração para. Na cirrose tem-se aumento da pressão portal, transudação de líquido para terceiro espaço e retração da volemia arterial efetiva. Desse modo, tem-se ativação do sistema simpático e do SRAA para retenção renal de sódio e água. Além disso, o fígado tem a produção de albumina reduzida pelo quadro cirrótico, tendo perda de líquido para o interstício em decorrência da hipoalbuminemia. Como principais causas de edema têm-se doença de lesão mínima, glomeruloesclerose focal e segmentar, glomerulonefrite membranosa, glomerulonefrite membranoproliferativa, amiloidose, mieloma múltiplo e nefropatia diabética. O tipo de lesão histológica pode ser identificado pela história clínica. A doença de lesão mínima acomete cerca de 90% dos casos de síndrome nefrótica em crianças < 10 anos, sendo comum em 10 a 15% dos adultos. Como características tem-se ausência de anormalidade histopatológica glomerulares na microscopia óptica – fusão podocitária visualizada por microscopia eletrônica. É uma condição que geralmente responde bem a corticoides. É comum história de atopia, alergia ou eczemas, além de ser relacionada com algumas drogas (AINE, interferon-alfa, lítio e ouro) e malignidades (doença de Hodgkin, micose fungoide e leucemia linfocítica crônica). Os meninos são mais acometidos (2:1), tendo incidência de 2 a 7 crianças/100.000/ano e prevalência de 15/100.000, além de ser mais rara em afrodescendentes. O edema tem evolução de dias, em que as crianças podem ter hipovolemia, ascite, derrame pleural, edema gravitacional e edema facial matutino. É uma doença geralmente acompanhada de infecções de trato respiratório nas formas iniciais e em recidivas, além de maior risco de infecção, como peritonite espontânea por pneumococo em crianças – com presença de coleções líquidas, pele frágil, diluição de fatores imunes humorais, perda de IgG e fator B do complemento na urina e disfunção de macrófagos e células T. O risco de trombose é aumentado e a função renal geralmente está preservada em crianças com injúria renal mais vista em adultos. No exame de urina I tem-se ausência de hematúria e presença de cilindros hialinos e até lipídicos. No tratamento utiliza-se prednisolona (pacientes podem ser cortico-responsivos, cortico-dependentes ou cortico-resistentes), geralmente com remissão completa em 8 semanas. A incidência de recidivas pode chegar a 75%, geralmente após infecções virais ou redução abrupta do corticoide. De modo geral, apresenta bom prognóstico renal. A glomeruloesclerose focal e segmentar é predominantemente do adulto jovem, com prevalência em homens e gera cerca de 20% das síndromes nefróticas dos adultos. Pode gerar proteinúria não nefrótica em Síndrome nefrótica – Dr. Renato Pontelli 6 10-30% dos casos, apresentando proteinúria nefrótica e hipertensão em 50%. Diferente da doença de lesão mínima, a GESF leva a insuficiência renal crônica terminal em 30 a 50% dos pacientes em 10 anos. A GESF pode ser primária (idiopática, fator de permeabilidade circulante, polimorfismo APOL1 e síntese de matriz mediada por TGF-), secundária (por processos com redução da massa renal filtrante com destruição glomerular e sobrecarga) ou familiar (causas genéticas). A GESF secundária pode estar relacionada com HIV, hepatite B, nefropatia hipertensiva, nefropatia por refluxo, uso de drogas, oligomeganefronia, agenesia renal, síndrome de Alport, doença falciforme (entupimento dos glomérulos por obstrução de microvasos e perda de massa glomerular),nefrite actínica, podocitopatias familiares, entre outros. A GESF pode ser dividida conforme as classificações da biópsia em clássica, peri-hilar, variante celular, tip lesion (lesão no polo do glomérulo e responde bem a corticoides) e colapsante (perda de função renal rápida relacionada ao HIV). Na biópsia geralmente tem-se aumento da matriz mesangial, colapso de alças segmentar e focal, tendo depósitos de IgM e C3 na imunofluorescência. A associação de HAS, negros, proteinúria e disfunção renal leva a insuficiência renal crônica em 50% dos casos em 6 a 8 anos, sendo que o tratamento pode gerar remissão e aumentar a sobrevida dos rins – utiliza- se IECA ou BRA (efeito de redução da hipertensão glomerular e da proteinúria, prolongando a função renal), corticoides (20-45% de resposta) e ciclosporina (associada ao IECA para redução de proteinúria). Em transplantes tem-se de 25-40% de recidiva, ocorrendo perda do enxerto em 50% dos casos. A glomerulonefrite membranosa (GNM) representa cerca de 30% dos casos de síndrome nefrótica no adulto, tendo pico entre 30 e 50 anos e predomínio em homens (2:1). É raro na infância, causa mais comum de síndrome nefrótica nos idosos, tendo grande associação com neoplasias malignas (25-30%) como tumores sólidos de mama, pulmão e cólon – além de hepatite B, malária, esquistossomose, LES e AR. Na biópsia tem-se depósitos subepiteliais, espículas e espessamento da membrana basal glomerular (padrão trilho de trem), tendo depósito de IgG e C3 na imunofluorescência. Tem-se um anticorpo anti receptor de fosfolipase A2 (anti PLA2R) que apresenta 70-80% de especificidade na GESF primária. Na GNM tem-se síndrome nefrótica 80% das vezes, podendo ter hematúria em 50% dos casos – 33% remissão espontânea, 33% função renal normal com síndrome nefrótica recorrente e 33% evoluem para perda renal. Como fatores de risco tem-se homens, idade avançada, HAS e proteinúria elevada. Apresenta alto risco de trombose de veia renal com dor lombar aguda e hematúria, além de poder causar embolia pulmonar e trombose venosa profunda. O tratamento é feito por IECA ou BRA, estatinas se colesterol alto, corticoide + ciclofosfamida (esquema de Ponticelli) e Rituximab (anti-CD20). A glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP) representa cerca de 12% das síndromes nefróticas idiopáticas em adultos, manifestando com síndrome nefrótica, hematúria, HAS, anemias e complemento baixo. Pode ser classificada em primária e secundária, tendo biópsia com hipercelularidade mesangial e duplicação da membrana basal, além de duplo contorno, trilho de trem e imunofluorescência com IgG, IgM e C3 – tipo I com depósito subendotelial, tipo II com depósito intramembranoso denso e tipo III com depósito subendotelial e subepitelial. Pode apresentar relação com hepatite C e outras infecções, se manifestando com ou sem crioglobulinemia. Como causa de amiloidose AA pode-se ter febre do mediterrâneo que responde ao tratamento com colchicina, tendo relação com judeus e armênios por mutação na proteína pirina ou marenostrina no gene MEFV, tendo clínica com crises episódicas e fugazes de febre e peritonite, pleurite ou sinovite na infância ou adolescência. A amiloidose beta pode ocorrer no renal crônico, já que a diálise tem dificuldade de retirar proteínas maiores – presente em 50% dos doentes com mais de 12 anos de diálise. / / /
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