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ROTEIRO DE PRÁTICA Reações de caracterização dos lipídios Os lipídios biológicos constituem um grupo de compostos que, apesar de quimicamente diferentes entre si, exibem a sua insolubilidade em água como característica definidora e comum a todos. Os óleos e gorduras, utilizados como formas de armazenamento de energia nos organismos vivos, são compostos do ponto de vista químico, altamente reduzidos e derivados dos ácidos graxos. Os lipídios mais simples constituídos de ácidos graxos são os triacilgliceróis. A maioria das gorduras naturais, como aquelas dos óleos vegetais, dos laticínios e a gordura animal, são misturas complexas de triacilgliceróis simples e mistos. Elas contêm uma grande variedade de ácidos graxos que diferem no comprimento da cadeia carbônica e no grau de saturação da mesma. Os óleos vegetais, como o óleo de oliva, de canola ou de milho são compostos principalmente de triacilgliceróis constituídos por ácidos graxos insaturados, por isso, são líquidos à temperatura ambiente. Eles são convertidos industrialmente em gorduras sólidas por hidrogenação catalítica, a qual reduz, para ligações simples, algumas de suas ligações duplas. Os triacilgliceróis contendo apenas ácidos graxos saturados, como a triestearina, o maior componente da gordura bovina, são sólidos brancos e gordurosos à temperatura ambiente. O objetivo desta aula prática é analisar as propriedades físicas e químicas dos ácidos graxos e triacilgliceróis. A - Hidrólise alcalina dos triacilgliceróis Colocar em um tubo de ensaio de grosso calibre (Tubo A), 10g de manteiga, 10mL de solução alcoólica de hidróxido de potássio 5%. Aquecer em banho-maria 100°C durante 30 minutos. (Cuidado com a chama do Bico de Bunsen). Esquematizar e nomear a reação química ocorrida. Não descartar a solução, ela servirá para o experimento seguinte. B- Separação dos ácidos graxos Adicionar ao tubo da reação A, 1 mL de ácido clorídrico concentrado, gota a gota, sob agitação. Colocar novamente em banho-maria e deixar até separação de uma camada oleosa na superfície do líquido. Esfriar os tubos em água corrente e a seguir em banho de gelo. Observar. Isolar os produtos obtidos, descartando na pia o líquido do tubo. Reservar os produtos obtidos paras as experiências seguintes. C- Solubilidade nos solventes Retirar com bastão uma alíquota dos ácidos graxos obtidos na experiência B e distribuir em três tubos de ensaio: Observação: trabalhe longe da chama do Bico de Bunsen Tubo A → ácidos graxos + 1mL de éter Tubo B → ácidos graxos + 1mL de água destilada Tubo C → ácidos graxos + 1mL de álcool etílico Agitar. Observar e explicar. D - Formação de “sabões” por redissolução dos ácidos graxos Adicionar ao tubo da experiência B, 10 mL de água destilada e 6 mL de solução de KOH 0,5 N. Colocar no banho-maria 100°C durante 5 minutos. Agitar e observar. Guardar os “sabões” para a experiência seguinte. E - Separação dos “sabão” por salificação Colocar numa proveta 3 mL da solução de “sabões” da experiência D. Acrescentar água destilada até 20 mL e adicionar cloreto de sódio em espécie agitando com o bastão até saturação. Observar e explicar. F - Formação de “sabões” insolúveis Preparar dois tubos de ensaio, contendo: Tubo A → 2 mL da solução de “sabão” obtido na experiência D + 3 gotas da solução de cloreto de cálcio 5%. Tubo B → 2 mL da solução de “sabão” obtido na experiência D + 3 gotas de solução de acetato de chumbo 5%. Observar e equacionar as reações.
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