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Sondagem Vesical

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Sondagem Vesical 
A bexiga desempenha um papel reservatório da urina. Para que a bexiga 
funcione normalmente, ela necessita: 
 Acomodar a urina à baixa pressão e com adequada sensibilidade 
 Mecanismo esfincteriano fechado no repouso e durante elevações da 
pressão intra-abdominal 
Quando a bexiga estende a uma capacidade de 100-150mL, as fibras aferentes 
presentes em sua parede detectam esse estiramento e mandam uma mensagem 
para o centro pontino da micção, no mesencéfalo, local de onde é enviado a 
mensagem para os centros superiores. À medida em que a bexiga continua a 
encher, mais mensagens chegam ao córtex. Quando a bexiga atinge seu valor 
limite, cerca de 450mL, os centros superiores entendem a necessidade de 
esvazia-la e enviam, pelos nervos eferentes, estímulos para que haja o 
relaxamento do esfíncter externo, contração do músculo detrusor e abertura do 
esfíncter interno. 
Essa comunicação neural envolvida no mecanismo de enchimento e 
esvaziamento da bexiga demonstra que todo o caminho nervoso deve estar 
intacto para que ocorra normalmente. Isso é o principio que explica o fato de que 
pacientes submetidos a cirurgias mais longas, as quais geralmente necessitam de 
anestesia raquidiana, devem ser submetidos sondagem vesical via uretra. 
A sondagem vesical pode ser feita como uma medida terapêutica (ex: 
descompressão urinaria em pacientes com retenção) ou diagnostica (ex: obtenção 
de amostra não contaminada de urina, medição de debito urinário, etc). Sua única 
contraindicação absoluta é a presença ou suspeita de lesão uretral, como em uma 
fratura pélvica. Esse procedimento pode ter um período limitado (ex: cirurgias) ou 
permanente (ex: lesões medulares). Por isso, existem dois tipos de cateterismo 
vesical: 
 
 
 
1. Cateterismo vesical de alívio 
Realizado para retirar o conteúdo da bexiga. É indicado para o 
alívio de retenção urinária aguda, determinação do resíduo 
urinário, obtenção de uma amostra de urina para exame 
laboratorial, instilação intravesical de medicamentos e exploração 
da uretra. Utiliza-se a Sonda de Nelaton. 
 
2. Cateterismo vesical de demora 
Realizado com objetivo de permanecer por um período 
de horas ou dias. É recomendado que sua utilização seja, 
no máximo, 1 mês, realizando sua troca após esse 
intervalo. Para esse procedimento utiliza-se a Sonda de 
Foley. Esse cateter possui dois canais, um lumen tem por 
função a drenagem da urina, enquanto o outro serve 
para insuflar o balonete de segurança na extremidade distal do cateter. Seu 
tamanho varia em números pares (geralmente: 14 – mulheres, 16 – homens). Suas 
principais indicações são: drenagem vesical por obstrução crônica, disfunção vesical 
(bexiga neurogênica), drenagem vesical após cirurgias urológicas e pélvicas, medida 
de diurese em pacientes graves e assegurar a higiene perineal e o conforto de 
pacientes incontinentes de urina e comatosos. 
Alguns cateteres de Foley têm um terceiro canal que pode ser utilizado 
para infundir suma olução salina ou outro fluido de irrigação diretamente na bexiga: 
Esse ato pode ser útil quando há probabilidade de formação de coágulos 
sanguíneos na bexiga, como em sangramentos pós-operatórios, por exemplo. 
Pacientes com hematúria, retenção urinária ou no pós-cirúrgico de cirurgias de 
próstata, podem se beneficiar utilizado a sonda de foley de 3 vias. 
 
Ao se realizar um cateterismo vesical deve-se atentar para os cuidados essenciais 
que minimizem as possíveis complicações da instrumentação. Estes cuidados 
envolvem: 
 Antissepsia rigorosa da genitália externa 
 Utilização de luvas esterelizadas. 
 Cateteres estéreis e de calibre adequado. 
 
 Boa lubrificação da uretra. 
 Manipulação cuidadosa. 
Uma má instrumentação pode ocasionar complicações logo no início da 
sondagem, como traumatismo uretral, dor e falso trajeto. 
Os materiais usados para realizar o procedimento são: 
1. Campos e luvas estéreis 
2. Solução antisséptica (PVPI ou clorexidina) 
3. Pinça e gaze (aplicação do antisséptico) 
4. Cateter 
5. Lubrificante estéril (lidocaína) 
6. Seringa com agua (insuflar o balão) 
7. Saco coleto estéril 
8. Esparadrapo (fixação da sonda ao paciente) 
A uretra masculina tem cerca de 20cm de comprimento e 
percorre um trajeto em forma de “S”. Por isso, o posicionamento 
do pênis ereto e perpendicular ao corpo, facilita o procedimento, 
uma vez que a uretra se retifica. O procedimento é feito da 
seguinte maneira: 
1. Cuidados de antissepsia pessoal 
2. Checagem da integridade do balão 
3. Conexão da bolsa coletora no lúmen de drenagem 
4. Retração completa do prepúcio 
5. Injeção de lidocaína em gel dentro da uretra, segurando o pênis com 
firmeza entre os dedos por alguns minutos para que a lidocaína permaneça 
ali. 
6. Preparação dos campos 
7. Segure a glande com a mão não dominante (a partir desse momento, a 
mão se torna não estéril e não deve se soltar do pênis ou tocar no material 
esterilizado até o fim do procedimento) 
8. Limpeza da glande em movimentos circulares 
 
9. Posicionamento do cateter 
10. Inserção lenta e delicada do cateter através da uretra 
11. Verificação do posicionamento da sonda, observando se há fluxo de urina na 
bolsa coletora 
12. Insufle o balão com 10ml de agua 
13. Fixação da sonda 
14. Posicionamento do saco coletor abaixo do nível do paciente para evitar 
refluxo 
As principais dificuldades que podem ser encontradas ao realizar esse 
procedimento são as balanopostites (infecções na glande e no prepúcio), fimose 
(deve ser realizada postectomia), estenose do meato uretral, estenose no trajeto 
entre a uretra e a bexiga. A principal complicação no homem: consiste no 
posicionamento do balão fora da bexiga, causando hemorragia grave!! 
1. Posicionar a paciente em posição ginecológica. 
2. Separar, com uma das mãos, os pequenos lábios de modo 
que o meato uretral seja visualizado (a partir desse 
momento, a mão se torna não estéril e tocar no material 
esterilizado até o fim do procedimento) 
3. Realizar antissepsia da região perineal: primeiro, horizontalmente, do meato 
até o monte de Vênus. A seguir, verticalmente do meato até final da 
comissura labial posterior, inicialmente sobre grandes lábios, após entre 
grandes e pequenos lábios. Por último, em movimentos circulares sobre o 
meato, de dentro para fora. 
4. Colocação de campo 
5. Aplicação do anestésico, 
6. Inserção lenta e delicada do cateter através da uretra 
7. Verificação do posicionamento da sonda, observando se há fluxo de urina na 
bolsa coletora 
8. Insufle o balão com 10ml de agua 
9. Fixação da sonda 
 
10. Posicionamento do saco coletor abaixo do nível do paciente para evitar 
refluxo 
A principal dificuldade que pode ser encontrada ao realizar esse procedimento é o 
prolapso dos órgãos genitais. 
 
Estenose da uretra e presença de lobo prostático mediano. 
 O que fazer? Cistotomia cirúrgica ou por punção 
Obstruções acima da bexiga (calculo ureteral, pionefrose, tumor comprimindo o 
ureter ou invadindo a bexiga). 
 O que fazer? Nefrostomia Cirúrgica com c ateter duplo J

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