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1. 
	 O currículo para EJA espelha-se no contexto da experiência de Paulo Feire com a educação popular, sempre se utilizando de uma metodologia que visa:
		
	A ressocialização dos sujeitos no processo educativo, na preparação para o ambiente profissional e no exercício da cidadania.
		
	A ressocialização dos sujeitos no ambiente profissional apenas.
		
	A socialização dos sujeitos no ambiente educacional, garantindo a eles uma vaga no ensino superior.
		
	A ressocialização dos sujeitos no processo educativo, sem preocupar-se em prepará-los para o ambiente profissional e para o exercício da cidadania.
		 2. 
	Conforme descrito no art. 37 da LDBEN nº 9.394/1996: “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na idade própria”. Entretanto, alfabetizar letrando na EJA é um grande desafio:
		
	 Porque o indivíduo que não teve oportunidade de estudar na idade apropriada não consegue adquirir o conhecimento sobre a língua e nem consegue se apropriar da escrita.
		
	Porque se deve proporcionar o acesso aos vários ramos do conhecimento e preparar o aluno para se fazer cidadão crítico com todas as suas opiniões.
		
	Porque os alunos que procuram pela modalidade de ensino de jovens e adultos querem aprender somente e ler e a escrever, não possuindo interesse em adquirir novos conhecimentos.
		
	  Porque é o processo em que poucas pessoas dominam o ato de aprender coletiva e simultaneamente os elementos da leitura e da escrita.
		 3. 
	Conhecido antigamente como ensino supletivo, a educação de jovens e adultos é caracterizado pela proposta pedagógica:
		
	Flexível, porque leva em consideração os conhecimentos e as diferenças que cada aluno adquire por meio das situações e vivências que cada aluno enfrenta no seu dia a dia.
		
	Flexível, porque não leva em consideração os conhecimentos e as diferenças que cada aluno adquire por meio das situações e vivências que cada aluno enfrenta no seu dia a dia.
		
	 Rígida, porque segue à risca a proposta curricular, ensinando os conteúdos igualmente a todos os alunos coletivamente.
		
	Rígida, porque segue à risca a proposta curricular, sem levar em consideração a vivência e o ambiente em que o aluno vive.
		 4. 
	Pode-se considerar que se um sujeito analfabeto que vive em um ambiente em que há grande presença da escrita e o mesmo interessa-se em ouvir a leitura, feita por um alfabetizado, de cartas, jornais, romances, indicações fixadas em algum lugar etc., é um indivíduo letrado, por quê?
		
	Esse indivíduo é capaz de usar a língua em seu contexto social, organizando discursos próprios, a fim de ser entendido e entender seu interlocutor, ou seja, apesar de ser analfabeto, ele é um indivíduo letrado, porque, de certa forma, faz uso da escrita e envolve-se em práticas sociais de fala.
		
	Esse indivíduo aprende a decodificar a língua somente pela associação dos signos e os conjuntos de signos gráficos que ele vê e ouve, não necessitando de auxílio para aprendizagem.  
		
	Ao interagir com outros indivíduos que leiam para ele, o indivíduo passa a compreender os signos e passa a decodificar sozinho a língua, sem a necessidade da intervenção de um professor.
		
	Ao interagir com pessoas alfabetizadas esse indivíduo organiza suas próprias opiniões, mas não consegue ser entendido e entender seu interlocutor.
		 5. 
	A educação de jovens e adultos passou por vários altos e baixos, pois era uma educação que servia apenas para o interesse do governador, porque alfabetizar adultos era sinônimo de mais votos. Atualmente, a EJA possui outra finalidade e já conquistou uma certa autonomia. Por isso, quando pensamos em educação de jovens e adultos o nome de Paulo Freire é muito recorrente, mas quem foi Paulo Freire e por que ele sempre é citado quando se fala em EJA?
		
	 Porque Paulo Freire foi um médico, pedagogo e militar, que propôs a metodologia da alfabetização funcional, por meio de técnicas de leitura, escrita e cálculo.
		
	Porque Paulo Freire foi um educador, médico e político, que durante seu exílio escreveu o livro Pedagogia do oprimido, lançado durante a ditadura militar, que revolucionou a educação nesse período.
		
	Porque Paulo Freire foi um educador, pedagogo e filósofo, que se preocupada com os pobres, por isso construiu um método que utilizava cartilhas para ensinar o adulto a ler e escrever; esse material possuía um conteúdo repetitivo de palavra e frases.
		
	Porque Paulo Freire foi um educador, pedagogo e filósofo que se preocupava com os pobres, por isso empenhou-se em construir um método inovador que conseguiu ensinar 300 adultos a ler e escrever no período de 45 dias.
		 6. 
	Hoje a educação de jovens e adultos é um direito do cidadão, mas até chegar a esse patamar foram necessários muitos anos e muita luta. Atualmente é compreendido que a EJA é uma modalidade de ensino fundamental e básico:
		
	 Que veio para bater de frente com as iniciativas que o estado tomava sobre a luta pelos direitos civis e a conscientização cidadã.
		
	Não sendo, de forma alguma, uma modalidade de ensino que serve para compensar, reparar ou equiparar a aprendizagem daqueles que não obtiveram a oportunidade de frequentar um curso regular.
		
	Que serve para compensar, reparar ou equiparar a aprendizagem daqueles que não obtiveram a oportunidade de frequentar um curso regular.
		
	Que presta contas à comunidade internacional sobre os índices de analfabetismo no Brasil, e visa aumentar seu eleitorado para beneficiar a intenção do estado, que está ligada à política.
		 7. 
	Ao refletirmos sobre o início da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, notamos que essa modalidade de ensino vem institucionalizando-se desde a época em que os jesuítas vieram para catequizar, alfabetizar e transmitir a língua portuguesa aos indígenas. Atualmente a Educação de Jovens e Adultos:
		
	Oferece oportunidade às pessoas de retomar os estudos, assim como, prepará-los para o mercado de trabalho.
		
	Ainda não conquistou nenhuma revitalização nos planos político, jurídico e cultural.
		
	  A frequência não obrigatória de adultos no ensino primário integral gratuito foi reconhecida como direito constitucional.
		
	  Possui uma proposta cada vez mais inadequada, mas continua tentando diminuir as taxas de analfabetismo do país.
		 8. 
	O jovem e o adulto analfabeto são vistos como inferiores, porque eles enfrentam uma sociedade, em sua maioria, letrada e que gira em torno da tecnologia e da comunicação. Aquele que não domina essas habilidades:
		
	 Sabe lutar por seus direitos civis, tem consciência cidadã e de leis e reconhece a valorização cultural da população brasileira.
		
	Não consegue e não sabe como lutar por seus direitos, torna-se vítima desse sistema excludente.
		
	Consegue compensar, reparar ou equiparar a aprendizagem daqueles que obtiveram a oportunidade de frequentar um curso regular.
		
	Consegue e sabe lutar por seus direitos, exigindo-os e não se tornando vítima desse sistema excludente.
		 9. 
	Segundo Souza, o “adulto trabalhador analfabeto era tratado de modo bastante marginal, quase esquecido, na legislação brasileira. Ora era excluído dos processos políticos; ora excluído do acesso à terra, [...]” (SOUZA, 2012, p.36). O governo que deu mais ênfase à modalidade de educação de jovens e adultos, criando o Programa Brasil Alfabetizado foi:
		
	O governo de Getúlio Vargas, que compreendeu que a elevação dos níveis de escolarização era uma peça fundamental para melhorar o desenvolvimento da sociedade brasileira.
		
	 O governo de Juscelino Kubitscheck, que preocupava-se em conscientizar o povo brasileiro, principalmente a população mais pobre, de que a educação era essencial para a construção de um país melhor.
		
	 O de José Antônio Saraiva, com a Lei Saraiva, sancionada em 9 de janeiro de 1881, que instituiu o título de eleitor, porémproibia os analfabetos a votarem.
		
	O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a criação do Programa Brasil Alfabetizado que envolveu três vertentes de caráter social: o Projeto Escola de Fábrica, o Projovem e Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio para Jovens e Adultos (PROEJA)
		 10. 
	 Compreender a educação de jovens e adultos é compreender também a didática que revolucionou essa modalidade de ensino. O responsável por essa didática revolucionária, hoje conhecido como o patrono da educação brasileira e da pedagogia crítica, foi:
		
	Paulo Freire, nascido em Recife, membro de uma família de classe média, mas que não se absteve de vivenciar a pobreza e a fome durante a depressão de 1929.
		
	Maria Montessori, nascida na Itália, atuou como educadora, médica e pedagoga.
		
	  José Antônio Saraiva, nascido na Bahia, advogado e político brasileiro, responsável pela “Lei Saraiva”.
		
	Juscelino Kubitschek, nascido em Minas Gerais, conhecido como João Alemão, que durante sua vida foi marceneiro, médico, oficial da polícia militar e presidente do Brasil.

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