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UNIVERSIDADE NILTON LINS Síndromes, Hemograma e exames bioquímicos MANAUS-AM 2020/1 SABRINA RODRIGUES CARVALHO Síndromes, Hemograma e exames bioquímicos Trabalho acadêmico apresentada ao Curso de Medicina, da Universidade Nilton Lins, na disciplina de Método Clinico 2, para obtenção de nota da M1 Professora: Tânia Regina Oliveira de Azevedo MANAUS-AM 2020/1 Introdução Neste trabalho será abordado sobre os assuntos estudados em sala, e virtualmente, que foram divididos em: Síndromes febris, Síndromes cardíacas, Hemogramas e Exames bioquímicos do sangue. Assim, será desenvolvido um resumo para cada tópico com o intuito de mais aprendizagem. Síndromes Febris A febre é a temperatura corporal acima da normalidade, podendo ser causada por distúrbios do cérebro ou por substâncias tóxicas, os pirógenos, que são substâncias externas, como bactéria e fungos, que influenciam os centros termorreguladores, havendo a liberação dos mediadores inflamatórios como IL-1, IL-6, NF, IF-A. Existem 3 maneiras de verificar a temperatura do corpo: Axilar (35,5 a 37ºC) sendo a mais utilizada; Bucal (36 a 37,4ºC), e por ultimo a retal (36 a 37,5ºC). Se o paciente ultrapassar essas medidas de temperatura, quer dizer que o mesmo está com febre, e dependendo da temperatura, pode acontecer vasoconstrição, piloereção, secreção de adrenalina e calafrios. É recomendado que para aferição de temperatura, o paciente aguarde pelo menos uma hora após a realização de exercícios físicos, banhos quentes, fumantes, refeição com ingesta de líquidos quentes ou frios, pois essas situações podem interferir na temperatura do paciente. Há uma diferença entre febre e hipertermia. A febre é decorrente de um processo da liberação de mediadores inflamatórios por citocinas no hipotálamo. Já a hipertermia seria uma elevação de temperatura não decorrente desse mecanismo e que não respondem a antipiréticos, como a hipertermia decorrendo de esforços físicos. Pode-se dividir a febre em Febre Remitente, Intermitente, Contínua e Ondulante. - Febre remitente: Hipertermia com variações de mais de 1ºC sem momentos de apirexia, ou seja, variação de temperatura para mais de 1ºC sem ausência de febre. Ex: sepse, pneumonia, tuberculose inicial, dengue no inicio tendo o 1º dia de febre de 40º. - Febre intermitente: Ocorre em oscilações, sendo uma vez ao dia ou em dias alternados. São momentos de hipertermia interrompidos por momentos de apirexia. Ex: Malária, infecção urinaria, linfomas. - Febre contínua: Paciente com a febre que não passa, ficando com a temperatura sempre acima do normal com a variação de 1ºC durante o dia. Na maioria dos casos, está associada a quadros agudos. Ex: febre tifoide, leptospirose, endocardite, pneumonia, infecção urinaria, respiratória, neoplasia maligna. - Febre ondulante: Período de dias ou ate semanas em que não tem quadro febril, mas depois volta a apresentar novamente. Apresenta em doenças mais crônicas de evolução mais demorada. Ex: Brucelose, doença de Hodgking. É definido febre em crise aquela com desaparecimento súbito, ou seja, com ou sem auxílio de medicamentos. E febre que vai desaparecendo gradualmente, passa devagar, chama-se Lise. O mais importante é caracterizar se o paciente tem febre, alta ou baixa, quantificar a temperatura e observar o comportamento, se é febre diária, se tem períodos febris ou não, se tem dias sem febre, com isso é possível associar a uma determinada patologia. Na investigação das doenças, geralmente tem a associação da síndrome febril em si com alguns sinais e sintomas. Sendo assim, existem as seguintes síndromes: 1. Síndrome febril aguda: São doenças que estão somente com o quadro febril por período de evolução ate 03 semanas, tendo como sinais e sintomas: astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquipneia. Ex: dengue, zika, chikunguya, pneumonia, infecção urinaria, amigdalite, etc. 2. Síndrome febril hemorrágica: Quadro febril com dor de cabeça, dor no corpo, e o inicio alguma manifestação hemorrágica (sangramento pelo nariz, boca, gengivas). Na pele, as petéquias com mais ou menos 5mm, extravasamento de sangue com aparecimentos de hematomas com 6mm, hematúria, mulheres com ciclo menstrual fora do período normal. Na maioria das vezes, essa síndrome é característica de doenças hematológicas. 3. Síndrome Ictérica-hemorrágica: Comum nas doenças infecciosas, como a malária, mas hoje é difícil paciente com malária chegar a ter essa síndrome, pois o diagnostico é feito no inicio da doença. Outra doença comum é a leptospirose e a febre amarela, toda essas começam com o quadro febril ictérico, e se não for diagnosticada logo, o paciente começa a ter hemorragia, tendo complicações e agravamentos. Caso um paciente esteja com síndrome febril aguda ictérica, é preciso descobrir qual a doença que ele tem, logo, será solicitado vários exames de acordo com seus sintomas, como: Hemograma. Bilirrubina, TGO e TGP para icterícia. Ureia e creatinina por causa da desidratação. Sódio e Potássio por conta da diarreia. Fosfatase alcalina: para diagnostico diferencial, no caso da doença obstrutiva, a TGO e TGP estão normais, enquanto a fosfatase alcalina não. Síndromes Cardíacas A insuficiência cardíaca tem baixo desempenho do miocárdio, distúrbio de contratilidade do Ventrículo Esquerdo, ativação do sistema neuroendócrino fazendo a remodelação do VE. Tem menor fração de ejeção, e os fatores são: exagero de sal, tratamentos inadequados e arritmias FA. As classificações da IC estão divididas em: 1) Sem limitações decorrentes da atividade física comum 2) Com discretas limitações decorrentes da atividade física comum 3) Com acentuadas limitações decorrentes da atividade física comum 4) Incapacidade de qualquer atividade física sem desconforto Os pacientes apresentam dispneia, palpitação, dor anginosa. As causas mais importantes estão divididas em Hipertensão arterial sistêmica, isquemia miocárdica e válvulopatias. As fases iniciais são assintomático, mas com o passar do tempo vai aparecendo diversos sinais e sintomas, como Dispneia, dispneia paroxística noturna, ortopnéia, Respiração Cheyne Stokes, Fadiga, Intolerância a exercícios, palpitações, sincopes (arritmias), dor abdominal, anorexia, tonturas, tosse seca e depressão. Em relação ao exame fisico, existem as sobrecargas de volume que você ausculta do paciente, que são os estertores pulmonares, macicez, distensão venosa jugular, Edema MMII, ascite, hepatomegalia, sopro sistólico de regurgitação mitral, terceira bulha, ou seja, B3, ritmo de galope e arritmias. E tem a má perfusão periférica que é a incapacidade do coração de manter o suprimento de sangue á oxigenação dos tecidos, tendo como consequência a cianose, taquisfigmia, taquipneia, taquicardia e peso corporal. Já em exames complementares pode-se evidenciar hiponatremia dilucional com hipervolemia. O potássio é geralmente normal, mas pode ser baixo quando há uso intenso de diuréticos. Pode-se observar hipercaliemia na ICC grave por hipoperfusão renal e uso concomitante de inibidores da enzima conversora da angiotensina e antagonista da aldosterona. Sao comuns alterações na função renal, como proteinúria, urina concentrada, elevação e creatinina (redução da perfusão renal e da filtração glomerular, desequilíbrio entre hormônios vasodilatadores e vasoconstritores). Congestão hepática e cirrose cardíaca estão associadas a aumentos de transaminases desidrogenada lática, fosfatase alcalina, bilirrubina direta e indireta. O raio-x de tórax, ecocardiograma e eletrocardiograma são exames extremamente importantes. A insuficiência aórtica é a incapacidade do fechamento das válvulas, causando refluxo reverso da aorta ao VE durante a diástole. As causas incluem degeneração valvar e dilatação da raiz aórtica, febre reumática, endocardite, doenças do tecido conjuntivo ou reumatológicas.Em casos mais graves levam a falência do ventrículo esquerdo e Angina pectoris, ou seja, dor em aperto no peito. Os sintomas são dispneia por esforço, ortopedia, dispneia paroxística noturna, palpitações e dor torácica. Os sinais físicos consistem em aumento da pressão de pulso e sopro holossistólico. O diagnostico é realizado por exame fisico, ecocardiograma, Raio-x e eletrocardiograma. A estenose aórtica é um estreitamento da abertura da válvula aórtica que bloqueia o fluxo de sangue do ventrículo esquerdo para a aorta. Acontece a hipertrofia do VE, hipóxia musculatura ventricular, degeneração miofibrilar ate chegar a falência funcional do VE. É causada por doenças congênitas, doenças reumáticas que acontece o comprometimento mitral e calcificação senil. Dentre os sintomas estão a dor ou pressão no peito, havendo a sensação de queimação, choque, aperto nos braços, ombros e pescoço, tontura, desmaio ou perda de consciência, sinais de insuficiência cardíaca, tais como fadiga e falta de ar, e palpitação. Os exames que podem ser feitos para confirmar diagnostico estão o ecocardiograma, eletrocardiograma, Radiografia de tórax, cateterismo cardíaco, testes ergométrico e ressonância magnética. A insuficiência mitral é o fechamento incompleto da valva mitral causando o refluxo de sangue do átrio esquerdo e durante a sístole ventricular. As principais causas são doenças reumáticas, prolapso mitral, IAM, endocardites e miocardiopatias. No infarto agudo do miocárdio e endocardite há o aumento rápido do volume de refluxo do sangue e a pressa intraatrial, o Ictus cordis não deslocado é mais intenso, o sopro sistólico regurgitação do foco mitral irradia a axila, e a 4ª bulha é hipercinética. Os sinais e sintomas que ocorrem são tontura, Sincope, dispnéia, arritmias, cansaço e sopro cardíaco. A estenose mitral é o estreitamento do orifício atrioventricular esquerdo, tendo como causa principal a febre reumática, e outras causas raras como síndrome carcinóide, artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico. Ela se classifica em: Leve, moderada e severa. - Leve: Area valvar de 2,5cm e assintomático aos esforços. - Moderada: Area valvar de mais ou menos 1,5cm, com dispneia e congestão pulmonar. - Grave: Area valvar de 1,0cm, com dispneia, dispneia paroxística noturna, tosse e hemoptise. A hipertensão arterial sistêmica é uma síndrome caracterizada por elevação dos níveis pressóricos sistêmicos e/ou diastólicos. Podendo causar AVE, insuficiência cardíaca, IAM e insuficiência renal. Os sintomas de uma crise hipertensiva são perturbações visuais, palpitações, cafeleis e tontura. O valor normal deve ser 120 sistólica e 80 diastólica, passando disso já vai chegando aos estágios de pre hipertensão, ate o hipertenso. O aneurisma da aorta é a dilatação aneurismática da aorta, e suas causas principais são sifilis e aterosclerose. Ela compromete qualquer seguimento da aorta torácica ou abdominal. Os sintomas que os pacientes sentem são: voz rouca por conta da compressão do laríngeo recorrente; Disfagia por compressão esofágica; Dispneia. Grandes aneurismas da aorta ascendente provoca abaulamentos na parede anterior do tórax com dor contínua e tosse seca. Os aneurismas da aorta abdominal em geral, podem ser identificados a palpação. Quando há dissecção aórtica, a dor local é importante, pois esta se assemelha com o IAM. Os exames solicitados é Rx tórax + Rx abdomen; Ecocardiograma transesofágico; Aortografia; RM tórax + RM abdomén Hemograma O hemograma é o exame que avalia as células sanguíneas do paciente, e serve para diagnostico e acompanhamento de doenças como leucemia, anemia e infecções bacterianas. É recomendado 24h sem pratica de exercícios físicos e em media 48h sem o uso de bebida alcoólica, para que não aja alteração de fatores externos. Quando estiver pronto o hemograma, é verificado o que está alterado no paciente e as possíveis patologias. Didaticamente, é possível dividir um hemograma em 3 partes: - Eritrograma: Onde se ver principalmente as hemácias e como elas estão, ou seja, normais ou alteradas. Indica principalmente a anemia. - Leucograma: Segmentados (neutrófilos), mielócitos, metamielócitos, bastões (células jovens), e as células maduras que estão no sangue periférico, como eosinófilos, basófilos, monólitos e linfócitos. É avaliado as células de defesa do organismo, e se há alguma alteração na medula, onde esta liberando as células jovens. - Plaquetograma: São as contagens de plaquetas que está relacionado principalmente a coagulação sangüínea, e é um dos fatores que faz parte da cascata de coagulação. Quando há alteração nas plaquetas, o paciente pode ter algum sangramento. Deve-se solicitar um hemograma quando o paciente relatar cansaço, fraqueza, palidez cutâneo-motora, paciente hipocorado no exame fisico, paciente com sangramento, aparecimento de manchas roxas e quando fizer o uso de imunossupressores. Com isso, o medico pode suspeitar de infecções bactérias ou viral. Vai haver algumas alterações nas células de defesa do organismo, dependendo do tipo de infecção que o paciente tem. O uso de imunossupressores, que é aquele paciente em uso de imunoterapia, radioterapia, tratando câncer, ou que recebeu transplante e usa imunossupressor para não ter rejeição, vai ter alteração no hemograma, principalmente nas células de defesa. Então, nesses casos, o ideal é solicitar um hemograma do paciente, para verificar se a alteração do hemograma é compatível com a doença que o medico suspeita. As partes avaliadas no hemograma são: serie vermelha, serie branca e serie plaquetária. 1) Série vermelha: É composto pelas hemácias, hemoglobina e hematócrito. • Hemácias: Glóbulos vermelhos e eritrócitos, tendo o valor normal em homens 4,5-6,1x10/L, e em mulheres 4,1-5,4x10/L • Hemoglobina: Grande corredora de oxigênio, com seus valores normais em homens 12,5-16,5g/dL, e mulheres 11,5-15,5g/dL • Hematócrito: Concentração de eritrócitos dentro do sangue, tendo os valores normais em homens 40-54%, e em mulheres 36-48% Quando o paciente está com policitemia, quer dizer que a hemoglobina dele estar acima do normal, e anemia quando estar abaixo. Na serie vermelha tem também os índices hematimétricos, que serve para avaliar indiretamente indiretamente as características dos eritrócitos quanto ao volume e o conteúdo de hemoglobina. Dentre eles, estão: Volume corpuscular médio (VCM), Hemoglobina corpuscular media (HCM), Concentração de hemoglobina corpuscular media (CHCM), e amplitude das hemácias (RDW). - Volume corpuscular médio (VCM): Volume medio das hemácias, com o valor normal de 80-98fL. Patologias associadas: Aumentado - Deficiência de vitamina B12, Hepatopatia crônica, alcoolismo crônico, etc. Diminuído - Infecções crônicas, Anemias microcíticas hipocrômicas, uremia. - Hemoglobina corpuscular media (HCM): É o peso de HB no sangue, tendo o valor normal de 27-33pg. Patologias associadas: Aumentado - Anemia hipercrônica, alterações na tireoide ou alcoolismo, falta de vitamina B12 e acido folico. Diminuído - Anemia hipocrômica, Anemia genética. - Concentração de hemoglobina corpuscular media (CHCM): Concentração de HB dentro do sangue total, com o valor normal de 31-36g/dL. Patologias associadas: Aumentado - Anemia hipocrômica. Diminuído - Anemia Sideroblástica. - Amplitude das hemácias (RDW): Variação de tamanho de cada hemácia, com o valor normal de 11-15%. Patologias associadas: Aumentado - Anemia megaloblástico, problemas hepáticos. Diminuído - Problemas renais, diabetes, câncer, etc. 2) Série branca: É composto pelos leucócitos, tendo seu valor normal de 4000-11000/m3. E os leucócitos são formados por: Neutrófilos (a maior parte em adultos), Eosinófilos (parasitoses, crises agudas de alergia), Basófilos (leucemia mielógena crônica), monócitos (endocardite bacteriana subaguda, tuberculose, etc.), linfócitos (infecçãoviral). Há a maturação dos neutrófilos (segmentados) divididos em: - Mieloblastos: Células que dão origem nas células sanguíneas brancas que formam os granulócitos, e é a primeira que se desenvolve na medula. Só aparece em infecções severas - Promielócitos: Tem a maior quantidade de grânulos em seu citoplasma - Mielócito: Possui grânulos especifico identificando qual tipo de célula ira se formar. - Metamielócitos - Bastões: Circulam na corrente sanguínea, porém numa quantidade menor, entre 3 a 5%. Com isso, tem-se uma definição chamada desvio a esquerda, que é a caracterização de uma infecção no organismo. É o termo usado quando encontram leucócitos imaturos na corrente sangüínea, sendo anormal para a saude, porque isso quer dizer que a medula não está tendo tempo de maturar os glóbulos brancos, logo, está enviando os leucócitos imaturos para tentar acabar com a infecção. 3) Série Plaquetária: São compostos pelas plaquetas, que tem um volume normal de 150-450 mil. E tem também o VPM, ou seja, volume plaquetário médio, significando o tamanho médio das plaquetas, tendo o volume normal de 140-400 mil/mm3. O paciente que tem plaquetose é aquele que está com numero excessivo de plaquetas no sangue. E plaquetopenia é o paciente com numero reduzido de plaquetas. Exames Bioquímicos Assim como o hemograma, na bioquímica não vira nenhum diagnóstico. Por exemplo, se no exame a uréia e creatinina vierem alteradas, a pessoa vai saber que há alguma alteração da função renal, agora se é doença renal, alguma doença infecciosa ou doença cardíaca com repercussão renal, vai depender da historia clinica do paciente. Diante disso, o exame bioquímico serve para complementar o diagnostico. Existem testes manuais, automatizados. Principalmente nos métodos automatizados, é importante ter uma boa relação com o bioquímico, porque, se ja foi colhido a historia do paciente e tem uma noção sobre qual doença ele apresenta, e o exame bioquímico estiver muito discrepante, o médico pode ter a liberdade de chegar com o bioquímico e verificar. Abaixo, está um exemplo de um caso, para entender que é dessa maneira que se solicita os exames, ou seja, em cima do que o paciente está apresentando e somando a historia clinica apresentada para tentar fechar o diagnostico. “No exame fisico, as únicas alterações foram a desidratação e icterícia, logo, caracterizamos como síndrome febril agua. Então, diante da clinica do paciente, o que o medico vai pensar? Que exames vão ser solicitados?. Se o paciente tem febre, nesse caso será que o hemograma ajudaria? Se o hemograma de paciente apresentar uma leucocitose, pode indicar o que? Uma infecção bacteriana? O hemograma, em um quadro febril começa a ajudar. O paciente também apresenta mialgia, principalmente em panturrilha, bilateral, artralgia, então tem dor muscular importante, a CK vai avaliar lesão muscular, CK-MB vai avaliar lesão muscular mais específica, que é cardíaca (importante para paciente com suspeita de infarto. Nas primeiras 6h pode estar normal, mas depois pode aumentar). Paciente apresentou episódios de vômito, está desidratado, está perdendo liquido, e pode haver um distúrbio eletrolítico, então pedir Sódio e potássio. Se o paciente está desidratado pode ter uma lesão renal, porque é o rim que vai filtrar todo esse liquido. Paciente ictérico, pedir TGO e TGP, que são as enzimas de lesão hepática, pedir bilirrubina, que é o marcador da icterícia; se o paciente tem a bilirrubina direta aumentada, é provável ter doenças obstrutivas, doenças infecciosas; se o paciente tem a bilirrubina indireta aumentada, poderia ser doenças hemolíticas, anemia. A fosfatasse Alcalina também é marcador de doenças hepáticas, não diretamente dos hepatócitos, que são células hepáticas, mas principalmente das doenças obstrutivas. Amilase, paciente que tem dor abdominal intensa, principalmente quando essa dor é no andar superior do abdômen, associada a vômitos quadro febril, um quadro agudo associado a icterícia, pode ser uma pancreatite, e nisso a amilase vai ajudar. O que pode ver na pancreatite? Uma dor em barra, um hemograma com uma leucocitose, uma amilase bastante aumentada, e uma bilirrubina alterada. A albumina é um marcador tanto de lesão hepática, quando de lesão muscular, porque ela é produzida em grande parte no fígado e é encontrada na musculatura, então se o paciente tem histórico de perda ponderal muscular, a dosagem da albumina é importante.” Dentre os exames bioquímicos, estão: - Hemograma: Serve para avaliar suspeita de anemia, doenças autoimunes e leucemia. Paciente que apresenta quadro febril, astenia, manchas roxas e outros. - Creatinofosfoquinase (CK): Avalia-se lesão muscular variada, ou seja, Paciente com mialgia, artralgia. - CK-MB: Avalia lesão cardíaca, ou seja, Paciente que apresenta suspeita de infarto - Na e K+ (sódio e potássio): Avalia função renal, ou seja, paciente que apresenta desidratação, vômitos, perda de liquido, distúrbio eletrolítico. - TGO e TGP: Serve para avaliar lesão hepática, ou seja, paciente que apresente icterícia. - Bilirrubina: Avalia-se lesão hepática, ou seja, paciente que apresenta icterícia ou suspeita de doença hemolítica. - Fosfatase alcalina: Se avalia lesão hepática, ou seja, paciente que apresenta icterícia. - Amilase: Avalia-se função do pancreas, ou seja, paciente com suspeita de pancreatite. - Albumina: Serve para avaliar função hepática e lesão muscular, ou seja, paciente com histórico de perda ponderal muscular. - Acido úrico: Produto do metabolismo oxidativo das bases púricas. Utiliza-se para insuficiência renal. Há também as dosagens de enzimas, que são as: AST (Aspartato Aminotransferase - TGO); ALP (Alanina Aminotransferase Sérica - TGP); GGT (Gama Glutamiltransferase); LDH ( Lactato Desidrogenase); ALP (Fosfatase alcalina). Conclusão Sendo assim, a febre é mais um sinal de alerta que tem algo errado no seu corpo e que precisa de acompanhamento. É recomendado que para aferição de temperatura, o paciente aguarde pelo menos uma hora após a realização de exercícios físicos, banhos quentes, fumantes, refeição com ingesta de líquidos quentes ou frios, pois essas situações podem interferir na temperatura do paciente. As síndromes cardíacas tem suas características e definições, com isso, elas estão divididas em insuficiência cardíaca, insuficiência aórtica, estenose aórtica, insuficiência mitral, estenose mitral, hipertensão arterial sistêmica, insuficiência coronariana, e aneurisma da aorta. O Hemograma e os Exames Bioquímicos servem para detectar deficiências subclínicas, tendo como consequência o complemento do diagnostico do paciente, mas há uma pequena diferença entre eles. O hemograma avalia as células sanguíneas, e os exames bioquímicos são medidas objetivas do estado nutricional.
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