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Prótese Total Requisitos: 1. Mastigação: retenção e estabilidade. 2. Estética: dentes artificiais (montagem), caracterização, dimensão vertical. 3. Fonética: espessura do palato, posição dos dentes, trespasses (vertical e horizontal), dimensão vertical. 4. Comodidade: delimitação da área basal, tolerância material, oclusão balanceada, articulação ajustada, RC e MIC harmonizadas, dimensão vertical. 5. Saúde bucal / saúde geral. Limitações: Perda da eficiência mastigatória - Esforço muscular exacerbado - Reabsorção óssea, espaço interoclusal (aumenta porque diminui a área basal) e oclusão - Dor: mucosa delgada pressionada pelas próteses Recupera-se com uma prótese total bem feita até 20% da eficiência mastigatória, uma prótese removível até 50% de recuperação dependendo do caso, e uma prótese fixa recuperação de até 80%. Rebordo residual - limitações com rebordo edentado extenso ➔ Se o paciente não é portador de prótese a reabsorção óssea dele vai ser moderada pois não há estímulo de dente e tão pouco de uma prótese. Ausência de função > reabsorção moderada. ➔ Se o paciente já é portador de uma prótese bem feita há um estímulo fisiológico > reabsorção discreta. ➔ Se o paciente é portador de prótese traumática/iatrogênica ela vai estar causando trauma e inflamação > reabsorção acentuada. O que se perde com a perda de dentes? Dentes anteriores ● Inclinações: VL, MD e da face P (incisivos superiores) - suporte dos lábios ● Sobremordida vertical e horizontal ● Altura da borda incisal ● Forma dos dentes Se perde referência com a perda de dentes anteriores. Dentes posteriores ● Relacionamento cúspide-fossa ou cúspide crista; puntiforme ou e área ● Altura das cúspides (inclinação das vertentes MD e VL) ● Ponto de parada do fechamento mandibular ● Relação posicional na arcada (ântero-posterior e látero-lateral; linha intermaxilar) ● Curva de Spee e curva de Monson Por onde começar a PT? ● Exame clínico ● Diagnóstico ● Plano de tratamento ● Prognóstico Anatomia e Exame Clínico Maxila A prótese total superior vai se assentar na maxila, que é formada por 2 ossos que são grudados pela sutura palatina mediana (fibromucosa bastante delgada, essa região também pede alívio da prótese). Processo alveolar - onde os dentes se alojam e que não vai estar presente em um paciente portador de prótese total. Espinha nasal anterior, com a reabsorção óssea muitas vezes o rebordo superior chega até ela. Processo zigomático da maxila (crista zigomático alveolar) que muitas vezes em rebordos extremamente reabsorvidos, essa estrutura faz com que a gente faça um grande recorte na prótese se não vai interferir na estabilidade do aparelho (não conseguir um bom selamento periférico porque as estruturas moles presentes vão interferir na prótese). Forame incisivo por onde sai o nervo incisivo, às vezes esse forame é exposto pela reabsorção e é uma região que temos que aliviar bem a base da prótese porque o paciente não consegue aguentar a pressão em cima dessa área. Região de túber da maxila, é uma região que podemos utilizar para reter a prótese desde que ela não esteja muito grande. Observar a reabsorção também na área dos forames palatinos menores. Fovéolas palatinas: limite entre palato duro e palato mole, teoricamente até onde podemos estender o limite posterior da prótese. Ligamentos pterigomandibulares, se a prótese sob estender nessa região quando o paciente abrir a boca essa região vai expulsar a prótese. Espaço coronomaxilar corresponde lateralmente ao processo coronóide da mandíbula até a região de túber e teoricamente esse espaço todo deve ser preenchido pela prótese, pelo acrílico e o que vai determinar isso é a função de abertura da boca - espessura do acrílico da prótese na região. Freio labial e bridas laterais - corte da prótese respeitando essas estruturas anatômicas porque se não vai desestabilizar a prótese e lesão das estruturas moles. Mandíbula Linha oblíqua. Forame mentoniano - em casos de extrema reabsorção o forame pode ficar exposto. Ângulo da mandíbula e corpo da mandíbula. Linha milo-hióidea, demora mais pra ser reabsorvida pois o osso é mais compacto, é até onde devemos estender o limite lingual da prótese. Língula da mandíbula, forame da mandíbula. Em casos extremamente reabsorvidos nota-se que a linha oblíqua e milo-hióidea quase que ficam no rebordo, na mesma altura porque a reabsorção foi severa causando também exposição do forame mentoniano. Quando há a reabsorção na mandíbula (alargamento - dentes lingualizados) ela perde bastante em altura vertical, e a maxila reabsorve e fica menor que a mandíbula (estreitamento - dentes vestibularizados). Freio lingual, freios laterais - necessidade de alívio na prótese se não causa perda de estabilidade e lesão nas estruturas. Outra região que necessita de alívio é a região do músculo genioglosso porque quando este funciona e não foi feita a adaptação/alívio no acrílico a prótese vai levantar. Mesma coisa na região do fórnix gengivo lingual essa altura tende a ser maior na região anterior e medida que o músculo milo hióideo se distaliza essa altura fica menor o que significa que eu não vou poder descer a prótese além dessa estrutura, por isso é mais difícil conseguir retenção numa prótese inferior que superior - região de suporte ósseo é menor em altura vertical e horizontal de rebordo e porque em baixo tem muita estrutura de tecido mole que precisa ser considerada e obedecida quando se delimita o limite da prótese. Limite posterior da prótese: deve ir até a papila piriforme por lingual chegar até a linha milo idea e por vestibular até linha oblíqua externa, considerando todas as estruturas moles que existe nesse local. Exame Intra-oral ● Tecido mucoso ● Assoalho lingual e língua ● Palatos duro e mole ● Lábios e bochechas (face interna) ● Forame mentual ● Forma de rebordos: triangular, quadrado e ovóide - perdi a referência de forma dos dentes anteriores e isso vai me ajudar a escolher um dente de estoque de forma adequada que fique harmoniosa com todo o conjunto. ● “Desenho” da reabsorção: estrangulado, reabsorvido, alto, lâmina de faca ● “Textura” da fibromucosa: resiliente (melhor), flácida (+ encontrada - instabilidade do aparelho), rígida ● Analisar a necessidade de cirurgia pré-protética - retenções ósseas: ○ Maxila: região de túber (vertical e/ou horizontal) ○ Mandíbula: região lingual (crista miloídea), abaixo da papila retromolar. ○ Tórus Rebordos (vestíbulo-lingual) ● Normal: mais favorável e pouco encontrado em edentado total. ● Alto: menos favorável, ganha estabilidade mas não tem retenção. ● Reabsorvido: ruim, é o mais encontrado, base do triângulo muito grande com laterais muito achatadas, não tenho retenção nem estabilidade. ● Estrangulado e lâmina de faca: muito ruins. Na lâmina de faca as paredes V e L se encontram num vértice de um triângulo, uma prótese em cima disso o paciente vai sentir muita dor quando a prótese for pressionada por carga mastigatória. A região que vai efetivamente recebe carga é a crista, onde vamos montar os dentes. Crista + Fibromucosa = Rebordo Residual Divisão da crista: zona secundária de suporte - zona principal de suporte - zona secundária de suporte. Qualidade (suporte) = altura + largura da zona principal de suporte. Zona secundária de suporte: estabilidade do aparelho. Exame extra-oral ● Cor da pele do paciente ● Sulcos (lábios, bochechas) - fala muito da perda de dimensão vertical ● Lábios (posição) ● DVO e DVR ● Tamanho da boca - moldagem ● Espessura da bochecha - interferir na espessura vestibular da prótese ● Tamanho da língua ● Músculos - que vão interferir na estabilidade da prótese (músculos da mímica facial) ● Fazer panorâmica - dentes retidos, etc. Já no exame clínico inicial de um paciente candidato à prótese total é necessário observar o fator psicológico dele porque isso influencia na adaptação que ele vai precisar ter com o aparelho novo, pois, dificuldades na adaptação das próteses resultam em problemas comportamentais. Pacientes satisfeitos com aprótese, mas a família não: ele volta e pede para modificá-la. Pacientes que, ao final do tratamento, não ficam satisfeitos: relatam não terem “entendido” o que o profissional disse sobre seu tratamento. Para evitar esses problemas o dentista deve analisar qual a real importância da estética para o seu paciente. Perfis psicológicos ● Tranquilo: entendeu a perda de seus dentes e colabora com o tratamento. ● Ansioso: qualquer que seja ao tratamento reage com ansiedade e inquietação. ● Agressivo: instável emocionalmente (deve ser encaminhado a tratamento específico antes do odontológico) ● Desconfiado: pede muitas explicações sobre o tratamento. O dentista deve assumir uma postura “firme” ● Indiferente: prognóstico ruim; não acredita no profissional. Geralmente “aceita” o tratamento por imposição familiar. Passos para confecção da prótese total Exame clínico + radiográfico ➜ Moldagem anatômica ➜ Modelo anatômico ➜ Moldeira individual ➜ Ajuste da moldeira individual Moldagem funcional ➜ Testes de retenção e estabilidade ➜ Modelo de trabalho➜ Base de prova e plano de orientação ➜ Individualização dos planos Montagem em ASA ➜ Escolha dos dentes➜ Prova em cera➜ Acrilização➜ Instalação e controles
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