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Laboratório de Físico-Química 1, Danilo Ricardo Almeida Gonzaga, Cinética Química. 1 Cinética Química Ex p er im en to 4 Danilo Ricardo Almeida Gonzaga Departamento de Engenharia Química, Curso de Química Industrial, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil Professor: Luciano Costa Almeida Data da prática: 24/09/2020; Data de entrega do relatório: 05/10/2020 Resumo Este relatório descreve o experimento de cinética química, cujo objetivo foi a determinação da ordem da reação e a constante de velocidade. Parâmetros definidos em relação a decomposição do peróxido de hidrogênio em presença de iodeto de potássio de concentração em excesso. Palavras chaves: Cinética; constante de velocidade; peróxido de hidrogênio. Sumário Introdução 1 Metodologia 1-2 Resultados e Discussão 2-3 Conclusão 3 Referências 3 Introdução A velocidade das reações químicas é uma área estudada pela Cinética Química. Esse estudo é importante porque é possível encontrar meios de controlar o tempo de desenvolvimento das reações, tornando-as mais lentas ou mais rápidas, conforme a necessidade [1]. Ao estudar a termodinâmica, consideramos apenas os estados inicial e final de um processo químico e ignoramos o que acontece entre eles. Porém, na cinética química, estamos interessados nos estágios intermediários do processo, os detalhes das mudanças que átomos e moléculas sofrem durante as reações. Notoriamente observa-se que alguns fenômenos de transformação da matéria ocorrem de forma mais rápidas que outros. Isto está relacionado com inúmeras razões, entre elas: a superfície de contato, a temperatura, a quantidade das espécies envolvidas e a presença de inibidores ou catalisadores. Todas as reações químicas apresentam uma ordem e uma constante de reação associadas, esta última, varia proporcionalmente apenas com a temperatura. Ambas as grandezas podem ser determinadas experimentalmente por várias formas. Neste relatório, é apresentada uma delas a qual estuda a taxa de decomposição do peróxido de hidrogênio junto ao Iodeto de potássio em excesso, utilizando ácido sulfúrico como catalisador, e amido como indicador. A fim de determinar a ordem e a constante de reação. Metodologia 1. Colocar numa bureta tiossulfato de sódio 0,1M, e preparar cerca de 10 a 20 tubos de ensaio 10mL de tiossulfato de sódio com o auxílio da bureta; Laboratório de Físico-Química 1, Danilo Ricardo Almeida Gonzaga, Cinética Química. 2 2. Tomar um béquer de 250mL e adicionar pela ordem: 150mL de água destilada, 20mL de KI 1M, 10mL de H2SO4 1M, 10mL de Na2S2O3 0,1M e 5mL da solução de amido 0,5%. 3. Agitar lentamente com um bastão de vidro e medir a temperatura da solução; 4. Adicionar H2O2 padronizada à solução, disparando o cronômetro; 5. Anotando o tempo em que a solução se torna azul. Adicionar imediatamente mais 5mL de tiossulfato de sódio contido no tubo de ensaio; 6. Anotar o tempo em que a solução se torna novamente azul escuro; 7. Adicionar novamente 5mL de tiossulfato de sódio e repetir a operação por 30 vezes. Resultados e Discussão Considerando-se a equação das reações representativas do processo: I. H2O2 + 2 KI + Amido + H2SO4 K2SO4 + I2 + 2H2O II. I2 + 2Na2S2O3 2NaI + Na2S4O6 (complexo azul) (incolor) Com o ácido sulfúrico agindo como catalisador e o amido como indicador, admitiu-se que neste experimento houve o acompanhamento da velocidade da reação em termos da decomposição do peróxido de hidrogênio (etapa lenta), uma vez que o KI apresentava-se em excesso, e deste modo o H2O2, reagente limitante, ficou responsável pela condução da reação. Assim, um dos métodos para se determinar a ordem da reação foi descrito segundo o modelo a seguir: − 𝑑[𝐻2𝑂2] 𝑑𝑡 = 𝐾 𝑥 𝐻2𝑂2 𝑛 Eq. 1 Para o cálculo da concentração de H2O2, utilizou-se a seguinte expressão: [𝐻2𝑂2] = [𝑛𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙−([𝑁𝑎2𝑆2𝑂3] 𝑥 𝑉𝑁𝑎2𝑆2𝑂3 𝑖 2 )] 𝑉𝑁𝑎2𝑆2𝑂3𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 Eq. 2 E o número de mols inicial de H2O2, foi calculado pela equação que segue: 𝑛 𝐻2𝑂2𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙= 𝑑𝑥𝑇𝑥𝑉 𝑀𝑀 Eq. 3 Onde: d – densidade = 1476 g.L-1 T – título em volume = 3,40 % V – volume adicionado = 0,02 L MM – Massa molar = 34,0147 g.mol-1 Aplicando esses dados na Eq. 3, tem-se: 𝑛𝐻2𝑂2𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 1476 𝑥 0,034 𝑥 0,02 34,0147 𝑛𝐻2𝑂2𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 0,0295 𝑚𝑜𝑙 Organizando os dados obtidos no experimento e os calculados, preencheu-se a tabela abaixo da seguinte forma: Tabela 1. Dados experimentais e calculados. i t (s) V (mL) [H2O2] Ln [H2O2] 1/[H2O2] 0 0 10 2,950 1,082 0,339 1 22,8 15 1,933 0,659 0,517 2 35,29 20 1,425 0,354 0,702 3 48,42 25 1,120 0,113 0,893 4 49,64 30 0,917 -0,087 1,091 5 51,58 35 0,771 -0,260 1,296 6 63,84 40 0,663 -0,412 1,509 7 79,42 45 0,578 -0,549 1,731 8 96,96 50 0,510 -0,673 1,961 9 116,08 55 0,455 -0,788 2,200 10 137,04 60 0,408 -0,896 2,449 11 158,81 65 0,369 -0,996 2,708 12 182,44 70 0,336 -1,091 2,979 13 209,01 75 0,307 -1,182 3,261 14 236,34 80 0,281 -1,269 3,556 15 267,41 85 0,259 -1,352 3,864 16 301,34 90 0,239 -1,432 4,186 17 337,94 95 0,221 -1,509 4,524 18 378,7 100 0,205 -1,585 4,878 19 423,68 105 0,190 -1,658 5,250 20 476,71 110 0,177 -1,730 5,641 21 534,77 115 0,165 -1,800 6,053 22 600,21 120 0,154 -1,870 6,486 23 672,52 125 0,144 -1,938 6,944 24 751,86 130 0,135 -2,005 7,429 25 844,23 135 0,126 -2,072 7,941 26 969,64 140 0,118 -2,138 8,485 27 1109,49 145 0,110 -2,204 9,063 28 1290,13 150 0,103 -2,270 9,677 29 1522,81 155 0,097 -2,335 10,333 30 1551,18 160 0,091 -2,401 11,034 Laboratório de Físico-Química 1, Danilo Ricardo Almeida Gonzaga, Cinética Química. 3 Para melhor visualização dos resultados, os dados do Ln [H2O2] e do tempo foram dispostos num gráfico: Figura 1. Gráfico referente a variação do Ln da concentração do peróxido de hidrogênio, em mol/L em função do tempo, em segundos, incluindo a equação da reta e o seu coeficiente de correlação. Ainda a partir dos dados da tabela 1, plotou- se um segundo gráfico, como pode ser visualizado a seguir: Figura 2. Gráfico referente a variação do inverso da concentração do peróxido de hidrogênio, em L/mol em função do tempo, em segundos, incluindo a equação da reta e o seu coeficiente de correlação. Comparando os coeficientes de correlação das retas dos dois gráficos (R2), observa-se que o gráfico da figura 2 apresenta maior valor de coeficiente e, portanto, maior confiabilidade. Sendo este representativo de uma reação de segunda ordem, uma vez que integrando a expressão da lei da velocidade dada pela equação 1, em relação à concentração e ao tempo, obtêm-se uma relação do inverso da referida concentração em função do tempo, apresentando-se como descrito a seguir: 1 [𝐻2𝑂2]𝑓 − 1 [𝐻2𝑂2]𝑖 = 𝐾 𝑥 𝑇 Eq. 4 Assim, a reação é então definida como de segunda ordem, com n = 2. Relacionando a equação da reta referente ao gráfico da figura 2 com a equação 4 acima, pontua-se que a constante da reação é definida pelo coeficiente angular da equação, logo: K= 0,0068 L.mol-1.s-1 Conclusão Com base nos resultados obtidos nota- se que é possível determinar a ordem “n” de uma reação para o reagente limitante utilizando o método das concentrações em excesso. Para o ensaio realizado nesta pratica foi determinada a reação como sendo de segunda ordem, com a constante K igual a 0,0068 L.mol-1.s-1 conforme os dados experimentais. Referências [1] Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/ve locidade-das-reacoes- quimicas.htm#:~:text=*%20Concentra%C3%A7 %C3%A3o%3A%20um%20aumento%20na%20c oncentra%C3%A7%C3%A3o,interfere%20unica mente%20em%20sistemas%20gasosos. Acessado em 27/09/2020. [2] Atkins, Peter W.; Jones, Loretta. Princípiosde Química: questionando a vida moderna o meio ambiente ; tradução técnica: Ricardo Bicca de Alencastro. – 5 ed. – Porto Alegre : Bookman, 2012. https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/velocidade-das-reacoes-quimicas.htm#:~:text=*%20Concentra%C3%A7%C3%A3o%3A%20um%20aumento%20na%20concentra%C3%A7%C3%A3o,interfere%20unicamente%20em%20sistemas%20gasosos. https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/velocidade-das-reacoes-quimicas.htm#:~:text=*%20Concentra%C3%A7%C3%A3o%3A%20um%20aumento%20na%20concentra%C3%A7%C3%A3o,interfere%20unicamente%20em%20sistemas%20gasosos. https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/velocidade-das-reacoes-quimicas.htm#:~:text=*%20Concentra%C3%A7%C3%A3o%3A%20um%20aumento%20na%20concentra%C3%A7%C3%A3o,interfere%20unicamente%20em%20sistemas%20gasosos. https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/velocidade-das-reacoes-quimicas.htm#:~:text=*%20Concentra%C3%A7%C3%A3o%3A%20um%20aumento%20na%20concentra%C3%A7%C3%A3o,interfere%20unicamente%20em%20sistemas%20gasosos. https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/velocidade-das-reacoes-quimicas.htm#:~:text=*%20Concentra%C3%A7%C3%A3o%3A%20um%20aumento%20na%20concentra%C3%A7%C3%A3o,interfere%20unicamente%20em%20sistemas%20gasosos. https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/velocidade-das-reacoes-quimicas.htm#:~:text=*%20Concentra%C3%A7%C3%A3o%3A%20um%20aumento%20na%20concentra%C3%A7%C3%A3o,interfere%20unicamente%20em%20sistemas%20gasosos.
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