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Como diagnosticar clinicamente a Síndrome de Guillain-Barré

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João Marcos B. Trévia
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Como diagnosticar clinicamente a Síndrome de Guillain-Barré? Qual a propedêutica (exames) mais adequada?
O que encontramos na Punção Lombar destes pacientes?
É uma polineuropatia inflamatória que é caracterizada por um início agudo, progressão rápida, fraqueza muscular simétrica, deambulação instável e hiporreflexia ou arreflexia. A fraqueza é, geralmente, predominantemente distal, pelo menos no momento do início, e muitos pacientes sentem dor neuropática. Geralmente se apresenta como paralisia ascendente, com fraqueza nas pernas se espalhando para os membros superiores e a face e a perda completa dos reflexos tendinosos profundos; contudo, há uma série de variantes reconhecidamente distintas.
A erradicação generalizada da poliomielite fez com que o Síndrome de Guillain-Barré se tornasse a causa mais frequente de paralisia flácida aguda e subaguda, com uma incidência anual relatada de 0,5 - 2 casos por 100.000 pessoas. A taxa de incidência anual aumenta com a idade, e essa condição é rara em crianças com até 2 anos de idade. Os homens têm cerca de 1,5 vezes mais probabilidade de desenvolverem do que as mulheres.
A causa exata dessa condição ainda é desconhecida, mas 50-70% dos casos aparecem 1 - 2 semanas após uma infecção respiratória ou gastrointestinal, ou outra infecção que induz um direcionamento de resposta autoimune aberrante nos nervos periféricos e em suas raízes espinhais.
Nos critérios diagnósticos, encontramos, dentro de características clínicas e punção lombar, os principais indicativos dessa síndrome, como fraqueza progressiva ao longo de um período de até 6 semanas nas pernas e braços (principalmente iniciando em membros inferiores), hiporreflexia ou arreflexia, simetria relativa, sinais ou sintomas sensoriais leves, dor, disfunção autonômica, e complicações cardiorrespiratórias. No tocante à pulsão lombar, é encontrada no líquido cefalorraquidiano dissociação citoalbuminológica, ou seja, contagem de células normais com aumento dos níveis de proteína.
Referências bibliográficas
1. BERTOLUCCI, P. H. F. Neurologia: diagnóstico e tratamento. 2ª Ed. Barueri, SP: Manole, 2016;
2. Esposito, S., & Longo, M. R. Guillain–Barré syndrome. Autoimmunity Reviews, 16(1), 96–101, 2017.

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