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Módulo 1 Introdução a Farmacologia, Farmacodinâmica e Receptores Receptores acoplados à proteína G e receptores do tipo canais iônicos ativados por ligantes 1) Cite exemplos de GPCRs e seus ligantes endógenos. Dopamina e receptor de dopamina, acetilcolina e receptor muscarínico, histamina e receptor de histamina. 2) Descreve a estrutura básica dos GPCRs. Que características devem ter os aminoácidos que formam as alfa-hélices? Os receptores acoplados à proteína G possuem estrutura de 7 hélices transmembrânicas que atravessam 7 vezes a membrana. O N-terminal situa-se na porção extracelular, responsável pelo reconhecimento do ligante que irá induzir a mudança conformacional, e o C-terminal encontra-se no citosol. Os GPCRs ligam-se a uma família de proteínas reguladoras heterotriméricas da ligação ao GTP conhecidas como proteínas G. Cada uma das 7 regiões consiste em uma única hélice e essas hélices estão dispostas em um único modelo estruturalα característico, que se assemelha em todos os membros dessa classe de receptores. O domínio extracelular dessa classe de proteínas contém a região de ligação do ligante. 3) Cite o modo como os GPCRs são ativados. O ligante passa pelo receptor e alcança o citoplasma? Se não, como o sinal é transmitido? Diversidade dos tipos de ligação com os GPCR: o ligante pode só encostar na porção extracelular do receptor ou o ligante se liga na porção mais interior do receptor ou existe a classe 3 GPCRs (é a forma mais externa de ligação do ligante ao receptor, a porção N-terminal é maior) ou existem outros ligantes com mecanismo específico de ligação (nesse caso, o ligante é sintetizado junto com o receptor como se fosse uma única molécula, mas ele está preso de uma forma que não consegue se ligar ao receptor. A ativação do receptor por esse ligante é por meio da ação de uma protease para liberar o ligante e ele conseguir se ligar e ativar o receptor). Não, o ligante nunca entra no receptor, ele jamais passa pela membrana e alcança o citoplasma. O ligante vai chegar no receptor inativo, se liga no receptor, que se torna ativado induzindo sua mudança conformacional que irá permitir que a proteína G migre e encoste no receptor. A proteína G é transdutora de sinais, que transmitem a informação de que o agonista está ligado ao receptor de uma ou mais proteínas efetoras. 4) O que é proteína G? Fale sobre as suas subunidades e como elas contribuem para a transmissão de sinal advinda dos GPCRs. A proteína G é transdutora de sinais, que transmitem a informação de que o agonista está ligado ao receptor de uma ou mais proteínas efetoras. A proteína G possui uma porção com muitos lipídios que permite seu acoplamento a porção interna da membrana celular de forma que a proteína G está muito próxima ao receptor acoplado à proteína G. A proteína G é trimérica com subunidades ,α, βγ que podem interagir com diferentes receptores, mediando a ativação de diferentes vias de transdução de sinal. O heterotrímero da proteína G é formado de uma subunidade para ligação do nucleotídeo guanina, que possibilita o reconhecimentoα específico dos receptores e dos efetores; um dímero associado a subunidades βγ que ajuda a realizar a localização na membrana do heterotrímero de proteína G por fenilação da subunidade . Durante a transdução de sinal, as subunidadesγ permanecem juntas. As proteínas efetoras são geralmente ativadas pela subunidade acoplada a GTP, podem também ocasionalmente ser ativadas peloα complexo. 5) Quais são as vias de transdução de sinal que podem ser afetadas pelos GPCRs? glicogênio sintase (respiração), fosforilase b quinase, piruvato quinase (glicólise), histona H1(condensação do DNA), CREB (desfosforilação e transcrição de proteína, PKA (se autofosforila e regula expressão gênica). Outra via de transdução de sinal é a PLC (fosfolipase C). 6) O que são segundos mensageiros? Cite 2 exemplos. O 2º mensageiro é aquela molécula formada dentro da célula que vai transmitir o sinal. No caso anterior, o AMPc que não existia na célula, agora vai existir em grandes quantidades, então ele é o 2º mensageiro 7) O aumento do cAMP ocasiona a ativação de qual via de sinalização? Cite a principal enzima envolvida nessa sinalização. Alguns receptores acoplados à proteína Gs se ligam e ativam a Adenilato ciclase, que produz AMPc, e o aumento de AMPc estimula a PKA. A PKA tem 4 subunidades (2 subunidades regulatórias e 2 catalíticas). O AMPc se liga nas subunidades regulatórias e libera as subunidades catalíticas (que agora, essas subunidades podem fosforilar alguns alvos). Um dos alvos da subunidade catalítica é o fator de transcrição CREB. O PKA é capaz de entrar no núcleo, um ATP é fosforilado em ADP, um dos fosfatos ficou preso à CREB, que fosforilada consegue atuar como fator de transcrição, então vai transcrever genes alvo 8) Um determinado agonista é adicionado a um sistema. Em resposta a essa adição, percebe-se um aumento de Ca+2. Qual a subunidade alfa da proteína G deve estar envolvida nessa sinalização? subunidade G s e Subunidade G qα α 9) O que é a calmodulina e como ela age? Ela tem função enzimática? Se sim, descreva. Além do cálcio conseguir ativar a PKC, o cálcio também pode se ligar com a calmodulina (pequena proteína) formando complexo cálcio-calmodulina, que é capaz de ativar outras proteínas, por exemplo, a miosina quinase (ela fosforila a miosina, permitindo a contração muscular) 10) “A quinase BARK auxilia na ativação de GPCRs”. V ou F? Justifique. Falso. Quando existe a ligação do ligante ao receptor, ao mesmo tempo estimula também a atividade de uma quinase de GPCR (também conhecida como BARK) que vai fosforilar o próprio receptor nas alças intracelulares (local de ligação da proteína G). Com a fosforilação, a proteína G não conseguirá se ligar e não há ativação de GPCR. 11) Julgue as afirmativas a seguir, justificando as falsas. a) Tanto a adenilato ciclase como a fosfolipase C (PLC) podem ser ativadas e inibidas por mais de um tipo de subunidade alfa da proteína G. Falso. A adenilato ciclase só pode ser ativada pela subunidade G . Já aα𝑠 fosfolipase C só é ativada com a subunidade G .α𝑞 b) Se uma droga tem ação agonista em receptores H1 e H2, que funcionam via Gαq e Gαs, respectivamente, a administração dessa droga irá causar, nas células com H1, um aumento de cálcio intracelular e nas com H2, um aumento de cAMP. Correto c) As subunidades beta e gama da proteína G podem, em alguns casos, se dissociar da subunidade alfa e ativar outros receptores de membrana. Correto 12) Cite pelo menos 2 exemplos de receptores ionotrópicos. O que eles têm em comum? No que diferem? Em quais tecidos eles se encontram? O receptor nicotínico tem sempre 5 subunidades. Em alguns casos, essas subunidades são diferentes, mas independente do receptor nicotínico (esse receptor pode ser encontrado no SNC, SNA, junção neuromuscular) tem que ter 2 subunidades , pois a acetilcolina é o receptor e vai se ligar na subunidade e naα que estiver do lado, causando mudança conformacional e permitindo a passagem de íons, principalmente sódio e isso vai desencadear despolarização da membrana. O receptor Gaba-a um neurotransmissor encontrado principalmente no SNC, onde causa sonolência em grandes quantidades, dificuldade de fala. Possui 5 subunidades. A ativação do ligante (ligante não é capaz de atravessar o canal, somente os íons fazem isso) causa mudança conformacional e permite a passagem do cloreto, causando hiperpolarização da membrana. Esse tipo de receptor é estimulado pelo GABA, mas também possui outros ligantes/agonistas como os medicamentos benzodiazepínicos (hipnóticos e sedativos), barbitúricos, álcool 13) Sobre os receptores ionotrópicos, julgue os itens abaixo: a) Os receptores ionotrópicos são capazes de gerar uma resposta mais rápida que os metabotrópicos. Correto b) A estrutura básica dos receptores ionotrópicos é a formação em poro, constituído por 5 subunidades transmembrânicas. Correto c) Os receptores nicotínicos, que respondem a acetilcolina (Ach), e localizam-se nosgânglios, entre outros tecidos, são exemplos de receptores ionotrópicos. Correto d) Os receptores nicotínicos localizados na junção neuromuscular do músculo esquelético são os alvos farmacológicos de bloqueadores musculares, utilizados durante procedimentos cirúrgicos, para indução de paralisia muscular temporária.
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