Buscar

A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DAS APRENDIZAGENS ESCOLARES NO RETORNO ÀS AULAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DAS APRENDIZAGENS ESCOLARES NO RETORNO ÀS AULAS
Partindo do comprometimento com a promoção do direito à aprendizagem, a avaliação diagnóstica se apresenta como uma estratégia importante, por se tratar de instrumento que permite localizar o grau de aprendizagem dos estudantes em relação às expectativas preestabelecidas, e que, portanto, pode contribuir para dirimir essa lacuna de tempo sem contato com o ambiente escolar, subsidiando a revisão curricular necessária e estratégias de recuperação da aprendizagem.
Em síntese, a avaliação diagnóstica no retorno às aulas implicará algumas etapas:
		
	O exercício da avaliação diagnóstica possui especificidades para cada faixa etária. A seguir, buscaremos detalhar aspectos que envolvem o planejamento, a elaboração e a implementação de avaliação diagnóstica, considerando as etapas do ensino fundamental e médio.
	Desde que a prática pedagógica passou a ser foco da pesquisa científica, a aprendizagem significativa tem sido assumida, mesmo que por diferentes perspectivas e pressupostos, por teóricos de peso no campo educacional. A aprendizagem significativa, proposta inicialmente por David Ausubel (1918-2008), nos colocou diante da percepção de que ideias expressas simbolicamente interagem de maneira substantiva e não arbitrária com aquilo que o aprendiz já sabe (MOREIRA, 2012, p. 2). Essa percepção colocou em evidência a necessidade de interação entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos na experiência educativa. É certo que inúmeros aportes se juntaram à aprendizagem significativa entre eles o conceito de zona de desenvolvimento proximal, reafirmando, entre outros aspectos, a importância das experiências prévias e os processos interativos para a ampliação de conhecimentos. Sem a possibilidade de aprofundar esses conceitos, entende-se que estão implicados diretamente na avaliação diagnóstica, conferindo a ela o papel potencializador do processo de aprendizagem.
	Esse papel potente ganhou força no retorno às aulas presenciais em contexto de pandemia, visto que o afastamento do ambiente escolar no período do isolamento, mesmo nas situações mais favoráveis de implementação do ensino remoto, incidirá em perdas nos processos de aprendizagem escolar.
QUATRO DICAS PARA UM BOM INSTRUMENTO DIAGNÓSTICO
I. Estabelecimento das habilidades que queremos mapear, ou seja, que são reconhecidamente pontos de partida para o trabalho pedagógico de um ano de escolaridade, um ciclo ou uma etapa.
O ano letivo sofreu impactos que não temos como mensurar ainda. Para mitigar esses efeitos, o trabalho no retorno às aulas presenciais vai requerer que tenhamos um olhar focado quanto às habilidades que queremos desenvolver e clareza quanto aos conhecimentos prévios dos estudantes em relação a elas. Sendo assim, devemos organizar cuidadosamente o mapa de aprendizagem e com base nele selecionar o conjunto de habilidades consideradas essenciais para organizar o instrumento que permitirá o diagnóstico. A identificação das habilidades exige um criterioso trabalho de seleção de habilidades estruturantes e essenciais. O importante é preocupar-se em justificar as escolhas pautando-as em critérios de relevância. Em situações como essas, é comum usar como critérios:
• ser de grande uso social;
• estar implicado no desenvolvimento de modos de pensar organizar o conhecimento;
• estar relacionado às temáticas essenciais para a atuação cidadã (dez competências da BNCC ou Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [ODS]);
• ter caráter interdisciplinar; 
• ser considerado fundamental ao prosseguimento dos estudos.
	Atenção, não se trata de eliminar as habilidades que não atendam aos critérios, mas de entender que serão desenvolvidas em períodos e momentos seguintes. O instrumento para o diagnóstico será elaborado a partir de situações em que os estudantes manifestam as habilidades destacadas para o trabalho.
II. Estabelecimento do nível de complexidade com que cada habilidade será
requerida no instrumento de avaliação 
	Não basta identificar as habilidades foco para o trabalho. O domínio de competências e habilidades pode ocorrer em diferentes níveis, que dependem
de múltiplos fatores. O domínio de uma dada habilidade depende: do eixo do conhecimento, que são os objetos de conhecimentos envolvidos, do eixo cognitivo operação mental envolvida (reconhecer, analisar ou avaliar) e dos diferentes contextos em que habilidade será exigida (situação do contexto cotidiano ou científico). (Cf. BRASIL, 2019, p. 64)
III. O instrumento construído deve ter validade e boa cobertura das habilidades. 
	O instrumento de diagnóstico precisa contemplar as habilidades nos diferentes níveis de complexidade e cada situação proposta aos estudantes deve passar pela revisão de pares. Isso evita que ocorram equívocos e ambiguidades nas situações propostas. Esse olhar deve principalmente assegurar que a situação proposta envolve o domínio da habilidade em foco. Também é importante recorrer a tipos de questões conforme o tipo de habilidade que queremos diagnosticar. 
IV. Constituir uma descrição categorizada das informações advindas dos instrumentos
	Constituir roteiros com informações claras sobre os estudantes é um desafio para os educadores. Uma ferramenta que facilita muito esse trabalho são as rubricas. As rubricas podem ser usadas para descrever as expectativas de aprendizagem, organizando a informação de maneira direta e clara para subsidiar o acompanhamento do professor. Adicionalmente elas fornecem feedback para o educando.

Continue navegando