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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PÓS GRADUAÇÃO|MBA EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANEAMENTO BÁSICO Resenha Crítica de Caso VICTOR LEITE DE MARTINO Trabalho da disciplina: Sistemas de Tratamentos de Efluentes Tutor: Prof. LUCIANA BARREIROS DE LIMA NITERÓI – RJ 2021 Oasys Water: equilibrando parcerias estratégicas e decisões de financiamento. Rev. 03 de novembro de 2014 . NANDA, Ramanda.; SAHLMAN, William A.; MISRA, Sid. 9-815076– Havard Business School . O estudo de caso relata o desafio da empresa Oasys Water em entrar no mercado internacional de tratamento de água residual, num contexto de aumento de demanda de água de qualidade em diversos setores no mundo, sobretudo o de óleo e gás (O&G). Tudo começou em 2008, quando Rob McGinnis, aluno com PhD em Engenharia Química pela Universidade Yale, nos Estados Unidos e Aaron Mandell, um empreendedor de tecnologias limpas, fundaram a Oasys. Rob inovou, criando um sistema de tratamento da água por osmose direta, usando membranas para filtragem de água com bastantes elementos contaminantes e outros líquidos, onde mais tarde passou a se chamar Membrane Brine Concentrator (MBC) que, originalmente foi criada para dessalinizar a água do mar. Seu diferencial se caracterizava pelo consumo menor de energia no tratamento da água – em comparação ao sistema de osmose reversa, uma vez que usava o princípio de gradiente de potencial químico em todas as membranas para retirar da água os sólidos totais dissolvidos. Contudo, 2008 era um ambiente de crise financeira, onde as empresas não estavam querendo investir em negócios de risco. Apesar disso, a Oasys conseguiu um capital de risco, por intermédio de Matherson, em uma rodada de investimentos Série A. O mercado da água– recurso este insubstituível - que movimentava 500 bilhões de dólares e cresce mais que 10% , com tecnologias antigas e sem muita inovação, seria o cenário de investimento promissor. Mathersn, então, trabalhou duro em busca de parcerias para o desenvolvimento da tecnologia da empresa, onde mais tarde, em 2012, se tornaria o CEO. Ao longo dos anos, mais precisamente entre 2009 e 2011, a empresa se deparou com uma grande barreira: o mercado de tratamento de água dos municípios se tornava inviável, bem como competir com a tecnologia de osmose reversa, já bastante disseminada neste mercado e com resulta dos satisfatórios. A empresa começou, no início de 2012, experimentos no setor de óleo e gás (O&G), bastante promissor, principalmente na China, que usava de 4 a 10 vezes mais água que países desenvolvidos por unidade de produção. A tecnologia usada pela Oasys, de osmose direta, se mostrava extremamente eficiente no tratamento de água residual com elevado índice de sólidos totais dissolvidos, característica das águas residuais do setor de O&G, ao contrário do tratamento com osmose reversa. A demanda de água no setor de O&G era para o processo de fraqueamento, na qual milhões de galões de água eram injetados em formações rochosas com alta pressão para criar rachaduras, de forma a liberar gás. Neste sentido, a tecnologia usada p ela Oasys, podia contribuir de 2 formas: primeiro tratava a água do refluxo para ser reutilizada (uma vez que precisava ser tratada para ser novamente usada no processo de fraqueamento) e, segundo, tratava a água para descarte no meio ambiente, atendendo as legislações ambientais vigentes do local. Em março de 2012 , assinou um contrato com a Select Energy Service (SES) que rendeu 1 milhão de dólares. Embora não tenha sido um negócio de alto investimento, abriu as portas no mercado, onde já estava conversando com gigantes do setor como Halliburton, National Oil well Varco (NOV) e Schlumberger. Junto com esta abertura de contatos, Matherson, então CEO da Oasys, estava preocupado no tipo de investimento e/ou contrato que a Oasys poderia fazer, de forma a não atrapalhar a empresa de firmar parcerias com outras empresas do setor. Em julho de 2012, pouco depois do Matherson se tornar CEO da Oasys, a empresa Woteer, EPC chinesa especializada em sistemas de água residual e água industrial, sobre liderança do Dr. Junyuan Gu demonstrou interesse em ter acesso à tecnologia da Oasys. No entanto, o negócio apresentava alguns riscos: primeiro, a Oasys havia focado no tratamento de um pequeno subconjunto de água industrial, o que poderia se tornar incompatível entre as necessidades do mercado chinês, segundo a possível perda da Propriedade Intelectual (PI), sobretudo que na China, o sistema jurídico para processar conflitos oriundos de PI era muito ineficaz. As projeções gráficas mostravam que ao longo dos anos até 2018, teriam altos lucros brutos, onde, mesmo apresentando altos investimentos, como a demanda pelo serviço de tratamento da água é grande, a busca por novas tecnologias mais baratas e mais eficientes, sobretudo para pequenas empresas utilizarem é o intuito do mercado atual.
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