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Coleta de LCR

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Mariana Freitas – 3º semestre 
LPI 
 
 
1 
Introdução 
O Líquido Cefalorraquidiano tem 3 funções principais: 
Distribuição de nutrientes, retirada de resíduos 
metabólicos e proteção contra choque mecânico. Em 
adultos tem-se uma base de volume de líquor entre 
140-170ml, sendo que na coleta dessa substância, 
não se deve coletar mais de 10% do volume total. 
 
 
O líquor permeia o espaço subaracnóideo, ou seja, ele 
fica no espaço abaixo da meninge aracnoide. 
Produção de líquor 
A maior parte dessa produção é feita pelos plexos 
coroides, especialmente no III e IV ventrículo, sendo 
que essa produção é de, em média, 20ml/h. 
A produção ocorre em duas etapas: 
 Filtração passiva de sangue capilar do 
endotélio coroidal, que é proporcional ao 
gradiente de pressão hidrostática entre o 
sangue e o fluido intersticial 
 Secreção ativa do epitélio estratificado 
coroidal, envolvendo bombas, 
cotransportadores e antiportadores, canais 
iônicos, aquaporina, sendo passível de 
modulação neuroendócrina e hormonal 
Após sua produção, ele é reabsorvido na caixa 
craniana pelas granulações aracnoides. 
 
 
 
Mariana Freitas – 3º semestre 
LPI 
 
 
2 
Importância medicamentosa na coleta do LCR 
 Administração de anestesia 
o Raquidiana 
o Epidural 
 Infusão de medicamentos 
o Quimioterápicos 
o Antibióticos 
Importância do exame 
 Diagnóstico de doenças infecciosas 
o Meningite 
o Encefalite 
o Mielites 
 Diagnóstico de doenças inflamatórias 
o Esclerose múltipla 
o Guillian-Barré 
 Diagnóstico de doenças oncológicas 
o Leucemias 
 Diagnóstico de doenças metabólicas 
Contraindicações do exame 
 Insuficiência cardíaca congestiva grave 
o Agravamento por causa da posição 
de realização do exame (decúbito 
lateral) 
 Sinais de herniação cerebral 
 Pressão intracraniana (PIC) aumentada 
associada a sinais neurológicos focais 
 Problemas de coagulação ou utilização de 
anticoagulantes 
 Cirurgias prévias para colocação de 
próteses/pinos na região lombar 
Fase pré-analítica 
 Cadastro do paciente (nome, idade, tipo de 
amostra, data e hora da coleta, dados clínicos, 
TCLE) 
 Cadastro dos exames (exames bioquímicos, 
sorologia, microbiologia, citologia) 
Tipos de punção do LCR 
 Punção lombar 
o L3/L4 
o L4/L5 
o Não existe risco de lesão vascular 
o Maior acurácia na identificação de 
patologias em regiões inferiores à 
cisterna magna 
o Elevada possibilidade de detecção de 
células neoplásicas 
o Elevado poder de discriminação de 
doenças inflamatórias e/ou 
infecciosas crônicas (doenças 
desmielinizantes) 
 
 Punção suboccipital 
o Acima da atlas (C1) 
o Cisterna cerebelo-medular ou Magna 
o Não é descrita ocorrência de cefaleia 
(já que a quantidade de líquor 
presente nessa região é maior) 
o Alterações osteoarticulares de região 
cervical não interferem na punção 
o Procedimento relativamente simples 
e rápido, entretanto, os profissionais 
que realizarão o procedimento devem 
Mariana Freitas – 3º semestre 
LPI 
 
 
3 
ser devidamente treinados, já que 
essa região é crucial para o centro 
cardiorrespiratório 
o Menor risco de herniação 
intracraniana 
 
 
 Punção ventricular 
o Procedimento neurocirúrgico 
o Punção direta do III ventrículo 
cerebral 
o Não é um local de escolha inicial de 
punção do LCR 
o Normalmente realizado em neonatos 
e crianças (fontanela aberta) 
 
Material utilizado 
 Agulha para coleta espinhal 
 Material para degermação do local da 
punctura 
o Assepsia e antissepsia (solução 
alcóolica de clorexidina; solução aquosa 
de povidine 10% com 1% de iodo livre) 
 Campos estéreis 
 Tubos para coleta 
 Em alguns casos 
 Luvas estéreis 
OBS: Agulha deve: 
 Possuir estilete 
 Ter calibre de 20G ou 22G 
 
Procedimento da punção lombar 
1- Paciente em decúbito lateral 
2- Flexionar os joelhos em direção ao tórax 
(posição fetal) 
3- Identificação das cristas ilíacas superiores e 
associação com processos espinhosos das 
vértebras 
4- Fazer assepsia do local com movimentos em 
círculos concêntricos (do centro para a 
extremidade) 
5- Aplicar os campos cirúrgicos estéreis 
Mariana Freitas – 3º semestre 
LPI 
 
 
4 
6- Anestesiar a região (cutânea ou subcutânea) 
com xilocaína 2% sem vasoconstrictor 
7- Fazer punção da região de interesse com a 
agulha ainda com o estilete 
8- Perfurar em um ângulo de aproximadamente 
15 graus com relação ao plano sagital, 
mirando a direção do umbigo do paciente 
9- Independentemente do tipo de agulha, o seu 
bisel também deve estar seguindo o plano 
sagital, ou seja, virado para cima (isso permite 
que as fibras sejam empurradas para lateral, 
ao invés de cortadas, além de diminuir a 
possibilidade de extravasamento de LCR pós-
punção) 
10- Após penetração no ligamento amarelo, o 
profissional sentirá um leve estalo na agulha 
(semelhante a agulha furando uma folha de 
papel) 
11- Inserir a agulha mais 2 milímetros 
12- Retirar o estilete para verificar o fluxo 
13- Aparar a amostra em tubos estéreis 
14- Após a coleta, recolocar o estilete e retirar 
a agulha (isso é importante para estancar o 
fluxo de líquor) 
15- Fazer pressão no local da punção por alguns 
minutos 
16- Armazenar a amostra adequadamente 
17- Descartar cada material utilizado em 
recipientes adequados 
18- Pedir ao paciente repousar por algumas 
horas (8 a 48h) 
Possíveis complicações 
 Sangramentos (durante ou posterior à coleta) 
 Cefaleia pós-punção 
 Dor localizada 
 Vazamento de líquor 
 Herniação cerebelar 
 Infecção decorrente de punção 
 Formação de cisto 
Análise da amostra 
 Exame físico: É a análise da aparência do 
líquido, já que a coloração típica do LCR é 
parecida com água, ou seja, qualquer 
alteração na coloração ou no aspecto dessa 
substância é indicativo de condições não 
fisiológicas. 
 
 
Armazenamento e acondicionamento das amostras 
 Bioquímica e sorologia (congelado a -20ºC) 
 Microbiologia (temperatura ambiente de 
25ºC) 
 Citologia 
o De preferência, análise imediata 
o Refrigerado a 4ºC se não analisar 
dentro de 1 hora 
Mariana Freitas

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