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TRABALHO LARISSA CRISTINA TEIXEIRA - BASES TECNICAS EM ENFERMAGEM

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FACTHUS – FACULDADE DE TALENTOS HUMANOS 
LARISSA CRISTINA TEIXEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REPARO TECIDUAL 
CICATRIZAÇÃO 
ÚLCERA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UBERABA 
2020
FACTHUS – FACULDADE DE TALENTOS HUMANOS 
LARISSA CRISTINA TEIXEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REPARO TECIDUAL 
CICATRIZAÇÃO 
ÚLCERA 
 
Trabalho apresentado à disciplina de 
Bases Técnicas em Enfermagem, do 
curso Enfermagem, da Faculdade de 
Talentos Humanos. 
 
 
Orientadora: 
Renata Maciel Côrtes 
 
 
 
 
 
UBERABA 
2020
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3 
EXERCÍCIOS ............................................................................................................................. 4 
REFERENCIAS ......................................................................................................................... 8 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
A enfermagem segundo Wanda Horta e: A ciência e a arte de assistir o ser humano em suas 
necessidades básicas e torna-lo independente destas necessidades quando for possível através 
do auto cuidado. A enfermagem como ciência pode ser exercida em vários locais tais como: 
 
Hospitais, Empresas Particulares (Enf. do Trabalho), Escolas, Centros de Saúde (Enf. de 
Saúde Pública). 
 
Dentro de introdução a enfermagem estuda-se a enfermagem no âmbito hospitalar. No 
decurso da história, o hospital surgiu com a qualificação apenas de albergue, de hospedaria, 
onde os desprotegidos da sorte eram recolhidos, cuidados e alimentados. Não se tratava de 
recebe-los porque estavam doentes e necessitavam de tratamento. Ao contrário, aqueles que 
requeressem tratamento médico, permaneceriam em suas casas onde eram visitados por 
profissionais da época e lá tratados, tanto clinica como cirurgicamente. Durante muitos anos 
continuaram os hospitais a desempenhar exclusivamente a função de albergue. Com o 
aparecimento das moléstias contagiosas e outras doenças, começou-se a pensar em 
isolamentos, e estes mais como defesa da sociedade. Houve então a necessidade de local mais 
adequado para receber pessoas acometidas de males físicos onde houvesse pessoal que 
pudesse proporcionar melhor assistência e tratamento. Nos dias de hoje, o hospital e definido 
segundo a O.M.S. como elemento de uma organização de caráter medico social, cuja a função 
consiste em assegurar assistência medica completa, curativa e preventiva a população e cujos 
serviços externos se irradiam até a célula familiar considerada em seu meio; e um centro de 
medicina e de pesquisa biossocial. 
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EXERCÍCIOS 
 
1 – Descrever as três fases do processo de reparação tecidual 
 
Fase inflamatória - inicia-se no momento da lesão tecidual e dura entre 24 a 48 horas. Sua 
característica é a presença de calor, rubor, edema e dor, podendo haver perda parcial ou total 
das funções celulares. Nesta fase ocorre a limpeza da área lesada. Ex.: cirúrgicas limpas. 
 
Fase proliferativa ou fibroplasia – ocorre em lesões com perda significativa de tecido ou 
lesões crônicas, sem possiblidade de aproximação das bordas. O tempo de cicatrização será 
invariável maior e o curativo de escolha deverá manter a lesão úmida. Ex.: úlcera de pressão 
 
Fase de remodelação ou maturação: ocorre em feridas cirúrgicas mantidas abertas para 
definição de edemas ou infecção. Essas lesões são fechadas cirurgicamente e cicatrizam por 
primeira intenção. Enquanto mantidas abertas, o curativo de escolha deverá manter a lesão 
úmida. 
 
 
2 – Classifique e caracterize o reparo tecidual 
 
Quanto ao tipo de cicatrização: 
Cicatrização é o nome dado ao processo de reparação tecidual que substitui o tecido lesado 
por um tecido novo. A reparação envolve a regeneração de células especializadas, a formação 
de tecido de granulação e a reconstrução do tecido. 
 
Quanto ao tipo de tecido formado: 
A cicatriz é o tecido novo que se forma durante o processo de cura de uma ferida. A natureza 
a utiliza como um meio para fechar as lesões do organismo quando não é possível a 
regeneração perfeita dos tecidos. 
 
Quanto ao potencial de contaminação: 
Existe algumas classificações vou citar algumas: 
 
1 – Feridas Cirúrgicas: são lesões intencionais e realizadas em condições assépticas, com 
cicatrização rápida e poucas complicações; 
2 – Ferida limpa ou contaminada: provocada por uma contaminação grosseira, põe exemplo: 
faça de cozinha ou nas situações cirúrgicas em que houve aberturas no caso sistema 
respiratório, digestório e geniturinário; 
3 – Contaminadas ocorre reação inflamatória, aquelas que tem contato com fezes ou quando 
passa de 6 horas do ato da ferida; 
4 – Infectada quando apresenta sinais visíveis de infecção. 
 
Quanto ao tempo: 
É fundamental para a cicatrização é importante respeitá-lo. Quando ocorre um corte na pele, 
por exemplo, a camada mais superficial e fina demora de 7 a 10 dias para fechar. Depois, a 
epiderme leva até 28 dias para se refazer e a derme, camada mais profunda da pele, pode levar 
até 6 meses. 
 
 
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3 – Cite e explique os fatores que interferem no processo de cicatrização 
 
Oxigênio: a diminuição de oxigênio reduz o crescimento dos tecidos; 
 
Idade: em crianças a cicatrização ocorre mais rapidamente do que em adultos e ou idosos, 
devido a maior eficiência do sistema circulatório e da resposta inflamatória, redução capilar e 
colágeno. 
 
Doenças associadas: doenças metabólicas diabetes cirrose, uremia hipertensão. 
 
Drogas e bebidas: modificam ou alteram o estado nutricional dos pacientes. 
 
Nutrição: falta de vitamina c afeta o processo cicatricial. As proteínas correspondem a 
resposta imunológica. A vitamina C é importante para a maturação das fibras colágenas, a 
vitamina K é fundamental na coagulação. 
 
 
4 – Faça uma pesquisa, com base em artigos científicos ou em livros, sobre as principais 
úlceras (citadas a seguir) e descreva a fisiopatologia e cuidados de enfermagem com 
cada uma delas. Colocar referência bibliográfica de acordo com a ABNT 
 
Úlcera venosa: 
As úlceras venosas são lesões crônicas associadas à hipertensão venosa dos membros 
inferiores. A insuficiência venosa crônica (IVC) é a causa mais comum das úlceras venosas 
válvulas das veias das pernas e da associação do refluxo de sangue para as veias superficiais. 
A insuficiência venosa crônica é definida como anormalidade do funcionamento do sistema 
venoso causada por uma incompetência valvular. Essa disfunção no sistema venoso resulta no 
estado de hipertensão venosa. A formação da úlcera pode estar associada ao acúmulo de 
líquido e o depósito de fibrina, a deficiência de nutrientes e oxigênio pode acarretar em 
ulcerações e necroses. 
 
Fisiopatologia: 
Úlceras venosas geralmente ocorrem quando as válvulas das veias das pernas estão 
danificadas e o fluxo sanguíneo, que deveria ocorrer das veias superficiais para as veias 
profundas, passa a fluir sem direção ocasionando hipertensão venosa, fazendo com que os 
capilares se tornem mais permeáveis propiciando que macromoléculas, como fibrinogênio, 
hemácias e plaquetas, passem para o espaço extra vascular. 
 
Cuidados de Enfermagem: 
Durante a consulta, o enfermeiro deve realizar a avaliação clínica por meio da história, 
antecedentes e exame físico do paciente, que se tornam fundamental para estabelecer o 
diagnóstico da úlcera, é realizado uma anamnese de todo histórico do paciente. Para que o 
enfermeiro possa tratar de pacientes com úlceras da perna, como a úlcera venosa, é necessário 
compreender o processo de reparo tecidual, identificar as doenças de base e suas implicações, 
além de conhecer as características clínicas e histopatológicas das úlceras, a fim de direcionar 
a assistência adequada. 
 
 
 
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Úlcera arterial: 
As úlceras arteriais com características, tais como, coloração róseo ou arroxeada, leito 
ressecado, sem edema e tendo como localização mais comum, dedos ou porção anterior do pé, 
foram propostos tais cuidados de enfermagem:observar os membros inferiores quanto á 
coloração, sensibilidade e temperatura, comparando os dois membros; palpar os pulsos 
pedioso, tibial, poplíteo e femoral e registrar; atentar quanto aos relatos de dor nas pernas com 
exercício ou em repouso; estimular quanto ao uso de calçados protetores, por exemplo, 
sandálias com sola de borracha; executar e ensinar os cuidados com os pés, que incluem a 
lavagem e secagem cuidadosa e a inspeção diária, explicar que o cliente deve evitar ficar de 
pernas cruzadas, entre outros, à Doença Arterial Periférica que é decorrente de um processo 
degenerativo que afeta os grandes vasos por acúmulo de gordura, levando à obstrução 
progressiva. 
 
Cuidados de Enfermagem: 
Abordagem Multidisciplinar (médico, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo etc); 
Educação em saúde Cuidados com as lesões. 
O enfermeiro tem que manter o paciente em repouso com elevação dos membros inferiores, 
pois, facilita o retorno venoso. O uso de meias de compressão é aconselhável para prevenir o 
edema e melhorar o efeito da bomba muscular, conforme avaliação e prescrição médica; 
 
Úlcera diabética (Pé Diabético): 
Fisiopatológica do Pé Diabético, segundo sinais e sintomas Sinal/Sintoma Pé Neuropático Pé 
Isquêmico Temperatura do pé Quente ou morno Frio Coloração do pé Coloração normal 
Pálido com elevação ou cianótico com declive Aspecto da pele do pé Pele seco e fissurada 
Pele fina e brilhante Deformidade do pé Dedo em garra, dedo em martelo, pé de Charcot ou 
outro Deformidades ausentes Sensibilidade Diminuída, abolida ou alterada (parestesia) 
Sensação dolorosa, aliviada quando as pernas estão pendentes. 
O Pé Diabético está entre as complicações mais frequentes do Diabetes Mellitus (DM) e suas 
consequências podem ser dramáticas para a vida do indivíduo, desde feridas crônicas e 
infecções até amputações de membros inferiores. O DM é definido como um transtorno 
metabólico de etiologia múltipla, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo 
de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da 
insulina em exercer adequaram. 
 
Cuidados de Enfermagem: 
A função básica da enfermagem pode resumir-se ao cuidado ente seus efeitos no organismo. 
O enfermeiro deve oferecer uma assistência de qualidade, observando os agravantes à saúde 
dos seus pacientes e acompanhando o controle da patologia. A atuação do enfermeiro junto à 
equipe multiprofissional de saúde é muito importante no sentido de orientar os pacientes 
diabéticos sobre os cuidados diários com os pés e a prevenção do aparecimento das úlceras 
como também outras complicações, todos esses tipos de tratamento a atuação dos enfermeiros 
é muito importante, já que eles estão em constante contato com o paciente, realizando os 
curativos, acompanhando a evolução clínica das feridas e, principalmente, dando apoio 
psicológico. 
 
Lesão por pressão: 
Lesão por pressão é qualquer alteração da integridade da pele decorrente da compressão não 
aliviada de tecidos moles entre uma proeminência óssea e uma superfície dura. É classificada 
conforme o grau de dano observado nos tecidos (pele, subcutâneo, músculos, articulações, 
7 
 
ossos). As lesões, úlceras ou feridas que ocorrem, podem atingir não apenas a pele em uma ou 
mais camadas, mas também tecido muscular, tendões, nervos e ossos. 
 
Cuidados de Enfermagem: 
Os enfermeiros exercem importante papel no tratamento das lesões cutâneas e devem estar 
sempre em busca de novos conhecimentos, desafiando seu conhecimento técnico científico, 
Como o profissional de enfermagem está diretamente relacionado ao tratamento de feridas, 
seja em serviços de atenção primária, secundária ou terciária, é importante manter a 
observação contínua com relação aos fatores locais, sistêmicos e externos que condicionam o 
surgimento da ferida ou interfiram no processo de cicatrização. 
8 
 
REFERENCIAS 
 
- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Manual de condutas para úlceras neurotróficas e traumáticas / Ministério da Saúde, 
Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da 
Saúde, 2002. 
 Santana, RF; Oliveira, BGRB; Cavalcanti, ACD; Nogueira, GA. Nursing diagnoses in 
patients with chronic venous ulcer: observational study. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2015 
abr./jun.;17(2):333-9. 
 Carmo SS, Castro CD, Rios VS, Sarquis MGA. Atualidades na assistência de 
enfermagem a portadores de úlcera venosa. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2007;9(2):506-17. 
 
 
 
- GUIMARAES BARBOSA, J.A. y NOGUEIRA CAMPOS, L.M.. Directrices para el 
tratamiento de úlcera venosa. Enferm. glob. [online]. 2010, n.20, pp. 0-0. ISSN 1695-6141. 
http://dx.doi.org. 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Manual de condutas para úlceras neurotróficas e traumáticas / Ministério da Saúde, 
Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília: Ministério da 
Saúde, 2002. 
 
1. - ALMEIDA, Sérgio Aguinaldo et al. Avaliação da qualidade de vida em pacientes 
com diabetes mellitus e pé ulcerado. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, São 
Paulo, v. 28, n. 1, p.142-146, jan. 2013. Disponível em: . Acesso em: 13 set. 2015. 2. 
ANDRADE, Nájela Hassan Saloum de et al. PACIENTES COM DIABETES 
MELLITUS: CUIDADOS E PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO EM ATENÇÃO 
PRIMÁRIA À SAÚDE. Revista de Enfermagem Uerj, Rio de Janeiro, v. 4, n. 18, 
p.616-621, dez. 2010. Disponível em: . Acesso em: 01 out. 2015. 
2. AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Standards of medical care in diabetes—
2013. Diabetes care, v. 36, n. Suppl 1, p. S11, 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. 
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o 
cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Ministério da Saúde, 2013. 
______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saúde 2013: percepção do estado de 
saúde, estilos de vida e doenças crônicas. Brasília: Rio de Janeiro, 2014a. 
 
 
 
- 1. Ferreira AM, Bogamil DD, Tormena PC. O enfermeiro e o tratamento de feridas: em 
busca da autonomia do cuidado. Arq Ciênc Saúde, 2008;15(3):105-9. 2. Blanes L. Tratamento 
de feridas: Cirurgia vascular, guia ilustrado. São Paulo: 2004. 3. Cunha NA. Sistematização 
da assistência de enfermagem no tratamento de feridas crônicas. 2006. 4. Menegon DB, 
Bercini RR, Brambila MI, Scola ML, Jansen MM, Tanaka RY. Implantação do protocolo 
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Alegre. Rev HCPA, 2007;27(2):61-4.

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