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TROMBOSE VENOSA PROFUNDA É uma doença que acomete vasos venosos e arteriais e a etiologia é a mesma do TEP. CASO CLÍNICO: A.S.A, 42 anos, sexo feminino, brasileira, heterossexual, parda. É natural de Irecê-BA, mas atualmente reside em Salvador-BA, trabalha como diarista em 4 residências. A paciente procurou posto médico, relatando inchaço, dor e vermelhidão na perna direita alguns dias após uma viagem de ônibus com itinerário São Paulo x Salvador (48 horas em ônibus comercial). Dois dias antes de procurar o serviço médico, manifestou dor na panturrilha ao realizar a dorsiflexão do pé direito, por isso decidiu tomar Dorflex (dipirona monohidratada + citrato de orfenadrina + cafeína anidra). Contudo o uso do medicamento não surtiu efeito, uma vez que a dor persistiu. Membro inferior direito apresentava edema, eritema e calor nos últimos cinco dias, além de dor na panturrilha durante a dorsiflexão do pé ipsilateral há dois dias. O médico plantonista percebeu o aumento da rigidez da musculatura da panturrilha direita e a manifestação de dor quando realizada a dorsiflexão do pé. História de vida • A paciente nega praticar atividades físicas regularmente. • Apresenta IMC na faixa desejável. • Afirma possuir uma alimentação não balanceada (consumo excessivo de carboidratos e gorduras) e ingerir bebidas alcoólicas com frequência (aos fins de semana). • Não pratica o tabagismo e nem faz uso de drogas ilícitas. • A paciente afirma ter administrado apenas o Dorflex e o anticoncepcional oral no último mês. Toma o anticoncepcional desde os 18 anos de idade. • Nega ter apresentado doenças graves durante a infância. • Não apresenta histórico de Tromboembolismo Pulmonar e de Tromboembolismo Venoso Profundo. • Histórico familiar: avó materna já foi vítima de Tromboembolismo Pulmonar. Exame físico- Inspeção: • Perna esquerda aparentava estar normal. • Perna direita apresentava rubor e inchaço (o diâmetro da perna estava com aproximadamente 3 centímetros maior que o da perna esquerda). Exame Imagem- Eco doppler colorido do membro inferior direito acusou obstrução parcial da veia poplítea direita em seu segmento distal por um trombo. 1. Qual o diagnóstico mais provável? -Trombose Venosa Profunda. A sintomatologia da paciente, os sinais visualizados no exame físico e a obstrução parcial por trombo no segmento distal da veia poplítea, após a realização do Eco Doppler, fecham o diagnóstico de Trombose Venosa Profunda. 2. Quais fatores predispõem a paciente a esta doença? -Uso de anticoncepcional, sedentarismo, muito tempo sentada e histórico familiar de TEP. Os hábitos de vida, como o sedentarismo e o consumo de alimentos ricos em carboidratos e gorduras, além do uso de anticoncepcionais orais, que predispõe à maior estase venosa. Ademais, a imobilização da paciente durante a viagem SP x SSA reduziu a função de bomba muscular da perna, o que torna lento o retorno venoso. 3. Algum medicamento utilizado pela paciente pode ter interferido no caso? -Anticoncepcional oral. Esse medicamento inibe mecanismos antitrombóticos, pela redução da atividade da proteína C, S e antitrombina III e aumenta a expressão de fatores pró-trombóticos, como FVW, fator tecidual e fator VIIa. Sim, os anticoncepcionais orais apresentam em sua composição derivados do estrógeno, o qual provoca uma maior estase sanguínea. Esse fluxo sanguíneo anormal prejudica a homeostase da coagulação sanguínea, já que: aumenta a atividade pró-coagulante e a atividade das células endoteliais, permite que as plaquetas e os leucócitos entrem em contato com o endotélio e prejudica eliminação de fatores de coagulação 4. Quais complicações são possíveis? -Formação de êmbolos, TEP, edema, infarto. As principais complicações decorrentes de TVP são: insuficiência venosa crônica, síndrome pós-trombótica e embolia pulmonar (EP). A EP apresenta altas taxas de mortalidade, aproximadamente 5 a 15% de indivíduos não tratados da TVP podem morrer de embolia pulmonar. TROMBOS E TROMBOSE: O QUE SÃO? • Trombos: massas sólidas ou tampões formados na circulação por constituintes do sangue (plaquetas e fibrina forma a estrutura básica), que podem levar à isquemia por obstrução vascular local ou embolia a distância. Eles podem ser formados em estruturas cardíacas ou em vasos. • A trombose venosa profunda (TVP) caracteriza-se pela formação de trombos dentro de veias profundas, com obstrução parcial e oclusão, sendo mais comum nos membros inferiores. Os trombos podem ser divididos em vermelhos e brancos a depender da sua constituição. Coágulo é a fase inicial do trombo. O trombo é estável e o coágulo é instável. Os coágulos geralmente são formados na hemorragia. Trombo é uma massa sólida friável e bastante aderido na parede do vaso. O coágulo tem características elásticas e não é aderente. O trombo pode gerar isquemia e até necrose tecidual. FISIOPATOLOGIA DA TROMBOSE: A formação de trombos envolve o processo de coagulação sanguínea e a atividade plaquetária, estando associada a três componentes (clássica tríade de Virchow): 1. Estase do fluxo venoso: devido à inatividade das bombas musculares. O fluxo lento, permite maior agregação plaquetária; 2. Estado de hipercoagulabilidade: resultante da diminuição do volume vascular e do aumento da viscosidade do sangue e da concentração de fatores de coagulação. Pode ser genético ou ser gerado por condutas durante a vida; 3. Lesão do endotélio vascular: advinda da pressão externa contra as veias. Isso ativa os fatores de coagulação (liberação de tromboxano A2 que recruta as plaquetas a formar o trombo). Alguns pacientes que estão em viagens prolongadas podem fazer uso de AAS, que inibe a COX. Ao inibir a COX, não há a formação de tromboxano A2 e recrutamento das plaquetas. Assim, os pacientes se previnem da formação de trombos. O aumento da PA pode gerar estresse na parede do vaso e gera maior excitabilidade das plaquetas. • LESÃO ENDOTELIAL: o Agentes físicos, químicos ou biológicos: o Induzem aumento na síntese de fatores da coagulaça ̃o (fator VII) e de fatores ativadores de plaquetas (TXA2 e ADP); o Reduzem a capacidade anticoagulante (por exemplo: diminuição na expressão de antitrombina no glicocálice) e por perda do revestimento contínuo dos vasos; o Geram turbulência no fluxo sanguíneo. • HIPERCOAGULABILIDADE: aumento da coagulabilidade sanguínea, por defeitos genéticos ou por condições adquiridas, resulta de: o Aumento do número de plaquetas; o Maior disponibilidade de fatores pró-coagulantes; o Redução de inibidores da coagulação. • ESTASE VENOSA: diminuição da velocidade do fluxo sangui ́neo nas veias por falta dos movimentos musculares importantes no retorno venoso. Ex.: pacientes acamados. Policitemia vera – aumento do número de hemácias, fluxo sanguíneo mais espesso, maior interação das plaquetas, maior chance de trombo. FORMAÇÃO DA TVP: A imagem mostra a formação de trombo em vaso venoso. Em pacientes mais velhos perdem a estrutura das válvulas e há um turbilhamento na região, que aumenta o choque de plaquetas, propiciando a formação do trombo. O agregado plaquetário pode estar no sentido ascendente do fluxo sanguíneo, quanto em direção retrógrada. O trombo é dividido em cabeça - local de adesão ao endotélio vascular, corpo – elementos figurados do sangue associados a fibrina, que também pode estar aderida ao vaso e cauda – região mais solta no vaso sanguíneo. FORMAÇÃO DO TROMBO EM ANEURISMA: Pacientes com aneurismas podem favorecer a formação do trombo. O aneurisma ocorrequando o vaso perde sua elasticidade e quanto maior a pressão, maior a chance de rompimento desse vaso fragilizado. A saculação do vaso sanguíneo promove turbilhamento do sangue, levando ativação das plaquetas, que pode gerar a formação do trombo. Há a produção de fibrina e novas plaquetas se precipitam gerando um aspecto em camadas – lamelado. TIPOS DE TROMBOS: Classificação quanto a estrutura/quanto a interrupção do fluxo sanguíneo: 1. Trombos vermelhos, ou "de coagulação", ou ainda "de estase": ricos em hemácias, mais frequentes em veias (flebotrombose). 2. Trombos brancos ou "de conglutinação" - constituídos basicamente de plaquetas e fibrina, estão geralmente associados às alterações endoteliais, sendo mais frequentes em artérias. 3. Trombos hialinos: são constituídos, principalmente, de fibrina, estão geralmente associados a alterações na composição sanguínea, sendo mais frequentes em capilares. 4. Trombos mistos: Formados por estratificações fibrinosas (brancas), alternadas com partes cruóricas (vermelhas). São alongados e apresentam 3 partes: • Cabeça: parte inicial aderente à parede da veia; • Colo: porção estreita intermediária, na qual se configuram as "linhas de Zahn" resultantes da alternância de zonas brancacentas e avermelhadas; • Cauda: parte flutuante, livre na corrente sanguínea, distal e proximal, e unida ao corpo; Trombo aderido ao vaso. Processo de estratificação do material fibroso forma estrutura lamelar. As partes cruóricas são as mais escurecidas e repletas de hemácias. Linhas de Zahn são acidófilas (rosa escuro). Classificação quanto a localização: A trombose venosa pode ocorrer também nos MMSS, mas não é tão comum. Além disso, pode ocorrer em vasos superficiais, mas não tem consequências tão relevantes para o paciente. Se o trombo desprender da parede, forma o êmbolo. A incompatibilidade do tecido enxertado pode gerar trombose de capilares (antígenos leucocitários) - doença do enxerto. EVOLUÇÃO/CONSEQUÊNCIAS: 1. Trombólise espontânea: quando o trombo é dissolvido por mecanismos endógenos (ativadores de plasminogênio). Trombólise terapêutica: com fármaco estreptocinase ou ativador tecidual do plasminogênio recombinante, rt-PA. Entre os produtos de degradação da fibrina, temos o D-dímero (marcador para avaliar a probabilidade de trombose. Pacientes obesos podem ter trombose. Alta liberação de adipocinas, como leptina e adiponectina, que são mediadores inflamatórios, geram resistência a insulina e inibe a atividade dos fatores ativadores de plasminogênio. • As adipocinas pró inflamatórias aumentam a síntese de um inibidor do ativador do plasminogênio (PAI1). O PAI1 inibe tanto a alteplase quanto a uroquinase. Além disso, pacientes obesos podem ter aumento da PAS que promove turbilhamento de sangue. 2. Organização do trombo: as células de defesa do organismo, como os fagócitos, começam a fagocitar e liberar quimiocinas para recrutar mais células de defesa, como os granulócitos. Processo de estabilização no vaso e evolui a ponto de ter processo de recanalização. O processo de recanalização é para permitir que o sangue passe pelo trombo e não haja obstrução completa. Trombos em organização: vaso com trombos em organização mostrando recanalização. No detalhe, vê-se tecido de granulação (tecido cicatricial). 3. Recanalização do trombo: ocorre quando os vasos neoformados na fase de organização anastomosam-se, permitindo o restabelecimento parcial do fluxo sanguíneo (auxiliado pela fibrose e retração do trombo). 4. Calcificação do trombo: comum nos trombos sépticos (com presença de bactérias) e nos organizados, principalmente nos venosos (formando os "flebólitos") que podem permanecer firmes na parede vascular ou desprender-se e cair na corrente circulatória. O cálcio aparece como um granulado basófilo em meio a outras estruturas, como fibras colágenas. O processo de calcificação também pode ser chamado de calcificação distrófica, ou seja, independe das concentrações de cálcio e fósforo no sangue. Apenas o processo de regeneração tecidual pelos fagócitos, pode gerar a estimulação do fosfato de cálcio nessa área. 5. Colonização bacteriana: nas septicemias, bactérias podem aderir e colonizar um trombo asséptico, tornando-o séptico. O volumoso trombo aderido à valva é constituído por fibrina e colônias de bactérias, que aparecem como nuvens de material basófilo (arroxeado). 6. Formação do êmbolo: Decorrem da fragmentação ou descolamento de trombos inteiros. É favorecida por: fragilidade na fixação do trombo, retardamento na lise ou na organização, compressão da região e pelo esforço e aumento do fluxo sanguíneo. Quando você comprime a região do vaso, o sangue bate com mais força e fica mais fácil de uma parte dele se desprender. ALTERAÇÕES DA FISIOPATOLOGIA DA TVP: 1. Alterações regionais: • Efeito mecânico – obstrução de uma ou mais veias por trombo ocasiona bloqueio do retorno venoso. Consequências: hipertensão venosa e dilatação e insuficiência valvular das veias profundas, comunicantes e ramos superficiais. • Reação inflamatória: desenvolve-se um processo inflamatório nas veias afetadas, que se estende nos tecidos vizinhos, inclusive artérias e nervos. • Efeito reflexo: a irritação da parede da veia pelo trombo e a reação inflamatória atingem os filetes nervosos e desencadeiam um reflexo vasoespástico que compromete artérias e veias. 2. Alterações sistêmicas: • Fase aguda: dor, edema, reações inflamatórias nos capilares linfáticos, febre, leucocitose, aumento do tempo de hemossedimentação e diminuição do tempo de coagulação. • Fase de defesa: diminuição súbita do edema, diurese abundante, retorno da temperatura ao normal, aumento de eosinófilos e maior sensibilidade à heparina. • Fase de esgotamento: nesta fase o organismo se mostra incapaz de se defender contra as substâncias trombogênicas. As embolias ou novas localizações do processo podem aparecer. CLASSIFICAÇÃO DO TVP: • Proximal: acomete as veias ilíaca, femoral e poplítea. • Distal: veias abaixo do joelho e panturrilha (ex.: veias tibiais anteriores, posteriores e safena magna). ➢ Lembrar que a veia safena é superficial! FATORES DE RISCO: • Idade acima de 60 anos, porém pacientes acima de 40 anos tem 20x mais chances de TVP; • Neoplasia, internação hospitalar, procedimento cirúrgico (42%) e grande trauma; • Outros fatores precipitantes incluem: doença infecciosa aguda, idade acima de 75 anos, neoplasia maligna e episódio prévio de doença tromboembólica. Gestantes podem desenvolver a trombose, pois o útero gravídico pode comprimir vasos, o que prejudica a circulação. Aumento dos fatores trombogênicos para cessar hemorragia pós-parto predispõem a trombose. A lipoproteína A é um marcador sorológico relacionado ao aumento dos níveis de lipídios circulantes. Ela é semelhante (homologia) ao plasminogênio e é um inibidor competitivo com essa substância nas células endoteliais (redução dos níveis de plasmina, suscetível a trombose). Hiperhomocisteinemia gera aumento do estresse oxidativo, mediado por peróxido de hidrogênio e superóxido, o que lesiona os vasos e ativa as plaquetas. Além disso, induz a vasoconstrição e reduz os níveis da proteína S, C e antitrombina III. QUADRO CLÍNICO: Edema = Unilateral ou assimétrico e panturrilha > 3cm. • ESCORE DE WELLS PARA TVP: O dímero D (produto da degradação da fibrina) pode estar aumentado em situações de TVP. Para confirmar se o paciente não tem TVP podeusar o exame do dímero D. • Flegmasia albans dolens (inchaço branco doloroso): resulta de uma oclusão mais limitada das veias ilíacas, que causa desconforto nas pernas e edema. No entanto, o retorno venoso é eficiente o suficiente para limpar o sangue venoso dérmico e subdérmico antes que ocorra a cianose. • Flegmasia cerulea dolens (edema azul doloroso): aparecimento de dor intensa em região de membros inferiores, edema significativo, cianose e gangrena venosa (aumento da desoxihemoglobina nos tecidos subdérmicos em níveis 1,5 a 5). Pode ser a evolução da flegmasia albans dolens. IMPORTANTE: avaliação da perfusão do membro é fundamental nestes pacientes. EXAMES COMPLEMENTARES: 1. Teste dímero D ou d-Dímero: • Subproduto da fibrinólise e a elevação dos seus níveis sugere existência e lise recente de trombos; • Alta sensibilidade e baixa especificidade (elevado em situações fisiológicas ou patológicas diversas: idade avançada, puerpério, gestação, cirurgia, trauma, neoplasia e processos inflamatórios e/ou infecciosos); • Em pacientes com baixo risco clínico de TVP, entretanto, um exame negativo exclui o seu diagnóstico. ALGORITMO PARA DIAGNÓSTICO DE PACIENTES COM SUSPEITA DE TVP: 2. Diagnóstico de imagem (ECO Doppler colorido): • O método diagnóstico mais frequente é o Eco doppler colorido venoso; • Apresenta menor acurácia em veias distais, de membros inferiores e em pacientes assintomáticos; • É o exame de escolha para o diagnóstico de TVP, com sensibilidade de 96% e especificidade de 98-100%. 3. Tomografia computadorizada: útil para pacientes com suspeita de TVP, em que o Eco não pode ser realizado, seja por limitação técnica ou suspeita de anomalia venosa. 4. Ressonância magnética: indicado em situações em que o Eco seja inconclusivo. Apresenta acurácia similar ao Eco no diagnóstico de TVP do segmento ilíaco-caval. 5. Angiografia pulmonar: padrão ouro para diagnóstico de TEP. Método invasivo, possui alto custo e utiliza contraste. 6. Cintilografia pulmonar com mapeamento de ventilação-perfusão: boa opção para diagnóstico de TEP. Muito específica, porém pouco sensível. Resultado normal exclui TEP, porém se positivo necessita de exame adicional. MEDIDAS PROFILÁTICAS: • Deambulação; • Meia de graduação graduada; • Ativação da bomba muscular da panturrilha com exercícios físicos; • Farmacológicas: utilização de anticoagulantes em doses baixas, alguns autores relatam como “minidoces” fixas de heparina. A dose tradicionalmente utilizada é de 5000 unidades de heparina não fracionada, a cada 8 ou 12 horas. QUESTÕES PARA FIXAÇÃO: 1. A respeito da trombose venosa dos membros inferiores, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. I. Estados hipercoaguláveis congênitos (hereditários) e deficiência dos anticoagulantes naturais, como antitrombina, proteína C e proteína S, estão associados ao aumento de risco de trombose venosa profunda dos membros inferiores. II. A trombose venosa profunda dos membros inferiores (veia tibial, poplítea, femoral ou ilíaca) é o principal fator predisponente à ocorrência da embolia pulmonar. III. A maioria das tromboses venosas profundas são restritas as extremidades venosas e são sintomáticas. IV. A trombose de veia do sistema superficial apresenta evolução benigna na maioria dos casos e raramente pode tornar-se incapacitante. Estão corretas: I, II e IV. 2. A Trombose Venosa Profunda (TVP) dos membros inferiores é de grande importância clínica no cenário das doenças vasculares, uma vez que está associada a relevante morbidade. Em relação à TVP é correto o que se afirma em: a) Uma das estratégias de prevenção é o repouso absoluto no leito. b) O tratamento medicamentoso para profilaxia inclui o uso de pró-coagulantes. c) Uma das complicações refere-se à possibilidade da ocorrência de tromboembolismo pulmonar. d) A patogenia estabelece fatores cardinais para a sua formação, como função anticoagulante do endotélio vascular e redução da viscosidade sanguínea. e) Os principais sintomas são a claudicação intermitente e a lesão arterial maleolar. 3. Resposta: C 4. Paciente do sexo masculino, 58 anos, deu entrada no serviço de saúde com diagnóstico de Trombose Venosa Profunda (TVP). Uma das principais complicações dessa patologia é: a) embolia pulmonar. b) anemia profunda. c) asma brônquica. d) doença pulmonar obstrutiva. e) síndrome da angústia respiratória. 5. Mulher de 40 anos é atendida no serviço de emergência com dispneia de início súbito. Há dois dias observou aumento e dor na panturrilha direita, pouco tempo após ter retornado de viagem de longa duração ao exterior. Ao exame apresentava PA = 110/65mmHg; FC =116bpm; FR = 28rpm; saturação de O2 ao ar ambiente de 92%. A ausculta pulmonar estava normal; havia dor à flexão dorsal do pé direito e a panturrilha desse lado apresentava maior diâmetro comparado à da esquerda. Em relação à utilização do exame dímero-D na investigação diagnóstica dessa paciente, assinale a afirmativa correta: a) Sua elevação indica trombólise endógena que costuma ser clinicamente eficaz. b) Resultados normais são úteis para exclusão do diagnóstico de embolia pulmonar. c) O exame é mais sensível para trombose venosa do que para embolia pulmonar. d) Sua dosagem apresenta alta especificidade para o diagnóstico de embolia pulmonar. e) Tem participação útil, sobretudo na investigação clínica de pacientes hospitalizados.
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