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1 Beatriz Machado de Almeida Gastroenterologia – Intolerância à lactose e Doença celíaca – Aula 12 Intolerância à lactose e Doença celíaca LACTOSE: É um dissacarídeo, sendo a principal fonte de energia do leite dos mamíferos; Para ser absorvida, a lactose primeiro precisa ser quebrada. A lactase, uma enzima na borda em escova dos enterócitos, quebra a lactose em monossacarídeos e assim consegue absorver. GLÚTEN: É um grande complexo proteico, que inclusive precisa ser quebrado em vários subcomponentes para ser digerido (essa é a parte do problema); e é o principal complexo proteico do trigo, do centeio e da cevada. O glúten é absorvido sendo quebrado em complexos menores, sendo assim possível de absorver. Principais diferenças INTOLERÂNCIA A LACTOSE: Geneticamente determinada: o ser humano é o único animal que continua comendo leite depois do desmame, pois o “plano original” era que depois do desmame nós parássemos de comer leite. Só que, depois de domesticar o gado, notou que era interessante continuar comendo leite, por ser uma fonte prática de caloria, e pela variedade de produtos que poderiam ser feitos com o leite. Porém, é fisiológico para o ser humano que a lactase (enzima que quebra a lactose e permite que absorva a lactose), depois de uma certa idade, deixa de ser produzida, pois ela iria se tornar inútil, porque a pessoa iria parar de comer leite depois do desmame. Só que, como o humano continuou comendo leite, surgiu uma mutação de um gene, que dava permanência da lactase. Esses indivíduos que continuavam produzindo a lactase e que não tinham os sintomas quando continuavam comendo leite, passaram a ser selecionados, por ter uma vantagem evolutiva, para passar essa mutação adiante – indivíduos tolerantes a lactose. Só que a domesticação do gado, em termo das evoluções das espécies, foi “ontem”. Então, talvez um dia, toda a espécie humana seja tolerante a lactose, mas no momento, grande parte da espécie humana ainda deixa de produzir a lactase, onde só é um problema se o indivíduo continua comendo leite. Então, a intolerância à lactose é uma “doença” que é geneticamente determinada. Redução da atividade da lactase. A porcentagem da população que é intolerante a lactose depende basicamente da questão evolutiva daquela população em relação a domesticação do gado. Tem alguns países asiáticos que não tiveram histórico de domesticação do gado, onde não tem quase ninguém da população que é tolerante a lactose. Mas, quando vai para populações da América do Norte, Europa, com forte histórico de domesticação, tem uma taxa alta de tolerância a lactose, e uma taxa menor de intolerância à lactose. América do Sul fica mais meio a meio. DOENÇA CELÍACA: Aqui é uma doença mesmo! Doença autoimune: afeta aqueles que tem predisposição genética; Inflamação da mucosa em resposta ao glúten: o glúten é um antígeno em indivíduos predispostos. Intolerância à lactose Fisiopatologia DEFICIÊNCIA DE LACTASE: O indivíduo tem deficiência de lactase por deixar de produzir a lactase, porque ele veio geneticamente predisposto. A partir de uma certa idade, ele ia deixar de produzir a lactase. Isso iria acontecer independente do que ele fizesse. • Presença de lactose não absorvida na luz: aumenta a osmolaridade na luz do intestino, retendo água; só isso pode fazer a diarreia osmótica. Essa lactose não absorvida (FUNDAMENTAL) chega no intestino grosso e vai ser fermentada por bactérias da flora intestinal, produzindo ácidos graxos de cadeia curta e gás, tipo hidrogênio, gás carbônico e metano. Esse gás distende o intestino, causando sensação de distensão abdominal, dor, flatulência; • Sintomas de intolerância. Doença celíaca Fisiopatologia • Resposta imunológica ao glúten ingerido que resulta em lesões na mucosa do intestino delgado; • Lesão proximal, atrofia de vilosidades, hiperplasia das criptas, espessamento da lâmina própria, infiltração inflamatória, alterações na função dos enterócitos: essas lesões são fundamentais para o 2 Beatriz Machado de Almeida Gastroenterologia – Intolerância à lactose e Doença celíaca – Aula 12 diagnóstico, pois o diagnóstico da doença celíaca depende em encontrar essas lesões na mucosa do intestino delgado, principalmente em duodeno (lesão mais proximal). • Lembrando da histologia, as vilosidades intestinais servem para aumentar a superfície de absorção do intestino. Se a inflamação causa atrofia das vilosidades, o paciente perde mucosa absortiva, fazendo com que ele tenha má absorção de nutrientes. • Aumento da permeabilidade: coisas que a mucosa deveria deixar do lado de fora, ex. bactérias, toxinas; que a mucosa não deveria deixar em contato com nosso sistema, podem ter contato. • Má absorção de nutrientes: um dos principais problemas da doença celíaca. • Se a mucosa está lesada, não entra o que deveria entrar e pode ter aumento de permeabilidade. O glúten, componente proteico gigantesco, precisa ser quebrado no processo de digestão e absorção, e um dos seus subcomponentes se chama gliadina. A gliadina será absorvida. Durante seu processamento, ela sofre uma transformação por uma enzima que temos na mucosa intestinal, chamada transglutaminase, que vai desaminar a gliadina. ATENÇÃO! Se a pessoa não tem predisposição genética, vai olhar essa gliadina deaminada e nada acontecerá. Se a pessoa tem predisposição genética, na hora que o sistema imunológico ver a gliadina deaminada, essa gliadina vira um antígeno. A célula apresentadora de antígeno pega a gliadina deaminada, reconhece e apresenta para a célula T, gerando uma cascata inflamatória. Célula T é ativada, chama a célula B, produzindo a cascata inflamatória. São produzidos autoanticorpos, culminando em uma lesão inflamatória da mucosa. PONTO POLÊMICO Lactose ou glúten fazem mal para àquelas pessoas que não tem intolerância à lactose e para as pessoas que não tem doença celíaca? Não existe nenhuma evidência científica que a lactose ou o glúten façam mal para essas pessoas. Existe intolerância ao glúten não celíaca, que são pessoas que fazem uma resposta intestinal ao glúten, mas que não fazem uma resposta autoimune com lesão de mucosa. São pessoas que não absorvem corretamente o glúten. A mídia fala que faz mal. O fator de confusão seria que os produtos que contém lactose e os produtos que contém glúten são produtos que tem um alto teor calórico, alto teor de gordura. Se tirar esses produtos da dieta vai emagrecer. Quando a pessoa entra naquele estilo de vida que tira glúten e lactose, provavelmente é um estilo de vida que faz exercício físico. Então, além de estar emagrecendo, por tirar produtos que tem alto teor lipídico e de calorias, ele está fazendo exercícios físicos, então é claro que ela vai emagrecer e melhorar o preparo físico. Não é necessariamente o glúten e a lactose que está fazendo a pessoa se sentir mal, mas existe uma manipulação da indústria que convence as pessoas que o glúten faz mal. Produtos sem glúten e sem lactose são encarecidos nos mercados. *A teoria de que a alimentação sem lactose de um paciente hígido pode desencadear a intolerância mais precocemente tem comprovação. Às vezes, a pessoa para de comer lactose por muito tempo e, com isso, pode parar de produzir a lactase. Quando ela volta a comer, se tem o gene pra voltar a produzir lactase, ela volta, mas se não tem o gene, não volta a produzir. * Existem alguns glútens mais tóxicos do que outros. A gliadina é o produto mais tóxico do glúten, mas isso tem muito mais relação se estamos falando do glúten do 3 Beatriz Machado de Almeida Gastroenterologia – Intolerância à lactose e Doença celíaca – Aula 12 trigo, centeio ou cevada, sendo o do trigo o mais tóxico. Existem subespécies de trigo que tem glúten mais tóxicoque outros. Podemos avaliar isso para tentar ingerir glúten menos tóxicos. Manifestações clínicas Intolerância à lactose • Os sintomas geralmente pioram com idade: porque geralmente os sintomas acontecem quando o indivíduo tem <50% de atividades de lactase; • Início: adolescência ou vida adulta: pois dependem da herança genética. Pode ter uma herança genética que só vai ficar com <50% de atividade de lactase quando tiver 30 anos de idade, então come leite bem até ter 25 anos, quando chega com 30, começa a ter intolerância. • Ocorrem após ingestão de laticínios: • 50-100 minutos: precisa do tempo de a lactose chegar até o intestino grosso e ser fermentada. Doença celíaca • Pode iniciar na infância: • Introdução de cereais na dieta; • Comum diagnóstico no adulto: Por ser uma doença autoimune, o sistema imunológico pode acordar na hora que ele quiser, então pode começar na vida adulta, ou até quando o indivíduo tiver mais de 60 anos. A média global de idade de diagnóstico é 45 anos. 25% das pessoas só fazem diagnóstico com mais de 60 anos. • Forma clássica ou não clássica: a clássica é aquele paciente que tem diarreia disabsortiva, sintomas gastrointestinais. A não clássica o paciente não necessariamente faz sintomas gastrointestinais. Ou seja, a doença pode se apresentar de forma fácil de fazer o diagnóstico, ou de uma forma não tão fácil. • Com ou sem sintomas TGI; • Sintomas extra intestinais podem ser mais alarmantes. Clínica Intolerância à lactose • Os sintomas variam muito entre os pacientes: • Carga e lactose na dieta: quanto mais lactose come, em geral, maiores os sintomas; • Microbiota: depende de qual bactéria tem no intestino. Pode ter adaptação colônica, que seria ter bactérias que são boas, que não fermentam muito a lactose, não produzem muito gás. Então, apesar de comer muito lactose, não tem muito sintoma. Às vezes, pode ter <50% de atividade de lactase, o exame é positivo, mas não tem muito sintoma, porque as bactérias não fermentam muito. Porém, pode ter um supercrescimento bacteriano, que seria o contrário, tendo >50% de atividade de lactase, sobra pouca lactose para as bactérias, mas tem tanta bactéria, que produz muito gás, tendo muito sintoma para pouca lactose. O exame pode dar até negativo, mas tem muito sintoma. O exame ajuda, mas não resolve o diagnóstico! • Atividade residual de lactase: tem a ver com herança genética, onde pode ter uma herança que dê 40% de atividade de lactase, ou que dá só 15% de atividade de lactase. • Tempo de trânsito: às vezes tem uma herança genética que só dá 30% de atividade de lactase, mas tem hipertireoidismo (tempo de trânsito intestinal é acelerado), então, a lactose não fica tempo suficiente para ser fermentada, não tendo muito sintomas. O contrário pode acontecer, até tem uma boa atividade de lactase, mas tem DM, e o tempo de trânsito intestinal é reduzido, então, a lactose fica tanto tempo que acaba sendo fermentada, apresentando sintomas. • Sensibilidade à distensão gasosa: até tem atividade de lactase razoável, mas as vísceras estão muito sensíveis a distensão gasosa, então tem muito sintoma com pouco gás. • A maior parte tolera uma pequena quantidade. • Porque precisa que seja produzida uma quantidade suficiente de gás para distender, então, isso precisa que alguma quantidade de lactose chegue lá e seja fermentada. Então, a maioria das pessoas toleram alguma quantidade de lactose: • Junto com outros alimentos; • Ao longo do dia. • Sintomas: dor abdominal/cólicas; borborigmo; distensão abdominal; flatulência; diarreia; náuseas e vômitos. 4 Beatriz Machado de Almeida Gastroenterologia – Intolerância à lactose e Doença celíaca – Aula 12 DUAS SITUAÇÕES: Paciente com sintomas após 5 minutos de ingestão de lactose: não faz sentido ser intolerância à lactose, porque não dá tempo de a lactose chegar ao intestino grosso, produzir gás, distender e dar sintoma. Paciente com sintomas após ingestão de carga mínima de lactose: ex.: bate o suco no mesmo liquidificador que alguém antes tinha batido um milk shake. Não tinha lactose suficiente para ser fermentada. Essas duas situações podem ser alergia ao leite, síndrome do intestino irritável. Muitas vezes, a lactose pode ser um gatilho da síndrome do intestino irritável. Quando é alergia, uma quantidade mínima pode causar os sintomas, e a alergia pode ter sintomas muito parecidos com a intolerância à lactose, mas não precisa desse tempo, e pode ser com quantidades mínimas. Aí não é alergia a lactose, é alergia a proteínas do leite. Sempre pensar: faz sentido ser intolerância? Doença celíaca – manifestações TGI • Muito variáveis: depende da extensão da doença; • Pode variar com: ❖ Desconforto abdominal vago; ❖ Diarreia, esteatorreia, perda de peso, flatulência: clássico, por causa da má absorção. Pode até fazer intolerância à lactose secundária, por perda de mucosa e perda da lactase. ❖ Diarreia: pode variar muito • Episódica, não contínua, noturna, matinal, pós prandial. Geralmente é crônica. • Não tem uma manifestação do TGI clássica para dizer que é doença celíaca. Varia desde uma distensão abdominal até a clássica diarreia disabsortiva. Doença celíaca – M. extra intestinais • Tendem a piorar com a idade: porque decorrem da má absorção, aí depende de quanto tempo o indivíduo está com má absorção daquela coisa. Se o indivíduo tem 20 anos de doença celíaca não diagnosticada e tem 20 anos sem absorver direito o cálcio. Imagina a situação do osso dessa pessoa. • Podem acometer qualquer órgão: porque depende de qual órgão está precisando daquela substância que não está sendo absorvida. • Podem ser mais alarmantes que os sintomas GI. • Crianças: costumam apresentar com maior frequência o quadro de diarreia (mais do que adulto). Mas elas podem vir com um quadro de: • Apatia, hipotonia, atraso no desenvolvimento, irritabilidade, baixa estatura (faz parte fazer a pesquisa de doença celíaca em qualquer criança que apresente baixa estatura, por conta da desnutrição. Pode ser a única manifestação da doença); • Anemia: não absorve ferro, não absorve folato; em quadros mais graves, pode ter má absorção de B12. Ferro e folato é mais fácil, por ter uma absorção mais proximal, mas B12 é mais raro, por a absorção ser mais distal, íleo terminal. Não é comum que a doença celíaca seja grave o suficiente para pegar o íleo terminal, mas pode acontecer; • Osteopenia e osteoporose: Osteopenia é manifestação mais comum, porque pode não absorver direito o cálcio e vit D. 25% dos pacientes podem fazer osteoporose, fazendo fratura patológica; • Alterações ginecológicas e obstétricas: pode fazer amenorreia, pode ter infertilidade, pode ter aborto recorrente, restrição do crescimento intrauterino. Se for homem, pode ter infertilidade também, disfunção erétil. • Sintomas neurológicos: podem ser relacionados a disabsorções, como sabemos que deficiência de B12 faz sintoma neurológico. Deficiência de tiamina faz sintoma neurológico também. Mas, tem sintomas neurológicos que não conseguimos entender. Existem associação com sintoma psiquiátrico, epilepsia, autismo, e algumas dessas alterações não conseguimos explicar: será que é por lesão inflamatória no SNC? • Manifestações cutâneas: Dermatite herpetiforme: manifestação dermatológica mais comum, que o paciente faz umas pápulas eritematosas descamativas, que depois evolui para vesículas, que podem acometer o corpo todo, que pode ser a única manifestação. 5 Beatriz Machado de Almeida Gastroenterologia – Intolerância à lactose e Doença celíaca – Aula 12 Chama assim, pois pode parecer um quadro de herpes zóster. Doença celíaca Associação com doenças autoimunes: Doenças autoimunes gostam de vir associadas a outrasdoenças autoimunes. • Hepatite autoimune; • Colangite biliar primária; • Colangite esclerosante primária; • Tireoidite de Hashimoto; • DM tipo 1; • Doença de Addison; • Miocardite autoimune; • Etc. Adora associar com fígado. Inclusive, no dia a dia de hepato, paciente com doença celíaca gosta de elevar de forma assintomática TGO e TGP, então faz parte investigar doença celíaca. Associação com neoplasias: • Trato gastrointestinal; • Linfoma intestinal de células T; • Colón; Orofaringe; Esôfago; Pâncreas; Hepatobiliar. Diagnóstico INTOLERÂNCIA A LACTOSE: • Na prática, existem os exames: ❖ Teste de H2 expirado: dá uma carga de lactose para pessoa, e depois mede quanto de hidrogênio esse indivíduo expira. Se depois de uma carga de lactose aumenta o hidrogênio expirado, é porque tem bactéria fermentando a lactose, portanto, o teste é positivo. Intolerância significa o paciente ter sintomas. ❖ Teste oral de tolerância a lactose: mediar a glicose do paciente depois de uma carga de lactose oral. Se a glicose do paciente não sobe depois dessa carga, é porque a lactose não está sendo absorvida. Avaliação dos sintomas: Esses testes isolados não fazem diagnóstico, porque precisa avaliar os sintomas. Existem questionários para avaliar os sintomas do paciente. Tem que avaliar se faz sentido que o paciente tenha intolerância à lactose. Avaliar se o paciente tem melhora clínica depois da retirada da lactose da dieta. Quando avalia essas coisas em combinação, aí sim chega ao diagnóstico. Tem que ser as duas coisas juntas. • Na prática clínica, geralmente faz o teste terapêutico primeiro. Resposta de prova, precisa das duas coisas: exame e avaliação de sintomas. • Biópsia; • Testes genéticos. Doença celíaca Não existe teste terapêutico na doença celíaca! Precisa confirmar o diagnóstico. ❖ Testes sorológicos, com autoanticorpos: • Anti endomísio (IgA); • Anti transglutaminase (IgA); • Anti gliadina (IgG e IgA) – menor acurácia; • Diagnóstico, monitorar aderência, resposta ao tratamento; O diagnóstico começa pedindo o anti endomísio e o anti transglutaminase, as frações de IgA principalmente. Se a suspeita diagnóstica era baixa, e os autoanticorpos vem negativos, pode considerar que a chance é baixa, então não precisa da endoscopia com biópsia. Se a suspeita diagnóstica era média ou alta, mesmo que os autoanticorpos venham negativos, precisa da biópsia para confirmação. A única chance de o paciente não fazer a biópsia era se a suspeita diagnóstica era baixa e os autoanticorpos negativos. Então acaba quase sempre precisando da biópsia para comprovação diagnóstica. Se a suspeita é média ou alta, pede junto autoanticorpos e endoscopia com biópsia. Pede os autoanticorpos porque precisa para monitorar a aderência e a resposta ao tratamento, porque durante o tratamento quer que isso caia. • Biópsia de duodeno: Confirmação diagnóstica. • Testes genéticos: não usa muito na prática clínica. Tratamento Intolerância à lactose ❖ Restrição de lactose na dieta: restringe na medida dos sintomas. A maior parte tolera alguma ingesta: tomar a lactose na medida que tolerar. ❖ Produtos fermentados são mais bem tolerados que o leite; 6 Beatriz Machado de Almeida Gastroenterologia – Intolerância à lactose e Doença celíaca – Aula 12 ❖ Reposição de lactase: de acordo com os sintomas. O problema é que nem sempre funciona para todos. Se não melhorar os sintomas, não significa que não tem intolerância à lactose, pois a lactase não funciona para todo mundo. ❖ Probióticos: para a questão da flora intestinal. Doença celíaca • Vida livre de glúten: para sempre. O paciente não pode ter contato com glúten, até de cosméticos que contêm glúten. • Reposição de nutrientes; • Educação: até as panelas que usa para preparar o alimento não devem ser as mesmas que cozinham alimentos que contém glúten. • Equipe multiprofissional; • Acompanhamento a longo prazo.
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