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Atividade A1 Reposição de Carga Horária Psicologia e Necessidades Especiais Prof.ª Michelle de Faria Nunes 1/2020 Estudante: Bruno Eduardo A. F. Mota Questão 01 Mesmo após a publicação da lei que instituiu cotas para a contratação de pessoas com deficiência, a inclusão delas no trabalho ainda é um desafio para a sociedade brasileira. Para entender os principais fatores que impedem esse processo, foi realizada uma pesquisa qualitativa em um município brasileiro. No estudo, foram entrevistados atores importantes no processo de inclusão e realizados grupos focais com pessoas com deficiência e seus familiares. Os principais fatores impeditivos encontrados foram: o preconceito e a discriminação; a relação familiar; o Benefício da Prestação Continuada; a baixa qualificação das pessoas com deficiência; a falta de acessibilidade; e o despreparo das empresas. Concluiu-se no estudo que a elaboração de leis não é suficiente para a inclusão desse público no mundo do trabalho e que os governos devem implementar políticas públicas que auxiliem esse processo. NEVES-SILVA, P.; PRAIS, F. G.; SILVEIRA, A. M. Inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho em Belo Horizonte, Brasil: cenário e perspectiva. Ciência e saúde coletiva, v. 20, n. 8, p. 2549-2558, 2015 (adaptado). Considerando o contexto descrito, avalie as afirmações a seguir. I. Para promover a inclusão no contexto organizacional, o psicólogo deverá desenvolver ações educacionais com vistas à inserção da pessoa com deficiência. II. Os processos seletivos nas organizações que destinam vagas para a inclusão de pessoas com deficiência são exemplos de estratégias que fomentam a diversidade no contexto organizacional. III. Após a inserção de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho, o foco da atuação do psicólogo deve ser a redução das barreiras arquitetônicas dentro e fora da organização. IV. Uma organização que almeja que inclusão e diversidade façam parte de seus valores deve promover ações que coíbam práticas discriminatórias, como a promoção de treinamentos e seminários sobre o tema, por exemplo. V. Na avaliação de desempenho de uma pessoa com deficiência devem ser utilizados indicadores distintos dos adotados para os demais trabalhadores no mesmo cargo. É correto apenas o que se afirma em A I, II e III. B I, II e IV. C I, III e V. D II, IV e V. E III, IV e V. Conforme disposto na Lei Brasileira de Inclusão, em teoria a lei assegura pessoas com deficiência desde “a igualdade e não discriminação” até sua “habilitação e inserção” no mercado de trabalho. Porém, a maior dificuldade ser dar quanto a questão atitudinal, pois faz-se necessário a eliminação de barreiras como o preconceito e para que isso aconteça é necessário melhor capacitação de profissionais além de uma sensibilização dos mesmos para que ocorra não somente a inclusão mas a habilitação do deficiente no ambiente de trabalho. Questão 02 Em campanha contra a medicalização da vida e da educação, o Conselho Federal de Psicologia lançou um caderno com discussões e orientações sobre o tema. No Brasil, o metilfenidato, substância prescrita para crianças e adolescentes com a pretensão de se tratar o Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na escola, subiu de 70 000 caixas vendidas em 2000 para dois milhões de caixas em 2010, colocando o Brasil como segundo maior consumidor dessa droga no mundo, atrás somente dos Estados Unidos da América. Disponível em: <www.medicalizacao.com.br>. Acesso em: 19 jul. 2018 (adaptado). Nesse contexto, avalie as afirmações a seguir. I. O diagnóstico de TDAH estabelecido pelo psiquiatra e, geralmente, validado pelo psicólogo sem que haja qualquer questionamento opera como um dispositivo de verdade que contribui para o uso crescente do metilfenidato. II. Ao receber o encaminhamento de uma criança diagnosticada com TDAH, cabe ao psicólogo estabelecer terapêuticas que facilitem o ajustamento dessa criança no contexto escolar. III. O psicólogo deve fomentar a reflexão da comunidade escolar acerca dos padrões acadêmicos exigidos de crianças e adolescentes, problematizando a culpabilização do sujeito e a sua estigmatização. IV. Ao corroborar indiscriminadamente com os laudos médicos, o psicólogo contribui com a ideia, amplamente difundida, da eficácia do metilfenidato para fins de alterações comportamentais e de aprendizagem, desconsiderando os efeitos colaterais dessa substância. É correto apenas o que se afirma em A I e II. B II e III. C III e IV. D I, II e IV. E I, III e IV. De acordo com texto Dislexia e TDAH: uma análise a partir da ciência médica de Maria A. A. Moysés e Cecília Collares, por mais que seja inegável a existência de doenças que comprometam o processo de aprendizagem, também existem casos de indivíduos que possuem processos de escolarização diferentes, o que pode significar uma maior facilidade ou maior dificuldade desse processo. O estudo ainda abre um “leque” de discussões referente o uso de medicamentos para pessoas saudáveis e seus efeitos colaterais e ainda alerta para responsabilidade de profissionais e autoridades sanitárias. Informações necessárias e importantes para repensar e/ou evitar o uso de medicamentos no processo de educação levando em consideração as limitações profissionais do profissional da psicologia e psiquiatria e a responsabilidade no que desrespeito a diagnósticos e seu impacto na vida do paciente. Questão 03 TEXTO 1 A tal normalidade é um conceito enganoso. Em português comum, ser "normal" significa ser saudável, perfeito. Matematicamente, contudo, "normal" é apenas aquele que cai no centro da distribuição estatística de um parâmetro. E, dada a complexidade do ser humano, dificilmente alguém matematicamente normal é também perfeitamente saudável. Assim como a pessoa "média" não existe, a chance de alguém ser normal a vida toda, sem qualquer transtorno, é ínfima. De perto, ninguém é normal. Nem deveria ser: porque normal, afinal, é não ser normal. HERCULANO-HOUZEL, S. De pert o ninguém é normal. F olha de S ão Paulo; 21/07/2015. Disponível em: <http://app.folha.uol.com.br/#noticia/575531>. Acesso em: 20 jul. 2015 (adaptado). TEXTO 2 O termo normal está ligado à norma, regra. Norma designa o enquadramento, o que não está à direita ou à esquerda, o que está no meio, ou central. Desse modo, é normal aquilo que é de conformidade. Mas, há também um sentido usual, comum, que se refere à maioria dos casos em uma determinada espécie. Nota-se aqui um duplo sentido: o primeiro refere-se ao que deve ser, já o segundo designa o mais frequente em torno da média ou de modelo mensurável. A norma é aquilo que fixa norma a partir de uma decisão normativa. CANGUILHEM, G. O normal e o patológico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000 (adaptado). Com base nos textos apresentados, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. O conceito de normalidade/anormalidade apresenta diferentes nuances e definições de autores da epistemologia do conhecimento em saúde. PORQUE II. Aquilo que se define como psicopatológico não é algo que existe a priori, mas é resultante de uma construção social e histórica que estabelece os critérios de normalidade/anormalidade. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E As asserções I e II são proposições falsas. Segundo Georges Canguilhem, “...um ser vivo é normal num determinado meio na medida que ele é a solução morfológica e funcional encontrada pelavida para responder às exigências do meio...” levando em consideração essa teoria pode se dizer que o conceito de normal trata-se de uma construção social. Portanto deduz-se que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Questão 04 Visando trabalhar a temática da inclusão de pessoas com necessidades especiais, uma instituição educacional implantou um projeto pedagógico que consistiu em instituir que, a cada dia, diferentes estudantes utilizassem uma cadeira de rodas para se locomover. A ideia baseou-se na concepção de que, ao experimentar essa condição, os estudantes que não precisam de cadeira de rodas poderiam compreender melhor os colegas cadeirantes matriculados na instituição. Considerando as discussões referentes à prática de inclusão, o psicólogo escolar e educacional foi convidado a contribuir com o projeto. Nesse contexto espera-se que esse profissional se posicione no seguinte sentido: a) ratifique que seu papel, enquanto profissional da psicologia, diz respeito a fornecer laudos e diagnósticos a respeito das dificuldades de aprendizagem específicas aos estudantes com necessidades educacionais especiais, a fim de verificar se esses estão aptos ao processo educativo. b) ressalte a importância do projeto para visibilizar a temática, mas aponte a necessidade de ações para ampliar o debate e a reflexão sobre como as práticas pedagógicas, relações existentes e forma de tratamento das pessoas com necessidades especiais favorecem ou não a promoção da inclusão no âmbito da instituição. c) esclareça que esse projeto mostra-se limitado porque tangencia o foco da problemática, sendo essencial que a instituição realize um levantamento acerca das dificuldades dos estudantes com deficiência e promova ações de nivelamento entre esses e os demais estudantes, diminuindo assim a segregação. d) proponha realizar o encaminhamento dos estudantes com necessidades especiais para profissionais especializados, tais como, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, entre outros, pois estes são devidamente capacitados para minimizar as deficiências existentes, única forma de gerar melhorias na aprendizagem e socialização. Espera-se que o profissional aponte a necessidade de viabilizar ações afim de propagar discursões e reflexões sobre o “Ser e Sentir-se deficiente”, reafirmando a identidade e suas singularidades a fim de (re)construir a imagem acerca da deficiência física e qual o impacto de determinadas limitações e seus estigmas no cotidiano em sociedade. (MARTINS, José Alves e BARSAGLINI, Reni Aparecida. Aspectos da identidade na experiência da deficiência física: um olhar socioantropológico.) Questão 05 Com relação ao processo de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, julgue os próximos itens. Justifique as erradas. I. As barreiras para a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho são múltiplas e impostas por diferentes agentes, que incluem as próprias instâncias governamentais, as empresas que oferecem o emprego e o baixo nível educacional ou a qualificação da pessoa. II. Em termos de saúde mental, a pessoa com deficiência usufrui de maior benefício quando recebe provimento governamental de recursos suficientes para uma vida digna e saudável, de tal forma que permitam sua inclusão em atividades de lazer e a dispensem da necessidade do trabalho. III. A adaptação da pessoa com deficiência a um novo trabalho pode ser limitada por suas próprias atitudes, que são comportamentos diretamente observáveis e sustentados por uma dimensão afetivo-emotiva. IV. Ao promover a adaptação da pessoa com deficiência a um novo trabalho, o psicólogo deve considerar que as atitudes dessa pessoa podem ser influenciadas pela percepção dos próprios resultados e pela comparação feita com resultados observados em terceiros que realizem a mesma tarefa As questões II e III podem ser consideradas incorretas, levando em consideração que por mais que existam leis que fundamentem os direitos das pessoas com deficiência no ingresso ao mercado de trabalho, na prática esses indivíduos encontram maior dificuldade não apenas no ingresso mas no processo de adaptação ao ambiente de trabalho em detrimento da falta de preparação de profissionais que corroborem para o avanço e desenvolvimento do deficiente nas atividades cotidianas desde a educação básica até a habilitação dos mesmo como profissionais. Questão 6 Com relação aos processos de inclusão do aluno com deficiência intelectual, assinale a alternativa incorreta. A. As abordagens à inclusão valorizam as habilidades e os potenciais de estudantes com deficiência. B. O foco não se dá apenas na aprendizagem dos conteúdos, mas na valorização de experiências que fortaleçam o senso de si mesmo e de cidadania. http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=MARTINS,+JOSE+ALVES http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=BARSAGLINI,+RENI+APARECIDA C. O maior objetivo é a socialização, mas as dificuldades cognitivas impedem o ingresso na educação superior. D. Promove a autonomia e a independência nas atividades cotidianas. E. Pode contribuir para o ingresso e a permanência no mercado de trabalho e para a ascensão na carreira. Segundo o modelo médico a pessoa por si própria tem suas incapacidades diretamente relacionada a doença, com tratamento individual. Já no modelo social compreende-se como uma incapacidade relacionada a própria pessoa, podendo variar a forma como cada uma se relaciona. É inegavel a importância da socialização da pessoa com deficiência intelctual. Porém, por mais que a deficiência seja algo que efetivamente limite determinadas capacidades, é impossível afirmar e generalizar a capacidade de um individuo com deficiência intelectual ingressar na educação superior, pois o ser humano (principal objeto de estudo da psicologia) é bastante diverso, principalmente no processo de desenvolvimento intelectual. Questão 7 Sobre os aspectos relacionados à educação inclusiva, é correto afirmar que A. escola e família precisam estreitar laços, principalmente no que se refere à atenção as crianças com necessidades educativas especiais. B. o mais importante a ser feito é instrumentalizar o professor com um maior conhecimento a respeito das patologias com as quais irá se confrontar. C. a inclusão escolar da criança com internação de longa duração deve ser definida após alta hospitalar. D. o Estatuto da Pessoa com Deficiência não contempla pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas. E. não se aplica à criança de zero a três anos, pois não há estudos que comprovem benefícios da socialização nessa faixa etária. A escola e a família da qual tem e terá convivência devem estabelecer vínculos para melhor entendimento e adaptação e atender as necessidades referente ao aluno, pois e de suma importância a participação da família no processo de desenvolvimento intelectual. Questão 08 De acordo com a Lei nº 13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência, assinalar a alternativa INCORRETA: I. Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. II.A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, entre outros, sobretudo com a finalidade de atendimento em todas as instituições e serviços de atendimento ao público. III.A deficiência afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária. IV.É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com deficiência em todos os níveis de complexidade,por intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário. A terceira afirmativa pode ser considerada incorreta, pois segundo o Art. 6° da lei 13.145/2015 pessoas com deficiêcias intelectuais também possuem seus direitos civis de família garatidos, e por mais que a dificiência imlique em algumas limitações, isso não afeta a capacidade e nem o direito a família, conforme bem ilustrado no filme O Milagre da Cela 7, pessoas com deficiências são aptas a desenvolverem vínculos amorosos, inclusve a constituírem família. Questão 09 Sobre a questão do acompanhamento e tratamento a pessoas portadoras de deficiências e seus familiares, analise as afirmativas abaixo. 1. O acompanhamento e tratamento ao deficiente, dependendo da funcionalidade do quadro apresentado, bem como da condição socioeconômica dos pais e/ou familiares, prescindem de orientação específica por parte do psicólogo. 2. Segundo a literatura, pais surpreendidos com a chegada de um filho deficiente geralmente parecem experimentar cinco estágios emocionais: choque, negação, tristeza e cólera, equilíbrio e reorganização. 3. Para minimizarem o próprio sentimento de culpa, pais de filhos com deficiência podem fazer com que os limites impostos a ele não fiquem claros, o que vem dificultar o estabelecimento de regras e disciplina e gerar comportamentos sociais indesejáveis por parte desses filhos. 4. O acompanhamento e tratamento ao deficiente requerem do psicólogo bom entendimento das condições emocionais dos pais e, consequentemente, do vínculo destes com o seu filho com deficiência. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. b. ( ) São corretas apenas as afirmativas 2 e 4. c. ( ) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4. d. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3. e. (X) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. Normalmente os pais passam por estágios emocionais, logo após focam em buscar o melhor para seus filhos acreditando que a deficiência é individual, então nesse ponto a construção do indivíduo pode ser considerada subjetiva. No que desrespeito ao papel do psicólogo, analisa- se todos esses fatores ferido na 4 para propor um bom aconselhamento construindo melhorias junto com a família diagnosticando de forma correta e encaminhando se necessário. Questão 10 Tem chamado atenção no Brasil o alarde em relação às drogas ilícitas, bem como as campanhas envolvendo grandes somas de dinheiro público para tratamento, no caso de algumas delas. Entretanto, ao avanço da utilização das drogas lícitas não se tem atribuído a mesma importância. Atualmente o Brasil é o segundo maior consumidor mundial do metilfenidato, a Ritalina, droga ministrada a crianças e adolescentes com dificuldades na escolarização, sejam de comportamento, sejam de aprendizagem. Essas informações são extraídas de publicação do Conselho Federal de Psicologia, que pretende trazer para discussão na sociedade uma reflexão sobre: A) a medicalização da vida e da educação; B) a psicopatologia da vida cotidiana; C) a judicialização do TDAH; D) a descriminalização das drogas; E) o acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica. Como já mencionado no início deste questionário, o estudo de Maria A. A. Moysés e Cecília Collares dentre outras obras abrem caminhos para reflexões quanto ao aumento no número de prescrições e vendas de remédios (drogas) por soluções rápidas e prescrição de medicamentos de maneira inadequada e que muitas vezes não se fazem necessárias, ocasionando determinadas dependências e/ou efeitos colaterais.
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