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Vitaminas Lipídicas 
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Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas e da Terra
Departamento de Química
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A palavra vitamina foi criada pelo químico Casimir Funk, em 1912, e é uma junção das palavras vital e amina;
São compostos orgânicos essenciais para manutenção das funções orgânicas (crescimento, metabolismo e integralidade); 
Na falta dessas substâncias, nosso organismo pode não conseguir realizar atividades essenciais efetivamente, havendo, assim, problemas graves de saúde. 
Figura 1. Alimentos ricos em vitaminas
Vitaminas 
Conceitos e um breve histórico
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São vitaminas que são solúveis em gordura;
As quatro vitaminas lipídicas são (A, D, E e K);
Contêm anéis e cadeias laterais alifáticas longas;
Essas vitaminas são altamente hidrofóbicas, embora cada uma delas tenha pelo menos um grupo polar. 
Figura 2. Vitaminas
Vitaminas lipídicas
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A vitamina A, ou retinol, é uma molécula lipídica de 20 carbonos obtida, direta ou indiretamente, do E-caroteno dos alimentos;
Essa vitamina atua principalmente na visão, mas também possui um importante papel no funcionamento do sistema imunológico, na manutenção da saúde das mucosas, no crescimento e desenvolvimento, na defesa antioxidante e na reprodução.
O E-caroteno é um lipídeo vegetal com 40 carbonos, cuja quebra oxidativa enzimática fornece vitamina A;
Essa vitamina existe em três formas que diferem entre si pelo estado de oxidação do grupo funcional terminal: o álcool retinol, o aldeído retinal e o ácido retinóico. 
Vitamina A
Figura 3. Formação de vitamina A a partir de β-caroteno
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Vitamina D é o nome coletivo para um grupo de lipídeos relacionados;
Vitamina D3 (colecalciferol) é formada não enzimaticamente na pele, a partir do esteroide 7-de-sidrocolesterol;
A vitamina D2, um composto relacionado à D3 (D2 tem uma metila adicional), é um aditivo do leite fortificado; 
A forma ativa da vitamina D3, 1,25-di-hidroxicolecalciferol, é formada a partir dela por duas reações de hidroxilação; a vitamina D2 é ativada de modo semelhante.
Vitamina D
A Vitamina D regula tanto a absorção intestinal do cálcio como sua deposição nos ossos.
Além disso, é responsável por outras atividades, trabalhando como reguladora do crescimento, sistema imunológico, cardiovascular, músculos, metabolismo e insulina. 
Figura 4.Vitamina D3 (colecalciferol) e 1,25-di-hidroxicolecalciferol. 
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 Uma das funções básicas da vitamina E é proteger as membranas celulares; 
Tem como principal função no organismo a sua forte ação antioxidante. 
A vitamina E, ou D-tocoferol, é um dos vários tocoferóis intimamente relacionados, compostos que têm um sistema bicíclico contendo oxigênio e uma cadeia lateral hidrofóbica
O grupo fenólico da vitamina E pode sofrer oxidação, dando origem a um radical livre estável.
A deficiência de vitamina E é rara, mas pode causar fragilidade nos eritrócitos e danos neurológicos. 
Figura 5.Vitamina E
Vitamina E
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A vitamina K (filoquinona) tem como função catalisar a síntese dos fatores de coagulação do sangue no fígado.
Ela é uma coenzima para uma carboxilase nos mamíferos que catalisa a conversão de resíduos específicos de glutamato a J-carboxiglutamato.
Figura 6. Conversão de resíduos específicos de glutamato a γ-carboxiglutamato.
Figura 7. Vitamina K
Vitamina K
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Absorção e Mecanismo
Vitamina A
Figura 1. Metabolismo da vitamina A. BCMO (Betacaroteno monoxidase); LRAT (Leticina: retinol aciltransferase); RBP (“Retinol Binding Protein”/Proteínas de Ligação do Retinol); TTR (Transtiretina). Fonte: NutMed
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Absorção e Mecanismo
Fatores que afetam a absorção
Tipo de carotenoide ingerido;
Ligações moleculares;
Quantidade de carotenoide na dieta;
Matriz que o carotenoide se encontra;
Estado nutricional do indivíduos;
Fatores genéticos;
Fatores relacionados com o indivíduo;
Interação entre estas variáveis;]
Eliminação
Nefrite crônica
Ácido Retinóico
Figura 2. Vegetais com altas concentrações de carotenóides provitamínicos A. (Cenoura, Brócolis, Alface, Cebolinha, Hortelã e Espinafre). Fonte: Google Fotos
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Absorção e Mecanismo
Vitamina D
Figura 3. Metabolismo da vitamina D. Fonte: NutMed 
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Absorção e Mecanismo
Figura 4. A produção de vitamina D3 e o metabolismo. Fonte: Princípios de Bioquímica de Lehninger, 2014. 
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Fatores que afetam a absorção
Pouca exposição à luz UV
Uso excessivo de roupas;
Países de pouca insolação (alta latitude);
Pouca penetração da luz UVB durante o inverno na atmosfera;
Uso de bloqueadores solares;
Confinamento em locais onde não há exposição à luz UV;
2. Diminuição da capacidade de sintetizar vitamina D pela pele
Envelhecimento;
Fototipo (Nível de Pigmentação da Pele);
Raça amarela;
3. Doenças que alteram o metabolismo da 25-hidroxivitamina D ou 1,25-dixidroxivitamina D
Fibrose cística;
Doenças do trato gastrintestinal;
Doenças hematológicas;
Doenças renais;
Insuficiência cardíaca;
Imobilização;
Absorção e Mecanismo
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Absorção e Mecanismo
Vitamina E
Figura 5. Absorção, metabolismo e excreção da vitamina E. Fonte: CLEMENTE, 2013 adaptado de Gagné et al, 2009. 
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Absorção e Mecanismo
Vitamina K
Figura 6. Representação esquemática do ciclo da vitamina K e local de atuação da varfarina. Fonte: DÔRES et al, 2001. 
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Fatores que afetam a absorção
Fisionomia do indivíduo;
Doenças que afetam a absorção gastrintestinal (Exemplos: atresia biliar, fibrose cística, doença celíaca e síndrome do intestino curto); 
Ingestão insuficiente de fontes dessa vitamina;
Uso de coagulantes cumarínicos;
Nutrição parenteral total (NPT); 
Ingestão de megadoses de vitaminas A e E (antagonistas da vitamina K); 
Absorção e Mecanismo
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Vitamina A
Fontes alimentares 
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Pré-formada
Fígado;
Leite integral e derivados;
Óleo de fígado de peixe;
Ovos 
Carotenoides
 β-caroteno e β-criptoxantina
α-caroteno 
Figura 8. alimentos ricos em vitamina A.
 
Vitamina A
Deficiência 
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Causas 
Desmame precoce;
Baixa ingestão de alimentos fontes;
Insuficiência pancreática;
Alcoolismo crônico, entre outras. 
Estágios
Sub-clinica;
Funcional; 
Deficiência clinica.
 
Figura 9. xerose conjuntival
Figura 11. manchas de Bitot
Figura 10. ulceração corneal
Vitamina A
Toxicidade 
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Aguda 
Náuseas;
Cefaléia;
Visão turva;
Coma;
Morte. 
Crônica 
Alopecia;
Prurido e pele seca; 
Hepatomegalia;
Dores ósseas e articulares.
 
Vitamina A
Prevenção e controle 
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Suplementação ou distribuição periódica;
Fortificação de alimento;
Ação de intervenção educativa e nutricional;
Melhoramento dos produtos vegetais.
Vitamina D
Fontes alimentares 
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Ovo;
Manteiga;
Óleo de fígado de bacalhau;
Fígado;
Salmão;
Sardinha;
Queijos; 
Cogumelo. 
Figura 12. alimentos ricos em vitamina D.
 
Vitamina D
Deficiência 
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Figura 13. ossos normais e ossos com raquitismo. 
Inibição de mineralização óssea;
Induz um aumento no PTH, acelerando a perda de massa óssea. 
Figura 14. ossos normais e ossos com osteoporose.
Figura 15. ossos normais e ossos com osteomalácia.
Vitamina D
Toxicidade 
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Cálculo renal;
Calcificação de tecidos moles;
Endurecimento das artérias;
Náuseas;
Anorexia;
Fraqueza;
Dor de cabeça; 
Poliúria;
Distúrbios digestivos. 
 
Vitamina D
Prevenção e controle 
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Exposição a luz solar de 5 a 30 minutos, todos dias no início da manhã ou no final da tarde;
Fortificação de alimento;
Ações de medicina preventiva.
Vitamina E
Fontes alimentares 
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α-tocoferol;
γ-tocoferol.
Figura 16. alimentos ricos em vitamina E.
Vitamina E
Deficiência 
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Causa
Má absorção de gordura. 
 
Consequência
Disfunções neurológicas;
Miopatias;
Atividade plaquetária anormal;
Afeta crianças com perda dos reflexos, alteração do equilibrio e coordenação;
Em recém-nascidos prematuros: baixas reservas e absorção intestinal deficiente;
Colestase na gravidez.
Figura 17. grávida com colestase.
Vitamina E
Toxicidade 
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Toxicidadebaixa, mesmo com alta ingestão;
Redução de agregação plaquetária;
Interferência no metabolismo da vitamina K;
Causa sangramento;
Aumento da pressão. 
Vitamina E
Prevenção e controle 
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Realizar exames de sangue regularmente;
Em grávidas, recomenda-se fazer frequentemente ultrassons;
Assim que detectado o excesso, supender o medicamento e se necessário ingerir vitamina K;
Vitamina K
Fontes alimentares 
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Filoquinona
Vegetais verdes;
Óleos vegetais.
Menequionas
Carnes;
Peixes;
Leites;
Síntese bacteriana. 
Figura 18. alimentos ricos em vitamina K.
 
Vitamina K
Deficiência 
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Hemorragia;
Hipoprotrobinemia;
Problemas na calcificação óssea;
Fraturas no quadril em adultos;
Concentração de protombina;
Fraca coagulação sanguínea;
Maiores complicações com o Corona Vírus.
 
Figura 19. fraca coagulação sanguínea.
Vitamina K
Toxicidade 
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Não existem efeitos tóxicos registrados a partir do uso de alimentos;
Alta dose de vitamina K sintética. 
 
Figura 20. vitamina K2 MK-7
Vitamina K
Prevenção e controle 
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Sua ingestão recomendada diária para homens é de 120μg e para mulheres 90μg; 
Uma pequena dose de azeite na salada ajuda na sua absorção.
Figura 21. azeite de oliva na salada
Referências 
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https://www.tuasaude.com/alimentos-ricos-em-vitamina-e/
https://www.abreuelimaemdestaque.com.br/2015/02/os-7-sinais-de-deficiencia-de-vitamina-k.html?m=1
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