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RESPOSTA IMUNE CONTRA TUMORES Geovana Laine da Silva Freire Maria Júlia Suzana Araújo Paula de Souza Oliveira Introdução • A reprodução de células normais é cuidadosamente regulada, mas quando essas células são expostas a radiação, alguns tipos de vírus e carcinogênicos químicos podem sofrer mutações levando as células a um crescimento descontrolado, produzindo tumores ou neoplasma. • Um tumor pode ser benigno, onde seu crescimento ocorre de forma organizada, geralmente lenta e com limites bem nítidos, o mioma é um exemplo de tumor benigno. O tumor maligno cresce infinitamente e se espalha, eventualmente causando a morte do hospedeiro. Objetivos • Geral: Análises estão sendo feitas para constar o surgimento de tumores em células, diferenciando o benigno do maligno. Ao uma célula ser exposta a mutação, surge alguns tipos de vírus fazendo com que a célula obtenha crescimento vindo a surgir a existência de tumores. • Específico Estudar os mecanismos de defesa do organismo contra tumores, assim como as funções das células e organismos envolvidos. Desenvolvimento Causas • Alguns tumores podem apresentar resposta imune, mas outros podem regredir de maneira espontânea, o que sugere a ação da resposta imunológica. • Para que o sistema imune reaja contra um tumor, ele deve possuir antígenos considerados estranhos. Existem dois tipos de antígenos tumorais: - Antígenos de transplante tumor-específico (TSTA): são responsáveis pela rejeição tumoral e, em grande parte das vezes, não pode ser identificados facilmente. - Antígenos de transplante associados a tumor (TATA): são expressos em níveis elevados em células tumorais, quando comparados a células normais • Os antígenos oncofetais estão presentes no desenvolvimento fetal, mas, na maioria das vezes não são expressos na vida adulta. Características • As células tumorais expressam antígenos que se distinguem das células normais, os quais podem ser divididos em dois grupos: - Antígenos tumorais exclusivos: presentes apenas nas células tumorais e com abordagens moleculares mais gratificantes para identificar esses antígenos do que o uso de anticorpos monoclonais. - Antígenos associados a tumores: podem ocorrer em algumas células normais, no entanto expressões associadas a outros marcadores são utilizadas para identificar células tumorais, logo, os anticorpos monoclonais são importantes. Características • Existem dois tipos de antígenos de transplante associados a tumor (TATA), os quais são reconhecidos mediantes células da imunidade inata: - Antígenos T: compartilhados por muitos tumores. - Antígenos específicos de tumor (TSTA): antígenos específicos para cada tumor. • Antígenos oncofetais: são antígenos de diferenciação que estão presentes já no desenvolvimento fetal, mas geralmente não são expressos na vida adulta. O antígeno alfa fetoproteína (AFP) e o antígeno carcino-embriônico (CEA) são expressos pelas células tumorais. Mecanismos • Em modo geral todos os componentes que possuem o sistema imunológico tem o poder de ser usado em defesa contra as células tumorais, são os exemplos de: • Células B: possui a função de secretar anticorpos funcionando como APC. Fazendo com que os anticorpos funcionam fixado os complementos e promovendo ADCC. • Células T: são de fato o mecanismo mais importante, pois funciona como a função de maior defesa p/ os organismos contra as células existentes. Agem sobre as células CD8+, podendo ativar outros componentes que são do sistema imune. • Macrófagos: possui muita importância no início da resposta imune, por obter APC, podendo atuar diretamente como célula efetora atingindo assim a lise aonde se encontra o tumor. Mecanismos • Mecanismo de células tumorais de escape: • •Células T supressoras. • Fatores solúveis: podendo fazer com que as células tumorais secretam substância que atuam direto na reatividade imunológica das células. • Imunosseleção: podem produzir células tumorais reconhecidas estranhas no sistema imune que essas células habitam. Imunoterapia • A imunoterapia é um tipo de tratamento que tem como objetivo potencializar o sistema imunológico para que ele possa combater os tumores. Ela age através do crescimento de células T selecionando antígenos-específicos, amplificando a resposta imune através de citocinas ou da formação de conjugados anticorpo- toxinas dirigidos contra o tumor. Existem meios ativos e passivos de imunoterapia: - Imunoterapia ativa: é realizada por meio de vacinas, como por exemplo a vacina da hepatite B ou a vacina do papiloma vírus (HPV) humano; - Imunoterapia passiva: envolve a transferência de antígenos pré-formados e células imunes para o hospedeiro. • Administração de anticorpos monoclonais: a ADCC – citoxidade celular dependente de anticorpo – é o principal mecanismo efetor após a infusão de anticorpos, além disso outra associação promissora é a associação anticorpo-agente citotóxico. Conclusão • A imunologia tumoral estuda propriedades antigênicas das células transformadas, da resposta imune do organismo a essas células, das consequências imunológicas no organismo e do jeito que o sistema imune pode ser modulado para reconhecer e promover a erradicação do tumor. Vários eventos biológicos podem fazer com que uma célula normal se torne tumoral, algumas das causas mais conhecidas são infecção por vírus (hepatite B, papiloma, etc), indução por agentes físicos (raio-X e outras radiações) e mutações espontâneas. A diferença de um tumor benigno para um maligno é que o benigno tem seu crescimento organizado, lento e com limites bem nítidos enquanto que os tumores malignos crescem sem parar e sem limites, podendo causar a morte do hospedeiro. Conclusão • Para promover resposta imune, foram desenvolvidas estratégias de imunoterapia contra tumores, onde as células do sistema imune são manipuladas através do cultivo celular e da manipulação genética ou da participação ativa do hospedeiro na montagem da resposta imune, obtendo as respostas por meio de vacinas. A maioria das respostas tumorais não pode evitar o crescimento do tumor, mas as células efetoras, como as células T, macrófagos e células Natural Killer (NK), possuem habilidades relativamente eficazes. Foi demonstrado em estudo que a quimioterapia e radioterapia atuam com efeitos imunomoduladores, podendo intensificar vários tratamentos imunológicos. Referências • GHAFFAR, Abdul. Imunologia – capítulo 18, Imunologia de tumores. Microbiologia e imunologia online, Escola de Medicina da Universidade da Carolina Do Sul. Disponível em: < https://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter18.htm > • REDMAN, Bruce G. CHANG, Alfred E. Tumor immunology. ACP Medicine. 2009. Decker Intellectual Properties inc. Ontário, Canadá. Disponível em: < http://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp- medicine/4584/imunologia_de_tumores_%E2%80%93_bruce_g_redman_do_alfred_e_ch ang_md_facs.htm > • Universidade Federal da Bahia – UFBA. Faculdade de Medicina, Departamento de Anatomia Patológica e Medicina Legal. Imunologia dos tumores. Disponível em: < http://www.medicina.ufba.br/imuno/roteiros_imuno/tumores.pdf > https://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter18.htm http://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp- medicine/4584/imunologia_de_tumores_%E2%80%93_bruce_g_redman_do_alfred_e_chang_md_facs.htm http://www.medicina.ufba.br/imuno/roteiros_imuno/tumores.pdf
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