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Direito Civil II

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RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................142
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................143
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................145
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UNIDADE 1
TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender as noções de direito civil;
• identificar as diferenciações dos conceitos principais de direito civil;
• adentrar no mundo das obrigações jurídicas;
• constatar as ideias principais das teorias de relações civis;
• perceber a classificação das obrigações no direito civil;
• caracterizar as diferentes espécies de obrigações.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL
TÓPICO 2 – DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
TÓPICO 3 – CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
TÓPICO 4 – ESPÉCIES DE OBRIGAÇÕES
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TÓPICO 1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL
1 INTRODUÇÃO
Nesta unidade, caro acadêmico, você entrará no mundo do direito civil e 
será levado ao início dos estudos sobre as relações obrigacionais do conhecimento 
jurídico. Isso ocorrerá de maneira fragmentada em quatro tópicos, respetivamente: 
introdução ao direito civil; teoria geral das obrigações; classificação das obrigações 
e espécies de obrigações. Por fim, você terá as referências bibliográficas, as quais 
servem de indicação para que vá além da leitura obrigatória.
De acordo com Maria Helena Diniz (2010), doutrinadora de direito civil, 
uma obrigação é sempre originada a partir de um dever jurídico. Este tipo de 
dever é, por sua vez, um dever que nasce como consequência de algum direito 
que vigora sobre todos os cidadãos, os quais chamamos de direitos objetivos. 
É a partir disso que tem início as sanções a serem executadas por aqueles 
cidadãos que não cumprem seus respectivos deveres jurídicos. Maria Helena 
Diniz (2010) usa, como exemplos de deveres jurídicos, deveres como o de respeitar 
a vida e o de não danificar coisa alheia.
IMPORTANT
E
Adiante, constataremos que o termo “dever jurídico” é mais amplo que o termo 
“obrigações”, pois o primeiro abrange uma quantidade maior de deveres do que aqueles 
provenientes de negócios jurídicos. Veremos que eles são o berço das chamadas obrigações.
Podemos dizer, de maneira simplificada, que o conceito de obrigação 
corresponde ao direito que determinado indivíduo possui de exigir que seja feito 
o cumprimento de um dever previamente assumido por outro cidadão através de 
uma relação jurídica preliminarmente estabelecida entre eles. 
Nas palavras de outro doutrinador igualmente importante, Washington 
de Barros Monteiro (2012, p. 8): “a obrigação é a relação jurídica, de caráter 
transitório, estabelecida entre credor e devedor e cujo objeto consiste numa 
prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao 
segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio”.
UNIDADE 1 | TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES
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Dessa maneira, é possível perceber que dentro das relações obrigacionais 
existe a figura de dois tipos de sujeitos. O primeiro é aquele que carecerá de 
receber determinada prestação, assim, é o indivíduo que possuirá o direito de 
exigir a solvência da obrigação outrora firmada. 
O cidadão observado no parágrafo anterior será o chamado sujeito ativo 
e, existindo mais de um sujeito ativo na mesma relação obrigacional, a obrigação 
deverá ser executada com cada um deles, de maneira que poderá ser paga ou no 
total para apenas um dos sujeitos ativos ou em partes para cada um deles. Fato que 
dependerá do tipo de relação jurídica estabelecida, as quais veremos mais adiante. 
O indivíduo envolvido no outro lado de uma relação obrigacional será 
aquele que chamaremos de sujeito passivo, este é de quem se exige o cumprimento 
da prestação. A prestação em questão será exaurida quando o sujeito passivo 
realizar a ação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa em detrimento do interesse 
do sujeito ativo. 
Verificando a existência de mais de um sujeito passivo será possibilitada 
a realização de prestação parcial de cada sujeito ou total, de apenas um devedor, 
também dependendo do tipo de relação jurídica.
Podemos, então, concluir desde já que as obrigações serão sempre referentes 
a relações jurídicas. Além disso, as fontes das relações obrigacionais serão os fatos 
jurídicos em sentido amplo (lato sensu), provenientes da vontade humana.
2 NOÇÕES DE DIREITO CIVIL
A palavra “direito” pode ser aplicada com inúmeros significados. 
Dentre essas diferentes definições, a mais comumente aplicada e de mais fácil 
entendimento é a de que direito seria o conjunto de regulamentos universais e 
positivados que orientam a vida em sociedade. Logo, podemos dizer que o direito 
é formado por regras previamente estabelecidas que, ao serem devidamente 
inseridas no ordenamento jurídico do país, servirão como um farol norteador 
para todos os cidadãos residentes naquele território guiarem as atitudes que 
tomam em suas vidas em sociedade.
A partir desse entendimento, conseguiremos avaliar algumas vertentes 
importantes do direito, são elas: Direito Objetivo, Direito Subjetivo, Direito 
Natural, Direito Positivo, Direito Público e Direito Privado.
• Direito objetivo diz respeito às normas em si. É ele que estabelece a conduta 
social a ser adotada pelos indivíduos. 
• Direito subjetivo é a faculdade, a opção que o cidadão detém sobre os direitos 
que lhe são próprios. Este direito é referente aos direitos subjetivos dos 
cidadãos, e é assegurado através do direito objetivo.
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL
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• Direito natural é aquele que está ligado aos preceitos de filosofia, é a ideia 
de uma justiça maior e anterior aos homens. São os direitos garantidos pela 
própria natureza humana, antes da criação de ordenamentos jurídicos e 
sociedade. Uma justiça superior.
• Direito positivo traduz as normas jurídicas que se encontram vigentes em 
determinado tempo e território. É o direito que já está posto em formato de 
lei. É de dentro deste direito que se extrai a ideia de direito público e privado 
que passamos a ver.
• Direito público é aquele que regula as relações entre diferentes estados, e, 
também, entre Estado e os indivíduos particulares. É o ramo do direito que dá 
prioridade ao interesse da coletividade.
 A aplicação do Direito público é obrigatória. Nesse ramo do direito, só é 
permitido que se faça o que está previamente contido em lei. Dentre as áreas 
de direito público, podemos destacar direito administrativo, constitucional, 
tributário, processo penal, entre outros.
• Por fim, o ramo do Direito privado é aquele que regulamenta as relações 
entre dois ou mais indivíduos particulares. Nas relações de direito privado, 
ao contrário do que acontece no direito público, é permitido que se faça tudo o 
que a lei não proíbe.
 São áreas de direito privado: o direito empresarial ou comercial, o direito 
do trabalho e o direito civil. Este último é que interessa ao nosso estudo 
neste livro didático. 
Direito civil é a área do direito que se dedica às relações jurídicas entre 
duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas) ou, ainda, entre pessoas e coisas. Essas 
relações podem ser pessoais, familiares, patrimoniais ou obrigacionais.
Para começar melhor absorção do que foi dito até aqui é necessário que 
se esmiúce alguns conceitos. Podemos iniciar trabalhando melhor a definição de 
pessoa dentro do nosso ordenamento jurídico. 
As pessoas são os sujeitos a quem se destinam os direitos e deveres 
conferidos nas normas legais. Há que se diferenciar pessoa de personalidade, 
esta última diz respeito à capacidade
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