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13 Título Executivo

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TÍTULO EXECUTIVO
1. IMPORTÂNCIA DO TÍTULO EXECUTIVO NA EXECUÇÃO
O título executivo (TE), judicial ou extrajudicial, é uma exigência de toda execução, seja provisória ou definitiva. 
Sem o título, não é possível aferir a causa de pedir, pedido, legitimidade, interesse de agir; isto é, vários requisitos e condições da ação de execução são analisados no título executivo. Por isso sua importância.
TE judiciais: 515 CPC
TE extrajudiciais: 784 CPC
O título deve ser assinado pelo devedor, não pode existir título unilateral. Exceção: certidão de dívida ativa expedida pela Fazenda Pública e a certidão de serventia extrajudicial (784 IX).
Observação: no antigo CPC, o rol de TE era taxativo, só eram considerados aqueles expressos. Atualmente, com base no art. 190 do novo CPC, admite-se a criação de novos títulos através de negócio jurídico consensual. 
· Fredie entende que as partes podem tanto dar qualidade de TE a um documento não previsto na lei quanto retirar de um previsto. 
Se a pessoa quiser entrar com ação de conhecimento mesmo havendo TE, é possível. Há presunção legal de legitimidade absoluta. 
2. CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA
Opiniões doutrinárias: 
· Liebman: o TE é o ato jurídico que incorpora a sanção. Tem natureza constitutiva, pois faz nascer a execução e da legitimidade ao credor para ajuizá-la. O documento é a prova do ato; o ato (núcleo do TE) que tem eficácia constitutiva, não o documento. 
· Carnelutti: além de prova legal de um fato, o TE demonstra a eficácia jurídica de um fato (é mais forte que uma mera prova). 
· Andolina: o TE é a representação documental típica de um crédito. Sua importância não é o ato representado, mas sim ele ser uma exigência da execução. 
· Barbosa Moreira: a execução busca dar prática a norma jurídica concreta formulada pelo órgão jurídico ou pela parte. O conteúdo do TE é um ato jurídico, mas esse ato é a fonte de uma norma que se busca efetivar. 
Conclusão: o título contém um ato jurídico normativo, serve como prova dele e, em razão disso, tem aptidão para permitir a instauração da atividade executiva, sendo dela um requisito de validade indispensável. 
Opinião Fredie: há o título material, que é o ato normativo, que imputa a alguém o dever de prestar; e há o título formal, que é a documentação do ato. Esse ato, uma vez documentado, tem o efeito de permitir a execução. 
Conceito: o título executivo é o documento que certifica um ato jurídico normativo, que atribui a alguém um dever de prestar líquido, certo e exigível; a que a lei atribui o efeito de autorizar a instauração da atividade executiva.
 
3. ATRIBUTOS DA OBRIGAÇÃO REPRESENTADA NO TÍTULO EXECUTIVO
Deve ser certa, líquida e exigível. (783)
a) Certeza
É o pré-requisito dos demais, só há liquidez e exigibilidade se houver certeza. 
Há certeza quando do título se infere a existência da obrigação. 
É certa a obrigação que não depende de elemento extrínseco para ser identificada. A mera leitura do TE demonstra que há obrigação, quem é o devedor, quem é o credor e quando deve ser cumprida.
A certeza não se confunde com a impossibilidade de impugnação. 
Sabe-se “que é”
b) Liquidez
Se refere a determinação do objeto. 
É líquido o crédito quando, além de claro e manifesto, dispensa qualquer elemento extrínseco para aferir seu valor ou para determinar seu objeto. 
O TE extrajudicial SEMPRE é líquido. O judicial pode precisar de liquidação. 
Não haverá liquidez se sua apuração decorrer de atividade unilateral. 
Sabe-se “o que é”
c) Exigibilidade 
É preciso que exista o direito à prestação (certeza) e que o dever de cumprir seja atual. 
Não estando sujeita a condição ou termo, a obrigação é exigível. 
4. TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS
A característica comum a todos é a identificação da norma jurídica individualizada que atribua a um sujeito o dever de prestar em uma decisão jurisdicional. 
Estão previstos no artigo 515 do CPC: 
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
Passemos a análise de cada inciso: 
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
A decisão condenatória[footnoteRef:1] é o TE por excelência, mas qualquer decisão judicial pode ser título executivo. [1: Condenatória: condena a prestação de uma obrigação] 
São TE: decisão que extingue execução provisória e que gera dever de indenizar (520 I); decisão em ação de oferta de alimentos e consignação em pagamento, de conteúdo meramente declaratório; decisão que concede tutela provisória (304). 
A decisão declaratória[footnoteRef:2] pode ser TE quando reconhecer um dever de prestar. Obtida a certificação do direito, pode executar. Ex: pode haver ação declaratória sobre obrigação ainda inexigível, se após a decisão, a obrigação for exigível, ela será um TE. Outros exemplos: consignação em pagamento, oferta de alimentos, desapropriação judicial. [2: Declaratória: é a certeza jurídica acerca da (declara a) existência, inexistência ou modo de ser de uma situação jurídica] 
Obs: no caso de ação declaratória, não há interrupção da prescrição como na condenatória. A prescrição é interrompida quando o credor manifesta interesse de efetivar a prestação, o que não ocorre na declaratória. 
A decisão constitutiva[footnoteRef:3] também pode ser TE. A efetivação de um direito potestativo pode gerar um direito a uma prestação, que é reconhecido na sentença constitutiva. [3: Constitutiva: certifica e efetiva direito potestativo. Direito potestativo é o poder jurídico conferido a alguém de submeter outrem à alteração, criação ou extinção de situações jurídicas] 
Uma sentença constitutiva, ao efetivar um direito potestativo, cria um preceito que deve ser obedecido pelo sujeito passivo, consistente no devedor de obedecer à nova situação jurídica estabelecida, não criando obstáculos a sua concretização. Surge, portanto, o dever de prestar, cujo descumprimento pode ensejar a atividade executiva. 
Exemplos: 
· A decisão que rescinde sentença que já foi executada. Gera direito a indenização do prejuízo. Pode executar se não indenizar. 
· A decisão que resolve compromisso de compra e venda. Gera o dever de devolver a coisa. Pode executar se não devolver. 
· A decisão que extingue aluguel. Gera o direito de reaver a coisa locada. Pode executar se não sair do local/devolver a coisa. Ação de despejo. 
· A decisão que extingue execução provisória. Gera direito a indenização do prejuízo. Pode executar se não indenizar. 
· A decisão que anula auto de infração. Gera o dever da Administração Pública de não inscrever o tributo na dívida ativa. Pode executar se inscrever. 
· A decisão que anula um ato jurídico (182). Gera o direito a indenização ou restituir ao estado anterior. Pode executar se não realizar um dos dois. 
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
É uma decisão de mérito, sendo, por isso, acobertada pela coisa julgada. 
O título executivo é a decisão homologatória, e não o negócio jurídico celebrado pelas partes. 
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
Qualquer acordo pode ser homologadoapós um procedimento de jurisdição voluntária. Sem a homologação, se preenchidos os requisitos, pode ser considerado um TE extrajudicial. 
Há uma diferença no tratamento: a execução de TE judicial não permite qualquer discussão (apenas as do 525 §1º), enquanto o TE extrajudicial admite qualquer impugnação (art. 917). 
Art. 525. § 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa;
V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
A partilha dos bens é homologada por formal sentença, representada pelo formal/certidão de partilha. Art. 655 CPC. 
O formal de partilha é uma carta de sentença. Ele documenta a decisão estatal de atribuição de um quinhão sucessório ao herdeiro. 
Só pode ser executado em face do inventariante, dos outros herdeiros e dos sucessores a título singular ou universal; pois estes foram os que participaram do processo de inventário. 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
Realizada a perícia, e não efetuado o pagamento dos honorários do perito, a decisão que os fixou, que é o título executivo judicial, poderá render ensejo a execução. 
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
A sentença penal torna certa a obrigação de indenizar o dano causado (CP art. 91 I). Este efeito é o TE. 
Após o trânsito em julgado (exigência), deve o credor promover liquidação cível e posterior execução (normalmente cumprimento de sentença no mesmo processo de liquidação). 
Também é TE a revisão criminal que condenou o Estado a reparar os danos causados ao condenado (CP 630 § 1º)
O juízo criminal pode fixar valor mínimo de indenização. Este mínimo pode ser executado imediatamente, mesmo que houver liquidação pra apurar o restante. 
VII - a sentença arbitral;
Feita a liquidação, realiza a execução (normalmente cumprimento de sentença no mesmo processo de liquidação). 
Observação: o tribunal marítimo pode funcionar como juízo arbitral. 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
Deve ser executada em juízo federal de 1ª instância. 
Só é título quando homologada. Enquanto não, não produz efeitos no Brasil. 
Observação: sentenças do MERCOSUL podem ser processadas como o procedimento mais simples de carta rogatória, e não de homologação de sentença estrangeira. 
Observação 2: o documento particular estrangeiro não precisa ser homologado para ser TE, desde que preenchidos os requisitos. Art. 784 CPC p. 2º e 3º. Requisitos: precisa satisfazer os requisitos do país de origem e constar que deve ser executado no Brasil. É ônus do exequente comprovar que cumpre os requisitos da legislação estrangeira. 
5. TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS
Estão previstos no artigo 784.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
5.1. TÍTULO DE CRÉDITO
O título de crédito representa a dinâmica da atividade mercantil, pois permite a rápida constituição e transferência do crédito, de modo a fomentar o mercado. 
Características: 
· Essencialmente voltado para a tutela executiva.
· Somente se considera o que está escrito nele expressamente, todos os requisitos (credor, devedor, valor...) devem estar expressos. 
· Faz surgir um direito autônomo, desvinculando do que o gerou.
· Abstração, isto é, não importa o que o gerou, apenas o que consta no título. 
· Cartularidade, é preciso exibir o título para ser considerado credor. 
· Em regra, a petição deveria vir acompanhada com o original. Todavia, pode ser aceita cópia desde que o credor afirme que pode exibir o original a qualquer tempo. 
· Essa regra tem o objetivo de garantir que a dívida não seja cobrada mais de uma vez, caso o título tenha sido transferido.
Modalidades: 
· Sem qualquer natureza cambiária. Ex: contrato assinado pelo devedor e por duas testemunhas. 
· Aquele cuja formalização conta com os requisitos formais essenciais do título de crédito (CC 887), mas não se encontra no rol taxativo, sendo, portanto, um título atípico. 
· Aquele típico, previsto em lei própria, requisitos próprios e dotado de força executiva. Passemos a analisar estes. 
a) Letra de câmbio
É um instrumento de declaração unilateral de vontade, enunciada em tempo e lugar certos (nela afirmados), por meio do qual uma certa pessoa (sacador) declara que certa pessoa (sacado) pagará a certa pessoa (tomador) uma quantia certa, num local e numa data específicos ou não. 
O TE estará emitido quando o SACADOR o assinar. 
É, resumidamente, uma ordem de pagamento. 
É preciso que o SACADO aceite a letra de câmbio. Sem concordância, não é TE.
Súmula 60 STJ: “É nula a obrigação cambial assumida por procurador do mutuário vinculado ao mutuante, no exclusivo interesse deste”. 
b) Nota promissória
Se submete aos requisitos da letra de câmbio. Somente será TE se preencher todos. 
O emitente promete pagar quantia a favor de outrem ou a sua ordem. 
Pode ser utilizada como garantia de outra obrigação. 
Súmula 258: A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou.
c) Duplicata
É título cambial, autônomo e transmissível por endosso. 
Substitui a fatura assinada. O título é a duplicata da fatura. 
Se a duplicata for aceita, independe de protesto para ser TE. 
Se não for aceita, deve ser protestada para ser TE. 
É emitida em razão de fatura de venda mercantil ou de prestação de serviços. 
Pode ser emitida duplicata eletrônica (lei 13.775). No meio eletrônico, o sacado poderecusar o aceite em 10 dias, devendo indicar os motivos da recusa. Ou deve aceitar no prazo de 15 dias. Se não fizer nenhum dos dois, é possível o aceite presumido. 
d) Debênture
São títulos emitidos por sociedades anônimas, com finalidade de captação de recursos. 
São adquiridas por investidores. 
Ao adquirir, o investidor passa a ser credor da sociedade, dispondo de um TE. 
Se assemelham a um contrato de mútuo ou a valores mobiliários. 
Sua emissão é de competência da Assembleia Geral. 
O credor somente é individualizado quando forem emitidos os certificados de debêntures ou da sua inscrição no livro de registros da companhia. 
e) Cheque
É uma ordem de pagamento à vista. 
Uma pessoa (emitente/sacador) celebra um contrato com uma instituição financeira (sacado). O sacador mantém em tal instituição uma conta corrente em que deposita dinheiro. Emitido o cheque, o sacador da uma ordem ao banco para que pague o valor inscrito no cheque ao beneficiário ou àquele que portar o cheque[footnoteRef:4]. [4: cheque ao portador] 
Não pago o valor, pode executar. 
Para a execução, é necessário que tenha apresentado o cheque a instituição antes e a ordem de pagamento tenha sido recusada. 
Possui força executiva no prazo de 6 meses, contado do esgotamento do prazo de apresentação. Prazo de apresentação: 30 dias quando a emissão do cheque for no mesmo lugar do pagamento. 60 dias se forem em lugares diferentes. 
Passando o prazo, não caberá execução, apenas ação monitória. 
5.2. ESCRITURA PÚBLICA OU QUALQUER DOCUMENTO PÚBLICO ASSINADO PELO DEVEDOR. 
A escritura pública é TE independente da espécie de obrigação nela compreendida. 
Geralmente é apresentada uma cópia ao juízo. 
Documento público é aquele produzido por autoridade pública. 
Pode ser qualquer autoridade pública, não só o tabelião, para dotar o documento de fé pública. 
O contrato de prestação de serviço firmado com a administração pública é documento público, hábil a execução. 
5.3. DOCUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELO DEVEDOR E POR DUAS TESTEMUNHAS 
A assinatura das testemunhas é indispensável. 
Pode ser qualquer documento que contenha obrigação certa, líquida e exigível. 
Não é admitida assinatura a rogo (feita por outra pessoa com, por exemplo, procuração). 
Na hipótese do devedor não souber ou não puder assinar, o negócio precisa ser feito por escritura pública. (CC 215 p. 2º e 595)
STJ entende que as testemunhas não precisam ser presenciais. Isto é, não precisam estar no momento da celebração do contrato, podem assinar depois. 
A testemunha deve ser identificável no documento. 
Não precisa de reconhecimento de firma das assinaturas. 
5.4. TRANSAÇÃO REFERENDADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, DEFENSORIA PÚBLICA, ADVOGADOS DOS TRANSATORES OU POR CONCILIADOR/MEDIADOR CREDENCIADO NO TRIBUNAL
Havendo referendo, dispensam-se as duas testemunhas para tornar o documento particular um TE. 
5.5. CONTRATOS GARANTIDOS POR HIPOTECA, PENHOR, ANTICRESE OU OUTRO DIREITO REAL DE GARANTIA
Não precisa da assinatura de 2 testemunhas. 
Além da garantia, a obrigação precisa ser líquida, certa e exigível. 
É a obrigação principal que se executa, não a garantia. 
Explicando: o artigo 1.428 proíbe o pacto comissório, isto é, não é permitido ficar com a garantia de imediato como forma de satisfação da obrigação. Não paga a dívida, ela será executada com o intuito de receber o que é devido por um dos modos de execução. Ou seja, o procedimento de execução será realizado normalmente, executando a DÍVIDA e não a garantia. 
5.6. CONTRATOS GARANTIDOS POR CAUÇÃO
A caução pode ser real ou fidejussória. 
Real: oferecimento de bem como garantia ao cumprimento da obrigação. É a hipoteca, penhor e anticrese. 
Fidejussória: garantido por fiança. A fiança pode ser prestada por pessoa física ou jurídica. Sendo pessoa física casada, é necessária autorização do cônjuge quando não for regime de separação absoluta de bens. 
5.7. CONTRATOS DE SEGURO DE VIDA EM CASO DE MORTE
Precisa ser de morte e a pessoa precisa ter morrido. 
Seguro de doenças não são TE. Usa o procedimento comum. 
A petição inicial deve vir acompanhada da apólice do seguro e da certidão de óbito. 
5.8. CRÉDITO DECORRENTE DE FORO E LAUDÊMIO
Foro e laudêmio são créditos decorrentes do contrato de enfiteuse. 
O proprietário (senhorio) transfere o bem para outrem (enfiteuta). O enfiteuta passa a ter todos os direitos sobre o bem. Em contraprestação, o enfiteuta deve pagar o foro anual e, nos casos de transferência pra terceiro, pagar o laudêmio. 
Isso não existe mais no Código Civil de 2002. 
O CPC 2015 manteve para os casos anteriores ao CC 2002 que ainda ocorrem. 
5.9. O CRÉDITO, DOCUMENTALMENTE COMPROVADO, DE ALUGUEL E SEUS ENCARGOS ACESSÓRIOS
Independe de assinatura de 2 testemunhas. 
Obrigações acessórias: água, IPTU, energia... podem ser cobrados em execução. 
Exige prova documental da locação. 
5.10. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA DA FAZENDA PÚBLICA
Lei 4.320/1964: pode ser valor tributário ou não. 
Compreende, além do valor principal, atualização monetária, os juros, a multa de mora e os demais encargos previstos em lei ou contrato. 
A certidão pode ser emitida unilateralmente, isto é, sem a participação do devedor.
5.11. CRÉDITO DE CONDOMÍNIO 
Condomínio pode executar o condômino. 
Exige que as dívidas sejam aprovadas em convenção ou assembleia e que sejam documentalmente comprovadas. 
5.12. CERTIDÃO EXPEDIDA POR SERVENTIA NOTORIAL RELATIVA A EMOLUMENTOS E DEMAIS DESPESAS
82 CPC: as partes do processo devem arcar com suas despesas, antecipando seu pagamento desde o início até a sentença final. 
Despesa: 
a) Custas, vindas da prestação da atividade jurisdicional 
b) Emolumentos: pagamento aos serventuários de cartórios não oficializados, isto é, não pagos com serviço público. Tem natureza tributária. 
c) Despesas em sentido estrito: gastos com auxiliares de justiça. Ex: perícia. 
O emolumento normalmente é pago antes do serviço ser prestado, mas se não for pago e o serviço for realizado, pode executar. É um TE emitido unilateralmente pelo credor. 
Antes de executar, precisa notificar o devedor da dívida. 
5.13. DEMAIS TÍTULOS
Lei federal n. 7.347/1985 art. 5º p. 6º: compromisso de ajustamento de conduta. Celebrado entre a parte e o MP ou outro ente público legitimado para propor ação coletiva. 
Condenação imposta pelo Tribunal de Contas a administradores públicos. (CF 71 p. 3º)
Certidão emitida pelo Conselho da OAB. (Art. 46 Estatuto da OAB)
Lei n. 12.529 de 30 de novembro de 2011, art. 85: termo de compromisso de cessação de prática. 
Nota de crédito rural. 
Nota promissória rural. 
Duplicata rural. 
Cédula de crédito industrial. 
Nota de crédito industrial.

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