Termorregulação e Ambientação animal

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xtrizpinheiro
Termorregulação e ambientação animal 
 A termorregulação consiste da regulação da temperatura corpórea a partir da termólise, que 
libera calor, e da termogênese, que produz calor, gerando essa balança. A partir disso, os animais 
podem ser divididos em endotérmicos (onde seu calor será proveniente de seu metabolismo), 
ectotérmicos (grande parte de seu calor vem do ambiente), homeotérmicos (calor equilibrado, 
dentro dos limites). Para tal regulação de temperatura também é utilizada a troca sensível, que 
vai acontecer quando há diferença entre a temperatura do animal e a temperatura do ambiente. 
Essa troca pode acontecer de algumas formas: radiação, por meio dos raios solares (abrigos para 
os animais se tornam muito importantes), convecção (por meio do ar), condução (quando o 
animal se deita em uma superfície fria, por exemplo, ali está acontecendo troca de calor por 
condução). Também se pode citar a troca de calor insensível/latente que vai ser realizada por 
meio de evaporação cutânea e pelo trato respiratório, que acontece principalmente em climas 
quentes. Já se for um clima mais frio, o animal pode realizar a termorregulação por meio de 
calafrios que vão contrair os músculos, liberando diversas substâncias que irão auxiliar no 
aquecimento do animal. Essa produção de calor também pode ser feita pelas glândulas e 
vasoconstrição. O produtor de gado leiteiro, por exemplo, deve estar sempre atento às elevadas 
temperaturas, pois quanto maiores, mais deficiente será a produção de leite, a ingestão de 
alimentos diminui e, consequentemente, a quantidade de gorduras e nutrientes do leite também, 
deixando-o fraco. Por isso que a ambientação se torna tão importante para diminuir o estresse 
térmico animal e garantir uma melhor produção. Tal ambientação vai envolver diversos fatores 
como luz, ruído, equipamentos ali presentes, quantidade de animais, umidade, radiação solar, 
enfim, tudo que circunda aquele ambiente em que o animal está presente. Os abrigos, que vão 
auxiliar na redução do estresse térmico relacionado com as trocas sensíveis e insensíveis de calor 
citadas anteriormente. A troca de ar também é um quesito importante quando pensa em trazer 
para o animal um ambiente mais propício, pois se você der abrigo, mas o deixar completamente 
fechado, não será nada vantajoso já que ali irão ficar retidos gases, como o dióxido de carbono, 
prejudicando a saúde daquele animal. Também podemos citar as modificações climáticas, que são 
as modificações que o criador pode fazer para melhorar a qualidade de vida de seus animais, como 
ter cuidado com a formulação de tintas, materiais de construção que possam ser maléficos à 
saúde, construção de um espaço que proporcione sombra, água nos animais para um melhor 
conforto térmico (sessões de resfriamento, por exemplo), enriquecimento ambiental, com 
árvores e outras características que agradem, recolhimento das fezes, devido doenças, enfim, 
todas as mudanças em um ambiente criatório que proporcionem o bem-estar animal. 
 A ambientação animal está sem dúvidas ligada à termogênese. Se o desejo é prover aos animais 
um ambiente mais vantajoso para eles, se torna obrigatório ter noção dessa regulação de 
temperatura gerada pela termogênese e de todos os processos ligados a ela, para que se tenha 
obtenção de sucesso, visto que tudo isso irá influenciar no resultado da produção daquele animal.