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Planejamento Familiar - métodos contraceptivos

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Planejamento Familiar 
ANOTAÇÃO DA AULA + MEDCEL 2019: 
O primeiro preservativo feminino surgiu em 1992, o masculino é mais antigo, usava-se 
bexiga de animais. 
Anticoncepcionais: métodos de barreira, cirúrgico, hormonal... 
MÉTODO COMPORTAMENTAL 
Métodos comportamentais: 
 – método Ogino-Knauss (famosa tabelinha) = Anota o ciclo por 6 a 12 meses, 
pega o ciclo mais longo e subtrai 11 dias, pega o ciclo mais curto de subtrai 
18;então por exemplo, se meu ciclo mais longo é 30 dias, eu vou subtrair 30-11 
que é igual a 19; se meu menor ciclo é 26 eu vou subtrair 18, que da 8; daí então 
entre os dias 8 e 19 do meu ciclo eu evito fazer sexo, pois é grande a chance de 
eu estar ovulando; é contraindicado para mulheres com ciclos irregulares, para 
isso funcionar a mulher deve ter ciclos regulares, lembrando que isso tem taxa 
elevada de falha; o primeiro dia do ciclo é o 1° dia da menstruação. 
- temperatura = vê a temperatura todo dia, no dia da ovulação a temperatura é 
maior, depois aumenta e mostra que já passou o período fértil; para usar esse 
método deve-se medir a temperatura oral, retal e vaginal em repouso pela 
manhã, e o aumento de temperatura de 0,5°C indica que houve ovulação, daí a 
pessoa fica sem sexo do primeiro dia da ovulação até 3 dias após esse aumento 
da temperatura. 
- método de Billings = examina o próprio muco vaginal, em período infértil o 
muco se quebra, no período fértil o muco não se quebra quando separa os dedos; 
de acordo com esse método a mulher deve observar o seu muco vaginal, e aí 
quando observa um muco fino, filante e elástico (lembrando clara de ovo) 
entende-se que se trata do período fértil,quando a secreção se torna mais espessa 
e opaca o casal deve evitar relações sexuais por mais 4 dias. 
Quando a mulher opta pelo método comportamental indica que deve usar 2 ou 
mais associados, chama-se isso de método sintotérmico. Nesse método 
sintotérmico a mulher usa ou tabelinha e muco cervical ou muco cervical e 
temperatura basal. É de baixa eficácia isso, usa mais para mulheres religiosas 
que recusam os outros métodos. 
-Coito interrompido = antes da ejaculação já trem sptz no líquido que sai antes, 
então tem alta taxa de falha e também não protege de DST 
MÉTODOS DE BARREIRA 
-o preservativo masculino e feminino é o único que promove proteção contra 
DST 
-Preservativo feminino = insere antes das relações, faz barulho na relação sexual, 
e isso pode incomodar 
-Diafragma = faz o toque pra saber como é o colo e escolher o diafragma certo, 
só pode ser retirado 6h após a relação; tem que estar muito bem ajustado no colo 
uterino; esse método consiste em tampar o colo do útero, e pode ser usado em 
conjunto com espermicida para aumentar a capacidade contraceptiva; ele não 
protege contra HIV, HPV, herpes genital e tricomoniase. 
-Creme espermicida = não é muito usado no Brasil; a substância mais usada é o 
nonoxinol 9; rompe a cápsula da cabeça do espermatozoide, tem baixa eficácia, 
é comum usar espermicida e diafragma; ele é meio ácido e pode gerar erosões no 
canal vaginal da mulher aumentando o risco de infecção por DST; 
-DIU = pode ser método de barreira quando usa o de cobre, e hormonal quando 
usa o que tem hormônio; o DIU não hormonal fica no fundo da cavidade uterina 
e fica para fora apenas o fio, causa uma reação inflamatória dentro do útero que 
causa alteração do ambiente e impede a fecundação – O DIU NÃO É 
ABORTIVO, ele impede a fecundação (basicamente o DIU de cobre promove 
uma reação a corpo estranho, então gera marcadores inflamatórios no liquido 
uterino e tubário e altera o ph, de modo que o ambiente fica hostil à 
sobrevivência do espermatozoide e à ocorrência de fecundação); causa aumento 
de cólica e aumenta o sangramento; o DIU de cobre com prata pode reduzir 
esses efeitos adversos; DIU de cobre dura 10 anos, cobre e prata dura 5 anos; 
não usa se teve DIP, não usa se tem cervicite, não usa em má formações, não usa 
em doença Wilson (a mulher não metaboliza o cobre), não usa em 
hipermenorragia, não usa em CA de colo/endométrio; não usa em dismenorreia; 
se houver falha do DIU pode gerar a gestação ectópica, mas é bem raro ter falha; 
a fertilidade é revertida imediatamente após a sua retirada. 
 
-DIU HORMONAL= além de ser um método de barreira libera 
levonorgestrel (progesterona de segunda geração) alterando muco e 
motilidade celular de modo a impedir a ascensão dos espermatozoides, e 
inibe a resposta endometrial ao estradiol circulante (efeito 
antiproliferativo);o retorno a fertilidade após sua retirada é quase que 
imediato; o DIU hormonal pode ser usado por pessoas com dismenorreia 
intensa, pessoas com doença de Wilson, pacientes com fluxo intenso de 
sangue; pessoas que com CA de mama atual ou tratado não devem usar, 
por falta de evidencia cientifica alegando ser seguro 
-Lactação e amenorreia: na lactação a pessoa não engravida pela 
hiperprolactinemia fisiológica e hipoestrogenismo decorrente da amamentação, 
enquanto for amamentação exclusiva a função ovulatoria está inibida. Durante a 
amamentação normalmente se opta por meios de contracepção só com 
progesterona, pois o estrogênio promove redução da lactação. 
Ao colocar o DIU o ideal é que a mulher esteja menstruada , para ter certeza que 
não há gestação, e ainda após o parto ou no puerpério após 4 semanas do parto. 
Complicações do DIU ocorrem no primeiro mês, pode ocorrer perfuração do 
útero, infecção no primeiro mês (pq levou a bac para o útero), explusão do DIU 
(útero contrai e tira o DIU) e a gravidez ectópica caso ocorra falha no DIU; após 
o primeiro ano é mais difícil de o útero expulsar o DIU. 
OBS: o DIU não aumenta o risco de gravidez ectópica, mas, caso a gesta ocorra, 
há maior chance de que seja gesta ectópica. 
MÉTODOS HORMONAIS: 
-pílulas tem progesterona, bloqueiam o pico de LH e a pessoa não ovula, apenas 
a progesterona já impede o pico de lh; a progesterona também faz espessamento 
do muco cervical, de modo a dificultar a penetração de espermatozoides, 
também faz alterações endometriais e altera motilidade tubária; a que tem só 
progesterona chama minupilula e usa em mulheres amamentando; quando usa só 
a pílula de progesterona tem muito escape; ao usar progesterona e estrogênio 
ocorre uma estabilização do endométrio e aí não sai escape; progesterona 
bloqueia pico de LH e mulher não ovula. 
-Esteroides sintéticos = o primeiro que surgiu foi o Mestranol, só que ele foi 
abolido do mercado pq causa muitos efeitos adversos; utiliza-se hoje o 
Etinilestradiol, que inicialmente era na dose de 50 ug, mas diminuiu e hoje tem 
pílula de 30,20 ou até 15ug de etitilestradiol; 90% das pílulas com estrogênio 
usam esse etinilestradiol; outras pílulas mais naturais usam o Valerato de 
estradiol, só que gera mais escape. 
-A pílula combinada de estrogênio e progesterona age suprimindo a ovulação 
pela inibição da secreção hipotalâmica dos fatores liberadores das 
gonadortrofinas, fundamentalmente o GnRH. O progestogênio também inibe a 
secreção de LH e o componente estrogênico promove uma discreta proliferação 
endometrial para permitir que o sangramento ocorra nos períodos de pausa. 
-A pílulas alteram mais pela progesterona usada = 
1° - primeira geração de progesterona é a norestirenona, possui efeito 
androgênico e piora o perfil lipídico, só que tem efeito tromboembólico e 
androgênico; 
2° - segunda geração de progesterona é o Levonorgestrel, que piora o 
perfil lipídico, mas diminui o efeito tromboembólico, ele também piora a 
pele e tem efeito androgênico; 
3° - Progesterona de terceira geração é o Gestodeno e Desogestrel, que 
melhora o perfil lipídico,possui menos efeito androgênico e não altera a 
pele, porém tem alto risco de TVP; 
4° - progesterona de quarta geração é nova, composta por Drospirenona, 
Dienogeste e Nomegestrol,elas mehoram o perfil lipídico, reduz retenção 
de líquido, possui efeito antimineralocorticoidee antiandrogênico que 
melhora a pele só que o efeito tromboembólico é super mega elevado, 
então tem que analisar se a mullher já não possui fatores de risco para 
TVP; 
Por fim, o progestogênio com menor efeito trombogênico é o da segunda geração, o 
Levonorgestrel. 
-Outra pílula usada é a CIPROTERONA, ela não entra na classificação de 
geração e tem alto efeito antiandrogênico, mas é a que mais causa TVP e a que 
mais melhora a pele 
-O estrogênio é o que mais tem risco de tromboembolismo, o ideal seria só usar 
pílula com progesterona, mas daí tem escape. O estrogênio causa mais 
tromboembolismo do que todos os tipos de progesterona. 
-Existem um milhão de contraindicações as pílulas hormonais (trombofilia 
conhecida, tabagista com 35 anos ou mais, hipertensão, historia pessoal de 
tromboembolismo, enxaqueca com aura, enxaqueca sem aura, ca mama, DM 
com lesão microvascular ou mais de 20 anos de duração, hepatite viral ativa, 
cirrose, tumor hepático benigno e maligno, uso de medicações que interferem no 
metabolismo hepático, lúpus...) 
-Injetáveis: existem os mensais, que posseuem estrogênio e progestenio, eos 
trimestrais, que possuem apenas progesterona (inclusive por isso que os 
trimestrais causam escapes no meio do mês); esse injetável trimestral, que é 
composto só por progestenio é chamado de acetato de medroxiprogesterona de 
depósito – AMP-D – e ele tem eficácia semelhante ao da esterilização, e ainda 
pode ser usado em pacientes que usam anticonvulsivantes (pq mesmo 
aumentando as enzimas hepáticas ainda sobra hormonio pra fazer a 
anticoncepção), pode ser usado em mulheres fumantes acima dos 35 anos, em 
hipertensas e diabeticas, em pessoas em história pessoal de TVP, e inclusive é o 
de escolha em mulheres com anemia falciforme. Além de que pode usar na 
amamentação esse injetável trimestral, pois só tem progesterona. Quando não é 
pra usar esse de progesterona?? Em ca de mama atual, em multiplos riscos de 
doença cardiovascular, em pa alta, em doença cardíaca isquêmica, em avc, em 
dm, em hepatite viral ativa e cirrose descomplicada. 
-Adesivos transdérmicos: também são métodos hormonais combinados, eles não 
passam pela metabolização hepaática, pode causar alergia no local 
- Implanon é só progesterona, então por isso tem escape 
- o único método que da pra programar a mesntruação é a pílula combinada 
-Anel vaginal também é método combinado, coloca no fundo do canal vaginal e 
dura 3 semanas, depois tem que trocar 
-Gestrenona é usada para endometriose, pq estabiliza o endométrio, mas não 
surgiu para efeito contraceptivo, não tem comprovação cientifica de que evita a 
gravidez, só que é ótimo para evitar retenção de liquido, estria, mehora a pele. 
(chip da beleza) 
Obs: o único método em que a fertilidade demora para voltar após a parada do uso é o 
injetável trimestral, no resto a fertilidade volta quase que imediatamente 
CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 
-Usa Levonorgestrel na pílula do dia seguinte (que é a progesterona de segunda 
geração, nesse caso tem menor efeito colateral); ou pode tomar o método 
combinado, que é o Yuzpe (basicamente é levonorgestrel e etinilestradiol em 
duas tomadas, sendo que a primeira dose deve ser nas primeiras 72h pós coito 
-A única contraindicação ao uso de pílula de urgência com levonorgestrel 
isolado é a gravidez confirmada 
-Se a mulher esqueceu um dia da pílula normal pode tomar Yuzpe que possui 
Etinilestradiol e levonorgestrel 
-A pílula do dia seguinte inibe ovulação e função do corpo lúteo, faz 
espessamento de muco cervical e altera fisiologia das tubas uterinas. Sua ação 
depende do período do ciclo em que a pessoa tomar a pílula, se a pessoa tomou 
antes da ovulação então vai alterar o crescimento folicular, impedindo ou 
retardando a ovulação por muitos dias, e se tomou após a ovulação vai alterar o 
transporte dos espermatozoides e do óvulo pela tuba uterina. 
-Lembrando que pílula do dia seguinte não é abortivo, pois não interfere na 
implantação no útero 
-Existe como contracepção de emergência a posibilidade de inserir um DIU de 
cobre (consta no medcel 2019) 
-Outra possibilidade, mas daí já é abortivo e não tem no Brasil, é o RU-486 
(Mifepristona), que inibe a ação da progesterona e pode ser usada até 7 semanas 
após o primeiro dia da ultima menstuação; a eficiência como abortivo é alta 
quando associa esse RU-486 com a prostaglandina (pq ai faz o útero contrair) 
MÉTODOS CIRÚRGICOS 
-Lequadura/vasectomia 
-O casal tem que demonstrar a vontade por documento registrado em cartório, 
tem que ter > 25 anos OU pelo menos 2 filhos vivos, mais de 60 dias entre a 
manifestação e a cirurgia; toda esterilização é notificada a vigilância sanitária; se 
a mulher estiver em uma relação estável o parceiro também precisa assinar um 
termo de consentimento. 
-pode fazer também se a mulher corre risco de vida, daí tem que ter laudo de 
dois médicos 
-não pode fazer laqueadura intraparto, nem no aborto ou após 42 dias de pós 
parto ou aborto; se a mulher já fez 3 cesárias pode laquear após a cesariana, ou 
se ela tem risco de fazer uma nova cirurgia 
-crime fazer histerectomia para fins de esterilização 
-a vasectomia tem as mesmas regras de legislação do que a laqueadura 
-existe um implante endotubário (ESSURE) que é colocado nas tubas e causa 
fibrose do tecido local, por isso obstrui o caminho entre o ovário e o útero 
Comentário da prof: mulher que já teve avc, tabagista, mulher com problema cardíaco 
tem que observar muito antes de passar pílula combinada; se a mulher por exemplo tem 
riscos e ainda é sedentária, obesa.. é preciso pesar muito antes de receitar pílula com 
estrogênio. - Lembra que o estrogênio é tem mais risco de tvp do que todas as gerações 
de progesterona! 
Fim

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