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1. Pancreatite aguda • Amilase sérica Costuma se elevar no primeiro dia de sintomas, mantendo se alta por 3 a 5 dias e, em seguida, os valores voltam a ser normais. O normal da amilase é estar abaixo de 160U/L, a elevação acima de 500UI/L são especificas para pancreatite. Deve ter cautela ao avaliar essa dosagem, porque pode ser reduzida por fatores como hipertrigliceridemia, insuficiência renal, macroamilasemia e até absorção intestinal. Algumas condições podem aumentar a amilase, mas não ultrapassam de 2-3x os valores normais, sendo a apendicite aguda, gravidez ectópica e salpingite algumas causas. Sensibilidade de 85-90% e especificidade de 70-75% • Lipase sérica Eleva-se juntamente com a amilase, porém permanece alterada por um período mais prolongado, de 7 a 10 dias. O valor normal é até 140mg/dL. Com sensibilidade de 85% e especificidade de 80%. As mesmas condições que aumentam a amilase, também aumentam a lipase, mas não aumenta mais que 3x o normal, de modo que alterações que sejam superiores, já indicam pancreatite aguda. • Amilase + lipase São altamente específicas se os valores estão aumentados em mais de três vezes em relação ao limite superior da normalidade, devendo ser dosadas juntas para garantir maior especificidade e sensibilidade para pancreatite aguda. • Tomografia computadorizada Melhor método de imagem para avaliar a presença de complicações locorregionais, sendo indicadas em casos graves, porque em pacientes em que o quadro é leve, a probabilidade de haver complicações é mínima. Pode revelar aumento focal ou difuso do pâncreas, borramento da gordura peripancreática e perirrenal, coleções líquidas peripancreáticas, pseudocistos e áreas indicativas de necrose. O exame ideal é a TC helicoidal, capaz de revelar imagens com maior definição da captação do contraste endovenoso. O melhor momento para realização é após o terceiro dia de início do quadro, ou seja, nas primeiras 72 horas, momento em que as alterações necróticas estão bem firmadas. Contraindicada em pacientes com injúria renal aguda. Indicações de TC na pancreatite aguda Diagnóstico clínico de PA duvidoso Presença de critérios clínicos de gravidade como distensão abdominal, hipertermia (> 39ºC) e leucocitose Ranson ≥ 3 ou APACHE II ≥ 8 Pacientes com deterioração clínica a despeito de tratamento conservador inicial por 72 horas Deterioração aguda após melhora clínica inicial Se houver evidência de gás o tecido peripancreático (sinal de bolha de sabão), é indicativo de infecção, caso contrário, o diagnóstico é feito pela punção do tecido necrótico guiada por TC. • Ultrassonografia Pode mostrar o pâncreas e sinais ecogênicos clássicos de pancreatite aguda. Porém, a frequente interposição de alças intestinais repletas de gás torna a USG de abdome um exame de baixa sensibilidade para o diagnóstico quanto para a necrose pancreática. Apesar de não servir tanto para essa doença, é indicada porque pode servir para o diagnóstico de litíase biliar. • Radiografia simples É importante nos pacientes com quadro “abdome agudo”, principalmente na dúvida entre abdome cirúrgico ou não. Pode revelar derrame pleural à esquerda ou atelectasia em bases. A pancreatite aguda pode determinar alterações no RX de abdome, em decorrência da extensão do exsudato infalamtorio pancreático para o mesentério, mesocolon transverso e peritônio: ✓ Alça sentinela – íleo localizado ✓ Sinal do cólon amputado – paucidade de ar no cólon distal à flexura esplênica, devido a um espasmo de cólon descendente ✓ Dilatação de alças – íleo paralítico inflamatório ✓ Aumento da curvatura duodenal – aumento da cabeça do pâncreas ✓ Irregularidades das haustrações do transverso, devido ao espasmo difuso • Ressonância nuclear magnética É equivalente à TC em termos de acurácia, mas possui duas importantes vantagens: no paciente que evolui com IRA no contexto de PA grave, evita a exposição de contraste iodado endovenoso e na suspeita de pancreatite biliar, a colangiorressonância pode identificar mais de 90% dos cálculos. • Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) e papilotomia Empregada nas primeiras 72 horas em caso de pancreatite aguda biliar, na presença de colangite e/ou icterícia progressiva moderada a grave (bilirrubina > 5g/dL). Diagnóstico de vias biliares e pancreáticas Clínica Integrada de Gastroenterologia – aula 10 Nicole Sarmento Queiroga Figura 1. TC de abdome identificando normalidade. Figura 2. TC de abdome identificando aumento do pâncreas e perda da precisão dos limites. 2. Pancreatite crônica • Enzimas pancreáticas Amilase e lipase se elevam apenas nas fases iniciais de pancreatite crônica, durante as crises de agudização. Com a evolução do processo inflamatório e destruição do parênquima pancreático, os níveis séricos tornam-se normais ou até baixos. • Radiografia simples de abdome Consegue identificar a presença de calcificações em topografia pancreáticas, o que fecha o diagnóstico. Mas como possui baixa sensibilidade, a ausência de calcificações não exclui o diagnóstico. Muitas vezes, não são perceptíveis se estiverem anteriores à coluna vertebral, mas pode ser resolvida por uma incidência oblíqua lateral. As calcificações são intraductais e denotam a doença em fase avançada, de modo que esses pacientes possuem algum nível de esteatorreia ou diabetes. • Teste de secretina Também chamado de secretina-colecistoquinina, é o teste mais sensível e específico para a doença. Estima-se que seja necessária uma perda de 30-50% da função parenquimatosa para que o teste positive. Sua sensibilidade depende do quão avançada a doença está. Em casos de pacientes desnutridos, pode-se ter chance de falso-positivo. É um teste estimulador pancreático, ou seja, estimula a secreção pancreática para avaliar a reserva funcional. O suco pancreático é coletado por um cateter duodenal após infusão venosa de secretina e colecistoquinina. Normalmente ocosse um grande aumento na secreção de enzimas pancreáticas e de bicarbonato. Na insuficiência pancreática exócrina leve há redução apenas na secreção das enzimas, na insuficiência moderada há insuficiência de enzimas e bicarbonato, e na insuficiência severa ocorre tudo isso mais esteatorreia. De maneira que os dois exames devem ser considerados complementares, mas de pouco uso pela disponibilidade limitada, estando reservada para os casos de alta suspeita clínica e exames radiológicos normais. • Testes indiretos de função pancreática exógena Tem como base a detecção de má digestão pancreática. Desse modo, tornam-se positivos apenas quando a deficiência é, no mínimo, moderada, não tendo valor diagnóstico precoce. O teste mais simples é a determinação da gordura fecal, apesar de sensibilidade e especificidade baixas. O teste da bentiromida e o teste da ingestão e dilaturado de fluoresceína (Pancreatolauryl) são testes menos invasivos e mais baratos que o teste de secretina, avaliando a metabolização das substâncias e a dosagem de metabólitos na urina. A elastase fecal tem sido cada vez mais utilizada, mostrando níveis diminuídos na insuficiência pancreática moderada a grave. • Tomografia computadorizada TC helicoidal com contraste venoso é um ótimo exame diagnóstico para pancreatite crônica. Possui sensibilidade de 80-90% e especificidade de 85%. Detecta atrofia, aumento pancreático, calcificação, dilatações ductais, cálculos pancreáticos e compicações – pseudocistos. É bastante utilizado para o diagnóstico presuntivo de pancreatite crônica. A ultrassonografia pode ser usada em caso de indisponibilidade da TC, mas com sensibilidade de 60-70% e maior acessibilidade. • Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPER) É o exame de maior acurácia para pancreatitecrônica (sensibilidade 90-95% e especificadade de 90%). É indicado em caso de o método não invasivo não conseguir diagnósticar. A papila de Vater é visualizada endoscopicamente e é injetado contraste na árvore biliopancreática para avaliar sua morfologia. O diagnóstico é dado pelas alterações da árvore ductal pancreática, que apresenta alterações características de pancreatite crônica – esteonse, dilatações, tortuosidades, cálculos. A presença de uma massa duvidosa na TC requer a investigação com a citologia do escovado do ducto pancreático no momento da CPER. Em casos duvidosos, a opção é laparotomia e ressecção de massa fibrótica e análise histopatológica. Figura 3. RX de abdome com presença de calcificações em topografia pancreática. Figura 4. TC de abdome com inúmeras áreas de calcificação no tecido pancreático. Figura 5. CPER na pancreatite crônica – ducto dilatado, com estenose central e múltiplas falhas de enchimento. • Ressonância nuclear magnética com colangiopancreatografia (RNM-CP) Bom exame para diagnosticar e tem vantagem de visualizar ao mesmo tempo a árvore biliar e o parênquima pancreático. Esse método utiliza fluidos biliar e pancreáticos como contraste. Esse exame vem substituindo a CPER no diagnóstico de pancreatite crônica, sendo o último reservado para casos de previsão com terapia intervencionista ou dúvida diagnóstica. • Ultrassonografia endoscópica Apesar de o pâncreas não ser um órgão bem visualizado pela ultrassonografia transabdominal, devido à interposição de gás da luz intestinal, ele é muito bem visualizado pela ultrassonografia endoscópica, pois está encostado no estômago e no duodeno. Alterações da ecogenicidade, como o aspecto heterogêneo, e identificação de calcificações e alterações dos ductos pancreáticos são os achados encontrados na pancreatite crônica. Tem sensibilidade e especificidade semelhante à CPER, com uma grande vantagem: não há risco de indução de pancreatite! Além disso, permite a realização de biópsia do pâncreas, na suspeita de Ca. 3. Câncer de pâncreas • Ultrassonografia de abdome Deve ser o primeiro exame realizado em paciente com icterícia colestática (icterícia de padrão obstrutivo, acompanhado de colúria, acolia fecal e prurido. Seu uso não objetiva o diagnóstico, mas é um divisor de águas no algoritmo da icterícia obstrutiva. Deve revelar dilatação biliar + massa na cabeça do pâncreas. • Tomógrafa computadorizada de abdome com contraste IV Pacientes sem icterícia, mas sob suspeita de Ca de pâncreas (idosos tabagistas com DM de início ou piora recente e queixas gastrointestinais vagas) devem ir direto para a TC, sem necessidade de USG prévia. É o exame de deve suceder a USG se as vias biliares estiverem dilatadas, mas o pâncreas não apresentar indícios de tumor ou não puder ser visualizado. É o exame de escolha para avaliar o câncer de pâncreas, porque detecta lesões não vistas na USG e porque complementa o estadiamento e a definição de ressecabilidade das lesões encontradas. Caracteriza com precisão o tamanho do tumor, acometimento dos linfonodos e a presença de metástases à distância. A presença de contraste IV permite identificar a relação com as estruturas vasculares. É um exame com alta acurácia para definir irressecabilidade (90-95%), mas para predizer a ressecabilidade é de apenas 80%, ou seja, 1/5 dos pacientes que se submetem a cirurgia de ressecção descobrem que eles não são ressecáveis. Em caso de suspeita de irressecabilidade, deve ser indicada a laparoscopia diagnóstica, a fim de evitar a laparotomia fútil, + USG endoscópica para pacientes de risco: presença de tumores de corpo e causa, tumores acima de 4cm, dúvida pela TC quanto à presença de ascite e/ou metástase, CA 19-9 > 1.000Um/mL, perda ponderal acentuada. Em casos de doença ressecável, a análise histopatológica não é necessária pelos baixos valores de sensibilidade do exame, mas se a doença é irressecável, com contraindicação de cirurgia, a confirmação do diagnóstico histopatológico é obrigatória. • Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) Pode ser indicada após TC de abdome num caso suspeito de câncer de pâncreas quando a massa não é identificada no exame anterior. Permite visualização de pequenas lesões ou da papila de Vater, ou mesmo pela demonstração de uma falha de crescimento colangiográfico. É possível realizar uma biópsia dessas lesões, além da via biliar e do ducto de Wirsung. Também é possível associar à USG endoscópica. Às vezes, a CPRE demonstra apenas existência de uma ou mais estenoses ao longo do ducto pancreático principal, se a estenose for única > 1cm de extensão, o tratamento mais provável é de neoplasia maligna. Na presença de múltiplas estenoses, é indicado o tratamento de processo inflamatório crônico. O sinal do “duplo ducto” – dilatação pré-estenótica do colédoco e do Wirsung – indica alta probabilidade de existência de CA de pâncreas. Outra indicação é após realização de TC em casos irressecáveis, a fim de inserir endoscopicamente um stent na via biliar obstruída, visando à paliação da doença. • Marcadores tumorais O marcador CA 19-9 não deve ser usado como teste de screening para câncer de pâncreas, porque isoladamente não possui acurácia. Sendo útil o no acompanhamento da doença. Aumenta em alguns casos como doenças benignas pancreáticas, fígado e vias biliares. Em pacientes submetidos a ressecção, o aumento é devido à recidiva. O CEA também pode aumentar no câncer de pâncreas, mas é ainda menos sensível e especifico que o CA 19-9, não possuindo relevância nessa doença. 4. Colelitíase ou doença calculosa biliar • Radiografia simples Consegue revelar a maior parte dos cálculos radiopacos e ainda é capaz de identificar se a vesícula está edemaciada ou calcificada – vesícula em porcelana. Consegue identificar também a pneumobilia, que é a presena de ar no interior da vesícula, decorrente de uma fístula biliodigestiva. • Ultrassonografia Figura 6. RX de abdome com cálculos radiopacos. É o método padrão-ouro e deve ser o primeiro a ser solicitado para um paciente ictérico. Consegue visualizar os sistemas biliares intra e extra-hepático, além da observação do fígado e pâncreas. A presença de ductos intra-hepáticos dilatados indica icterícia secundária a obstrução das vias extra-hepáticas. Caso haja obstrução, US revela a causa em quase 100% das icterícias que a bilirrubina é superior a 10mg/dL. Tem precisão diagnóstica de aproximadamente 96% para colelitíase, sendo identificados cálculos de até 3mm nos novos aparelhos. Se os ductos biliares intra-hepáticos estão dilatados, mas os extra-hepáticos não, deve haver obstrução na junção dos ductos hepáticos direito e esquerdo, a nível do hilo. Se ocorre contração da vesícula, na presença de icterícia, com dilatação dos ductos, indica obstrução acima do ducto cístico. Uma vesícula constantemente dilatada e indolor – Curvoisier – indica obstrução mais distal. Algumas ressalvas em relação às dilatações devem ser feitas: ductos dilatados por doença prévia, existência de enrijecimento por cirrose ou cicatrização por colangite prévia e lesões por obstrução intermitente e dilatação seguida de descompressão espontânea. • Tomografia computadorizada Mesma eficácia da US para determinar as dilatações do trato biliar, ganhando em acurácia apenas na detecção apenas nos cálculos do colédoco. • Colangiorressonância (colangiopancreatografia por RNM) Capaz de detectar pequenos cálculos. Pode ser utilizada como exame de escolha, fazendo com que a CPRE seja apenas terapêutica. • US endoscópica Excelência na detecção de lesões justapapilares – colédoco distal. Também permite realização de biópsias. • Cintilografia biliar Administração EV do tecnécio (tc99) que é captadopelo fígado e secretado na bile. Possui sensibilidade e especificidade de 95%. O enchimento dos ductos, mas não da vesícula confirma o diagnóstico de colecistite, de forma que a bile não consegue refluir para o interior da vesícula na contração fisiológica do esfíncter de Oddi, porque o ducto está obstruído. • Colangiografia trans-hepática percutânea (CTP) Punção percutânea direta de um ducto biliar intra-hepático por agulha, introduzida no oitavo ou nono espaço intercostal direito. Pode ser utilizada com finalidade terapêutica, para realizar drenagem biliar, colocação de endopróteses e dilatação biliar. Contraindicado em casos de ascite importante, distúrbios de coagula e colangite. • Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) O contraste enche de forma retrógrada o colédoco, ducto cístico, a vesícula e as vias biliares. É indicada em caso de paciente ictérico, que se suspeita de obstrução extra-hepática ou em pacientes anictéricos com doença biliar extra-hepática e/ou pancreática. 5. Colecistite • Exames laboratoriais ✓ Leucócitos entre 12.000 e 15.000/mm3 ✓ Aumento discreto – até 4mg/dL ✓ Aumento discreto de FA e AST ✓ Aumento da amilase sérica, mas não necessariamente indica pancreatite aguda • Ultrassonografia É o primeiro exame solicitado na suspeita de colecisitite, já que tem excelente detecção, com especificidade e sensibilidade de 95%. Os achados são: ✓ Demonstração de cálculos no colo da vesícula ✓ Espessamento da parede vesicular ✓ Líquido perivesicular ✓ Aumento da interface entre fígado e vesícula ✓ Sinal de Murphy ultrassonográfico ✓ Aumento significativo do diâmetro transversal do fundo da vesícula Pacientes com clínica típica, que apresentam cálculos na US sem outros sinais radiológicos de colecisitite, devem receber o diagnóstico presuntivo, se outras justificativas para a dor não forem identificadas. • Cintilografia das vias biliares É o exame mais acurado, mas na maioria das vezes não precisa ser realizado porque a US é mais acessível e excelente método diagnóstico. A injeção do tecnécio 99 é injetado e, em condições normais, a bile torna-se visível em 15 minutos, mas que pode ser esperado por até 4 horas para evitar resultados falso-positivos. Se houver enchimento da vesícula, o diagnóstico torna-se improvável. Em caso de enchimento dos ductos e não da vesícula, o diagnóstico está fechado. Figura 7. Colelitíase na USG. Figura 8. Colangiografia trans-hepática percutânea. • Tomografia computadorizada Solicitada em caso de dor aguda abdominal. Também pode identificar cálculos, espessamento da parede vesicular e líquido pericolecístico. Possui precisão inferior a US. 6. Coledocolitíase • Alterações laboratoriais ✓ Hiperbilirrubinemia, com predomínio de fração direta – 2-5md/dL ✓ Elevação da fosfatase alcalina – > 150U/L ✓ Elevação moderada das aminotransferases – >100U/L • Ultrassonografia Primeiro exame solicitado. Encontra-se colelitíase, dilatação leve/moderada do colédoco, sendo superior a 5mm, e até via biliar dilatada. Classificação de risco da coledocolitíase Alto risco Icterícia flutuante, colúria, episódios de acolia fecal ou colangite bacteriana aguda recorrente Médio risco HPP de colecistite, colangite ou pancreatite + colédoco > 5mm à US + pelo menos dois dos seguintes: hiperbilirrubilemia, aumento da FA, aumento de transminases Baixo risco Idem, mas com colédoco < 5mm Muito baixo risco Ausência • Colangiografia transoperatória na colecistectomia laparoscópica Pacientes de baixo risco, podendo ser substituída por US intraoperatória. • Colangiorresonância Pacientes de médio risco. • Colangriografia retrógrada endoscópica (CPRE) Pacientes de alto risco, sendo o padrão-ouro. Vantagem de ser diagnóstica e terapêutica. Alternativa é a USG endoscópica, mas apresenta menos sensibilidade. 7. Colangite • Sorologia para ameba Detecção de anticorpos apenas em infeções recentes, sendo um dado fidedigno da doença, um resultado negativo essencialmente afasta tal hipótese. • Exames laboratoriais ✓ Aumento discreto da fosfatase alcalina ✓ Leucócitose com desvio à esquerda sem anemia em quadros agudos ou leucocitose mais branda com anemia em quadros prolongados ✓ Aumento dos marcadores inflamatórios como VSH • Pistas diagnósticas ✓ Residência em áreas endêmicas ✓ Hepatomegalia dolorosa no homem jovem ✓ Resposta ao metronidazol ✓ RX de tórax sugestivo (derrame pleural, atelectasia, elevação da hemicúpula diafragmática à direita) ✓ USG, TC ou RNM identificando abscesso 8. Carcinoma da vesícula biliar • Ultrassonografia Exame de primeira escolha para pacientes com dor em quadrante superior direito, se identificadas evidências da massa tumoral, deve-se solicitar TC. Capaz de identificar as mesmas alterações encontradas na TC, exceto metástases. • Tomografia computadorizada de abdome com contraste Presença de massas com contornos irregulares no lúmen da vesícula, além de adenomegalias locorregionais, infiltração hepática ou de outras estruturas circunvizinhas e metástases à distância. • Ressonância magnética É o método usado para estadiamento clínico da lesão. Permite avaliação da extensão locorregional, invasão nodal e invasão vascular. 9. Colangiocarcinoma • Tomografia computadorizada Bom método para identificar se a localização for intra- hepática. • Colangiorressonância Identifica em casos de colangiocarcinomas intra-hepática, peri-hilar ou distais. • Colangriografia retrógrada endoscópica (CPRE) Capaz de identificar evidências de obstrução biliar, além de determinar a extensão e localização do tumor, e fornecer material para biópsia.
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