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UNIDADE IV Tópicos Integradores I - ADS 2 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. Edição, revisão e diagramação: Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD ___________________________________________________________________ Cordeiro Brasileiro, Alberto Fagner Tópicos Integradores I - ADS - Unidade 3 - Recife: Grupo Ser Educacional, 2018. __________________________________________________________________ Grupo Ser Educacional www.sereducacional.com 3 SUMÁRIO PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 4 CASO 1 - WARBY PARKER .......................................................................................... 6 SERÁ QUE A TI VAI ELIMINAR POSTOS DE TRABALHO? ........................................... 7 TIPOS DIFERENTES DE ROBÔS .................................................................................. 8 CASO 2 - PONDO AS CRIANÇAS EM FORMA ................................................................... 11 4 TÓPICOS INTEGRADORES I UNIDADE 4 PARA INÍCIO DE CONVERSA Bem-vindo(a) estudante, mais uma vez, você está convidado(a) a partilhar o conhecimento integral desenvolvido até esta etapa do seu curso. Vamos continuar o Tópico Integrador numa estratégia de ensino e aprendizagem que objetiva proporcionar a interdisciplinaridade dos temas abordados nos módulos. Nesta sala teremos instrumentos de integração entre ensino e a reflexão prática do que foi trabalhado até este momento no seu curso. Nesta etapa de sua vida acadêmica este processo deve fornecer subsídios para a avaliação das competências relacionadas ao perfil profissional adquiridos nos temas tratados nos módulos. Já passamos pelas três primeiras unidades desta disciplina. Nas unidades anteriores estudamos sobre os pilares de um projeto integrador, trazendo alguns conceitos relevantes como, por exemplo, a importância da leitura, a segmentação do processo de software, arcabouço para multidisciplinaridade, gestão do conhecimento e da competência, entre outros. Na segunda unidade falamos sobre as diferentes linguagens de programação e seus paradigmas. Na unidade anterior partimos para o estudo entendimento da importância da propriedade intelectual e a lei de software que foram desenvolvidas no intuito de deixar claros os deveres e direitos de cada parte, já que a tecnologia tem alcançado tamanha importância dentro das empresas. Estudamos também quais os benefícios que a lei trouxe para os desenvolvedores e como devemos fazer para seguir as regras e estarmos tranquilos no nosso dia a dia como desenvolvedores. E, na última unidade, aplicaremos os conhecimentos adquiridos nas diversas disciplinas do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) sobre a aplicação de TI à luz da competitividade nos negócios empresariais, estudando casos reais para entendermos o nosso papel dentro desse processo. Iremos verificar casos reais onde poderemos aplicar os conhecimentos que adquirimos nas unidades anteriores. Em cada unidade você encontrará videoaulas que irão apresentar de forma consolidada os objetivos de cada unidade. Nos Guias de Estudo, serão encontradas todas as referências aos conteúdos complementares indicados, os vídeos internos das disciplinas passadas e os vídeos externos (YouTube, por exemplo) a fim de ampliar ainda mais o seu conhecimento acerca do tema tratado em cada unidade. Ao final de cada unidade você deverá realizar as atividades que constam no AVA. 5 ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA Esta sala virtual não trata de propor a eliminação de disciplinas, mas sim da criação de movimentos que propiciem o estabelecimento de relações entre as mesmas, tendo como ponto de convergência a ação que se desenvolve numa PARTICIPAÇÃO cooperativa e reflexiva através do Ambiente Virtual de Aprendizagem, webconferencias, Guias de estudo e vídeoaulas das diversas disciplinas do curso de ADS unificados para este fim. Ao final de cada unidade você encontrará atividades avaliativas como: fóruns de discussão e questionários relacionados com os assuntos vistos no seu guia de estudo. Mas, antes de iniciar o estudo da última unidade do Tópico Integrador, faça a você mesmo as seguintes perguntas: ● O que posso aprender com esses casos? ● O que os casos apresentados têm em comum? Vamos começar? Para obter essas e outras respostas, é só se debruçar com disposição sobre o roteiro de estudo. Siga em frente com determinação! Vamos juntos! PALAVRAS DO PROFESSOR Caro(a) aluno(a), 60 anos depois da revolução do computador, há 40 anos na era do microprocessador e 20 anos depois da ascensão da internet, toda a tecnologia necessária para transformar as indústrias por meio do software foi desenvolvida e integrada, e pode ser realizada em nível mundial. Bilhões de pessoas acessam agora a internet através de ligações de banda larga, muitas destas, através de seus smartphones que lhe proporcionam acesso instantâneo, o tempo todo, de vários locais. O software está afetando todos os setores da indústria e cada organização deve se preparar para este impacto. Várias empresas têm tentado enfrentar o desafio, algumas bem sucedidas e outras falharam. Quando você concluir este curso, ou você vai começar seu próprio negócio, ou vai trabalhar para uma organização, seja do setor público, seja do setor privado, com ou sem fins lucrativos. Sua organização terá de sobreviver e competir em um ambiente que foi radicalmente transformado pela tecnologia da informação. Este ambiente é global, maciçamente interconectado, imensamente competitivo em tempo real, mudando rapidamente e com informação intensiva. Para competir com sucesso, sua organização deve fazer uso da TI de forma eficaz. O ambiente moderno é intensamente competitivo, não só para as organizações, mas para você também. Você tem que competir com pessoas talentosas de todo o mundo. Portanto, você também terá de fazer um uso eficaz de TI para vencer. Desta forma, nesta unidade, serão apresentados uma série de casos onde a aplicação de tecnologia mudou o cenário para alguma organização. Veremos na prática como isso ocorreu e o contexto envolvido. 6 CASO 1 - WARBY PARKER A Warby Parker (www.warbyparker.com) é uma empresa que atua no setor varejista de óculos on-line, fundada em 2010. A ideia para empresa foi concebida quando seus fundadores (estudantes de MBA, na época) observaram que os óculos - produtos com pouca complexidade de fabricação - facilmente quebráveis e produzidos em massa - eram, normalmente, muito caros (US$ 500,00 ou mais, por exemplo). Os fundadores estavam realmente convencidos de que sabiam a razão pela qual os óculos custavam tanto. Eles perceberam que a indústria ótica possuía características de um oligopólio, o que significa que um pequeno número de empresas dominava os negócios, com grandes margens de lucro. Considere, por exemplo, a Luxottica (www.luxottica.com), com sede em Milão, Itália. A essa empresa pertence a LensCrafters, Pearle Vision, Sunglass Hut, Ray-Ban, Oakley e Oliver Peoples, além de óticas na Target e na Sears. Além disso, com resultado de uma série de acordos de licença, a Luxottica fabrica óculos para mais de 20 marcas famosas, incluindo Chanel, Burberry, Prada e Stella McCartney. Os fundadores da Warby Parker perceberam que a Luxottica “criou a ilusão de escolha”, quando, na verdade, praticamente monopolizou a indústria. A Warby Parker desenvolveu uma estratégia para competir com a Luxottica. A empresa utiliza os mesmos materiais e as mesmas fábricas chinesas que a Luxottica. Em seguida, ela vende seus óculos por um preço menor, porque não tem que pagar taxas de licenciamento, que podemchegar a 15% dos US$ 100, que é o custo no atacado de um par de óculos. Além disso, como a Warby Parker comercializa seus produtos diretamente para seus clientes, não têm de lidar com os varejistas, cujas margens podem fazer os preços até dobrarem. O modelo de negócio da Warby Parker permite aos clientes óculos de estilo “retrô” da empresa por meio de uma correspondência, no programa experimente-em-casa. Os óculos (incluindo as lentes prescritas) custam apenas US$95, e os clientes podem testar até cinco armações por vez. Além disso, o site da Warby Parker permite aos clientes baixarem as fotos e “experimentar” virtualmente algumas armações. Essas experiências individualizadas de compra em larga escala têm atraído um segmento devotado dentre os jovens profissionais da moda. Este modelo de negócio tornou a empresa um sucesso comercial. Em meados de 2013, a Warby Parker tinha vendido mais de 100 mil pares de óculos. A empresa levantou US$1,5 milhão do investidor, em maio de 2011, e, em 2012, levantou um adicional de US$37 milhões. Possui 113 funcionários e abriu uma loja de 2.500 m², em Nova York. Além de desfrutar de grande sucesso comercial, a Warby Parker tem uma missão social. Para cada par de óculos que vende, fornece subsídios para ajudar alguém com necessidade de comprar um par, embora não uma das criações da Warby Parker. O sucesso da empresa está inspirando a concorrência de outros varejistas de óculos já estabelecidos. Por exemplo, o site de desconto especializado em moda Bluefly (www.bluefly.com) introduziu o Eyefly (www. eyefly.com), que vende óculos personalizados estilo “retrô” por US$99. 7 Outro competidor é a Ditto (www.ditto.com) cujos compradores usam a câmera do computador para gravar um vídeo dos vários ângulos de seu rosto e criam uma versão tridimensional dele. Os compradores podem, então, experimentar virtualmente diferentes armações, olhando por todos os lados, até piscar. Eles podem também pedir a opinião de seus amigos pelo Facebook, compartilhando fotos de seus personagens virtuais usando diferentes armações. A Google quer evitar que os usuários de seus produtos Google Glass se pareçam com atores de filmes de ficção científica. Para auxiliá-los nisso, a empresa está trabalhando com a Warby Parker para projetar armações para o Google Glass que estejam mais na moda. PALAVRAS DO PROFESSOR Agora, vamos refletir um pouco sobre o caso que acabamos de ler! Durante os questionamentos a seguir, se precisar, retorne ao texto e leia-o novamente. Como a Warby Parker usa a tecnologia da informação para suportar seu modelo de negócio? Como a Warby Parker pode usar a tecnologia da informação para contra-atacar os grandes competidores que querem copiar seu modelo de negócio? Enquanto você lê este e os demais textos que serão apresentados, tenha em mente que as tecnologias de informação que você está aprendendo são importantes para empresas de todos os tamanhos. Não importa em qual área de negócio você esteja, em que indústria você trabalhe ou o tamanho de sua empresa, você vai ser beneficiado(a) com o que aprender sobre esse tema. Quem sabe? Você pode vir a usar as ferramentas que aprenderá nesta disciplina para fazer sua grande ideia se tornar uma realidade. Como você pode ver no Caso da Warby Parker, proprietários de pequenas empresas não precisam ser especialistas em tecnologia da informação para ser bem-sucedidos. A competência central do negócio da Warby Parker não é a tecnologia. Em vez disso, o modelo de negócios da empresa é sua principal competência. No entanto, a empresa está efetivamente usando TI para suportar seu modelo de negócios, e portanto, para criar um negócio bem sucedido. SERÁ QUE A TI VAI ELIMINAR POSTOS DE TRABALHO? Uma das maiores preocupações de todo empregado, seja temporário ou não, é a segurança de seu emprego. Medidas de corte de custos implacáveis nas organizações modernas muitas vezes levam a demissões em larga escala. Em termos simples, as organizações estão respondendo ao ambiente atualmente competitivo de hoje, fazendo mais com menos. 8 Independentemente de sua posição, você sempre terá de adicionar valor a sua organização e ter certeza de que seus superiores estão cientes deste valor. Muitas empresas têm respondido a esses tempos econômicos difíceis com aumento da competição em nível global e das demandas por personalização dos produtos/serviços, sem falar nos investimentos em TI cada vez maiores por parte dos consumidores. De fato, à medida que os computadores avançam em termos de inteligência e recursos, a vantagem competitiva de substituir pessoas por máquinas está aumentando, rapidamente. Esse processo, com frequência, leva a demissões. Ao mesmo tempo, no entanto, a TI tem criado categorias de trabalho inteiramente novas, tais como o profissional que mantém eletronicamente os registros médicos, e aqueles que trabalham com nanotecnologia. A revolução do robô está aqui e agora. A utilização de robôs, que já foram restritos apenas a filmes de ficção, está se tornando cada vez mais comum na realização de tarefas usuais. De fato, ciber cães, ciber enfermeiras e outros seres mecânicos podem estar em nossa companhia antes do que se perceba. Ao redor do mundo, dispositivos quase autônomos têm se tornado cada vez mais encontrados em atividades operacionais em fábricas, corredores de hospitais e no campo. Para uso, doméstico, a empresa iRobot (www.irobot.com) produz a Roomba, para aspirar nosso chão, o Scooba, para lavar nosso piso, o Dirt Dog, para varrer nossas garagens, o Verro, para limpar nossas piscinas e o Looj, para limpar nossas calhas. Vejamos agora um caso que aborda três tipos de robôs: os de telepresença, os carros autônomos e os veículos não tripulados. TIPOS DIFERENTES DE ROBÔS Os robôs de telepresença são projetados para ajudar as empresas a poupar dinheiro com viagens e tecnologias de teleconferência dispendiosas. Eles permitem que pessoas em escritórios ou locais distantes consigam estabelecer uma excelente comunicação sem o uso de um sistema complicado de videoconferência. Um robô de telepresença possui tanto uma câmera de vídeo quanto uma tela embutida em sua “cabeça”, também possui rodas, o que lhe permite liberdade de movimentos, sendo controlado remotamente por computador. Foi projetado para se orientar em um caminho livre de obstáculos e de pessoas. Esses robôs permitem que uma pessoa mantenha uma conexão de boa qualidade com seus colegas de trabalho, consumidores ou clientes. O usuário coloca o robô em um local remoto e se direciona para se mover ao redor, por exemplo, de uma sala de conferência durante uma reunião, apresentando a todos os que está acontecendo com uma pessoa distante, que o controla. Curiosamente, os robôs quebram as barreiras de inibição que as pessoas têm, às vezes, em reuniões presenciais. Os robôs de telepresença são usados para outros objetivos, além dos ligados às empresas. Por exemplo, permitem às pessoas que estão querendo comprar uma casa fazer uma visita virtual em propriedades distantes. Permitem também a médicos realizar visitas remotas aos leitos de seus pacientes 9 (telemedicina). Possibilitam uma maneira de patrulhar locais de trabalho à noite, com um baixo custo. Proporcionam, também, a pais que estão jantando fora manter contato com seus filhos, em casa. Seguem outros exemplos: • Gerentes de empresas estão usando robôs de telepresença para caminhar virtualmente pelo chão da fábrica. • Organizações de seguro saúde estão empregando robôs para o cuidado doméstico de pacientes (home care). • No ambiente do varejo, um robô poderia passear pela loja com um cliente que está comprando ou fazendo perguntas sobre os produtos. A pessoa que controla o robô poderia responder às perguntas, essencialmente tornando o robô um balconista mecânico. Muitas empresas novas estão desenvolvendo robôs de telepresença. Vamos observar algumas delas. • O Oculus, fabricado pela Xaxxon Technologies (www.xaxxon.com), éutilizado basicamente para patrulhas de segurança. O robô é, em sua essência, um conjunto de rodas para um laptop que executa um software de videoconferência, via Skype. O Oculus pode ser controlado por um smartphone. • Em dezembro de 2012, uma empresa nova, chamada Robotics Valley (www.roboticsvalley.com) começou a fabricar um robô de telepresença de 300 dólares, com três rodas, chamado Botiful. O Botiful é pilotado remotamente, leva um smartphone usando um sistema operacional Android e transmite vídeo, via Skype. Carros autônomos. Autonomia é usualmente definida como a habilidade de uma máquina tomar decisões sem a intervenção humana. O exemplo mais famoso de um carro autônomo, ou com direção própria, é o carro sem motorista da Google. Em agosto de 2012, a Google anunciou que sua equipe do carro autônomo havia completado um percurso de mais de 300.000 milhas sem acidentes. Em setembro de 2012, quatro estados norte-americanos já haviam aprovado leis que permitem carros sem motoristas: Nevada, Flórida, Texas e Califórnia. Em meados de 2013, a Google não havia anunciado nenhuma fábrica para desenvolver comercialmente o sistema. Um advogado do Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia levantou preocupações de que a tecnologia da Google estaria “à frente da lei em muitas áreas”, citando que as leis estaduais “todas presumem haver um ser humano operando o veículo”. Empresas como Audi, Toyota e Cadillac, entre outras, também estão desenvolvendo carros autônomos. É interessante notar que cada um dos carros de teste sem condutor da Google contém cerca de US$150 mil em equipamentos. Com tantos fabricantes de automóveis desenvolvendo carros autônomos, o preço sem dúvida vai cair rapidamente. Outro exemplo é o drone. Um veículo não tripulado (UAV - unmanned aerial vehicle) que é uma aeronave 10 que não tem um piloto humano a bordo. Seu voo é controlado de forma autônoma, por computadores contidos no veículo, ou através de controle remoto utilizado por um piloto, que pode estar no solo ou em outro veículo. Os UAVs são desenvolvidos predominantemente para uso militar, mas podem, também, ser utilizados na área civil, em um número cada vez maior de situações, tais como trabalho policial, combate ao fogo, e em segurança não militar, como vigilância de dutos e controle de fronteiras. O maior objetivo no desenvolvimento de tecnologia de autonomia em UAVs é substituir o piloto humano. Para essa finalidade, a inteligência artificial tem avançado até o ponto de os UAVs serem capazes de decolar, pousar e voar por si próprio. Ainda não se sabe, no entanto, se a percepção da tecnologia autônoma, e, mais importante, o clima político em torno de uso de tal tecnologia, vão limitar o desenvolvimento e a utilização de UAVs autônomos. Existe um grande debate em torno da controvérsia a respeito do uso de UAVs dentro dos Estados Unidos. Esses drones são ferramentas poderosas de vigilância capazes de conter sistemas de reconhecimento facial, varredores de placa de licença, câmeras térmicas de imagem, varredores de wi-fi abertos, e muitos outros tipos de sensores. Em 10 de janeiro de 2012 a Eletronic Frontier Foundation (EFF), um grupo de advogados que luta pela defesa da liberdade de expressão e dos direitos de privacidade em áreas relacionadas com a tecnologia, apresentou uma ação judicial - um Ato de Liberdade de Informação - contra a Administração Federal de Aviação (FAA - Federal Aviation Administration). Em resposta, a FAA, pela primeira vez, publicou uma lista de nomes de todas as entidades públicas e privadas que solicitaram uma autorização para usar drones em voos domésticos. Dentre essas organizações, está a Agência de Alfândegas e Fronteiras dos Estados Unidos (CBP - Customs and Border Protection), localizada dentro do Departamento de Segurança Interna (DHS - Department of Homeland Security). A CBP tem usado UAVs para patrulhar as fronteiras dos Estados Unidos, desde 2005. Outras organizações na lista incluem o FBO, o Departamento de Defesa e agências policiais locais. De modo significativo, os cidadãos norte-americanos, atualmente, possuem pouca proteção legal à privacidade em relação à vigilância aérea conduzida por UAVs. Em um caso, a Suprema Corte dos Estados Unidos estabeleceu que indivíduos não possuem direito a privacidade em relação à observação policial feita do espaços aéreo público, mesmo dentro de suas propriedades particulares. A fragilidade da proteção legal contra vigilância por UAVs tem levado grupos de advogados de defesa das liberdades civis a pressionar o governo dos Estados Unidos a emitir leis e regulamentações que estabeleçam proteções à privacidade e uma maior transparência contra o uso de UAVs para obter informações sobre os indivíduos. PARA REFLETIR Reflita sobre algumas desvantagens dos robôs de telepresença, dos carros autônomos e dos drones.Você já parou pra pensar quais ocupações mais estão em risco com a adoção em larga escala dos carros autônomos? Em relação às questões de privacidade associadas com o uso doméstico de drones pelas forças policiais, qual a sua opinião? 11 Ainda vai demorar muito até que possamos ver robôs tomando decisões por si próprios, lidando com situações que não lhes sejam familiares e interagindo com pessoas. Apesar disso, os robôs são extremamente úteis em vários afazeres, principalmente sobre aquelas atividades que são repetitivas, severas ou perigosas para os seres humanos. VEJA O VÍDEO! Aproveitando esse assunto, assistam ao vídeo no link abaixo e vejam novos e surpreendentes avanços no campo do aprendizado profundo. O vídeo tem 19:49 minutos de muito conhecimento, o áudio é em inglês, mas a legenda é em português. A palestra foi apresentada no TED - uma organização sem fins lucrativos dedicada às deias que merecem ser compartilhadas”. LINK Após assistir ao vídeo indicado peço que retorne a este guia de estudo para que possamos avançar para o nosso próximo caso onde trataremos de outros temas com relação ao uso de tecnologia. CASO 2 - PONDO AS CRIANÇAS EM FORMA Jerry nunca prestou muita atenção às atividades físicas que praticava. No entanto, um dia, ele jogava basquete enquanto usava um pequeno rastreador de atividades, chamado Zamzee, em sua cintura. Mais tarde, ele conectou o dispositivo na porta USB de seu computador e carregou os dados capturados pelo acelerômetro (dispositivo que ajuda a determinar a velocidade e a distância, enquanto a pessoa o utiliza). Ao contrário de um FitBit (www.fitbit.com), um pedômetro popular volta para adultos, o Zamzee não diz a Jerry quantos passos ele deu ou quantas calorias ele queimou. Em vez disso, informa os pontos correspondentes ao movimento que ele fez: um total de 758 pontos. Esses pontos são a moeda que ele pode gastar no mundo virtual de Zamzee.com, onde ele cria um avatar que o representa. Se Jerry continuasse com o exercício, ele poderia eventualmente, obter “Zamz” suficientes para comprar itens reais, como um iPod Nano (16.000 Zamz) ou um console Wii (18.000 Zamz). A experiência de Jerry ilustra, caro(a) estudante, os objetivos do Zamzee (www.zamzee.com), uma empresa que está testando a ideia de que a falta de atividades dos jogos podem ser aproveitada para resolver um problema social difícil, neste caso, a obesidade infantil. O conceito é chamado de gamificação, que é o uso de jogos mentais e jogos mecânicos em um contexto fora do jogo, de modo que engajem os usuários e resolvam problemas. Em vez de manter o foco sobre perda de peso ou dieta, a Zamzee espera recompensar movimentos de quaisquer tipos de crianças entre 11 e 14 anos. A Zamzee tem estabelecido essa faixa etária, porque as pesquisas indicam que essas são as idades em que as crianças adotam hábitos para uma vida longa. http://www.youtube.com/watch?v=rj0u79AIh1I&list=PLugIbMH-aCVf8JLcAfM6igHJfkK9TL6V8&index=85 12 VOCÊ SABIA? Zamzee é um empreendimento com fins lucrativos, iniciado pela HopeLab, fundação sem fins lucrativos financiada pelofundador do eBay, Pierre Omidyar, e por sua esposa, Pam. Zamzee foi formalmente lançado em 2013, no entanto, antes do lançamento, os programas-piloto já estavam em andamento em escolas e centros comunitários em Atlanta, Chicago, Honolulu e São Francisco. Jerry é um dos garotos do Ensino Médio que tem participado da experiência do Zamzee no Clube Boys & Girls, de Atlanta. O estado da Geórgia está em segundo lugar na classificação nacional de obesidade infantil, e mais da metade de seus alunos do ensino médio não cumprem as recomendações para atividades diárias definidas pelo Centro de Controle de Doenças. A situação está tão séria que o sistema de centros pediátricos do Children’s Healthcare de Atlanta recentemente lançou uma campanha publicitária cujo objetivo é o sobrepeso infantil. O Zamzee se concentra nas recompensas, e não nos castigos. Os pais investem em uma conta para financiar as recompensas que aquelas crianças vão buscar conquistar com seus Zamz. A neurocientista Sandra Aamodt, autora de Welcome do Your Childs Brain, elogia o fato de o foco do Zamzee estar nas atividades, em vez de no peso. Ela alerta, porém, que as pesquisas têm revelado que a motivação interior supera as recompensas exteriores (a motivação interior vem de dentro do indivíduo e não de recompensas externas, como dinheiros ou notas). Com isso em mente, os desenvolvedores do Zamzee têm testado vários métodos para motivar as crianças. Eles descobriram que a combinação recompensas virtuais (eletrônicas) e monetárias pode dar resultado positivo. E quanto aos resultados? De acordo com o Zamzee, estudos confirmam que crianças que usam o Zamzee se movimentam quase 60% mais que a média das crianças que não o utilizam. Perceba, prezado(a) estudante, como a tecnologia pode ser aplicada a diversas áreas. A tecnologia aplicada a saúde desempenha um papel importante na medicina e nas condições de vida da população. PALAVRAS DO PROFESSOR Vamos a um caso relacionado a lei de propriedade intelectual. ??? 13 EXEMPLO Tribunal Superior do Trabalho na internet divulgou notícia do julgamento de um caso de um ex-empregado contra uma empresa de comunicação que envolve o Direito Autoral dentro do contrato de emprego. O reclamante pleiteava uma indenização decorrente do uso que ele considerava ilícito de um manual, que afirmava ter elaborado, direcionado a solucionar problemas no uso de aparelhos por parte dos clientes da sua ex-empregadora. A empresa se defendeu arguindo que o manual não era obra protegida pelo direito autoral, porque mera compilação de dados que já existiam nos arquivos eletrônicos. Disse em sua defesa que o reclamante não criou sozinho o texto contido no documento. A sentença julgou procedente o pedido. Afirmou que a as compilações são obras protegidas pelo Direito Autoral (art. 7º, XIII da lei 9.610/98) e que havia prova da autoria pelo reclamante. Aplicou por analogia as leis 9.609/98 (Lei do Software) e 9.279/96 (Lei da Propriedade Industrial) para condenar a empresa a indenizar o reclamante em R$ 50.000,00. O Tribunal Regional do Trabalho, por sua vez, afastando a aplicação por analogia das Leis do Software e da Propriedade Industrial, reformou a sentença para julgar improcedente o pedido. Afirmou que não havia propriamente ato de criação na compilação das informações. A propriedade do acórdão na interpretação da lei de regência merece destaque. No caso em análise, o autor condensou regras basilares para a solução de alguns habituais problemas, como, por exemplo, a de que o cliente deve, em tendo problemas na TV, verificar se estaria sintonizada no canal 3 ou 4. O autor não criou nada. Limitou-se a fazer um esquema (manual, guia ou cartilha, independentemente do nome que se queira atribuir) de soluções possíveis para erros comumente verificados e relatados por clientes, conforme a base de dados da empresa, utilizando-se de maquinário da empresa, do conhecimento adquirido no período empregatício e do tempo de vigência da prestação de serviços. Não há traço de originalidade na elaboração de, coletados os dados, um breve repositório de possíveis soluções para problemas relacionados à prestação de serviços de TV, internet e de telecomunicações. Não houve obra intelectual ou criação do espírito nesse arranjo de possíveis soluções. As testemunhas (e.g., Ricardo Mondaca) falaram, unanimemente, que fora o autor quem criou a cartilha da fl. 75. Todavia, não há propriamente uma criação intelectual. A criação resulta indissociavelmente de um fator de originalidade e de inventividade. No caso acima o empregado que abriu processo contra empresa acabou não saindo vitorioso no processo, pois aquilo que ele tinha desenvolvido não estava contemplado dentro da lei de direitos autorais. 14 PARA RESUMIR Vimos neste guia de estudos da sala virtual do Tópico Integrador I alguns exemplos de como a TI afeta as pessoas e vários tipos de organizações. Além dos casos citados aqui, você consegue relatar outras situações que a TI afeta? Pudemos estudar o caso da Warby Parker e como através do seu modelo de negócio eles conseguiram fazer frente a grandes empresas do mercado, vimos também como os robôs estão mudando a forma de interagirmos e de fazermos negócios. Falamos um pouco sobre os robôs de telepresença e sobre os robôs autônomos, aqueles que em tem a capacidade de tomar decisões e executar tarefas de maneira autônoma, estudamos a possibilidade das máquinas aprenderem e executarem suas tarefas de maneira bastante eficiente e ainda os carros autônomos, que têm a capacidade de dirigir sem o motorista humano por perto. Para finalizar ainda vimos o caso do Zamzee que fez crianças e adolescentes saírem do sedentarismo através da gamificação das atividades físicas. Por fim estudamos o caso de propriedade intelectual onde um funcionário processou a empresa que trabalhava por uso de um material que ele havia elaborado, porém ele não saiu vitorioso da disputa por não se enquadrar na lei de maneira adequada. Encerramos neste momento todo o conteúdo da nossa última unidade. PALAVRAS FINAIS Caro(a) estudante, acredito que após a leitura do nosso guia de estudo, você está animado para continuar os seus estudos e entendeu a importância das ações desta sala virtual. Agora chegamos ao fim da nossa disciplina, reveja as unidades anteriores para revisitar os conceitos aprendidos até este momento e vinculá-los a nossa prática profissional. Também será possível aprender novos conceitos e ver essa aplicação dentro do cotidiano do profissional de desenvolvimento de software. Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades referentes ao conteúdo aprendido nesta última unidade. Caso tenha alguma dúvida você deve entrar em contato com o tutor para que as esclareça. A resolução das atividades irá consolidar o seu aprendizado e fará com que você esteja preparado para às próximas etapas do seu curso. Lembre-se, seu comprometimento nesta jornada de estudos é a chave para seu sucesso! Bons estudos e muito sucesso! REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Introdução a Sistemas de Informação: Apoiando e transformando negócios na era da Mobilidade; R.Kelly Rainer Jr., Casey G. Cegielski; 5. ed; Elsevier; 2016. _GoBack Para início de conversa CASO 1 - WARBY PARKER SERÁ QUE A TI VAI ELIMINAR POSTOS DE TRABALHO? TIPOS DIFERENTES DE ROBÔS CASO 2 - PONDO AS CRIANÇAS EM FORMA