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Guia de Estudos da Unidade 4 - Tópicos Integradores I (ADS)

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UNIDADE IV
Tópicos Integradores I - 
ADS
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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
 
___________________________________________________________________
Cordeiro Brasileiro, Alberto Fagner
Tópicos Integradores I - ADS - Unidade 3 -
Recife: Grupo Ser Educacional, 2018.
 __________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
www.sereducacional.com
3
SUMÁRIO
PARA INÍCIO DE CONVERSA ...................................................................................... 4
CASO 1 - WARBY PARKER .......................................................................................... 6
SERÁ QUE A TI VAI ELIMINAR POSTOS DE TRABALHO? ........................................... 7
TIPOS DIFERENTES DE ROBÔS .................................................................................. 8
CASO 2 - PONDO AS CRIANÇAS EM FORMA ................................................................... 11
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TÓPICOS INTEGRADORES I
UNIDADE 4
PARA INÍCIO DE CONVERSA
Bem-vindo(a) estudante, mais uma vez, você está convidado(a) a partilhar o 
conhecimento integral desenvolvido até esta etapa do seu curso. Vamos continuar o 
Tópico Integrador numa estratégia de ensino e aprendizagem que objetiva proporcionar 
a interdisciplinaridade dos temas abordados nos módulos. 
Nesta sala teremos instrumentos de integração entre ensino e a reflexão prática do que 
foi trabalhado até este momento no seu curso. Nesta etapa de sua vida acadêmica este 
processo deve fornecer subsídios para a avaliação das competências relacionadas ao 
perfil profissional adquiridos nos temas tratados nos módulos.
Já passamos pelas três primeiras unidades desta disciplina. Nas unidades anteriores 
estudamos sobre os pilares de um projeto integrador, trazendo alguns conceitos 
relevantes como, por exemplo, a importância da leitura, a segmentação do processo 
de software, arcabouço para multidisciplinaridade, gestão do conhecimento e 
da competência, entre outros. Na segunda unidade falamos sobre as diferentes 
linguagens de programação e seus paradigmas. Na unidade anterior partimos para 
o estudo entendimento da importância da propriedade intelectual e a lei de software 
que foram desenvolvidas no intuito de deixar claros os deveres e direitos de cada 
parte, já que a tecnologia tem alcançado tamanha importância dentro das empresas. 
Estudamos também quais os benefícios que a lei trouxe para os desenvolvedores e 
como devemos fazer para seguir as regras e estarmos tranquilos no nosso dia a dia 
como desenvolvedores. 
E, na última unidade, aplicaremos os conhecimentos adquiridos nas diversas disciplinas 
do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) sobre a aplicação de TI 
à luz da competitividade nos negócios empresariais, estudando casos reais para 
entendermos o nosso papel dentro desse processo. Iremos verificar casos reais onde 
poderemos aplicar os conhecimentos que adquirimos nas unidades anteriores. 
Em cada unidade você encontrará videoaulas que irão apresentar de forma consolidada 
os objetivos de cada unidade. Nos Guias de Estudo, serão encontradas todas as 
referências aos conteúdos complementares indicados, os vídeos internos das disciplinas 
passadas e os vídeos externos (YouTube, por exemplo) a fim de ampliar ainda mais o 
seu conhecimento acerca do tema tratado em cada unidade.
Ao final de cada unidade você deverá realizar as atividades que constam no AVA.
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ORIENTAÇÕES DA DISCIPLINA
Esta sala virtual não trata de propor a eliminação de disciplinas, mas sim da criação de 
movimentos que propiciem o estabelecimento de relações entre as mesmas, tendo como 
ponto de convergência a ação que se desenvolve numa PARTICIPAÇÃO cooperativa e 
reflexiva através do Ambiente Virtual de Aprendizagem, webconferencias, Guias de 
estudo e vídeoaulas das diversas disciplinas do curso de ADS unificados para este 
fim. Ao final de cada unidade você encontrará atividades avaliativas como: fóruns de 
discussão e questionários relacionados com os assuntos vistos no seu guia de estudo.
Mas, antes de iniciar o estudo da última unidade do Tópico Integrador, faça a você 
mesmo as seguintes perguntas:
●	 O que posso aprender com esses casos?
●	 O que os casos apresentados têm em comum?
Vamos começar?
Para obter essas e outras respostas, é só se debruçar com disposição sobre o roteiro de 
estudo. Siga em frente com determinação! Vamos juntos! 
PALAVRAS DO PROFESSOR
Caro(a) aluno(a), 60 anos depois da revolução do computador, há 40 anos na era do 
microprocessador e 20 anos depois da ascensão da internet, toda a tecnologia necessária 
para transformar as indústrias por meio do software foi desenvolvida e integrada, e 
pode ser realizada em nível mundial. Bilhões de pessoas acessam agora a internet 
através de ligações de banda larga, muitas destas, através de seus smartphones que 
lhe proporcionam acesso instantâneo, o tempo todo, de vários locais.
O software está afetando todos os setores da indústria e cada organização deve se 
preparar para este impacto. Várias empresas têm tentado enfrentar o desafio, algumas 
bem sucedidas e outras falharam.
Quando você concluir este curso, ou você vai começar seu próprio negócio, ou vai 
trabalhar para uma organização, seja do setor público, seja do setor privado, com ou 
sem fins lucrativos. Sua organização terá de sobreviver e competir em um ambiente que 
foi radicalmente transformado pela tecnologia da informação. Este ambiente é global, 
maciçamente interconectado, imensamente competitivo em tempo real, mudando 
rapidamente e com informação intensiva. Para competir com sucesso, sua organização 
deve fazer uso da TI de forma eficaz.
O ambiente moderno é intensamente competitivo, não só para as organizações, mas 
para você também. Você tem que competir com pessoas talentosas de todo o mundo. 
Portanto, você também terá de fazer um uso eficaz de TI para vencer.
Desta forma, nesta unidade, serão apresentados uma série de casos onde a aplicação 
de tecnologia mudou o cenário para alguma organização. 
Veremos na prática como isso ocorreu e o contexto envolvido.
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CASO 1 - WARBY PARKER 
A Warby Parker (www.warbyparker.com) é uma empresa que atua no setor varejista de óculos on-line, 
fundada em 2010. A ideia para empresa foi concebida quando seus fundadores (estudantes de MBA, 
na época) observaram que os óculos - produtos com pouca complexidade de fabricação - facilmente 
quebráveis e produzidos em massa - eram, normalmente, muito caros (US$ 500,00 ou mais, por exemplo). 
Os fundadores estavam realmente convencidos de que sabiam a razão pela qual os óculos custavam 
tanto. Eles perceberam que a indústria ótica possuía características de um oligopólio, o que significa que 
um pequeno número de empresas dominava os negócios, com grandes margens de lucro.
Considere, por exemplo, a Luxottica (www.luxottica.com), com sede em Milão, Itália. A essa empresa 
pertence a LensCrafters, Pearle Vision, Sunglass Hut, Ray-Ban, Oakley e Oliver Peoples, além de óticas na 
Target e na Sears. Além disso, com resultado de uma série de acordos de licença, a Luxottica fabrica óculos 
para mais de 20 marcas famosas, incluindo Chanel, Burberry, Prada e Stella McCartney. Os fundadores da 
Warby Parker perceberam que a Luxottica “criou a ilusão de escolha”, quando, na verdade, praticamente 
monopolizou a indústria.
A Warby Parker desenvolveu uma estratégia para competir com a Luxottica. A empresa utiliza os mesmos 
materiais e as mesmas fábricas chinesas que a Luxottica. Em seguida, ela vende seus óculos por um preço 
menor, porque não tem que pagar taxas de licenciamento, que podemchegar a 15% dos US$ 100, que é 
o custo no atacado de um par de óculos. Além disso, como a Warby Parker comercializa seus produtos 
diretamente para seus clientes, não têm de lidar com os varejistas, cujas margens podem fazer os preços 
até dobrarem.
O modelo de negócio da Warby Parker permite aos clientes óculos de estilo “retrô” da empresa por meio 
de uma correspondência, no programa experimente-em-casa. Os óculos (incluindo as lentes prescritas) 
custam apenas US$95, e os clientes podem testar até cinco armações por vez. Além disso, o site da 
Warby Parker permite aos clientes baixarem as fotos e “experimentar” virtualmente algumas armações. 
Essas experiências individualizadas de compra em larga escala têm atraído um segmento devotado dentre 
os jovens profissionais da moda. Este modelo de negócio tornou a empresa um sucesso comercial.
Em meados de 2013, a Warby Parker tinha vendido mais de 100 mil pares de óculos. A empresa levantou 
US$1,5 milhão do investidor, em maio de 2011, e, em 2012, levantou um adicional de US$37 milhões. 
Possui 113 funcionários e abriu uma loja de 2.500 m², em Nova York.
Além de desfrutar de grande sucesso comercial, a Warby Parker tem uma missão social. Para cada par de 
óculos que vende, fornece subsídios para ajudar alguém com necessidade de comprar um par, embora não 
uma das criações da Warby Parker.
O sucesso da empresa está inspirando a concorrência de outros varejistas de óculos já estabelecidos. Por 
exemplo, o site de desconto especializado em moda Bluefly (www.bluefly.com) introduziu o Eyefly (www.
eyefly.com), que vende óculos personalizados estilo “retrô” por US$99.
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Outro competidor é a Ditto (www.ditto.com) cujos compradores usam a câmera do computador para 
gravar um vídeo dos vários ângulos de seu rosto e criam uma versão tridimensional dele. Os compradores 
podem, então, experimentar virtualmente diferentes armações, olhando por todos os lados, até piscar. Eles 
podem também pedir a opinião de seus amigos pelo Facebook, compartilhando fotos de seus personagens 
virtuais usando diferentes armações.
A Google quer evitar que os usuários de seus produtos Google Glass se pareçam com atores de filmes 
de ficção científica. Para auxiliá-los nisso, a empresa está trabalhando com a Warby Parker para projetar 
armações para o Google Glass que estejam mais na moda.
PALAVRAS DO PROFESSOR
Agora, vamos refletir um pouco sobre o caso que acabamos de ler! Durante os 
questionamentos a seguir, se precisar, retorne ao texto e leia-o novamente.
Como a Warby Parker usa a tecnologia da informação para suportar seu modelo de 
negócio?
Como a Warby Parker pode usar a tecnologia da informação para contra-atacar os 
grandes competidores que querem copiar seu modelo de negócio?
Enquanto você lê este e os demais textos que serão apresentados, tenha em mente 
que as tecnologias de informação que você está aprendendo são importantes para 
empresas de todos os tamanhos. Não importa em qual área de negócio você esteja, em 
que indústria você trabalhe ou o tamanho de sua empresa, você vai ser beneficiado(a) 
com o que aprender sobre esse tema. Quem sabe? Você pode vir a usar as ferramentas 
que aprenderá nesta disciplina para fazer sua grande ideia se tornar uma realidade.
Como você pode ver no Caso da Warby Parker, proprietários de pequenas empresas 
não precisam ser especialistas em tecnologia da informação para ser bem-sucedidos. 
A competência central do negócio da Warby Parker não é a tecnologia. Em vez disso, o 
modelo de negócios da empresa é sua principal competência. No entanto, a empresa 
está efetivamente usando TI para suportar seu modelo de negócios, e portanto, para 
criar um negócio bem sucedido.
SERÁ QUE A TI VAI ELIMINAR POSTOS DE TRABALHO? 
Uma das maiores preocupações de todo empregado, seja temporário ou não, é a segurança de seu 
emprego. Medidas de corte de custos implacáveis nas organizações modernas muitas vezes levam a 
demissões em larga escala. Em termos simples, as organizações estão respondendo ao ambiente 
atualmente competitivo de hoje, fazendo mais com menos. 
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Independentemente de sua posição, você sempre terá de adicionar valor a sua organização e ter certeza 
de que seus superiores estão cientes deste valor.
Muitas empresas têm respondido a esses tempos econômicos difíceis com aumento da competição em 
nível global e das demandas por personalização dos produtos/serviços, sem falar nos investimentos em TI 
cada vez maiores por parte dos consumidores. De fato, à medida que os computadores avançam em termos 
de inteligência e recursos, a vantagem competitiva de substituir pessoas por máquinas está aumentando, 
rapidamente. Esse processo, com frequência, leva a demissões. Ao mesmo tempo, no entanto, a TI tem 
criado categorias de trabalho inteiramente novas, tais como o profissional que mantém eletronicamente 
os registros médicos, e aqueles que trabalham com nanotecnologia.
A revolução do robô está aqui e agora. A utilização de robôs, que já foram restritos apenas a filmes de 
ficção, está se tornando cada vez mais comum na realização de tarefas usuais. De fato, ciber cães, ciber 
enfermeiras e outros seres mecânicos podem estar em nossa companhia antes do que se perceba. Ao 
redor do mundo, dispositivos quase autônomos têm se tornado cada vez mais encontrados em atividades 
operacionais em fábricas, corredores de hospitais e no campo. Para uso, doméstico, a empresa iRobot 
(www.irobot.com) produz a Roomba, para aspirar nosso chão, o Scooba, para lavar nosso piso, o Dirt Dog, 
para varrer nossas garagens, o Verro, para limpar nossas piscinas e o Looj, para limpar nossas calhas. 
Vejamos agora um caso que aborda três tipos de robôs: os de telepresença, os carros autônomos e os 
veículos não tripulados.
TIPOS DIFERENTES DE ROBÔS
Os robôs de telepresença são projetados para ajudar as empresas a poupar dinheiro com viagens e 
tecnologias de teleconferência dispendiosas. Eles permitem que pessoas em escritórios ou locais 
distantes consigam estabelecer uma excelente comunicação sem o uso de um sistema complicado de 
videoconferência.
Um robô de telepresença possui tanto uma câmera de vídeo quanto uma tela embutida em sua “cabeça”, 
também possui rodas, o que lhe permite liberdade de movimentos, sendo controlado remotamente por 
computador. Foi projetado para se orientar em um caminho livre de obstáculos e de pessoas.
Esses robôs permitem que uma pessoa mantenha uma conexão de boa qualidade com seus colegas de 
trabalho, consumidores ou clientes. O usuário coloca o robô em um local remoto e se direciona para se 
mover ao redor, por exemplo, de uma sala de conferência durante uma reunião, apresentando a todos os 
que está acontecendo com uma pessoa distante, que o controla. 
Curiosamente, os robôs quebram as barreiras de inibição que as pessoas têm, às vezes, em reuniões 
presenciais. Os robôs de telepresença são usados para outros objetivos, além dos ligados às empresas. 
Por exemplo, permitem às pessoas que estão querendo comprar uma casa fazer uma visita virtual em 
propriedades distantes. Permitem também a médicos realizar visitas remotas aos leitos de seus pacientes 
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(telemedicina). Possibilitam uma maneira de patrulhar locais de trabalho à noite, com um baixo custo. 
Proporcionam, também, a pais que estão jantando fora manter contato com seus filhos, em casa. Seguem 
outros exemplos:
•	 Gerentes de empresas estão usando robôs de telepresença para caminhar virtualmente pelo chão da 
fábrica.
•	 Organizações de seguro saúde estão empregando robôs para o cuidado doméstico de pacientes 
(home care).
•	 No ambiente do varejo, um robô poderia passear pela loja com um cliente que está comprando ou 
fazendo perguntas sobre os produtos. A pessoa que controla o robô poderia responder às perguntas, 
essencialmente tornando o robô um balconista mecânico.
Muitas empresas novas estão desenvolvendo robôs de telepresença. Vamos observar algumas delas.
•	 O Oculus, fabricado pela Xaxxon Technologies (www.xaxxon.com), éutilizado basicamente para 
patrulhas de segurança. O robô é, em sua essência, um conjunto de rodas para um laptop que executa 
um software de videoconferência, via Skype. O Oculus pode ser controlado por um smartphone.
•	 Em dezembro de 2012, uma empresa nova, chamada Robotics Valley (www.roboticsvalley.com) 
começou a fabricar um robô de telepresença de 300 dólares, com três rodas, chamado Botiful. O 
Botiful é pilotado remotamente, leva um smartphone usando um sistema operacional Android e 
transmite vídeo, via Skype.
Carros autônomos. Autonomia é usualmente definida como a habilidade de uma máquina tomar decisões 
sem a intervenção humana. O exemplo mais famoso de um carro autônomo, ou com direção própria, é o 
carro sem motorista da Google. Em agosto de 2012, a Google anunciou que sua equipe do carro autônomo 
havia completado um percurso de mais de 300.000 milhas sem acidentes. Em setembro de 2012, quatro 
estados norte-americanos já haviam aprovado leis que permitem carros sem motoristas: Nevada, Flórida, 
Texas e Califórnia.
Em meados de 2013, a Google não havia anunciado nenhuma fábrica para desenvolver comercialmente o 
sistema. Um advogado do Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia levantou preocupações de 
que a tecnologia da Google estaria “à frente da lei em muitas áreas”, citando que as leis estaduais “todas 
presumem haver um ser humano operando o veículo”.
Empresas como Audi, Toyota e Cadillac, entre outras, também estão desenvolvendo carros autônomos. É 
interessante notar que cada um dos carros de teste sem condutor da Google contém cerca de US$150 mil 
em equipamentos. Com tantos fabricantes de automóveis desenvolvendo carros autônomos, o preço sem 
dúvida vai cair rapidamente.
Outro exemplo é o drone. Um veículo não tripulado (UAV - unmanned aerial vehicle) que é uma aeronave 
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que não tem um piloto humano a bordo. Seu voo é controlado de forma autônoma, por computadores 
contidos no veículo, ou através de controle remoto utilizado por um piloto, que pode estar no solo ou em 
outro veículo. Os UAVs são desenvolvidos predominantemente para uso militar, mas podem, também, ser 
utilizados na área civil, em um número cada vez maior de situações, tais como trabalho policial, combate 
ao fogo, e em segurança não militar, como vigilância de dutos e controle de fronteiras.
O maior objetivo no desenvolvimento de tecnologia de autonomia em UAVs é substituir o piloto humano. 
Para essa finalidade, a inteligência artificial tem avançado até o ponto de os UAVs serem capazes de 
decolar, pousar e voar por si próprio. Ainda não se sabe, no entanto, se a percepção da tecnologia autônoma, 
e, mais importante, o clima político em torno de uso de tal tecnologia, vão limitar o desenvolvimento e a 
utilização de UAVs autônomos.
Existe um grande debate em torno da controvérsia a respeito do uso de UAVs dentro dos Estados Unidos. 
Esses drones são ferramentas poderosas de vigilância capazes de conter sistemas de reconhecimento 
facial, varredores de placa de licença, câmeras térmicas de imagem, varredores de wi-fi abertos, e 
muitos outros tipos de sensores. Em 10 de janeiro de 2012 a Eletronic Frontier Foundation (EFF), um grupo 
de advogados que luta pela defesa da liberdade de expressão e dos direitos de privacidade em áreas 
relacionadas com a tecnologia, apresentou uma ação judicial - um Ato de Liberdade de Informação - 
contra a Administração Federal de Aviação (FAA - Federal Aviation Administration).
Em resposta, a FAA, pela primeira vez, publicou uma lista de nomes de todas as entidades públicas 
e privadas que solicitaram uma autorização para usar drones em voos domésticos. Dentre essas 
organizações, está a Agência de Alfândegas e Fronteiras dos Estados Unidos (CBP - Customs and Border 
Protection), localizada dentro do Departamento de Segurança Interna (DHS - Department of Homeland 
Security). A CBP tem usado UAVs para patrulhar as fronteiras dos Estados Unidos, desde 2005. Outras 
organizações na lista incluem o FBO, o Departamento de Defesa e agências policiais locais.
De modo significativo, os cidadãos norte-americanos, atualmente, possuem pouca proteção legal 
à privacidade em relação à vigilância aérea conduzida por UAVs. Em um caso, a Suprema Corte dos 
Estados Unidos estabeleceu que indivíduos não possuem direito a privacidade em relação à observação 
policial feita do espaços aéreo público, mesmo dentro de suas propriedades particulares. A fragilidade da 
proteção legal contra vigilância por UAVs tem levado grupos de advogados de defesa das liberdades civis 
a pressionar o governo dos Estados Unidos a emitir leis e regulamentações que estabeleçam proteções à 
privacidade e uma maior transparência contra o uso de UAVs para obter informações sobre os indivíduos.
PARA REFLETIR
Reflita sobre algumas desvantagens dos robôs de telepresença, dos carros autônomos 
e dos drones.Você já parou pra pensar quais ocupações mais estão em risco com a 
adoção em larga escala dos carros autônomos?
Em relação às questões de privacidade associadas com o uso doméstico de drones 
pelas forças policiais, qual a sua opinião?
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Ainda vai demorar muito até que possamos ver robôs tomando decisões por si próprios, lidando 
com situações que não lhes sejam familiares e interagindo com pessoas. Apesar disso, os robôs são 
extremamente úteis em vários afazeres, principalmente sobre aquelas atividades que são repetitivas, 
severas ou perigosas para os seres humanos.
VEJA O VÍDEO!
Aproveitando esse assunto, assistam ao vídeo no link abaixo e vejam novos e 
surpreendentes avanços no campo do aprendizado profundo. O vídeo tem 19:49 minutos 
de muito conhecimento, o áudio é em inglês, mas a legenda é em português. A palestra 
foi apresentada no TED - uma organização sem fins lucrativos dedicada às deias que 
merecem ser compartilhadas”. LINK
Após assistir ao vídeo indicado peço que retorne a este guia de estudo para que possamos avançar para 
o nosso próximo caso onde trataremos de outros temas com relação ao uso de tecnologia.
CASO 2 - PONDO AS CRIANÇAS EM FORMA 
Jerry nunca prestou muita atenção às atividades físicas que praticava. No entanto, um dia, ele jogava 
basquete enquanto usava um pequeno rastreador de atividades, chamado Zamzee, em sua cintura. Mais 
tarde, ele conectou o dispositivo na porta USB de seu computador e carregou os dados capturados pelo 
acelerômetro (dispositivo que ajuda a determinar a velocidade e a distância, enquanto a pessoa o utiliza). 
Ao contrário de um FitBit (www.fitbit.com), um pedômetro popular volta para adultos, o Zamzee não 
diz a Jerry quantos passos ele deu ou quantas calorias ele queimou. Em vez disso, informa os pontos 
correspondentes ao movimento que ele fez: um total de 758 pontos. Esses pontos são a moeda que 
ele pode gastar no mundo virtual de Zamzee.com, onde ele cria um avatar que o representa. Se Jerry 
continuasse com o exercício, ele poderia eventualmente, obter “Zamz” suficientes para comprar itens 
reais, como um iPod Nano (16.000 Zamz) ou um console Wii (18.000 Zamz).
A experiência de Jerry ilustra, caro(a) estudante, os objetivos do Zamzee (www.zamzee.com), uma empresa 
que está testando a ideia de que a falta de atividades dos jogos podem ser aproveitada para resolver um 
problema social difícil, neste caso, a obesidade infantil. O conceito é chamado de gamificação, que é o 
uso de jogos mentais e jogos mecânicos em um contexto fora do jogo, de modo que engajem os usuários 
e resolvam problemas.
Em vez de manter o foco sobre perda de peso ou dieta, a Zamzee espera recompensar movimentos de 
quaisquer tipos de crianças entre 11 e 14 anos. A Zamzee tem estabelecido essa faixa etária, porque as 
pesquisas indicam que essas são as idades em que as crianças adotam hábitos para uma vida longa.
http://www.youtube.com/watch?v=rj0u79AIh1I&list=PLugIbMH-aCVf8JLcAfM6igHJfkK9TL6V8&index=85
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VOCÊ SABIA?
Zamzee é um empreendimento com fins lucrativos, iniciado pela HopeLab, fundação 
sem fins lucrativos financiada pelofundador do eBay, Pierre Omidyar, e por sua esposa, 
Pam. Zamzee foi formalmente lançado em 2013, no entanto, antes do lançamento, os 
programas-piloto já estavam em andamento em escolas e centros comunitários em 
Atlanta, Chicago, Honolulu e São Francisco.
Jerry é um dos garotos do Ensino Médio que tem participado da experiência do Zamzee no Clube Boys 
& Girls, de Atlanta. O estado da Geórgia está em segundo lugar na classificação nacional de obesidade 
infantil, e mais da metade de seus alunos do ensino médio não cumprem as recomendações para atividades 
diárias definidas pelo Centro de Controle de Doenças. A situação está tão séria que o sistema de centros 
pediátricos do Children’s Healthcare de Atlanta recentemente lançou uma campanha publicitária cujo 
objetivo é o sobrepeso infantil.
O Zamzee se concentra nas recompensas, e não nos castigos. Os pais investem em uma conta para 
financiar as recompensas que aquelas crianças vão buscar conquistar com seus Zamz.
A neurocientista Sandra Aamodt, autora de Welcome do Your Childs Brain, elogia o fato de o foco do 
Zamzee estar nas atividades, em vez de no peso. Ela alerta, porém, que as pesquisas têm revelado que 
a motivação interior supera as recompensas exteriores (a motivação interior vem de dentro do indivíduo 
e não de recompensas externas, como dinheiros ou notas). Com isso em mente, os desenvolvedores 
do Zamzee têm testado vários métodos para motivar as crianças. Eles descobriram que a combinação 
recompensas virtuais (eletrônicas) e monetárias pode dar resultado positivo.
E quanto aos resultados? De acordo com o Zamzee, estudos confirmam que crianças que usam o Zamzee 
se movimentam quase 60% mais que a média das crianças que não o utilizam. 
Perceba, prezado(a) estudante, como a tecnologia pode ser aplicada a diversas áreas. A tecnologia 
aplicada a saúde desempenha um papel importante na medicina e nas condições de vida da população.
PALAVRAS DO PROFESSOR
Vamos a um caso relacionado a lei de propriedade intelectual.
???
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EXEMPLO
Tribunal Superior do Trabalho na internet divulgou notícia do julgamento de um caso de 
um ex-empregado contra uma empresa de comunicação que envolve o Direito Autoral 
dentro do contrato de emprego. 
O reclamante pleiteava uma indenização decorrente do uso que ele considerava ilícito 
de um manual, que afirmava ter elaborado, direcionado a solucionar problemas no uso 
de aparelhos por parte dos clientes da sua ex-empregadora.
A empresa se defendeu arguindo que o manual não era obra protegida pelo direito 
autoral, porque mera compilação de dados que já existiam nos arquivos eletrônicos. 
Disse em sua defesa que o reclamante não criou sozinho o texto contido no documento.
A sentença julgou procedente o pedido. Afirmou que a as compilações são obras 
protegidas pelo Direito Autoral (art. 7º, XIII da lei 9.610/98) e que havia prova da autoria 
pelo reclamante. Aplicou por analogia as leis 9.609/98 (Lei do Software) e 9.279/96 
(Lei da Propriedade Industrial) para condenar a empresa a indenizar o reclamante em 
R$ 50.000,00.
O Tribunal Regional do Trabalho, por sua vez, afastando a aplicação por analogia das Leis 
do Software e da Propriedade Industrial, reformou a sentença para julgar improcedente 
o pedido. Afirmou que não havia propriamente ato de criação na compilação das 
informações. A propriedade do acórdão na interpretação da lei de regência merece 
destaque.
No caso em análise, o autor condensou regras basilares para a solução de alguns 
habituais problemas, como, por exemplo, a de que o cliente deve, em tendo problemas 
na TV, verificar se estaria sintonizada no canal 3 ou 4.
O autor não criou nada. Limitou-se a fazer um esquema (manual, guia ou cartilha, 
independentemente do nome que se queira atribuir) de soluções possíveis para 
erros comumente verificados e relatados por clientes, conforme a base de dados da 
empresa, utilizando-se de maquinário da empresa, do conhecimento adquirido no 
período empregatício e do tempo de vigência da prestação de serviços. Não há traço de 
originalidade na elaboração de, coletados os dados, um breve repositório de possíveis 
soluções para problemas relacionados à prestação de serviços de TV, internet e de 
telecomunicações. Não houve obra intelectual ou criação do espírito nesse arranjo de 
possíveis soluções. As testemunhas (e.g., Ricardo Mondaca) falaram, unanimemente, 
que fora o autor quem criou a cartilha da fl. 75. Todavia, não há propriamente uma 
criação intelectual. A criação resulta indissociavelmente de um fator de originalidade 
e de inventividade.
No caso acima o empregado que abriu processo contra empresa acabou não saindo vitorioso no processo, 
pois aquilo que ele tinha desenvolvido não estava contemplado dentro da lei de direitos autorais. 
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PARA RESUMIR
Vimos neste guia de estudos da sala virtual do Tópico Integrador I alguns exemplos 
de como a TI afeta as pessoas e vários tipos de organizações. Além dos casos citados 
aqui, você consegue relatar outras situações que a TI afeta?
Pudemos estudar o caso da Warby Parker e como através do seu modelo de negócio 
eles conseguiram fazer frente a grandes empresas do mercado, vimos também como 
os robôs estão mudando a forma de interagirmos e de fazermos negócios. Falamos 
um pouco sobre os robôs de telepresença e sobre os robôs autônomos, aqueles que 
em tem a capacidade de tomar decisões e executar tarefas de maneira autônoma, 
estudamos a possibilidade das máquinas aprenderem e executarem suas tarefas de 
maneira bastante eficiente e ainda os carros autônomos, que têm a capacidade de 
dirigir sem o motorista humano por perto. 
Para finalizar ainda vimos o caso do Zamzee que fez crianças e adolescentes saírem do 
sedentarismo através da gamificação das atividades físicas. Por fim estudamos o caso 
de propriedade intelectual onde um funcionário processou a empresa que trabalhava 
por uso de um material que ele havia elaborado, porém ele não saiu vitorioso da disputa 
por não se enquadrar na lei de maneira adequada.
Encerramos neste momento todo o conteúdo da nossa última unidade.
PALAVRAS FINAIS
Caro(a) estudante, acredito que após a leitura do nosso guia de estudo, você está 
animado para continuar os seus estudos e entendeu a importância das ações desta 
sala virtual. Agora chegamos ao fim da nossa disciplina, reveja as unidades anteriores 
para revisitar os conceitos aprendidos até este momento e vinculá-los a nossa prática 
profissional. Também será possível aprender novos conceitos e ver essa aplicação 
dentro do cotidiano do profissional de desenvolvimento de software. 
Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades 
referentes ao conteúdo aprendido nesta última unidade. Caso tenha alguma dúvida 
você deve entrar em contato com o tutor para que as esclareça. A resolução das 
atividades irá consolidar o seu aprendizado e fará com que você esteja preparado para 
às próximas etapas do seu curso.
Lembre-se, seu comprometimento nesta jornada de estudos é a chave para seu sucesso! 
Bons estudos e muito sucesso!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- Introdução a Sistemas de Informação: Apoiando e transformando negócios na era da 
Mobilidade; R.Kelly Rainer Jr., Casey G. Cegielski; 5. ed; Elsevier; 2016.
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	Para início de conversa
	CASO 1 - WARBY PARKER 
	SERÁ QUE A TI VAI ELIMINAR POSTOS DE TRABALHO? 
	TIPOS DIFERENTES DE ROBÔS
	CASO 2 - PONDO AS CRIANÇAS EM FORMA

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