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SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ

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FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO SECUNDÁRIA 
Síndrome de Guillain Barré 
 
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DEFINIÇÃO 
• É uma polineuropatia também chamada de 
polineurite idiopática aguda ou 
polirradiculoneurite inflamatória idiopática, 
relacionada com a alteração da imunidade; 
• A síndrome de Guillain Barré é um distúrbio 
autoimune, ou seja, o sistema imunológico 
do próprio corpo ataca parte do sistema 
nervoso, que são os nervos que conectam o 
cérebro com outras partes do corpo. É 
geralmente provocado por um processo 
infeccioso anterior e manifesta fraqueza 
muscular, com redução ou ausência de 
reflexos. Várias infecções têm sido 
associadas à Síndrome de Guillain Barré, 
sendo a infecção por Campylobacter, que 
causa diarreia, a mais comum. 
• A incidência anual é de 1-4 casos por 
100.000 habitantes e pico entre 20 e 40 
anos de idade. 
 
Principais variantes da SÍNDROME 
DE GUILLAIN-BARRÉ 
• Polineuropatia desmielinizante aguda 
(PDIA). Começa com a fraqueza nos MMII e 
depois se espalha para as demais regiões. 
• Neuropatia axonal motora aguda (NAMA). 
• Neuropatia axonal motora e sensitiva aguda 
(NAMSA). 
• Síndrome de Miller-Fisher. Acomete 5% das 
pessoas que possuem a SGB. Sua principal 
característica é a paralisia que se inicia nos 
olhos e depois atinge outros lugares. 
EPIDEMIOLOGIA 
• A mais frequente causa de paralisia flácida 
aguda neuromuscular após a poliomielite 
• No Brasil existem poucos estudos; 
• Presente no mundo todo; 
• A incidência anual é de 0,16 a 4 casos a cada 
100.000 pessoas; 
• Ocorre em qualquer idade; 
• 70% dos casos apresenta antecedentes 
infecciosos. 
• Suscetibilidade individual a desenvolver a 
doença. 
• No Brasil, predomina-se a variante 
desmielinizante. 
FISIOPATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• Exame clínico (paralisia, formigamento, 
fraqueza e dor); 
• Exame do líquor (elevação das proteínas no 
líquor); 
• Eletroneuromiografia (Desmielinização 
multifocal e polirradiculoneuropatia 
axônica); 
• Exames ímunopatológicos. 
QUADRO CLÍNICO 
• Parestesias distais, formigamentos, dor 
muscular ou combinação de sintomas; 
• Paralisia simétrica e ascendente que piora 
em um período de 12 horas a 28 dias, 
seguida de uma fase de platô. 
• Fraqueza muscular surge de maneira súbita 
e pode ser generalizada ou, com maior 
frequência iniciar-se nos MMII, para depois 
acometer outras partes. Quadro de 
maior importância progressiva. 
• Fraqueza muscular simétrica 
• Hipoestesia nas mãos, nos pés e abdome 
• Hiporreflexia ou arreflexia 
• Sinais autonômicos (taquicardia, hipotensão 
postural e hipertensão) 
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COMPLICAÇÕES 
• Dificuldade de respirar Insuficiência 
respiratória 
• Contraturas articulares ou outras 
deformidades 
• Trombose venosa profunda 
• Maior risco de infecções 
• Hipotensão ou pressão arterial instável 
paralisia permanente 
• Pneumonia 
• Úlceras 
• Etc... 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 
SEGUE O PADRÃO DA AVALIAÇÃO 
NEUROLÓGICA MOTORA COMPLETA DOS 
MMII E MMSS: 
• ADM; 
• Tônus muscular; 
• Força muscular; 
• Trofismo; 
• Sensibilidade; 
• Reflexos osteotendíneos; 
• Coordenação; 
• Equilíbrio; 
• Marcha 
 
 
 
OBJETIVO DO TRATAMENTO 
• Reeducar a musculatura afetada; 
• Recuperar a força e a resistência 
muscular; 
• Reestruturar o equilíbrio; 
• Prevenir as deformidades articulares 
decorrentes da falta de movimento; 
• Evitar complicações como: lesões por 
pressão, trombose venosa profunda, 
tromboembolismo pulmonar, contraturas e 
deformidades. 
• OBJETIVOS RESPIRATÓRIOS: evite 
atelectasias, acúmulo de secreção e 
obstrução brônquica. 
INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 
MOTORA 
• Exercícios passivos; 
• Ativo-assistidos e ativos de membros; 
• Posicionamentos; 
• Mudanças de decúbitos, 
• Alongamentos; 
• Exercícios para coordenação e equilíbrio; 
• Consciência corporal; 
• Exercícios metabólicos; 
• Estímulo às avds; 
• Facilitação neuromuscular proprioceptiva 
(FNP); Método bobath. 
RESPIRATÓRIA 
• Higiene brônquica; 
• Reexpansão pulmonar; 
• Aspiração da via aérea quando necessário; 
• Drenagem postural; 
• Treinamento muscular respiratório (fase 
tardia); desmame ventilatório. 
ORIENTAÇÕES GERAIS 
• O uso de órtese de posicionamento para 
MMII e MMSS; 
• Manter a cabeceira do leito elevada para 
aliviar a dificuldade respiratória; 
• Cuidados durante as refeições pela 
dificuldade de deglutir. 
 
 
 
 
 
 
Resumo: Victória Souza 
https://www.instagram.com/vicafisio/ 
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