Buscar

FIV e FeLV

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Feito por Maria Paula Moura Vilela – Profª Stephanie Branco – Newton Paiva – BH, MG 
Doenças bacterianas e 
 viróticas-@mpaula.vet
FIV e FeLV
É um retrovírus felino, distribuição mundial e é 
uma doença comum, a base da conduta tem 
que ser a identificação dos infectados e não é 
recomendado fazer um único teste. 
 
É um vírus da imunodeficiência felina, possui 6 
sub-tipos (A-F) e são espécie-específico. 
 
TRANSMISSÃO: através de mordidas, salivas, 
leucócitos contaminados, em contato íntimo por 
período prolongado. 
 Pode ocorre em fêmeas infectadas 
durante a gestação, contaminação 
através do colostro ou intrauterino, não 
é o mais comum. 
 Durante o coito, apesar de ser incomum. 
 Machos adultos, sexualmente ativos e 
com vida livre através de brigas, é o 
maior risco. 
 Entre filhotes é incomum, não são mais 
susceptíveis que adultos. 
ESTÁGIOS 
 FASE AGUDA: sinais não específicos, 
podendo durar de dias a semanas 
(média de 1 – 3 meses), animal pode ter 
febre, depressão, alterações no TGI e 
respiratório, linfadenopatia periférica 
quando é exposto de forma 
experimental, quando a exposição é 
natural (ambiente) é algo mais sutil e os 
sinais nem aparecem, eles podem ser 
positivos para detecção do vírus no PCR 
e detecção do anticorpo. 
 FASE ASSINTOMÁTICA: não existe 
manifestações clinicas, ela é longa e 
podendo durar anos para manifestar, 
pode ocorrer disfunção progressiva do 
sistema imune e susceptível a infecções 
crônicas e recorrentes, pode eliminar o 
vírus, são positivos para anticorpo, mas 
podem ser positivos ou negativos por 
PCR. 
 FASE TERMINAL: fase mais avançada, 
ocorre infecções oportunistas, 
frequência maior de neoplasias, 
alterações neurológicas, debilidade 
intensa, quando está na fase terminal 
ocorre pesa de peso, diarreia, gengivite, 
estomatite, doenças respiratórias, 
alterações dermatológicas, doenças oral 
e periodontal é comum e intensa 
(mucosa alterada, necrosada), linfoma, 
leucemias, doença ocular inflamatória e 
doença renal não específica, o animal é 
positivo para os dois exames. 
 
Feito por Maria Paula Moura Vilela – Profª Stephanie Branco – Newton Paiva – BH, MG 
 
 DIAGNÓSTICO: quando tem ocorrência de 
estomatite, gengivite, infecção aparentemente 
discreta, principalmente do sistema respiratório 
sem resposta ao tratamento é importante 
pensar na FIV. Os exames não diferenciam 
infecção natural e vacinação, os anticorpos 
vacinais se mantem por até 2-3 anos. 
 Pode ser feita por sorologias, kits como 
ELISA usando sangue total, soro ou 
plasma, confirmação dos exames com 
Western Blot e imunofluorescência 
 Os animais após a exposição precisam 
de 60 dias para se tornar soropositivo, 
alguns demoram até 6 meses. 
 Se o teste der negativo, mas o animal 
teve uma possível exposição é 
necessário repetir em 60 dias 
 Se o caso teve uma rápida progressão 
ele não faz a soroconversão 
 Na fase terminal os anticorpos podem 
não ser detectáveis, pois os animais tem 
uma imunossupressão. 
 Maioria dos filhotes são negativados, se 
pensar que não receberam anticorpo da 
mãe. 
 Se o animal for assintomático e com 
teste negativo ele provavelmente não 
tem a doença, teste confiável, pode 
repetir em 8 – 12 semanas se der 
negativo é menos provável ainda que 
ele tem a doença 
 Filhotes que dão positivo é necessário 
pensar se ele recebeu anticorpo de uma 
mãe que tinha resposta imunológica 
(teve a doença, recebeu vacina), pois os 
anticorpos podem ficar por meses no 
corpo, testamos novamente após 6 
meses de idade e se der positivo ele 
terá a doença, é preciso o isolar até ser 
negativado. 
 Se o animal recebeu transfusão de gato 
vacinado ele pode receber o anticorpo, 
isso pode aparecer no exame durante 
meses. 
 O isolamento do antígeno é difícil poque 
o isolamento de células sanguíneas e 
fluidos corporais varia com as fases, 
normalmente não é feito 
 É usado o PCR para a confirmação em 
gatos com anticorpo positivo, a maior 
chance de pegar positivo é durante a 
fase aguda 
 O hemograma possui alterações como 
leucopenia, neutropenia, linfopenia, 
anemia arregenerativa, neutrofilia ou 
trombocitopenia 
 O perfil bioquímico vemos aumento das 
gamaglobulinas e azotemia 
TRATAMENTO: é mais de suporte e fazer o 
manejo de complicações, não há terapia anti-
viral específica disponível, o animal precisa fazer 
acompanhamento veterinário de 4 a 6 meses 
pois podem desenvolver alguma complicação e 
dar atenção maior para doença periodontal. 
Evitar sempre o estresse, fazer uma dieta 
adequada, fazer exame de fezes a cada 6-12 
semanas, deixar em isolamento total e sem 
acesso à rua (para não contaminar outros 
animais e não expor a outros agentes 
patológicos) e realizar a castração. 
PREVENÇÃO: a base é a identificação e 
isolamento dos animais positivos, vacinar outros 
gatos expostos (vacina inativada, não temos no 
Brasil). 
 
Feito por Maria Paula Moura Vilela – Profª Stephanie Branco – Newton Paiva – BH, MG 
PROGNÓSTICO: ele é variável, depende de qual 
manifestação clínica no momento do 
diagnóstico, até 50% dos animais infectados 
ficam assintomáticos de 4 a 6 anos e 30% vai 
a óbito neste período. 
São vírus da leucemia felina, são retrovírus (2 
fitas de RNA, envelopados e faz transcriptase 
reversa), afeta somente felinos, não sobrevive 
muito tempo em locais de baixa umidade, é 
sensível a desinfetante, detergente, calor e 
dessecamento, em locais úmidos e temperatura 
ambiente ele pode ficar de dias a semanas no 
local, tem prevalência mundial e o risco maior 
são em machos com acesso à rua e animais 
que tem contato íntimo com infectados. Possui 
tipos: 
 FeLV-A: único transmissível e infeccioso. 
 FeLV B, C e T: não são transmitidos, 
mas podem ser gerados em animais que 
são FeLV-A positivos por mutações e 
recombinações. 
 FeLV-B: associado com malignidade 
(linfoma e leucemia). 
 FeLV-C: causa anemia arregenerativa 
 FeLV-T: altamente citolítico para 
linfócitos T, causa imunossupressão 
grave. 
TRANSMISSÃO: contato íntimo, através de 
salivo, sangue secreção nasal, urina, fezes, leite, 
uso compartilhado de comedouro, caixa de 
areia, lambedura, mordidas, por via 
transplacentária, no cuidado com filhotes na 
lambedura e aleitamento, podem ser por 
transfusão sanguínea, por roupa, agulhas, 
instrumental e pelas mãos. 
OBSERVAÇÃO: pode ocorrer doença latente 
em fêmeas que pode ser reativada na 
gestação, pode acontecer falha reprodutiva, 
reabsorção fetal, aborto, morte neonatal e 
nascimento de filhotes infectados. 
O resultado depende da idade, estado 
imunológico do animal, concentração viral, 
patogenicidade e do desafio na qual o animal foi 
exposto 
Os filhotes são mais susceptíveis e com a idade 
os adultos tendem a adquirir uma resistência 
progressiva, porém 50% dos adultos expostos 
se infectarão 
PATOGÊNIA: ocorre a infecção oro nasal, o 
vírus replica no tecido linfoide local da região 
orofaríngea, ocorre a infecção em monócitos e 
linfócitos (primeira viremia, ocorre de 1 a 3 dias 
após a exposição), o vírus pode infectar a 
medula óssea, timo, linfonodo e baço 
(ocorrendo febre e linfadenopatia), ocorre a 
segunda viremia passando a circular através de 
leucócitos e plaquetas (não é eliminado o vírus 
mais e pode ser identificado pela 
imunofluorescência para anticorpo), o resultado 
final é relação do estado imunológico com o 
desafio de infecção que o animal foi exposto. 
PROGRESSÃO ABORTIVA: elimina a infecção 
através da resposta imunológica e ele testa 
negativo para cultura, antígeno, RNA viral e pro-
vírus DNA, pode ser que tenha resultado prévio 
positivo, se o animal tem anticorpo, negativo 
para os exames e não é vacinado sugere que 
teve esse tipo de progressão, é um caso 
frequente, tem relação com ambiente, desafio 
e estresse 
PROGRESSÃO REGRESSIVA: a resposta 
imunológicaé suficiente para conter, mas não 
para eliminar, o animal após 16 semanas pode 
dar negativo no teste rápido e alguns positivos 
no PCR, não elimina na saliva, mas pode ser 
uma fonte de contaminação se fizer uma 
transfusão, podem ter altos níveis de anticorpos 
neutralizantes e podem se tornar progressores, 
a reativação é associada com um fator de 
imunossupressão. 
 
Feito por Maria Paula Moura Vilela – Profª Stephanie Branco – Newton Paiva – BH, MG 
PROGRESSIVA: a infecção não é contida na 
fase inicial, ocorre intensa replicação em 
mucosas, tecidos linfoides, medula óssea e 
epitélio glandular e ocorre maior excreção viral, 
o animal pode transmitir, é positivo no teste 
rápido e PCR, pode tornar a ser regressor, 
quem está nessa fase tem uma menor 
expectativa de vida e tem uma média de vida 
de 2 a 4 anos após o diagnóstico, podem 
desenvolver neoplasias e micro displasias. 
 
Pode haver diferenças na identificação do pró-
vírus de acordo com a fase que o animal está 
e com a progressão, o animal que teve uma 
resposta imunológica baixa acontece replicação 
alta, muito pró vírus e antígeno (se adequa ao 
teste rápido), se o animal teve uma resposta 
imunológica forte pode abaixar o pró-virus e 
anticorpo e pode haver um falso negativo. 
DIAGNÓSTICO: possui uma grande variedade 
de sinais clínicos como, dispneia, letargia, perda 
de peso, febre, gengivite, estomatite, abcessos 
que não curam, efusão pleural, mucosas pálidas, 
anormalidades intracelulares e dermatológicas, 
massas abdominais, organomegalia. 
 Pode tentar detectar com antígenos 
p27, feitos com amostra de sangue 
total, plasma e soro, é preciso de 30 dias 
para positivar após a exposição, se der 
positivo não significa que vai persistir ele 
pode ser um regressor. 
 Pode ser feito por ELISA (podendo dar 
falso negativo) ou PCR (sendo 
identificado 1 semana pós infecção) 
 
ACHADOS COMPLEMENTARES: podem ter 
anemia arregenerativa, leucopenia, 
trombocitopenia, azotemia, aumento da 
atividade de enzimas hepáticas, aumento de 
bilirrubina, alteração na medula óssea como 
displasia, líquido pleural (linfoma mediastinal) e 
pode ser feito citologia aspirativa dos linfonodos 
ou massas (procurando linfoblastos) 
TRATAMENTO: alto custo com benefícios 
questionáveis, uso de Interferon ômega felino 
(não tem no Brasil), Interferon Alfa (ainda é 
questionável), Zidovudina (veterinário não pode 
prescrever), agentes imuno-modulatórios, em 
caso de estomatite uso prednisolona (tomar 
cuidado com doses imunossupressora) e 
aqueles que tem linfomas fazer quimioterapia 
(ocorre remissão, mas não cura) e muita das 
vezes precisam de transfusão sanguínea 
(podendo receber anticorpo). 
 
Feito por Maria Paula Moura Vilela – Profª Stephanie Branco – Newton Paiva – BH, MG 
PREVENÇÃO: identificação e isolamento, sem 
acesso a rua, nutrição e manejo adequado, 
acompanhamento veterinário a cada 6 meses, 
castração e vacinação (inativadas), existe a 
vacina Tríplice ou Quádrupla, podendo ser 
aplicada a partir de 8 semanas com intervalo de 
3 a 4 semanas entre elas, são 2 doses e com 
reforços de acordo com a exposição do animal, 
só pode vacinar animais negativos, ou seja, 
testar (antígeno) antes de cada dose 
 
PROGNÓSTICO: vai depender do momento, os 
assintomáticos ficam sem manifestação clínicas 
por meses a anos apesar de serem 
contagiosos, os saudáveis são contagiosos 
também. Os animais que tem qualquer doença 
associada o prognóstico é reservado e os que 
possuem doenças proliferativas tem uma 
expectativa de vida de em média 6 meses. 
 
 
.

Continue navegando