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Anticolinesterásicos e Receptores Colinérgicos

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Anticolinesterásicos 
Receptores Colinérgicos 
 
Quando falamos de respostas colinérgicas, elas estão associadas ao 
receptores ionotrópicos (nicotínicos) da acetilcolina do tipo NM (musculo 
esquelético) e NN (neurônio), e também a presença de receptores 
metabotrópicos (muscarínico). 
Os receptores muscarínicos estão presentes em diferentes tecidos. Os 
receptores M1,M3 e M5 são receptores muscarinicos da acetilcolina que 
estão relacionados com atividade excitatória (nervos, gânglios, musculo liso, 
endotélio) e o M2 e M4 estão vinculados com mecanismos inibitórios, é 
importante saber que o receptor M2 está presente no coração (gerando a 
redução da frequência, reduz debito cárdico). Portanto, muda a 
concentração ou modular a concentração de acetilcolina, pode de fato 
alterar esses fatores fisiológicos do órgão em questão. 
Portanto, o aumento da acetilcolina na área cardíaca reduz a frequência, 
força, redução da condução, ou seja, todo o trabalho cardíaco. Já no 
musculo liso ocorre a contração, aumento de secreção de glândulas, no trato 
digestóri, isso tudo via receptor M3 
 
Anticolinesterásicos – AChE / Colinérgicos Indiretos 
Os fármacos anticolinesterásicos eles vão inibir a atividade da enzima 
acetilcolinesterase (ela é muito ativa e intensa, ela cliva a acetilcolina livre e 
cliva também a que está ligada no receptor). Portanto esse fármaco, inibe 
AchE e como consequência, os níveis de Ach se elevam na fenda sináptica. 
Presença maior de acetilcolina para ativar os receptores e gerar uma 
resposta (lembrando que a acetilcolina é um agonista pleno e logo não 
necessariamente necessita ativa todos os receptores). 
 
E como consequência, vai exacerbar os efeitos colinérgicos (pode ser 
benéfica em algumas situações, mas dependendo do medicamento pode 
acontecer modulações indesejadas dependendo da via). 
Usados em situações de redução nos níveis ou efeitos da Ach 
 
 
Atuando em 2 intensidades e apresentando um mecanismo parecido mas 
com tempos de bloqueio diferente. No sitio de ligação da 
acetilcolinesterase, existe a presença de um sitio aniônico que vai se ligar 
ao quartenario de amônio e um sitio esterásico que vai se ligar ao metil 
éster. No grupo esterásico há presença de um -OH que cliva o grupo metil 
éster e forma um grupamento acido, liberando o quartenário de amônio. 
Quebrando em Acetato + Colina 
 
Os anti-colinesterásicos reversíveis se ligam da mesma forma, o 
grupamento éster fica ligado na acetilcolina, mas não é um processo tão 
rápido como acontece com acetilcolina. Fármacos como Edrofônio (5-10min) 
e Carbamatos (fisiostigmina, neostigmina) são importantes para 
diagnosticar pacientes com deficiência de acetilcolina. Logo, ele vai diminuir 
a ação da acetilcolinesterase e vai aumentar a concentração de 
acetilcolina. 
Os anti-colinesterásicos irreversíveis, como os Organofosforados 
(ecotiofato, paration) e Gases Bélicos (sarin, soman, tabun), apresenta uma 
ligação mais extensa e prolongada nos sítios esterásico, tendo uma ligação 
de muitas horas e pode colocar o paciente em risco. Não tem uso 
farmacológico e são de uso tóxico. A acetilcolinesterase cliva a fração 
aniônica do ester (isso de forma normal) mas os irreversíveis demora muito. 
 
Propriedades Farmacológicas dos Fármacos Anti-colinesterásicos 
Bexiga Atônica 
É bem frequente depois de procedimentos cirúrgicos e no pós-parto, a 
presença da Bexiga Atônica (paciente não consegue fazer esvaziamento da 
contração da bexiga, uma perda da contração da bexiga) e isso está 
relacionado com atividade da acetilcolina. 
A bexiga é um musculo liso com presença de receptores muscarínicos do 
tipo M3 (via excitatória, que no caso da bexiga vai gerar contração). Então 
se a atividade de acetilcolina está baixa no paciente, vai acontecer a 
ausência de contração. Acetilcolina está relacionada ao relaxamento dos 
esfíncter da uretra, ou seja, na ausencia ela vai ficar contraída. 
Portanto, para reverter essa retenção urinária é recomendado um 
fármaco anti-colinesterásico (como a Neoestigmina, que aumenta a 
concentração da acetilcolina fazendo o paciente urinar normalmente) 
O peristaltismo do trato digestório ele é modulado pela atividade da 
acetilcolina, com dificuldade de evacuação. Lembrando que esses fármacos 
podem modular outras vias. 
Miastenia Gravis 
Doença autoimune em que se produz anticorpos anti receptores nicotínicos 
musculares, destruindo esses receptores. Logo, vai ter menos sitio de ligação 
para acetilcolina e logo uma menor possibilidade de gerar resposta 
contrátil. 
Mesmo sendo alguns ativados, não vais ser suficiente para gerar uma 
contração muscular. É algo gradual e que chega a um ponto em que a 
acetilcolina liberada não gera uma resposta contrátil suficiente para gerar 
contração, gerando uma contração fraca ou uma ausencia de contração 
(grave). 
Pode causar ptose palpebral (não abre os olhos de forma eficiente) e 
para diagnosticar essa doença autoimune, se faz o uso de Edrofônio (meia 
vida curta de 5-10min) e para tratar: Uso de Piridostigmina e Neostigmina 
(esses fármacos diferem no tempo) 
 
Glaucoma
 
O controle da pressão e da lubrificação do olho é feito por músculos 
ciliares que vão produzir o humor aquoso, sendo drenado no canal de 
Schlenn e logo no caso do Glaucoma, pode acontecer um descontrole do 
fluxo e ele fica retido, entrando no olho e causando danos no nervo optico 
(aumento da pressão). 
Logo, é necessário um fármaco para contrair os músculos ciliares, gerando 
uma miose (contração da iris) e a perda da retenção, causando uma 
melhora da pressão. 
Por meio da via tópica (colírio), o fármaco ecotiofato (meia-vida de 
100h). Ele é usado em forma local, sendo necessário menor dose e menores 
riscos para entrar em outras vias sistêmicas 
 
Inseticidas 
Exposição a ação de fármacos anti-colinérgicos de ação irreversíveis 
como os Organofosforados (controle de pragas e insetos). Eles podem ser 
absorvido por via oral. 
No caso de intoxicação se deve usar um antagonista muscarinico, como 
Atropina e Pralidoxina (reduz a atividade da acetilcolinae bloqueia 
mecanismos colinérgicos) 
No caso dos carbamatos, eles possuem uma ação reversível na enzima, 
conseguindo restaurar por meio da Pralidoxina. Esses tipos de 
medicamentos já foram usado em tratamento de piolhos, mas hoje em dia 
não se usa mais. 
Intoxicação por AchE/ Anticolinesterásicos 
Uso da Atropina (antagonista muscarínico) por intoxicação por 
organofosforados. E no caso de intoxicação por carbamatos, usa-se a 
pralidoxima que tem como objetivo restaurar a ação da AChE 
 
 
Com a exposição de Carbamatos ou Organofosforados, ocorre a 
inibição da enzima, e com o uso de um inibidor como a Neostigmina ocorre 
a liberação do bloqueia da enzima. No caso dos Organo é de difícil 
reversão. 
Quando o organofosforado fica muito tempo ligado a acetilcolinesterase 
ele acaba uma resposta eficiente, o envelhecimento. Sendo assim, essa 
enzima não é mais recuperável. 
Doença de Alzheimer 
Varias vias moduladas, sendo uma ineficiência nas vias colinérgicas da 
acetilcolina. Sendo assim, o uso de fármacos anticolinesterásicos ára 
melhorar a eficiência da acetilcolina no SNC. 
Tacrina – Hepatotóxica, Donepesila, Rivastigmina, Galantamina e 
Metrifonato.

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