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Guarapuava 2021 NAIARA THAISA DASILVA SISTEMA DE ENSINO SEMI-PRESENCIAL CONECTADO ADMINISTRAÇÃO GESTÃO AMBIENTAL Guarapuava 2021 GESTÃO AMBIENTAL Trabalho de Produção Textual apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média semestral do 7º semestre, nas disciplinas de: Gestão Ambiental; Gestão de Pessoas; Gestão do Conhecimento; Mercado de Capitais; Planejamento Financeiro e Orçamentário. Professores: Jamile Ruthes Bernardes; Monica Maria Silva; Nadia Brunetta Peretti; Renato Jose da Silva; Suzi Bueno de Almeida. NAIARA THAISA DASILVA SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 3 2 DESENVOLVIMENTO .................................................................................... 4 2.1 CICLO PDCA...................................................................................................Erro! Indicador não definido. 2.1.1 USO DO CICLO PDCA NA IMPLEMENTAÇÃO DA SGA..............................5 2.1.2 PROCESSO DE MELHORIA CONTÍNUA......................................................7 2.1.3 RECRUTAMENTO X SELEÇÃO....................................................................7 2.1.4 PLANO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO................................................10 2.1.5 PROCESSO DE ABERTURA DE CAPITAL- IPO.........................................12 2.1.6 OQUE É NECESSÁRIO PARA ABRIR O CAPITAL NA BOLSA?................13 2.2 GOVERNANÇA CORPORATIVA..................................................................14 2.2.1 PRINCÍPIOS DAS MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANÇA................15 2.2.2 ESTRATÉGIAS PARA AGREGAR VALOR AO PRODUTO.........................16 3 CONCLUSÃO................................................................................................18 REFERÊNCIAS..........................................................................................................19 3 1 INTRODUÇÃO Este estudo tem como finalidade a implantação do Sistema de Gestão Ambiental na empresa “Praticidade”, que está buscando melhorias como à destinação dos reciclados e geração de renda. A degradação ambiental evoluiu consideravelmente nas últimas décadas e de alguma forma, todos somos afetados pela poluição. Imensa parte dessa poluição tem origem nas organizações e somente por meio de melhorias em seus produtos, processos e serviços, serão reduzidos os impactos ambientais causados por elas. Devido a isto, a gestão ambiental ganha cada vez mais importância, despertando nos gestores empresariais a idéia da necessidade de investir em qualidade ambiental que é um item considerado importante por seus clientes. 4 2 DESENVOLVIMENTO A gestão ambiental tem como objetivo adotar práticas que conservem e preservem a biodiversidade, a reciclagem de matérias-primas e a redução dos impactos ambientais sobre os recursos naturais. Ela ainda tem como foco a análise da implantação desses sistemas dentro das empresas e como tais sistemas podem diminuir os custos durante a produção, sejam eles diretos ou indiretos. Atualmente, devido à preocupação e à necessidade de as empresas adotarem estratégias que possam contribuir para minimizar os impactos decorrentes de seus processos produtivos sobre o meio ambiente, tem se ouvido com frequência, falar em Sistema de Gestão Ambiental – SGA. O SGA é um instrumento organizacional que possibilita às instituições fazer a alocação de recursos, definição e responsabilidades; bem como também a avaliação contínua de práticas, procedimentos e processos, buscando a melhoria permanente do seu desempenho ambiental. Segundo Reis e Queiroz (2002), quando se trata de processos produtivos, a implantação de Sistemas de Gestão Ambiental (SGAs) permite que as empresas possam obter resultados importantes, como, por exemplo, maior facilidade de acesso a recursos para novos investimentos, melhoria do controle de custos, redução do número de auditorias dos clientes, diminuição dos custos de seguros, dentre outros. 2.1 CICLO PDCA Uma das ferramentas que podem ser utilizada na implementação da SGA é o ciclo PDCA. PDCA é uma sigla que dá nome a uma ferramenta usada na gestão da qualidade dos processos. Seu foco é a solução de problemas seguindo as quatro fases indicadas pelas letras (Plan, Do, Check e Act = Planejar, Fazer, Verificar e Agir). Por ser uma ferramenta de uso cíclico, ela também promove a melhoria contínua dos processos. PDCA é uma metodologia muito utilizada por organizações que desejam melhorar a eficiência dos processos por meio de uma gestão que controla atividades, padroniza informações e minimiza as chances de erros na hora da 5 tomada de decisões. O ciclo PDCA proporciona garantia de sobrevivência e competitividade de uma empresa. Ao empregar o ciclo PDCA em um processo, você pode trabalhar em melhorias deste processo para maior eficácia. Ao perceber que isto está implementado para todo o SGA, você pode usar isto para sua vantagem para melhorar o processo geral do sistema de gestão ambiental para atingir maior eficácia em proteger o ambiente e evitar impactos ambientais adversos. Afinal, a proteção ambiental é a razão pela qual um sistema de gestão ambiental é implementado para começar. 2.1.1 USO DO CICLO PDCA NA IMPLEMENTAÇÃO DA SGA A primeira etapa do ciclo PDCA é planejar, onde serão localizados possíveis problemas, definir objetivos e metas a serem alcançadas e será estabelecido um plano de ação. Para ajudar na definição de metas e objetivos existem as normas da ISO como, por exemplo, a ISO 14000. A série de normas ISO 14000 correspondem a um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) editado pela ISO (International Organization for Standardization). Esta série de normas apresenta diretrizes para Auditorias Ambientais, Avaliação do Desempenho Ambiental, Rotulagem Ambiental e Análise do Ciclo de Vida dos Produtos. Ou seja, especifica os requisitos relativos a um sistema de gestão ambiental, de modo a permitir que a organização formule políticas e objetivos que levem em conta os requisitos legais e as informações referentes aos impactos ambientais significativos. A finalidade desta série de normas é equilibrar a proteção ambiental e a prevenção de poluição com as necessidades sociais e econômicas. Entretanto, esta norma não estabelece requisitos absolutos para o desempenho ambiental, além do comprometimento expresso na política, de atender à legislação e regulamentos aplicáveis e do compromisso com a melhoria contínua. Dessa forma, a adoção desta norma não garante, por si só, resultados ambientais ótimos. No caso da empresa “Praticidade”, os objetivos e metas são trabalhar dentro da conformidade legal e normativa ambiental, sendo assim a próxima etapa é a da execução. 6 Execução: Nessa fase, o plano de ação é colocado em prática segundo o que foi planejado, cuidando para que não haja nenhum tipo de desvio pelo meio do caminho. Se por algum motivo não for possível executar o plano conforme foi planejado, será preciso voltar à fase anterior para verificar os motivos de o planejamento ter falhado. Já se o planejamento for executado conforme o previsto deve-se partir para a próxima fase, encarando a análise dos resultados. Antes de iniciar a fase de execução, é importante educar e treinar todos os envolvidos no processo para garantir que todos estejam comprometidos e tudo saia conforme o planejamento realizado na fase anterior. Somente uma equipe capacitada é capaz de agir de maneira alinhada e ter foco nos objetivos. Checar: Já na fasede checagem precisa fazer um monitoramento sistemático de cada atividade elencada no plano de ação e comparar o previsto com o realizado, identificando gaps que podem ser sanados em um próximo ciclo, assim como oportunidades de melhoria que podem ser adotadas futuramente. Avaliar a metodologia de trabalho adotada também ajuda a verificar se a equipe está no caminho certo ou se é preciso modificar algum processo para se ter mais êxitos durante o decorrer do projeto. Para esta fase, é de suma importância que haja o suporte de uma metodologia estatística. Assim, é possível evitar erros e poupar tempo e recursos. A análise realizada na fase “checar” mostrará se os resultados estão de acordo com o que foi previamente planejado ou se é necessário ajustar o caminho. Agir: Em caso de todas as metas terem sido atingidas, esta é a fase em que se adota o plano aplicado como padrão. Caso algo não tenha saído como planejado, é hora de agir corretivamente sobre os pontos que impossibilitaram o alcance de todas as metas estipuladas. Com a análise de dados completa, é preciso passar para a realização dos ajustes necessários, corrigindo falhas, implantando melhorias 7 imediatas e fazendo com que o Ciclo PDCA seja reiniciado, visando aprimorar ainda mais o trabalho da equipe. Muitas pessoas já fazem o uso dos passos do ciclo PDCA mesmo sem ter o conhecimento da ferramenta. Porém, o conhecimento teórico e mais aprofundado da metodologia, possibilitará que sejam aproveitados ao máximo seus benefícios. 2.1.2 PROCESSO DE MELHORIA CONTÍNUA Com o pensamento de que é sempre possível melhorar, o Ciclo PDCA não prevê um fim para sua execução. Assim, a cada ciclo concluído dá-se início a outro, sucessivamente, até que seja possível encontrar um padrão mínimo de qualidade para atender às expectativas do cliente e tornar a empresa cada vez mais eficiente em seus processos. Cada vez que o ciclo PDCA se repete para solucionar um problema ou obter melhoria contínua, o próximo ciclo tende a ser mais complexo. O plano e as metas passam a ser mais ousados e tudo fica mais difícil de aplicar. É necessário que toda a equipe seja bem treinada e esteja preparada para alcançar objetivos ambiciosos. O ciclo PDCA evita erros nas análises e padroniza as informações do controle de qualidade. Por esse motivo, pode ser empregado com muito sucesso em casos de transição para uma administração voltada para a melhoria contínua. 2.1.3 RECRUTAMENTO X SELEÇÃO Os processos de recrutamento e seleção são responsáveis por identificar os profissionais que possuem as competências e o perfil que melhor atendem às necessidades de determinado cargo a ser ocupado e que correspondem aos valores pregados pela empresa contratante. Embora muitas pessoas confundam esses dois métodos, recrutamento e seleção são dois conceitos muito diferentes. Recrutamento: é um processo utilizado para identificar e atrair candidatos específicos para uma organização. O foco de um bom recrutamento precisa estar na qualidade e nas aptidões dos futuros colaboradores, o que pode ser avaliado a todo o momento. 8 Nas empresas que desejam se manter competitivas, esse processo é contínuo, e não feito apenas quando há uma vaga a ser preenchida, pois o reconhecimento e acompanhamento de profissionais capacitados torna o recrutamento mais simples e ágil, uma vez que a organização saberá por onde começar. Além de observar colaboradores em potencial que trabalham em empresas concorrentes, vale conhecer as competências do time interno, oferecendo um plano de carreira que motive os funcionários. Existem diferentes tipos de recrutamento, são eles: Indicação: O conhecido recrutamento por QI (“quem indica”) é muito malvisto por ser aplicado de forma incorreta. Ao desenvolver um programa de recrutamento por indicação, no qual o colaborador que indicou o novo profissional se torna um mentor responsável por parte das suas ações, há uma considerável melhoria no processo como um todo. Isso se dá porque seus colaboradores terão o cuidado de sugerir profissionais realmente bons. Por outro lado, o receio de recomendar alguém que não será bom profissional pode fazer com que os colaboradores prefiram não fazer as indicações. Interno: É aquele realizado entre profissionais que já prestam serviço para a empresa. Trata-se de uma forma de possibilitar ao colaborador uma mudança de setor em busca de novos desafios e aprendizados. Entre os tipos de recrutamento esse é o mais vantajoso, pois há uma economia na formação do novo colaborador, visto que ele já está entrosado e por dentro da cultura organizacional da empresa. Porém, esse processo de recrutamento deve demandar mais atenção e cuidado na sua realização, pois vários colaboradores podem se interessar pela vaga aberta e uma situação delicada pode se instalar quando a seleção for concluída e um profissional tiver sido escolhido ao invés de outro. Portanto, é muito importante realizar um processo muito transparente. 9 Externo: É o processo em que o setor de recursos humanos busca um profissional fora da organização. Geralmente os novos profissionais chegam cheios de gás, oxigenando o ambiente e trazendo novas perspectivas à empresa. Infelizmente, esse é um dos tipos de recrutamento mais lentos, pois demanda a realização de testes, dinâmicas e entrevistas que buscam conhecer o candidato e escolher o profissional mais pertinente à vaga. Outro ponto que merece atenção é a hierarquia a qual a vaga se refere. Em casos de cargos de liderança, deve-se ter um cuidado maior para que o novo profissional não passe de solução para problema, criando uma rejeição na equipe que assumirá. Misto: O processo misto nada mais é do que a junção do recrutamento interno com o externo, talvez seja o tipo de seleção mais bem-visto, pois além de trazer novas idéias para a empresa, não exclui os colaboradores das novas oportunidades. Ele pode ocorrer de duas formas: concorrência em pé de igualdade, quando candidatos externos e internos disputam a mesma vaga, ou por um processo com cotas. Nesse caso, as novas oportunidades são direcionadas aos colaboradores e outra parte a novos profissionais. Online: O recrutamento online costuma ser o mais rápido e econômico por possibilitar uma automatização do processo. Com a ajuda de softwares específicos, as centenas de candidatos são filtradas com base no perfil da vaga. Logo, o trabalho da equipe de RH é otimizado. Além disso, pode ser ainda mais eficaz quando a busca por novos talentos é feita por meio dos headhunters, que vasculham a internet e as redes sociais (como o LinkedIn) à procura dos melhores profissionais. Apesar da praticidade, é preciso que os recrutadores tenham atenção na validação dos dados informados pelos candidatos e o cuidado para não excluir etapas presenciais, como dinâmicas e entrevistas. 10 Seleção: Após o recrutamento, é hora de fazer uma triagem dos candidatos e analisar os perfis que se adéquam melhor à vaga disponibilizada e assim selecionar o profissional ideal para o cargo. Durante o processo de seleção acontecem as triagens de currículo, processos seletivos, testes psicológicos, entrevistas e provas de conhecimentos específicos. Atrair e selecionar as pessoas certas são o primeiro passo para o sucesso da gestão de pessoas. Mas além de tornar o processo de contratação muito mais assertivo, implantar o processo de recrutamento e seleção de pessoas influencia positivamente em vários aspectos da empresa, trazendo diversos benefícios para a organização como um todo. 2.1.4 PLANO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO O primeiro passo de um processo de recrutamento e seleção é definir quais serão as vagas ofertadas. Isso geralmente é definido pelo RH, em conjunto com o gestor da área, para onde o profissional será recrutado. No caso daempresa praticidade a vaga ofertada será de Tecnólogo em Gestão Ambiental. Após isso temos que definir quais serão as funções desempenhadas pelos futuros colaboradores, atribuições, competências exigidas e depois começar a divulgar a vaga disponível. Vaga Tecnólogo em Gestão Ambiental Requisitos Curso superior em Tecnologia em gestão ambiental, registro ativo, experiência de no mínimo dois anos, gostar de trabalhar em equipe. Funções Elaborar e implantar projetos ambientais, programar ações de controle da emissão de poluentes, proposição de medidas mitigadoras, corretivas e preventivas. Após divulgar e receber um número mínimo de currículos, por exemplo, de 5 a 10 por vaga, é hora de selecionar quais são aqueles que mais atendem as necessidades da empresa e chamar para a seleção presencial. Depois de selecionar os currículos que se encaixam no que a empresa precisa é hora de fazer uma entrevista com cada um deles para conhecer 11 melhor o candidato, avaliar suas experiências, competências o seu histórico de vida e carreira. Já na etapa da dinâmica de seleção que vem logo após das entrevistas com os selecionados o recrutador vai avaliar através desta dinâmica fatores importantes como: liderança, criatividade, comunicação, trabalho em equipe, empatia entre outros. Os profissionais mais qualificados na entrevista pessoal e na dinâmica são aqueles que irão passar para a próxima fase que será a entrevista com o gestor da área. Este é o momento decisivo para todos os candidatos, pois pode significar um novo emprego. Após a escolha do candidato ideal é muito importante informar os demais candidatos sobre o preenchimento da vaga, muitas empresas só ligam em caso de aprovação, deixando os candidatos com os nervos à flor da pele e sem nenhuma resposta. O recrutamento de um candidato é apenas metade da batalha, para garantir que a nova contratação seja um sucesso, é crucial fornecer um programa de integração de funcionários que incorpore a cultura de sua empresa e prepare as novas contratações para o futuro. A integração de novos funcionários também conhecida como onboarding de funcionários é o processo de ajudar as novas contratações aos aspectos sociais e de desempenho da empresa. É o processo através do qual os novos contratados aprendam as atitudes, conhecimentos, habilidades e comportamentos necessários para funcionar eficazmente dentro daquela organização. Embora todos os funcionários experimentem algum tipo de integração, a formalidade do programa de integração de novos funcionários pode trazer resultados melhores para ambos os lados. O resultado é que, na medida em que as organizações podem fazer com que os novos contratados se sintam bem-vindos à organização e preparados para seus novos empregos, mais rápido eles conseguirão contribuir com sucesso para a missão da organização. O programa de integração de novos funcionários pode ser integrado com outros programas de treinamento,incluindo programas de desenvolvimento de liderança e trilhas de aprendizagem. 12 Sugere-se que você inicie o processo de orientação antes que um candidato seja contratado formalmente, incluindo informações amplas sobre seu local de trabalho e sua cultura. Os conteúdos que podem ser abordados variam de empresa para empresa, mais, existem itens que devem indispensavelmente ser apresentados ao novo colaborador, tais como: Apresentar missão, visão e valores de sua empresa. Explicar a cultura da empresa, história e filosofia. Apresentar o organograma da empresa, departamentos, relações de hierarquia e fluxogramas de processos. Explicar cargos e atribuições de líderes e colegas de trabalho. Esclarecer quais as funções da área de Recursos Humanos e quais são atribuições do líder direto da área. Apresentar itens internos como dresscode, respeito a horários, uso de celular e internet e horários de intervalo. Apresentar os benefícios coletivos. Explicar como a empresa se comunica com o funcionário (mural, e-mail, intranet, jornal). Apresentar o programa de plano de carreira. O programa de integração pode ser usado tanto no momento da chegada de um novo funcionário como periodicamente, com o intuito de integrar todos os colaboradores de todas as áreas ou transmitir novas diretrizes. 2.1.5 PROCESSO DE ABERTURA DE CAPITAL - IPO IPO em inglês significa “initial public offering”, ou “oferta pública inicial” em português e representa a primeira vez que uma empresa receberá novos sócios realizando uma oferta de ações ao mercado. Ela se torna, então, uma companhia de capital aberto com papéis negociados no pregão da Bolsa de Valores. Para as empresas, o IPO é um processo complexo e muitas vezes caro, ela envolve uma mudança de mentalidade da gestão que passará a ter que fornecer informações próprias para o mercado e a conviver com novos acionistas. Vender ações, no entanto, não é a única motivação que leva as empresas a listarem seus nomes na bolsa de valores. É possível negociar, também, 13 papéis de dívidas: são as notas promissórias e debêntures, duas ferramentas importantes para quando a empresa precisa de dinheiro na mão com rapidez. É como se a empresa contraísse um empréstimo com os investidores que compram esse tipo de título. Os investidores que o compram não se tornam acionistas da empresa e têm direito apenas a receber o dinheiro de volta, acompanhado da devida remuneração e correção. A maior vantagem de abrir capital de empresa na bolsa de valores é a redução de custos e a ampliação da base de captação de recursos da empresa. Outra vantagem de abrir o capital da empresa é poder distribuir ações entre os funcionários como uma forma de engajá-los e também de atrair e reter talentos na sua empresa. Vender pedacinhos da empresa ou papéis de dívidas sai muito mais barato do que recorrer às linhas de crédito bancário, por exemplo. Podem ser considerados como desvantagens no processo de abertura de capital pela empresa seus custos para se manter aberta, a questão de a concorrência ter mais acesso às informações sobre a companhia, o que pode trazer ainda mais competitividade, a pressão dos investidores por resultados trimestrais que pode atrapalhar os planos em longo prazo. Além desses pontos citados, existem outros, como a auditoria externa, a necessidade de debater a estratégia, a distribuição de resultados aos novos acionistas, o conselho de administração e fiscal, os custos legais e administrativos do processo como um todo e também a transparência que necessita ser utilizada junto aos investidores. 2.1.6 OQUE É NECESSARIO PARA ABRIR O CAPITAL NA BOLSA? Primeiramente deve-se perguntar: Vale à pena abrir o capital da empresa? Essa pergunta deve ser respondida, já que a abertura do capital é custosa e pode demorar. Além disso, tem que averiguar se existem investidores interessados em financiar os projetos da empresa. Por isso, é importante que nome da instituição já tenha alguma penetração no mercado, e seus produtos e serviços sejam bem vistos. Esta etapa inicial é chamada de análise de conveniência. 14 Antes de protocolar o pedido de abertura do capital da empresa, o ideal é montar uma equipe formada por profissionais internos e especialistas externos para promover as mudanças necessárias para a transição. Essas mudanças incluem a adoção de métodos de governança corporativa, entre outras providências, que aumentam a transparência da gestão, possibilitando aos sócios analisarem se a administração está de acordo com os seus interesses. Os responsáveis pela empresa devem também registrá-la na CVM que é o órgão responsável pela regulação e fiscalização do mercado financeiro no Brasil. Além disso, a empresa deve ser listada na bolsa de valores, mercadorias e futuros. A partir daí, tem até sete anos para fazer sua oferta inicial (IPO). 2.2 GOVERNANÇACORPORATIVA A governança corporativa nas empresas é a chave-mestra para o reconhecimento e para a longevidade de qualquer negócio. Indica uma cultura de boas práticas de gestão que faz a diferença e contribui para bons resultados. Podemos dizer que Governança Corporativa trata da forma com que as empresas são dirigidas e controladas. A essência da governança corporativa está na transparência, havendo clareza quanto aos seus atos tanto para o público interno quanto externo. Todas as empresas com ações negociadas na bolsa de valores são obrigadas a seguir regras mínimas de transparência. Mas aquela que quiser se tornar mais atrativa para os investidores pode optar por seguir códigos de conduta ainda mais rígidos, os chamados segmentos de governança corporativa. São cinco níveis, sendo o Novo Mercado o mais alto deles. Fazer parte do Novo Mercado não é garantia de que a companhia nunca vai pisar na bola no quesito governança, mas é uma espécie de selo que atesta que a empresa se compromete a seguir as regras do segmento. As empresas que negociam ações na bolsa de valores têm a opção de se adequar a certas regras para atraírem mais investidores. Estou falando dos diferentes níveis de governança corporativa da B3, que garantem, aos acionistas, um conjunto mínimo de direitos, tornando mais transparente e confiável o investimento nas empresas que aderem. 15 B3 é o nome da Bolsa de Valores do Brasil, hoje a 5ª maior bolsa em valor de mercado do mundo. Originalmente criada em 1890 como Bolsas Livre, ela passou por diversas reformulações ao longo do tempo até chegar à sua forma atual. A mais recente mudança ocorreu em março de 2017, com a fusão entre a BM&F Bovespa e a Cetip, dando origem à B3. Os níveis de governança da B3 podem implicar critérios mais rígidos para essas regras e incluir novas exigências. O Nível I, por exemplo, exige apenas a divulgação de algumas informações a mais além daquelas exigidas em Lei, e a manutenção de pelo menos 25% das ações da companhia em circulação no mercado, o chamado free float. Já o Nível II se parece bastante com o Novo Mercado. A principal diferença é que as empresas, nesse nível, ainda podem manter ações preferenciais, além das ações ordinárias. Só que as ações preferenciais, nesse caso, têm direito a voto em situações consideradas críticas. Para aderirem ao Novo Mercado, às companhias só podem negociar ações ordinárias e precisam conceder 100% de tag along aos minoritários. Elas são, ainda, obrigadas a manter no mínimo 25% de free float, ou 15%, caso o seu volume de negociação diário seja superior a R$ 25 milhões. 2.2.1 PRINCÍPIOS DAS MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANÇA Esses são quatro valores da governança corporativa que sempre devem ser preservados. Assim, os processos de governança corporativa nas empresas fluirão de forma adequada, e dessa forma a empresa “Praticidade” também deve adotar esses princípios. 1- Equidade: São o tratamento de forma igualitária entre todos os sócios e demais partes interessadas. 2- Prestação de Contas: Os agentes da governança devem assumir as consequências de seus atos e omissões. 3- Transparência: É algo imprescindível para criar confiança interna e externa. É o autêntico desejo de informar fatos positivos ou negativos, sem restrições. 4- Responsabilidade Corporativa: É zelar pela sustentabilidade da organização, visando à longevidade e incorporando definições de ordens sociais e ambientais. 16 As melhores práticas de governança corporativa transformam princípios em atitudes. Isso facilita o acesso ao capital, melhorando o desempenho e contribuindo para a longa duração da vida de uma empresa de forma sustentável e lucrativa. Esses princípios são considerados essenciais, pois garantem uma gestão empresarial íntegra e sem práticas ilícitas, além da proteção dos interesses dos stakeholders internos e externos. Para a adoção da governança, além dos princípios que vimos aqui é importante você conhecer os papéis essenciais de sua estrutura. 2.2.2 ESTRATÉGIAS PARA AGREGAR VALOR AO PRODUTO Agregar valor ao produto significa não apenas vendê-lo, como também oferecer inovação, valores, diferenciação, qualidade, satisfação e, principalmente, uma experiência positiva ao cliente. O valor é percebido pelo público, a partir do momento que, além de tais fatores, ele enxerga que o produto é capaz de atender às suas mais variadas necessidades e assim, acaba escolhendo determinada empresa na hora da compra, em detrimento das concorrentes. Nesse sentido, é imprescindível que a organização esteja atenta as suas necessidades e seu nível de satisfação. Existem algumas estratégias que podem ajudar a agregar valor ao produto e consequentemente aos negócios, são elas: Conheça o seu produto: É essencial que a equipe conheça em detalhes seu produto, isso ajudara na hora de prestar um atendimento de excelência, uma vez que o vendedor terá formas de vencer as objeções dos clientes, mostrando-lhes todos os benefícios que estes terão ao adquirir o produto e fazer negócios com a empresa. - Conheça o público-alvo: É importante estar preparado neste sentido, pois quando você sabe de forma específica o que o seu público deseja você consegue elaborar estratégias ainda mais assertivas e eficientes, não só para agregar valor ao seu produto e à sua marca, mas também para fidelizar cada vez mais consumidores, que se tornarão as pessoas que vão fazer propaganda de você no mercado. 17 - Conheça a concorrência: A organização deve fazer uma análise de concorrência e conhecer seu mercado de atuação. A partir de informações como pontos fortes e fracos dos concorrentes, técnicas de atendimento, estratégias de marketing utilizadas, especificações dos seus produtos, eventuais reclamações dos clientes, etc. A empresa é capaz de identificar oportunidades para agregar valor ao seu produto e ao negócio e, assim, convencer o cliente de que a sua proposta é melhor que a do concorrente. - Pós-venda: Mesmo após a realização da venda, é fundamental que a empresa mantenha contato com o cliente, dessa forma, ela garante que, mais do que uma compra, a pessoa viva uma experiência positiva e torne-se fiel à marca. - Pesquisas de satisfação: A intenção é ouvir quem deve ser ouvido, ou seja, o seu consumidor, uma vez que ele tem propriedade para dar feedbacks sobre a experiência com o produto e com a empresa como um todo. Ao fazer isso, obtém informações valiosas para programar melhorias em seu negócio e também mostra ao público que se importa com o que ele tem a lhe dizer, o que faz com que ele veja a sua empresa com bons olhos agregando valor a ela. Além disso, é importante ressaltar que o impacto que a empresa tem no meio ambiente também é usado para agregar valor, pois quanto menos impacto tiver sobre o meio ambiente mais bem vista ela é perante a sociedade. Ser uma empresa sustentável e que demonstra preocupação com a preservação do meio ambiente também traz a ela resultados financeiramente positivos. As empresas sustentáveis atraem investidores porque focam tanto nos retornos sociais e ambientais quanto nos financeiros. Hoje investidores buscam se associar a empresas que consigam demonstrar que tem preocupação com sustentabilidade e com os impactos que geram na sociedade. Atrair investidores para a empresa traz um retorno financeiro positivo para empresa. 18 3 CONCLUSÃO Adequar-se às exigências ambientais dos mercados, governos e sociedade, apesar de levar a empresa a despender um montante considerável, traz benefícios financeiros e vantagens competitivas. A responsabilidade social não é um modismo e sim uma realidade no contexto empresarial, que acarreta alterações gradativas de comportamento e de valores nas organizações, devendo estar presente nas decisões de seus administradores e balizar seu relacionamento com a sociedade.Verifica-se então que a sociedade é quem dá permissão de certa forma, para a continuidade da empresa. Os detentores de recursos não querem investir em companhias que se recusem a tomar medidas preventivas na área social e ambiental. A implantação de um sistema de gestão ambiental poderá ser uma das soluções para a empresa que pretende melhorar a sua posição em relação ao meio ambiente. O comprometimento hoje exigido às empresas com a preservação ambiental obriga mudanças profundas na sua filosofia, com implicações diretas nos valores empresariais, estratégias, objetivos, produtos e programas. 19 REFERÊNCIAS GOTTI, Isabella Alice; SOUZA, Ana Cláudia Oliveira de. Gestão ambiental. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. AVONA, Marcia Eloisa. Gestão de pessoas. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. OZAKI, Yaeko; AVONA, Marcia Eloisa. Gestão de conhecimento. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. SINATORA, José Roberto Pereira. Mercado de capitais. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. PETROKAS, Leandro Augusto; BUENO, Thiago Von Atzingen. Planejamento financeiro e orçamentário. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. OHARA, Luis Fernando; GHIZZI, Maria Luiza Pedroso. Normas Iso 14000. Disponível em: <https://www.qualidade.esalq.usp.br/fase2/iso14000.htm>. Acesso em: 10/04/2021. Saiba o que é e como funciona a metodologia PDCA. Disponível em: <https://www.certificacaoiso.com.br/o-que-e-o-ciclo-pdca/>. Acesso: em 05/04/2021. A gestão como atividade da governança corporativa. Disponível em: <https://www.lec.com.br/blog/a-gestao-como-atividade-da-governanca-corporativa/>. Acesso em: 25/04/2021.
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