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FGV Matriz Direito Societário - LTDA

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Atividade individual
	Matriz de atividade individual
	Disciplina: Direito Societário – LTDA 
	Módulo: 4
	Aluno: Giulia Massad Ruiz Arena
	Turma: PGO 1120-0_1
	Tarefa: Individual
	Parecer e comentários críticos sobre a elaboração do contrato social de uma sociedade limitada
	Uma sociedade limitada, cujo elemento principal é o contrato social, deve ser formada por dois ou mais sócios, podendo estes serem pessoas naturais ou jurídicas. Cada sócio responderá pelo valor de suas cotas, e solidariamente pela integralização do capital social. Essa sociedade também deve ter um nome empresarial, escolhendo entre uma firma (formada pelo nome civil das pessoas que o compõem) ou denominação social (uma ou mais expressões de fantasia, ou objeto social). O nome empresarial deve ser, também, acompanhado da expressão “LTDA”.
Seu objeto deve ser sempre “lícito, possível, determinado e não contrário à moral, aos bons costumes e à ordem públida, e especificar as atividades que a sociedade vai explorar, inclusive para delimitar os poderes de seus administradores” (Apostila FGV, p. 63).
Conforme o artigo 1055, do Código Civil:
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
§1º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.
§2º É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.
Sendo assim, a integralização do capital social deve ser feita em dinheiro ou por meio de bens (móveis ou imóveis, tangíveis ou intangíveis). Caso a integralização venha a ser feita por meio de bens, os sócios que optarem por esse meio devem responder solidariamente pelo prazo de 5 anos do registro da sociedade, pela exata estimação dos bens, não existindo a obrigatoriedade de uma avaliação de perícia ou de uma empresa especializada, como ocorre com as sociedades anônimas (Lei n. 6.404/76, art. 8º). Cada sócio, tenha esse efetuado a integralização em dinheiro ou em bens, dispõe desses mesmos 5 anos para efetuar a integralização do capital, portanto, o formato escolhido de 12 parcelas no prazo de 1 ano é perfeitamente aceitável.
Os sócios são obrigados a integralizar as cotas que subscreverem no capital e, caso não cumprirem essa obrigatoriedade, esse sócio será considerado um “sócio remisso”. O sócio remisso deve pagar perdas e damos pela mora, podendo os demais sócios escolher manter ou não o remisso. Caso optem por excluí-lo, estes devem subscrever as cotas do primeiro ou oferecê-las a um terceiro sócio.
Quando à administração da sociedade limitada, o artigo 1061, do Código Civil, diz:
Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a integralização. (Redação dada pela Lei nº 12.375, de 2010)
Essa administração deve ser feita por pessoas físicas, podendo ser sócios ou não sócios. Se o administrador designado for uma pessoa não sócia, algumas decisões não poderão ser tomadas por ele, devendo ser tomadas pelos sócios da sociedade (são as chamadas Deliberações). Esse administrador será trinutariamente responsável pelas obrigações da sociedade perante o fisco, porém, caso o motivo do inadimplemento tributário decorra da falta de dinheiro no caixa da sociedade, então, a responsabilidade cairá sobre os sócios.
De acordo com a IN Drei nº 38/2017, quotas preferenciais são permitidas na sociedade limitada. E, de acordo com o artigo 1057, Código Civil, caso o contrato social seja omisso, o sócio pode, inclusive, ceder sua quota, total ou parcialmente, a outro sócio mesmo que não haja consentimento dos demais sócios, mas caso a cessão seja feita a uma terceita pessoa não sócia, esta só poderá ocorrer se não houver oposição de mais de ¼ do capital. Após feita tal modificação no contrato social, o mesmo deve ser arquivado na Junta Comercial para ter eficácia.
Sobre a distribuição das quotras da sociedade, vale saber que, apesar de não haver uma vedação legal para a distribuição de lucros de forma desigual entre os sócios, é entendimento recente do CARF – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, que a “distribuição desproporcional configura planejamento tributário abusivo”, com o objetivo de burlar o pagamento de tributos. 
Há também que levar em consideração que, segundo o artigo 1053, do Código Civil:
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
Sendo assim, aplica-se a LSA quando o contrato social for omisso, mesmo que os sócios se ponham contrariamente ao disposto, sob pena de invalidade da referida cláusula. Nesse contexto, apesar de não previsto pelo Código Civil, a sociedade limitada pode adotar um conselho de administração, sendo este regido então pelas normas da LSA. 
E o artigo 1066, do Código Civil, possibilita a criação de um conselho fiscal na sociedade limitada:
Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembléia dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos na assembléia anual prevista no art. 1.078.
§ 1º Não podem fazer parte do conselho fiscal, além dos inelegíveis enumerados no § 1º do art. 1.011, os membros dos demais órgãos da sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer delas ou dos respectivos administradores, o cônjuge ou parente destes até o terceiro grau.
§ 2º É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo menos um quinto do capital social, o direito de eleger, separadamente, um dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente.
Em relação à possibilidade de um sócio menor de idade, o item 1.2.6, do anexo II, da IN DREI 38/2017, expõe o seguinte:
Pode ser sócio de sociedade limitada, desde que não haja impedimento legal:
a) O maior de 18 (dezoito) anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que estiverem em pleno gozo da capacidade civil;
b) O menor emancipado;
c) Os relativamente incapazes a certos atos ou à maneira de exercê-los, desde que assistidos;
d) Os menores de 16 (dezesseis) anos (absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil), desde que representados;
e) Pessoa jurídica nacional ou estrangeira.
Portanto, visto que não haja nenhum impedimento legal e desde que dentro das condições previstas em lei, não há qualquer contraindicação para que haja um sócio menor de idade em uma sociedade limitada. 
Quando se há interesse na exclusão de um sócio, se este for minoritário a exclusão deve ser feita de forma extrajudicial, podendo ser de pleno direito (decretada a falência do sócio ou por liquidação da quota a pedido do credor) ou por justa causa. Caso o sócio seja majoritário, a exclusão deve ser feita pela via judicial, exclusivamente.
Para que haja a dissolução da sociedade limitada por prazo indeterminado, precisa-se da aprovação de, no mínimo, ¾ do capital (artigo 1071, inciso VI e artigo 1076, inciso I, Código Civil). As hipóteses de dissolução parcial da sociedade limitada por prazo indeterminado estão elencadas no artigo 1029, do Código Civil:
Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa.
Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da sociedade.
Em caso de morte de um dos sócios, sua quota será liquidada, nos termos do artigo 1028 do Código Civil:
Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:
I - se o contrato dispuser diferentemente;
II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
III - se, por acordocom os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.
É uma norma dispositiva, pois a lei deixa primeiramente que os sócios disponham em contrato, por deliberação ou por acordo, sobre o destino da sociedade caso ocorra o falecimento de um dos sócios. Apenas posteriormente é que a lei imporá a resolução parcial da sociedade, caso venha a ser necessário.
	Referências
	PARTWORK. Participação de Sócio menos de Idade em Sociedade Empresária. Disponível em: <https://partwork.com.br/blog/socio-menor-de-idade/> Acessado em: 05/12/2020
GUIMARÃES, Márcio Souza. VAZQUEZ, JUAN. Direito Societário: Sociedade Limitada [Apostila FGV de Direito Societário: Sociedade Limitada]. Disponível em: <https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/293972/557074/downloads/direito_societario_sociedade_ltda.pdf> Acessado em: 01/12/2020
SANTANA, Tidelly. Subscrição e integralização de capital social na constituição de uma sociedade limitada. 19 de outubro de 2020. Disponível em: <https://migalhas.uol.com.br/depeso/335081/subscricao-e-integralizacao-de-capital-social-na-constituicao-de-uma-sociedade-limitada> Acessado em 02/12/2020
CONTAX. Carf veda distribuição desproporcional de lucros. 30 de novembro de 2011. Disponível em: <http://www.contax.srv.br/carf-veda-distribuicao-desproporcional-de-lucros/> Acessado em: 05/12/2020
MONTEIRO, Lucas. Administração de Sociedades Limitadas. Disponível em: <https://lmonteiro.jusbrasil.com.br/artigos/177766322/administracao-de-sociedades-limitadas> Acessado em: 05/12/2020
BRASIL. Lei Nº 13.105, de 16 de Março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm> Acessado em: 05/12/2020
BRASIL. Lei Nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002. Código de Processo Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm> Acessado em: 05/12/2020
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