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1 Brenda Borba Fussier 2 Tutor Uniasselvi Fil Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I – dd/mm/aa Brenda Borba Fussier Tutor Uniasselvi Fil RESUMO Palavras-chave: 1. INTRODUÇÃO O acesso à educação é fundamental para a atuação do individuo na sociedade de forma consciente, inclusiva e democrática. Mesmo sendo assegurada pela nossa lei maior, a Constituição Brasileira, muitos jovens e adultos são desprovidos deste direito, pois não tiveram acesso ao ensino regular no tempo próprio. De acordo com a CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, art. 205, “A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. A modalidade EJA integra a educação básica, é direcionada as pessoas analfabetas ou fora da faixa etária correspondente ao ensino fundamental ou médio. Esse sistema escolarizado oportuniza integração inclusiva desses indivíduos, mas a busca pela educação depende de vários fatores, que já que a história da EJA é marcada por lutas, resistências, preconceito e desmerecimento na sociedade. Refletindo sobre esta temática, analisaremos no decorre deste artigo: as didáticas pedagógicas inclusivas; metodologia de avaliação utilizadas durante todo processo dessa modalidade, a imensurável contribuição de Paulo Freire na alfabetização de adultos; A inclusão digital para a ampliação do conhecimento. Mesmo com tantos avanços, ainda compreendemos a necessidade de refletirmos sobre essa modalidade, com o objetivo de analisarmos ações políticas e pedagógicas que favorecem a diminuição da evasão desse público. A Educação de jovens e adultos, sempre foi vista como um projeto para incluir indivíduos nas estatísticas dos alfabetizados, que não cursaram o ensino regular no tempo próprio por dificuldade de acesso. Priorizavam-se quantidades, desvalorizando qualidade do desenvolvimento da aprendizagem nos sujeitos da EJA. Mas com o passar do tempo foram atribuídas três funções a essa modalidade: reparadora, equalizadora e qualificadora, com o intuito de substituir características direcionadas aos educandos, tais como: sujeitos desprovidos de sabedoria e incapazes de subir degraus em busca do conhecimento e de uma formação superior. A EJA proporciona aos jovens e adultos a oportunidade de reparar o itinerário educacional, possibilitando o prosseguimento dos estudos, e a inserção no mundo digital como instrumento que visa melhorar o processo de ensino e aprendizagem. O educador deve avaliar o aluno desde o primeiro momento com o objetivo de coletar informações e promover aulas atrativas e eficazes evitando assim, a evasão escolar. Sabemos que é um caminho árduo, mas utilizando as ferramentas certas e necessárias, contextualizando os conteúdos com o sujeito sociocultural e respeitando suas especificidades, poderemos acreditar na tão sonhada educação para todos! Educação, Adultos, Jovens, Inclusão digital, EJA. O PROCESSO DE AVALIAÇÃO, A INCLUÇÃO DIGITAL E O TRABALHO NO EJA. 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria” (BRASIL,1996, p, 15) Além de novos saberes e competências, a sociedade atual espera que a escola também desenvolva sujeitos capazes de promover simultaneamente seu próprio aprendizado. Assim os saberes e os processos de ensinar e aprender tradicionalmente desenvolvidos pela escola mostra-se cada vez mais obsoletos e desinteressantes pelos alunos. O professor, então, vê-se desafiado a ensinar de modo diferente do que lhe foi ensinado. (FIORENTININI et al, 2005,p,89) Freire (1983, p. 111) leciona que o ensino dos jovens e adultos implica em um processo contextualizado, onde não há uma memorização mecânica e visual de palavras, sentenças ou silabas, o que implica numa postura sobre o contexto humano. Sendo assim, o papel do educador é fundamental, sobretudo ao dialogar com o analfabeto em situações concretas, oferecendo instrumentos que o alfabetize. Educador brasileiro, responsável por uma prática pedagógica libertadora, a qual foi Provedora da construção do saber, de uma forma mais acessível, especialmente no processo de alfabetização o e na Educação o de Jovens e Adultos s. Seu método estrutura vá-se em três etapas: investigação, tematização e problematização. Acreditava no diálogo como um instrumento facilitador da escolarização e provedor da formação da consciência, contribuindo na construção do Cidadão. Para aplicar a pedagogia de Paulo Freire é necessário conhecer a realidade do educando, elaborar um planejamento adequado, respeitar a bagagem cultural do indivíduo e promover uma educação autônoma e eficaz. Avaliação é um instrumento que auxilia no processo de aprendizagem, é uma ferramenta indispensável para o professor, pois permite que o mesmo acompanhe o desenvolvimento do aluno fazendo as possíveis intervenções, com o intuito de melhorar a qualidade e de ensino. Essa prática permite a o Educador perceber as dificuldades de cada Educando e assim a aprimorar o planejamento o. Na EJA a necessidade de avaliação é constante, pois a metodologia de ensino é mais resumida. É um processo contínuo e programado, realizado durante todo o acompanhamento do aluno. O professor deve centrar sua atenção em atividades diferenciadas e diversificadas, quanto auxiliem no processo de ensino e aprendizagem dos alunos e por sua vez integremos estudantes, que torta significativo os estudos ampliando a extensão de conteúdos a se trabalharem com os alunos. Precisa ir de encontro as necessidades dos estudantes adequando novas metodologias de ensino e fortalecendo a pratica de reinserção aos estudos, tendo em mente que ao ensinar um adulto é diferente de ensinar uma criança, pois esta não tem a noção de mundo como os adultos e assim o discurso e a intervenção constituem-se de maneiras diferentes. As práticas pedagógicas da EJA precisam ser repensadas considerando-se a vida dos alunos adultos: conflitos, familiares, rotina de trabalho muitas vezes exaustiva, situação econômica, entre outros fatores, que podem tornar-se motivos de evasão escolar, isso porque a Lei de Diretrizes e Bases traz em seu artigo 37. 3 3. MATERIAIS E MÉTODOS Segundo Valente (1999) o mundo está em constantes avanços tecnológicos e as ferra mentas digitais não podem ser vistas como uma tecnologia cotidiana sequer, e sim recursos que oferecem transformação no campo social, uma vez que favorece subsídios na formação necessária ao futuro profissional, preparando o aluno para os desafios da sociedade. Conforme Lion (1995), a informática precisa ser entendida e encarada no espaço de ensino de jovens e adultos como uma ferramenta de conhecimento, pela qual é possível modificar e transformar os indivíduos através do processo de ensino, complementa Lion (1995). Nos ensinamentos de Moll (2004), é importante considerar a especificidade e a diversidade cultural na educação de jovens e adultos, promovendo um ensino renovado e transformador No periódico publicado por Mendes (2009) o EJA, portanto, procura ultrapassar o âmbito educacional das escolas regulares, possibilitando uma maiorcompreensão da vida moderna e a realidade em que o aluno está inserido, objetivando o desenvolvimento e criatividade, sensibilidade, autoestima e afetividade doa alunos através de uma formação intelectual e critica dos diferentes campos do saber. Para isso, de acordo com os ensinamentos de Lima, Andrade e Damasceno (2008) uma educação em que se em que se extinguem as novas tecnologias, admite-se assim que o ambiente de ensino se torne uma monotonia, desprovido de estímulos. Neste contexto, ressalta-se ainda a importância do processo de avaliação. A avaliação de aprendizagem trata-se de um conjunto de elementos que visam orientar as interversões pedagógicas necessárias na atuação do professor. Nesse sentido, ela não pode estar dissuadida de seu caráter continuo e sistemático durante todo o percurso de aprendizagem e não simplesmente ao final das etapas do trabalho. É importante destacar que o momento da avaliação de aprendizagem do aluno do EJA não deve ser concebido como processo acabado, completo e sim como um ponto inicial de observação e avaliação da pratica pedagógica, refletindo e retomando o planejamento e a forma mais adequada de tornar o processo de aprendizagem mais dinâmico, buscando ainda avaliar de outras formas os educandos, de modo a perceber o desenvolvimento do aluno e seu avanço por meio de outros recursos previstos nas praticas escolares, pois enquanto é avaliado em diversos sentidos, os alunos expõem a capacidade de raciocínio. (BRASIL,1996). Para realizar esta pesquisa, utilizei uma abordagem qualitativa, analisei, o vídeo “Qual é o papel da EJA no Brasil?” e consegui refletir sobre os dados publicados em artigos relacionados a essa modalidade de ensino, além de explorar alguns livros, revistas e redes eletrônicas que pudessem fomentar a construção desse artigo. Meu estudo foi embasado em consultas bibliográficas, que me permitiram uma reanalise do sistema de escolarização da educação de jovens e adultos, revendo as ações pedagógicas necessárias para que o sujeito EJA, possa ser inserido na sociedade, usufruindo das novas tecnologias e também para obter qualificação necessária, para o mercado de trabalho. O objetivo da presente pesquisa é de enfatizar que a educação para jovens e adultos, é um direito assegurado por lei e não pode ser visto como filantropia. Diante dessas constatações, selecionei teóricos que fomentassem essa pesquisa e entre eles evidenciei Paulo Freire que influenciou plausivelmente o aprendizado de jovens e adultos com sua metodologia libertadora. Figura 1: Paulo Freire, educador de adultos. Figura 2: Alunos do EJA continuam em aulas remotas e recebem atividades impressas em casa. 4 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante a construção deste artigo, constatei que a educação de jovens e adultos, muitas vezes é vista pelo seu aluno, como uma filantropia. E devido a esta visão distorcida, eles não se permitem lutar por melhorias educacionais, que poderiam fazer toda a diferença durante este processo. A EJA, além de ser assegurada pela constituição, também se constitui enquanto um direito, através da Lei de diretrizes e bases da educação nacional em seu artigo 37 “aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de seus estudos nas modalidades de ensino fundamental e médio na idade própria” (LDB/1996). A avaliação é um instrumento primordial para investigar o contexto sociocultural do sujeito EJA, que norteara o planejamento de forma especifica promovendo aulas atrativas, com objetivo de contribuir para sua aprendizagem. Verificamos a avaliação como forte aliada durante todo processo dessa modalidade. Assim sabemos que o papel do educador é a incursão docente nessa modalidade se deu através da pratica, sem formação especifica, mas é evidente as mudanças na atuação desse profissional, pois a atualidade não permite. É necessário pleitear politicas que contemplam uma formação adequada, para que a pratica promova uma educação de qualidade e possa transformar em possibilidades em realidade. 5 5. CONCLUSÃO Ao concluir a pesquisa, percebi a importância da EJA para jovens e adultos que por motivos diversos não tiveram a oportunidade de estudar. A inserção no mundo digital através dessa modalidade de ensino, além de melhorar a autoestima do sujeito, promove melhorias no processo de aprendizagem, que permite aos alunos qualidade de vida e oportuniza a inclusão social de forma ativa, onde o empoderamento do conhecimento torna – os cidadãos mais críticos. EJA além de abrir portas para a emancipação desses alunos, também prepara para a vida em sociedade. Um dos fatores eficazes nesse processo de escolarização é a avaliação, pois permite o acompanhamento na evolução da aprendizagem. O mercado de trabalho está cada diz mais exigente e com a EJA é a relação entre o educador e educando. A efetividade do docente destinada ao seu alunado faz toda a diferença. Se o professor escuta, acolhe e faz a inserção de temas geradores, construídos por meio de uma avaliação diagnosticada que permite transformar esses sujeitos em autores da sua própria história, terá êxito em seu propósito de vida. Sabemos que o caminho é longo, mas que com dedicação e apoio das políticas públicas será possível ofertar um ensino de qualidade para esse público. 6 REFERÊNCIA ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. CANAL FUTURA. Qual é o papel da EJA no Brasil? Disponível em: https:// www.you tube. com/watch? v=S X0aNv U Koj0. Acesso em 1 4 de abril de 2021. T EDESCO, 20 0 4. O uso de recursos tec noológicos na educação de jovens e adultos. Brasil escola. https:// meu artigo. brasilescola.uol.com.br/ educacao/o-uso-recurso s -tecnologicos-na- educacao-jovens -a dultos.htm T EDESCO, 20 0 4. O uso de recursos tecnológicos na educação de jovens e adultos. Brasil Escola FIORENTINI, D. et a l. (Org.). Cultura, formação e desenvolvimento profissional de professores que ensinam Matemática: investigando e teorizando a partir da prática. São Paulo: Mus a Editora, Campinas: G EPF PM- PRAP EM- FE/ UN ICAMP, 2005. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
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