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Hemylle Suzane Metabolismo dos Lipídeos Caracteristicas gerais • biomoléculas mais solúveis em solventes orgânicos do que em água • localizados principalmente no plasma, tecido adiposo, membranas biológicas • insolúveis em água • compostos por carbono, oxigênio e hidrogênio -> ésteres -> álcool + ácido graxo • funções: reserva de energia, isolamento térmico, absorção de vitaminas e transporte dessas, precursores de hormônios e de sais biliares, impermeabilização de superfícies, homeostase corporal ( prostaglandinas e hormônios- aterosclerose e obesidade) • ácidos graxos: dividido em hidrocarboneto e ácido carboxílico; saturadas ou insaturadas; menor unidade formadora dos lipídeos; variam de acordo com o tamanho da cadeia • tipos: carotenoides, ceras, fosfolipídeos, glicerídeos, esteroídes CLASS IF ICAÇÃO *Carotenoides: pigmentos alaranjados presentes nas células de todas as plantas que desempenham um papel acessório junto à clorofila; trazem benefício para o sistema imunológico e atua como anti-inflamatório; ex: cenoura *Ceras: presentes nas superfícies das folhas de plantas, no corpo de alguns insetos, nas ceras de abelhas e até mesmo aquela que há entro do ouvido humano; é altamente insolúvel e evita a perda de água por transpiração , sendo constituídas por uma molécula de álcool ou mais ácidos graxos *Fosfolipídeos: principais componentes das membranas das células, compostos por uma parte hidrofóbica e uma hidrofílica *Glicerídeos: 1 a 3 ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol; ex: triglicerídeo *Éster de colesterol: são compostos por 4 anéis de carbonos interligados, unidos à hidroxilas, oxigênio e cadeias carbônicas; ex: testosterona, progesterona e estrogênio *Triacilglicerol: 90% dos lipídeos ingeridos; molécula de glicerol liga com 3 ácidos graxos *Colesterol livre Digestão, Absorção e Transporte 1. boca: ingestão do alimento 2. estômago: inicia no estômago por ação da lipase língua (secretada pelas células da língua- porém só consegue agir no estomago pelo Ph ser ácido) l e lipase gástrica – secretadas pelas células gástricas (estáveis em meio ácido) trabalham em ph 4 a 6 -> 10% de quebra; agem especificamente sobre os (tags) triacilglicerídeos formada por ácidos graxos de cadeia curta e média ( menos de 12 carbonos) , e essas lipases são de extrema importância para o recém nascido. Obs: essas lipases são enzimas que removem dois ácidos graxos de cada molécula dos triglicerídeos, sendo o resultado um monoglicerol e dois ácidos graxos livres OBS: essas “lipases ácidas” desempenham uma importante função na digestão de lipídeos em recém nascidos, para qual a gordura do leite é a principal forte de calorias e os tipos de gorduras do leite materno possui trigliceridios de ácidos graxos de cadeia curta e media. Além disso também são importantes para indivíduos com insuficiência pancreática, como é o caso dos portadores de fibrose cística. Essas lipases ajudam esses pacientes a degradar as moléculas de TAG, apesar da ausência completa ou parcial da lipase pancreática. . 3. intestino: onde acontece a emulsificação - Emulsificação possui dois processo que se complementam: a ação detergente dos sais biliares (substâncias produzidas pelo fígado e armazenadas na vesícula biliar ) e o movimento mecânico do peristaltismo intestinal. - O quimo com gorduras ainda não digeridas chegam no intestino e de imediato essa gordura sofre emulsificação ( grandes gotículas de gordura se transformam em pequenas gotículas) estabilizando essas gorduras para que as enzimas possam continuar a digestão. - o processo de emulsificação dos lipídios ocorre no duodeno, essa emulsificação aumenta a área da superfície das gorduras de l ipídeos hidrofóbicos. - a digestão continua por meio das enzimas pancreáticas ( lipase pancreática- vai agir nos tag de cadeia longa e muito longa ) - os outros 10%: éster de colesterol – enzima colesterol esterase vai agir sobre eles, separando colesterol livre e ácidos graxos; fosfolipídios – enzima fosfolipase produzida pelo pâncreas, acaba fazendo a digestão deles e liberando os ácidos graxos. - principais produtos da digestão completa: vários ácidos graxos livres, monoacilglicerol ( colesterol livre) , além de remanescentes de fosfolipídios. 4. produtos da digestão/absorção: fragmentos de fosfolipídeos + colesterol livre + 2- monoacilglicerol + ácidos graxos -> micelas (conjunto de gorduras aglomeradas em forma de disco que são anfipáticas, tendo o centro hidrofóbico e extremidade hidrofílica) absorvidos pelos enterócitos (células do intestino) -> ressíntese em lipídeos -> quilomícron (lipoproteína) -> transporte para vasos linfáticos -> corrente sanguínea -> lipases lipoproteícas -> quebra da quilomícron-> ácido graxo + glicerol , oxidados -> energia OBS: triacilglicerol ( um glicerol + 3 ácidos graxos ) -> perde um ácido graxo livre e vira di -> diacilglicerol perde mais um ácido pela digestão e vira -> monoacilglicerol e glicerol ( ácidos graxos livres) – ambos podem ser absorvidos. Controle hormonal da digestão dos lipídeos : assim que o quimo ácido chega no intestino delgado as células endócrinas ( secretam hormônios) do intestino secretam colescitociniina ( age sobre a vesícula biliar fazendo com que ela se contraia e secrete a bile na luz do intestino levando os sais biliares para emulsificar as gorduras, e age nas células exócrinas do pâncreas secretando todas as 3 enzimas digestivas , além de inibir a motilidade gástrica, resultando em uma liberação mais lenta dos conteúdos gástricos para o intestino delgado, pois quanto mais lento, mais emulsificado e mais facilmente é digerido) . Além disso o hormônio secretina ( estimula o pâncreas a produzir bicarbonato que ajuda a neutralizar o Ph , sendo lançado no quimo e neutralizando as ações das enzimas. ) Absorção: acontece do lúmen do intestino para dentro das células . Ácidos graxos livres, colesterol livre e o 2-monoacilgliceróis são os principais produtos da degradação dos lipídios da dieta no jejuno. Eles acabam formando com os sais biliares as micelas mistas( aglomerado de gordura na forma de um disco) , sendo estas solúveis em meio aquoso do lúmen intestinal. As micelas se formam em forma de disco que possuem a porção hidrofóbica para dentro e a hidrofílica para o lado de fora. ,Logo a porção hidrofílica vai ser atraída pela porção estacionaria de água e todas as gorduras entram de uma vez para a célula do intestino. Ressíntese de lipídeos: ácido graxo precisa ser ativado- para ser ativado precisa receber uma molécula de CoA ( e para receber acontecerá com gasto de ATP) , após isso será adicionado ao carbono 1 do 2-monoacilglicerol formando um diacilglicerol, perdendo assim o CoA ( ficando livre), depois no carbono 3 e assim forma e ressintetiza o triacilglicerol. Outro ácido graxo vai se ligar a uma hidroxila do colesterol e vai ressintetizar o éster de colesterol . Os ácidos graxos vão ser utilizados na ressíntese dos lipídios ( ester de colesterol e triglicerol) . Agora eles ( éster e triglicerol)_ mais as vitaminas lipossolúveis vão ser empacotadas pela proteína apolipoproteina b-48 + fina camada de fosfolipideos ( azul) , que se chamará quilomícron, que será liberada do intestino por exocitose e vai cair nos vasos linfáticos chegando nos ductos torácicos e são então transportados pela veia subclávia esquerda de onde será levado para o sangue, e ao passar em cada célula vai entregando ácido graxos e o colesterol livre. Quilomicron • lipoproteína= lipídeos no centro (TAG e éster de colesterol e fosfolipídeos, colesterol e a proteína APO B48 ao redor) • função de lançar/transportar essa gordura para o sangue e para linfa • quebrado pela lipase lipoproteíca (dos tecidos) quebra os quilomicras -> ácido graxo + glicerol • sai do intestino com a proteína APO B48 e durante o seu percurso na corrente sanguínea ela ganha asAPO proteínas C2 (que ativa a lipase lipoproteica) e E (que é reconhecida pelo receptor do fígado para a endocitose dos quilomicra remanescentes) ambas doadas do HDL quando cruza com os quilomicra pelo sangue • É a maior lipoproteína, tratando-se de tamanho e o principal transportador exógeno de TAG’s (os que vieram da dieta) • Menor densidade, pois tem o menor teor proteico e o menor volume Destino dos Ácidos Graxos Livres: vem da quebra do TAG presente nos quilomicra que são quebrados pela lipase lipoproteica • Nos adipócitos: usados na formação de TAG’s e armazenados • Se ligam à albumina e são transportados pelo sangue para outras células • Em outras células (fígado e músculo): são oxidados para gerar energia, exceto eritrócitos maduros- glicose anaerobica (pois a oxidação dos ácidos graxos é um processo mitocondrial, e o eritrócito não tem mitocôndrias -> glicose-dependente) e sistema nervoso (não usa os ácidos graxos como fonte de energia -> glicose-dependente) Destino do Glicerol • Glicerol não pode ser metabolizado como energia nos adipócitos (falta de glicerol-cinase) • Fígado: transformado em glicerol-fosfato, pode ter dois fins : primeiro pode receber três glicerol e formar o TAG endógeno ou o glicerol-fosfato pode ser convertido em diidroxicetona (glicerol-fosfatodesidrogenase, precursor da glicólise e da gliconeogênese) Vias metabólicas -> como o organismo usa os lipídeos Lipogênese -> síntese dos lipídeos ➢ SÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS: • acontece principalmente no fígado e nas glândulas mamárias em lactação • Síntese o palmitato (ácido graxo com 16 carbonos, sendo longo, de cadeia saturada), acontece num estado pós-alimentado Fase preparatória: 1. Produção de Acetil-CoA citosólica • a molécula de acetil- coa possui 2 carbonos e eles serão usados na síntese dos ácidos graxos, porém não consegue atravessar a membrana mitocôndria, acetil-coa se condessa com o oxacetato, glicose entra na célula por meio do GLUT -> glicólise -> piruvato -> mitocôndria -> Acetil-CoA -> uma parte vai para o ciclo de Krebs e outra sobra (que forma gordura) -> esse Acetil-CoA condensa-se com o oxaloacetato -> remove a CoA -> citrato (por meio da citrato-sintase) -> atravessa a membrana -> citrato liase -> quebra o citrato -> entra CoA presente no citosol por meio de gasto de energia (ATP -> ADP + Pi) -> Acetil-CoA liberando OAA • possui 2 carbonos 2. Formação de Malonil-CoA (a partir de Acetil-CoA) • uma parte dos Acetil-CoA produzido -> Acetil-CoA carboxilase (adiciona carbono) com gasto de energia (ATP-> ADP + Pi) -> Malonil-CoA • a enzima da reação serve de ponto de regulação da via • possui 3 carbonos Formação: 3. Síntese do palmitato 1 reação: enzima ácido graxo sintase remove e transfere os 2 carbonos do Acetil- CoA e transfere pro domínio ACP -> 2 reação: depois são transferidos temporariamente para o domínio CYS deixando o ACP livre -> 3 reação: a mesma enzima remove os 3 carbonos do Malonil-CoA e transfere para o domínio ACP -> 4 reação: descarboxilação para gerar energia para condensação entres os dois 2 de cima com os 3 carbonos de baixo saindo um CO2 -> 5 reação: composto com 4 carbonos que sofre redução, entrada de hidrogênios para desmanchar as duplas ligações existentes , transforma cetona em álcool -> 6 reação: desidratação (forma uma dupla novamente) -> 7 reação : redução (para remover a dupla formada) -> ácido graxo de 4 carbonos ( produto final) • desse modo o processo se repete desde o início até completar 16 carbonos, de modo que a cada repetição adiciona-se 2 carbonos à molécula até formar o palmitato com 16 carbonos e ligações saturadas É a mesma imagem que pode ser usada na regulação da via no 1 mecanismo: CARBOXILAÇÃO OBS: 1 palmitato para 1 Acetil-CoA para vários Malonil-CoA; logo na repetição das reações serão apenas usados Malonil-CoA *No fígado ou no encéfalo pode ocorrer a elongação desse ácido graxo, de modo a ganhar novos carbonos pela Malonil-CoA *Dessaturação dos Ácidos Graxos: -dessaturase/oxidases no Retículo Endoplasmático adicionam duplas ligações -humanos só possuem dessaturases para os carbonos 4, 5, 6 e 9 -a partir do carbono 10= base de essencialidade nutricional -grande variedade de Ácidos Graxos poliinsaturados (dessaturação + elongamento) Ômega 3= 18 Carbonos:3 (3 duplas no C9, C12 e no C15) Ômega 6= 18 Carbonos:2 (2 duplas no C9 e no C12) *Regulação da Via • insulina: é um ativador da proteína fosfatase -> Acetil-CoA carboxilase -> maior síntese do palmitato • glucagon: jejum -> ativa a proteína-cinase -> fosforila e inativa -> inibe a síntese de gordura *Saldo energético: 1 molécula de palmitato -> 131 ATPs Cada molécula de NADH =3 ATPs, FADH2= 2 ATP em média 35 ATPs; cada 8 Acetil-CoA roda um ciclo de krebs e cada ciclo de krebs tem 12 ATPs, logo 12x8= 96; 96+35 de cima = 131 ATPs ➢ SÍNTESE DO TRIACILGLICEROL • são compostos uma, duas ou três moléculas de ácidos graxos esterificando uma molécula de glicerol por ligação aos seus grupos carboxilas -> perda da carga negativa e formação de um “lipídeo neutro” • TAG’s: o ácido graxo do carbono 1 é normalmente saturado, o do 2 é em geral insaturado, e o do carbono 3 pode ser qualquer um • são fracamente solúveis em água e não formam miscelas estáveis -> coalescem dentro dos adipócitos -> gotas oleosas • ocorre principalmente no fígado e no tecido adiposo - TAG endógeno : fígado e tecido adiposo Fases: 1. Produção de Glicerol-fosfato • é o aceptor final dos ácidos graxos glicose -> glicólise -> diidroxiacetona-fosfato -> reduzida a glicerol- fosfato (por meio da glicerol-fosfato-desidrogenase) *Apenas no fígado a glicerol-cinase fosforila e converte o glicerol livre (com gasto de energia) -> glicerol-3-fosfato; desse modo os adipócitos podem captar glicose somente na presença de insulina 2. Ativação do ácido graxo livre • conversão do ácido graxo livre em sua forma ativada sendo catalisada por uma família de Acil-CoA sintetases (tiocinases)com a adição de um CoA -> Acil-CoA • ocorre 3 vezes -> 3 Acil-CoA 3. Síntese de TAG • adição sequencial de dois ácidos graxos a partir de Acil-CoA, ativados no glicerol-fosfato pela enzima aciltransferase • remoção do grupo fosfato (por meio da enzima fosfatase) • adição de um terceiro ácidos graxo, ativado pela enzima aciltransferase Regulação da via ➢ Regulação a curto prazo: 1º mecanismo: Carboxilação- é a etapa limitante e é o passo regulado na síntese de ácidos graxos - a forma inativa da acetil-CoA-carboxilase sofre ativação alostérica pelo citrato que vai provocar as polimerizações dos dímeros. - essa enzima pode ser inativada alostericamente por acil-CoA de cadeia longa ( produto final dessa via) 2º mecanismo: Fosforilação reversível - na presença de hormônios contra-reguladores ( adrenalina e glucagon) a acetil-CoA-carboxilase é fosforilada, e logo após é inativada. - na presença de insulina, a acetil-CoA-carboxilase é desfoforilada e ativada Lipólise -> degradação dos lipídeos QUEBRA DO TRIACILGLICEROL Tecido adiposo tem muito TAG que veio da dieta e precisa dele no jejum. 1. Degradação do triacilglicerol • ocorre no citosol do tecido adiposo • hidrólise do TAG -> libera glicerol (precursor da gliconeogênese) e 3 ácidos graxos livres -> vão para o fígado pelos corrente sanguínea por uma albumina, para serem ativados e depois virar energia • enzima que realiza essa reação é a lipase hormônio sensível (muito sensível ao glucagon, sendo ativa na presença dele) 2. Ativação do ácido graxo livre • ocorre no citosol do fígado (exceto para os ácidos graxos de cadeia curta que são ativados já na mitocôndria) • adição de um grupo CoA no ácido graxo -> Acil-CoA (forma ativa) REGULAÇÃO: 1. Triglicerídeos é quebrado pela lipase sendo transformadoem ácidos graxos livres. Esses ácidos graxos vão ser levados através da albumina para o fígado e la ela vai sofrer ativação formando o acil-CoA para gerar energia no jejum, tudo isso no citosol. Logo após vai perder o CoA e ganhar a carnitina formando a acil-carnitina. 2. Essa acil-carnitina precisa entrar para a mitocôndria , porém ela só passa pela primeira membrana da mitocôndria, então ela vai perder a carnitina e ganha o CoA. O CARREGADOR CARNITINA: - Teremos 4 enzimas nesse processo : tiocinase, CPT-1, CPT-II e Carnitina-acil carnitina translocase. - A tiocinase transforma o ácido graxo em acil CoA adicionado CoA que ganha do citosol., logo após vai tentar entra na mitocôndria porém só vai passar pela primeira membrana, pois o CoA vai atrapalhar a entrada dela na segunda membrana. - CPT-1 ( carnitina palmitose transferase) vai tirar o CoA e adicionar a carnitina virando assim acil-carnitina - Carnitina-acil carnitina translocase vai transportar o acil-carnitina para dentro da mitocôndria ( no caso vai passar pela segunda membrana) - CPT-II vai tirar a cartinina do acil-carnitina deixando ela livre e vai adicionar o CoA para então ocorrer a B-oxidação Deficiência de carnitina: resulta na diminuição da capacidade do tecido em usar o ácido graxo como fonte de energia, pois não consegue passar pela segunda membrana e assim não consegue fazer b-oxidação. - causas: secundaria ( ligada a alguma doença ou condição, por exemplo doenças hepáticas pois não conseguem sintetizar a carnitina, subnutridos/vegetarianos – pois não comem carne, principal alimento que possui carnitina, e pessoas que precisam de carnitina demais – gestantes, pessoas queimadas, pacientes que fazem hemodiálise - pois acaba removendo muita carnitina do sangue) e primaria – origem genética 3. Beta-oxidação do ácido graxo ativado - Beta oxidação: o primeiro objetivo é oxidar tirando elétron e liberando energia e o segundo é quebrar dos ácidos graxos, tirando de 2 em dois carbonos. - Ocorre na matriz mitocondrial. - Sofre 4 reações para geral o acetil-CoA. ( que vai formado a partir dos 2 carbonos). - Todas as reações vão ser em cima do carbono beta, por isso é chamado assim. - Remoção de dois carbonos para formar acetil-coa para o ciclo de Krebs, tudo isso no jejum. 1 reação: oxidação do Acil-CoA - enzima responsável é acil-coa-desidrogenase, tira hidrogênio dos dois carbonos ( beta e do alfa), o FAD recebe os hidrogênios e forma o FADH2.. - aqui libera energia e o produto desse composto é B-Enoil-CoA. 2 reação: hidrolise/ hidratação para organizar a molécula. - Modifica a molécula de Enoil-CoA a partir da entrada da molécula de água - enzima Enoil- CoA-hidralase, entrando água a ligação dupla se desfaz e forma o hidroxiacil-coa. 3 reação: oxidação do B-hidroxiacil-CoA - aqui libera energia e ocorre uma reorganização - Tira dois hidrogênios e o NAD recebe e se transforma em NADH+ 4 reação: quebra tiolica ( quebra de dois carbonos produzindo acetil-CoA) - enzima tiolase arranca dois carbonos e forma acetil-coa, o restante que sobra ganha o acetil CoA e sobe fazendo o mesmo ciclo. OBS: resultado das 4 reações FADH2, NADH e acetil -CoA. OBS: doença- acil-coa-desidrogenase costuma dar erro inato voltado para os ácidos graxos de cadeia media. - oxidação dos ácidos graxos diminui ( lipólise – beta oxidação) , e a energia diminui, logo diminui a glicogêneogene e leva a uma hipoglicemia - jejum nortuno fígado faz gliconeogênese - Beta oxidação do acido graxo de cadeia insaturada: geram menos energia que os saturados, pois tem menos hidrogênio e produz menos FADH2 e NADH ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MUITO LONGA: de 22 carbonos para mais, precisam passar antes pelos peroxissomos para que haja um encurtamento dessas cadeias ( oxidação), aqui não há a produção de energia e assim vai pra mitocôndria, sofrendo beta-oxidação normal. o ácido graxo precisa passar pela membrana interna da mitocôndria (o que os de médio e longos não conseguem) -> atravessa a membrana externa pela adição de CoA pela tiocinase com gasto de energia -> se liga à carnitina (transportador que pode ser ingerido em alimentos de origem animal ou produzido pelo fígado e rins a partir de aminoácidos como lisina e metionina) pela enzima CPT1 (carnitina palmitoiltransferase 1), a qual retira do ácido graxo o CoA -> acilcarnitina que ultrapassa a membrana interna -> dentro da mitocôndria a enzima CPT 2 (carnitina palmitoiltransferase 2) retira essa carnitina do ácido graxo, a qual vai voltar para a fazer uma nova reação com um próximo Acil-CoA -> CPT2 liga um CoA ao Acil -> Acil-CoA OBS1: Ácidos graxos de cadeia ímpar - quando sobrarem 3 carbonos (proponil-CoA), essa vai para uma via alternativa , sendo o succinil-CoA (intermediário no ciclo de krebs) o produto dessa reação 1- carboxilação composto pela enzima proponil-CoA-carboxilase com gasto de energia -> D-Metilmaloil-CoA, ADP e Pi 2- enzima metilmalonil-CoA-recemase isomerisa o D-Metilmaloil-CoA -> L-Metilmaloil-CoA 3- enzima Metilmaloil-CoA-mutase retira um carbono do L-Metilmaloil-CoA -> Succinil-CoA OBS2: Ácidos graxos de cadeia insaturada - produz menos energia que os saturados - seguem a beta oxidação até para numa dupla; enzimas Enoil-CoA-isomerase e Dienoil-CoA-redutase retiram essa insaturação para continuar a beta-oxidação OBS3: Ácidos graxos de cadeia muito longa -> primeiro passam nos perixossomos onde diminuem a cadeia -> mitocôndria -> beta-oxidação 1- enzima Acil-CoA oxidase desidrogena o ácido graxo -> FADH2 2- FADH2 é oxidado pelo O2 -> H202 (perigoso) 3- enzima catalase transforma H202 -> H2O + O2 BETA-OXIDACÃO DO PALMITATO - Palmitato de 16 carbonos faz 7 voltas e produzir 8 acetil-coa- porque na última volta da quarta reação ao quebrar os 4 últimos carbonos, forma 2 acetil-coa e não apenas 1 como nas outras voltas. - Produto do palmitato : 7 FADH2, 7NADH e 8 Acetil-CoA - OBS: as voltas dependem do tamanho do ácido graxo. *Regulação hormonal • jejum -> baixa insulina e alto glucagon e adrenalina primeira mensageira -> adenilato-ciclase ->AMPc -> ativa proteína-cinase ativa -> fosforila e ativa a lipase sensível a hormônio -> quebra dos TAG’s - na beta-oxidação do palmitato (16c) ocorre 7 voltas, formando 7NADH, 7FADH2 e 8 Acetil-CoA, que vai ser usado no ciclo de Krebs. - NAD: forma 3 ATP, logo 7 x 3 = 21 ATP - FADH2: forma 2 ATP, logo 7 x 2= 14 ATP, resultando em 35 ATP. - Forma 8 ciclos de Acetil CoA no ciclo de Krebs, mais que a da glicose que tem um número fixo de 2 voltas no ciclo. - Esse ciclo gera 12 ATP, logo 8 x 12 = 96 ATP - O total de energia desse ciclo é 131 ATP *Deficiência de carnitina • secundárias (teve essa doença por meio de outra doença) • o que leva a ter deficiência: doenças hepáticas, problemas dietéticos (sem carne na dieta por ser subnutrido ou vegetariano), hemodiálise, infecções graves (pois acabam por precisar de muita energia) Corpos cetônicos - combustível para células no período do jejum - são importantes fontes de energia para os tecidos periféricos - o fígado é responsável por sintetiza-los mas não usa pela ausência da tioforase Cetogenese - síntese de corpos cetônicos ; quem faz é o fígado, e é exclusivamente hepático - mitocôndria é onde ocorre a cetogenese hepática - no jejum sobra Acetil-CoA, sobra energia, pois não tá entrando glicose no fígado ( pois ele é especilizado em fazer b-oxidação - no jejum de todas as outras células tem falta de energia por falta de ácido graxo, porém o fígado é especial. REAÇÕES: 1- Condensação de duas moléculas de acetil-coa pela enzima tiolase e saída do CoA- ocorre na matriz mitocôndria formando acetoacetil-CoA (4 carbonos) 2- Condensação de uma terceira molécula de acetil-coa pela enzima hidroximetilglutaril-CoA-sintase., após temosa saída do CoA e a formação do hidroximetilglutaril-CoA – HMG-CoA ( 6 carbonos) 3- A HMG-CoA é quebrada pela enzima HMG-CoA-lise gerando a saída de uma molécula de Acetil-CoA (necessária para proporcionar energia para continuação da reação), formando o primeiro corpo cetônico – acetoacetato. 4- Primeiro uma parte do acetoacetato vai ser descarboxilado espontaneamente no sangue (quando está indo em direção aos tecidos periféricos) gerando o o segundo corpo cetônico - acetona ( essa reação ocorre de forma espontânea). Logo após, a outra parte do acetoacetato pela ação da enzima hidroxibutirato-desidrogenase vai reduzir o NADH fornecendo hidrogênio , sendo formado então o terceiro corpo cetônico – beta-hidroxibutirato Cetolise – quebra dos corpos cetônicos para utilização pelos tecidos periféricos. REAÇÕES: 1. Acetoacetato e hidroxibutirato vão passar pela corrente sanguínea (livremente sem precisar de transporte) para o musculo/qualquer tecido 2. Hidroxibutrato vai ser reconvertido em acetoacetato com a formação de um NADH 3. Acetoacetato pela enzima tioforase vai receber uma nova CoA, formando o Acetoacetil-CoA 4. Acetoacetil-CoA pela enzima tiase vai ser transformado em 2 Acetil-CoA - quando a formação é maior que a velocidade de seu consumo vamos ter maior concentração no sangue (cetonemia) e o aumento na urina (cetouria) porque os rins tentam filtrar - diabetes: destruição autoimune das células beta pancreáticas com ausência de insulina. Paciente faz refeição aumenta a glicose e a glicemia e a insulina não chega, vai ter muita glicose no sangue mas pouca na célula,, resultado vai fazer beta-oxidação, produzindo muito acetil-coa, levando ao aumento exagerado dos corpos cetonicos e eles vao resultar na redução do ph do sangue levando a cetocidose Colesterol - é um esteroide presente nas camadas lipídicas ( componete fundamental das membranas para sua fluidez) - molécula precursora do ácidos e sais biliares - membrana celulares- auxilia na fluidez - pele: da origem na vitamina D Suprimento continuo de colesterol - biossíntese e degradação ( não quer que falte nem que sobre) - sistema de transporte (lipoproteínas) - regulação - nas glândulas o colesterol vai ser transformado em hormônios (cortisol, aldosterona, progesterona, testosterona...) 1. METABOLISMO - fígado é o principal responsável pela homeostasia do colesterol - influxo - recebe colesterol da dieta, da síntese hepática e da síntese nos tecidos extra-hepáticos que através da lipoproteínas voltam par o fígado (pool hepatico do colesterol)- como chega no fígado - eliminação (efluxo) – eliminação intacta pela bile no lúmen intestinal, pode ser também pela conversão em sais biliares ou através das lipoproteínas ( como o fígado se livra) - equilíbrio do colesterol: . Síntese do Colesterol - insulina é um grande ativador dessa síntese - ocorre no citosol ( depende de enzimas citosólicas e de algumas das membranas do REL) - sintetizado por praticamente todos os tecidos, porem o fígado, intestino, córtex adrenal, recidos reprodutivos e placenta são os que mais contribuem. - processo endergônico ( gasto de ATP) - velocidade extremamente controlada - Reações 1 fase: síntese do HMG-CoA a partir do Acetil-CoA 1. Condensação de 2 acetil-coa com a saída de um CoA pela enzima tiolase , formando o acetoacetil-CoA (4C) 2. condensação de uma terceira molécula do acetil coa com a saída de um CoA pela enzima HMG-CoA-sintase, formando o hidroxi-3-metilglutaril-CoA (6C) 2 fase: sintese do ácido mevalonico a partir do HMG-CoA - hmg-coa será convertido/reduzido em acido mevalonico ( vai receber elétrons do nadph e saindo como nadp) , ( é uma reorganização) – não há aumento no numero de carbonos ( a enzima hmg-coa-redutase é a enzima reguladora – é ela que é o foco de medicamentos mais eficientes no controle do colesterol. - se quer diminuir precisa começar a inibir a enzima ( passo regulador da síntese do colesterol) 3 fase: síntese do colesterol a partir do ácido mevalônico - acido mevalonico sofre 2 forforilações sequenciais, a primeiro o ATP doa um fosfato e sai como ADP e logo após outra molécula de ATP faz o mesmo processo. , formando o acido pirofosfomevalônico. - essa molécula de pirofosfomevalônico sofre descarboxilação (saída do CO2), passando a ter 5C, e para ocorre foi preciso gastar energia ( entrada do ATP e saída como ADP), formando o isopentenil pirofosfato - o isopentenil sofre uma reorganização por isomerizaçõ para fcar viável para a próxima reação, passando a ser DPP (dimetetilalil pirofosfato) - o DPP vai se condensar com outra molécula de IPP ( que já estava la ), formando uma molecua de 10C ( geranil-pirofosfato -GPP) - esse GPP se condensa com outro IPP com a iberação de um pirofosfato para que não fique 4, vai formar fazmesilpirofosfato (15c) - ai esse farnesil (FPP) vai se condensar com outro farnesil também de 15 carbonos e vai formar uma molécula de 30 carbonos, porém vai perder todos os 4 fosfatos, formando o Escaleno ( 30C) - esse escaleno sofre ciclização formando o composto chamado de lanosterol (30C: primeiro esterol) – onde a maioria dos carbonos estão em anéis fechados - depois ele perde 3 carbonos formando o colesterol Relação 1. Hormonal: - no estado alimentado, principalmente se tiver sido com muito carboidratos, teremos o aumento da glicemia e insulina, e o aumento da insulina estimula a síntese da enzima HMG-CoA-redutase, ou seja, estimula a síntese de colesterol.. Além disso a enzima tiroxina também têm o mesmo papel da insulina na síntese dessa enzima. - no jejum: glucagon e cortisol, se estiverem aumentados, a insulina esta baixa, resultando em uma menor síntese de colesterol pois temos menor síntese da enzima HMG-CoA-resutase. 2. Degradação da própria enzima: HMG-CoA-redutase pode sofrer degradação - quando a quantidade de colesterol já está suficiente no corpo ou está em alta quantidade, vai ocorre uma sinalização para que a ubiquitina marque a enzima HMG-CoA- redutase e logo após seja degradada no proteossoma (organela que contém várias enzimas proteolíticas que degradam alguma proteína que está em excesso) OBS: quando a célula tem pouco colesterol ocorre uma sinalização para o reticulo endoplasmático liso e a proteína plere ( que responde a quantidade de colesterol), ela sai então do REL e vai pro complexo de golgi onde ela vai ser clivada, os resíduos então dessa proteína atravessam a membrana nuclear e estimulam um gene do DNA que será transcrito formando o RNAm que vai pro citoplasma e vai ser traduzido sintetizando uma maior quantidade da enzima HMG-CoA-redutase para que transforme HMG-CoA em ácido mevalônico e logo após em colesterol. 3 .Por fármacos: Estatinas (sinvastatina e fluvastina ) – inibição competitiva e reversivel - vai agir na mesma enzima (HMG-CoA-redutase) - se a sinvastatina compete com o HMG-CoA e ela se liga a enzima , ela vai deixar a enzima inibida , logo o HMG-CoA não encontra a enzima e não é transformada em ácido mevalônico e posteriormente em colesterol. Degradação do colesterol - eliminação: por ácidos e sais biliares excretados nas fezes, secreção de colesterol. - colesterol no fígado é responsável pela formação de ácidos biliares. Por ações de hidroxilação ( ganho de hidroxilas) ele se transforma em ácidos biliares (cólico e quenodesoxicólico), e apesar de ainda não serem sais, já possuem fraco poder detergente . Antes de sair do fígado eles se transformam em sais biliares ( por meio de ligações de alguns aminoácidos – glicina e taurina ) possuindo em um maior poder detergente. - Fígado libera através do ducto biliar os sais para o duodeno, fazendo então após chegar a emulsificação. Além disso uma parte volta para o fígado e a outra é eliminada por excreção fecal. - Fígado também manda colesterol livre para a vesícula biliar e depois pro intestino. - Deficiência de saisbiliares: a passagem do colesterol do fígado para a bile deve ser acompanhada de fosfolipídeos e sais biliares. Além disso, em uma condição de que falte sais biliares, o colesterol precipita formando pedras na vesícula (colestitíase) Hormônios ➢ insulina Efeitos sobre o metabolismo dos lipídeos: • diminuição na degradação de triacilgliceróis: a insulina diminui os níveis de ácidos graxos por inibir a atividade da lipase sensível a hormônio no tecido adiposo, provavelmente por promover a desfosforilação e inativação da enzima • aumento na síntese de triacilgliceróis: a insulina inibe a beta-oxidação de ácidos graxos -> excesso da glicose nos adipócitos -> glicerol-3- fosfato para a síntese de triacilgliceróis; a insulina também aumenta a atividade da lipase lipoprotéica no tecido adiposo por aumentar a síntese da enzima -> ácidos graxos para esterificação; ➢ glucagon Efeitos sobre o metabolismo dos lipídeos: • o glucagon favorece a oxidação hepática de ácidos graxos e por consequência a formação de corpos cetônicos a partir do Acetil -CoA; oefeito lipolítico do glucagon no tecido adiposo é mínimo em humanos ➢ adrenalina e cortisol • níveis elevados de adrenalina e cortisol estimulam a liberação de glucagon e a redução de insulina • elevados níveis de cortisol e glucagon agem de forma sinérgica (simultâneo), ou mais aditiva, aumentando as concentrações de glicose plasmática significantemente
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