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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE- Campus Cuité CURSO DE BACHARELADO EM NUTRIÇÃO DISCIPLINA: TÉCNICA DIETÉTICA DOCENTE: NILCIMELLY RODRIGUES DONATO GUARABIRA-PB 2021 RELATÓRIO DE MENSURAÇÃO DE ALIMENTOS MARIA EDUARDA FERNANDES DOS SANTOS Comentado [1]: Comentado [2]: Discentes Comentado [3]: Comentado [4]: Não foi possível corrigir a ficha técnica GUARABIRA-PB 2021 MARIA EDUARDA FERNANDES DOS SANTOS RELATÓRIO DE MENSURAÇÃO DE ALIMENTOS Relatório Técnico referente ao Relatório de Mensuração de Alimentos da disciplina Técnica Dietética, ministrada pela professora Nilcimelly Rodrigues Donato do Centro de Educação e Saúde da Universidade Federal de Campina Grande, como requisito para obtenção de nota. 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................4 2. MATÉRIAIS E MÉTODOS.......................................................................................6 2.1 MATÉRIAIS............................................................................................................6 2.1.1 EQUIPAMENTOS.......................................................................................6 2.1.2 ACESSÓRIOS..............................................................................................6 2.1.3 INGREDIENTES.........................................................................................6 2.2 MÉTODOS..............................................................................................................7 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................9 4. CONCLUSÃO............................................................................................................14 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................15 6. APÊNDICE.................................................................................................................16 4 1 INTRODUÇÃO O feijão (Phaseolus vulgaris L.) se desenvolve dentro de uma vagem onde os grãos ficam organizados, sendo assim, faz parte da categoria de leguminosas. De acordo com Ornelas (2007, p. 113): “Ressalta-se que o feijão propriamente dito é originário do novo mundo, constituindo, com o milho, a base da alimentação das civilizações Incas, Astecas e Maias”. É uma das leguminosas mais presentes no dia a dia dos brasileiros, geralmente compõe parte do almoço e por vezes do jantar, juntamente com o arroz, a depender do costume da região. Encontra-se alguns tipos de feijão que são conhecidos e amplamente consumidos, são eles, o feijão preto, o feijão roxinho, feijão fradinho, feijão mulatinho, feijão branco, feijão jalo, feijão rosinha, feijão canário, feijão carioca e o feijão de corda ou como é conhecido em alguns lugares, feijão verde ou feijão rajadinho, mais predominante na região nordeste, outros como o feijão preto são mais amplamente conhecidos, pois é parte crucial da feijoada que é um prato tipicamente consumido no Brasil. Segundo Mechi (2005, p. 109): “O feijão preto variedade Diamante Negro pertence ao grupo comercial preto com ciclo de floração de 40 dias e de colheita de 90 dias. O porte da planta é ereto e sua flor violeta, com o potencial de produção de 3.500Kg/ha, 100 grãos tem a massa de 21,3g.” O feijão é uma importante fonte de proteína vegetal e ferro. De acordo com a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO, 2011) , em 100 gramas de feijão preto cru tem cerca de 21,3 gramas de proteína e 6,5 miligramas de ferro, todavia a cocção faz com que esta quantidade seja reduzida, sendo assim o feijão preto cozido apresenta 4,5 gramas de proteína e 1,5 miligramas de ferro, entretanto alguns fatores antinutricionais presentes neste alimento podem impedir a correta absorção dos nutrientes um exemplo são os fitatos que dificultam a digestão de nutrientes como o ferro e o zinco. Fitatos e polifenóis normalmente se ligam a elementos como ferro e zinco, tornando- os indisponíveis. A ingestão de vitamina C facilita a absorção do ferro, pois se une a ele, impedindo sua ligação com os inibidores de absorção e aumentando a biodisponibilidade destes minerais (ORNELAS,2007). 5 Sendo assim algumas técnicas de pré-preparo são de suma importância para evitar esses fatores, como deixar o feijão cru de molho por algumas horas antes do preparo. A preparação tem como objetivo geral entender o processo de cocção do feijão e a sua importância nutricional, e como objetivos específicos identificar o método como é realizado o pré-preparo e preparo dessa leguminosa, o rendimento e os nutrientes oferecidos pela mesma. 6 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 MATERIAIS 2.1.1 Equipamentos 2.1.1.1 Balança eletrônica 2.1.1.2 Fogão 2.1.2 Acessórios 2.1.2.1 Copo de vidro médio 2.1.2.2 Vasilha 2.1.2.3 Panela de pressão 2.1.2.4 Prato 2.1.2.5 Faca de mesa 2.1.2.6 Tábua de corte 2.1.2.7 Colher de sopa 2.1.2.8 Colher de chá 2.1.2.9 Colher de café 2.1.2.10 Colher de sobremesa 2.1.2.11 Caçarola 2.1.2.12 Escorredor 2.1.3 Ingredientes 2.1.3.1 Feijão preto - 200 g 7 2.1.3.2 1 litro e 200 ml de água 2.1.3.3 Cebola roxa – 30 g 2.1.3.4 Tomate – 30 g 2.1.3.5 Pimentão verde – 30 g 2.1.3.6 Coentro – 10 g 2.1.3.7 Alho – 15 g 2.1.3.8 Açafrão – 5 g 2.1.3.9 Colorau – 5 g 2.1.3.10 Cominho – 2 g 2.1.3.11 Sal – 4 g 2.1.3.12 Óleo de soja – 8 g 2.1.3.13 Páprica – 5 g 2.2 MÉTODOS 2.2.1 Seleção e pré-preparo do material Pesou-se em um copo de vidro médio o feijão preto utilizando uma balança eletrônica, obtendo-se 200 gramas de peso bruto, em seguida foi despejado em uma bancada limpa e higienizada e executada a catação havendo o descarte de sujidades macroscópicas e grãos nitidamente estragados, grãos quebrados e partidos não foram descartados, em seguida foi pesado novamente e obtido o peso líquido de 198 gramas, posteriormente foi lavado em agua corrente com o auxílio de um escorredor, após a higienização o feijão limpo foi posto de remolho em água por 4 horas. O tomate, a cebola roxa, o pimentão verde e o coentro foram lavados em água corrente e a cebola, o pimentão e o coentro tiveram as aparas removidas. 2.2.2 Corte e pesagem das verduras 8 Com o auxílio de uma tábua de corte e uma faca de mesa, o tomate, a cebola, e o pimentão foram picados e pesados na balança eletrônica, um a um em um prato de vidro obtendo 30 gramas de cada, o coentro foi igualmente picado e pesado alcançando 10 gramas. 2.2.3 Seleção e pesagem dos Temperos Logo após a pesagem das verduras foi realizada a pesagem dos temperos, inicialmente houve a pesagem do alho, 15 gramas de alho foi utilizado. Em outro prato de vidro foi iniciada a pesagem dos temperos moídos, foram usados 5 gramas de açafrão em pó, 5 gramas de colorau, 5 gramas de páprica, 2 gramas de cominho, e 4 gramas de sal. A escolha desses respectivos temperos teve como objetivo melhorar a palatabilidade do feijão sem que seja necessário acrescentar produtos cárneos ou gorduras. 2.2.4 Primeira fase de cocção Após o remolho de 4 horas do feijão, a água utilizada foi descartada, o feijão foi despejado em uma panela de pressão com a adição de 1 litro e 200 mililitros de água e levado ao fogo médio por cerca de 15 minutos após a panela ter pego pressão. 2.2.5 Segunda fase de cocção Em seguida após os 15 minutos em panela de pressão, foi desligado o fogo e aguardado a saída do vapor da panela de pressão, no aguardo em outra caçarola foi despejado todos os ingredientes anteriormente pesados sendo eles: Os 30 g de tomate, as 30g de cebola roxa, as 30 g de pimentão verde, as 10 g de coentro, as 5 g de alho, e todos os temperos moídos sendo eles as 5 g de açafrão, 5 g de colorau, 5 g de páprica, 2 g de cominho e 4 g de sal. Posteriormente foi adicionado 1 colher de sopa de óleo de soja, 8 gramas exatamente, com isso a caçarola foi levada ao fogo médio para refogar, após 2 minutos refogando houve o despejo de todo o conteúdo com feijão e o caldo da panela de pressão na caçarola contendo as verduras e temperos refogados, mexeu-se por 1 minuto e o feijão preto refogado permaneceu no fogo por mais 15 minutos até que houve a diminuição da água e engrossamento do caldo presente. Por fim a preparação de feijão preto nordestino foi pesado contendo um total de 917 gramas somando os grãos de feijão mais o caldo. 9 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES O método de cocção usado foi a panela de pressão, sendo preferível pois o tempo de cozimento é menor, assim como já relatado por Ornelas, (2007) em que o tempo de cocção irá variar entre a ebulição simples e a pressão, sendo esta última mais eficiente visto que varia de 15 a 20 minutos até o amolecimento do grão e a primeira pode levar de 2 a 3 horas. O sal só foi adicionado a preparação junto com as hortaliças e os temperos, não foi adicionado a panela de pressão pois aumenta o tempo de fervura assim como descrito por Ornelas (2007) que o sal quando adicionado na panela de pressão irá causar o endurecimento do grão devido a interferência na gelatinização do amido impedindo o abrandamento das fibras presente nos grãos, deixando-as cascudas e mais difíceis de amolecer. A água utilizada no remolho do feijão foi descartada. Há controvérsias na literatura entre o descarte ou o não descarte da água utilizada no remolho, Ornelas (2007) relata que os nutrientes e o pigmento natural da leguminosa pode ser perdido na água descartada, porém a revisão realizada por Fernandes (2011) revelou que há mais vantagem nutricionalmente no descarte da água utilizada no remolho, pela eliminação de taninos e oligossacarídeos que causam flatulências, além de não haver prejuízo nos outros nutrientes. A preparação apresentou odor satisfatório, houve o amolecimento do feijão como previsto, visto que foi utilizado pressão + calor como forma de cocção inicial, as hortaliças adicionadas também foram amolecidas pela cocção e a cor se apresentou em sua normalidade, escura típica do feijão preto. O tempo de preparação é longo devido a necessidade das horas em remolho. A manipulação por sua vez dura em torno de 40 minutos, todavia é de complexidade moderada, tendo em vista o uso da panela de pressão e o monitoramento do tempo correto para evitar possíveis acidentes. Percebeu-se ao fim da cocção do feijão e pesagem que houve um aumento do volume inicial de 198 gramas de feijão cru para 917 gramas de preparação final, em parte pela presença do caldo derivado da água acrescentada na preparação mas também o crescimento dos grãos e a 10 presença e hidratação das hortaliças e temperos. De acordo com Ornelas (2007, p.123): “Quando as leguminosas são submetidas ao calor úmido, os grãos aumentam de tamanho de duas as três vezes (fator térmico 2 e 3) ”. O uso das hortaliças além de conferir sabor adicional ao feijão preto, também exerce função de aumentar o valor nutritivo do mesmo. Hortaliças são um importante componente da dieta, sendo tradicionalmente servidas junto com um alimento proteico (carne ou peixe) e um carboidrato (massa ou arroz). Elas fornecem não apenas variedade de cor e textura às refeições, mas também nutrientes importantes (CARVALHO, 2006). Tabela 1: Resultado do feijão preto nordestino Preparação Peso liquido Peso final Tempo de cocção Índice de cocção Feijão preto nordestino 340 g 917 g 30 min 2,70 Ficha técnica de preparação: Feijão preto nordestino ALIMENTOS MEDIDA CA- SEIRA PESO BRUT O PESO LI- QUID O FC CUST O DO MER- CADO CUST O DA FRA- ÇÃO Feijão preto cru 1 copo médio 200 g 198 g 1,01 R$8,99 R$1,80 Tomate, cru, com sementes 2 fatias médias picadas 30 g 30 g 1 R$6,00 R$0,18 Cebola, crua 2 colheres de sopa cheia pi- cada 34,2 g 30 g 1,14 R$6,00 R$0,18 11 Alho, cru 3 unidades (den- tes) grande 19,5 g 15 g 1,3 R$3,00 R$0,90 Pimentão, verde, cru Meia unidade pequena picada 37,2 g 30 g 1,24 R$6,00 R$0,18 Coentro, folha, cru 1 colher de sopa cheia 12,6 g 10 g 1,26 R$2,00 R$0,10 Açafrão, pistilo, in natura 1 colher de chá 5 g 5 g 1 R$5,00 R$0,19 Colorau 1 colher de chá 5 g 5 g 1 R$3,00 R$0,30 Páprica, em pó 1 colher de chá 5 g 5 g 1 R$5,00 R$0,19 Cominho 1 e ½ colher de café rasa 2 g 2 g 1 R$3,00 R$0,12 Sal 1 colher de so- bremesa nive- lada 1 kg 4 g 250 R$1,00 R$0,00 4 Óleo, de soja 1 colher de sopa 900 g 8 g 112,5 R$9,99 R$0,08 Total - 2,250. kg 340 g - R$58,9 8 R$4,22 Ficha técnica de preparação (Valor nutricional): Feijão preto nordestino ALIMENTOS En. Kcal P (g) HCO (g) L (g) FIBRA (g) Feijão preto cru 305,03 17,74 55,46 2,12 33,27 Tomate, cru, com sementes 4,6 0,33 0,94 0,05 0,35 12 Cebola, crua 11,83 0,51 2,66 0,02 0,66 Alho, cru 16,97 1,05 3,59 0,03 0,65 Pimentão, verde, cru 6,39 0,32 1,47 0,05 0,77 Coentro, folha, cru 5,7 0,18 0,91 0,09 0,3 Açafrão, pistilo, in natura 17,6 0,57 3,08 0,29 0,2 Colorau qs qs qs qs qs Páprica, em pó 15,9 0,7 0,96 0,64 1,75 Cominho qs qs qs qs qs Sal qs qs qs qs qs Óleo, de soja 72 0 0 8 0 Total 456,02 21,4 69,07 11,29 37,95 Total por porção 69,62 3,27 10,55 1,72 5,8 Rendimento total Rendimento por porção Medida caseira 917 g 140 g 6 e ½ concha média cheia 4 DISCUSSÃO Modo de preparo Separar os grãos de feijão estragados e outras partículas macroscópicas visíveis e descarta-las; Selecionar e higienizar todos os ingredientes e os materiais; Deixar o feijão de remolho por algumas horas; Remover as aparas, picar todas as hortaliças e reservar; Ralar o alho e reservar; Comentado [5]: Deve-se comparar com a literatura 13 Separar os temperos; Descartar a água do remolho do feijão e pôr em panela de pressão com 1 litro e 200ml de água em fogo médio por 15 minutos; Refogar em uma caçarola com o óleo de soja, o tomate, a cebola, o pimentão, o coentro, o alho, todos os temperos e o sal; Juntar o feijão já cozido com os refogados na caçarola e deixar refogando por 15 minutos ou até que o caldo engrosse. 14 4 CONCLUSÕES Por fim, o objetivo da preparação foi atingido, foi notada a importância de um processo de pré-preparo e cocção adequados para o feijão para que fosse melhorada a palatabilidade do mesmo, visto que sua forma in natura apresenta característica dura. Além disso foi observado como a presença de hortaliças e temperos podem melhorar o odor e as características do feijão agregando valor a preparação, Desse modo vale ressaltar que a forma de preparação dos alimentos interfere diretamente no resultado final dos mesmos. 15 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANJOS, M, C, R. Relação de fatores de correção e índice de conversão (cocção) de alimentos. Nutrição – UFPR. Disponivel em: https://docs.ufpr.br/~monica.anjos/Fatores.pdf acesso em: 14 de março de 2021. CARVALHO, Patrícia GB de et al. Hortaliças como alimentos preparados. Hortic. Bras. , Brasília, v. 24, n. 4, pág. 397-404, dezembro de 2006. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 05362006000400001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 13 de março de 2021. https://doi.org/10.1590/S0102-05362006000400001 . FERNADES, M. Tabela de medidas caseiras e índices dos alimentos. 2016. 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Acesso em 11 de março de 2021. https://doi.org/10.1590/S0101-20612005000100018 . ORNELAS, L. H. Técnica Dietética: Seleção e preparo de alimentos. 8. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA). Universidade de São Paulo (USP). Food Research Center (FoRC). Versão 7.1. São Paulo, 2020. [Acesso em: 13 de março de 2021]. Disponível em: <http://www.fcf.usp.br/tbca>. TACO. Tabela brasileira de composição de alimentos/NEPA – UNICAMP. 4 ed. Verificada e ampliada. Campinas: BookEditora, 2011. https://docs.ufpr.br/~monica.anjos/Fatores.pdf https://doi.org/10.1590/S0102-05362006000400001 http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=1853 https://doi.org/10.1590/S0101-20612005000100018 http://www.fcf.usp.br/tbca 16 7 APÊNDICES Preparação: Feijão nordestino no processo de refogar Preparação: Feijão nordestino no processo final de pesagem
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