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MEDCARDS WAY TO GO MEDSIMPLE BETA VERSION Q. Sobre os autores Editor Chefe: Matheus Fritzen Florianópolis, Santa Catarina Atualmente estudante na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Co-Fundador do MEDsimple @matheusfritzen Diretor de Qualidade: Fabrissio Portelinha Atualmente estudante na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Co-Fundador do MEDsimple @fabrissioportelinha Revisão de arte: Vinícius Tristão Atualmente estudante na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Co-Fundador do MEDsimple @vini_tdasilva Fontes usadas: BMJ, UpToDate, MSDmanuals Q. Agradecimentos Queria agradecer a todas as pessoas que fizeram parte direta ou indiretamente da criação dos cards. Obrigado por todo apoio Em especial: Cláudia Pierini e Lucas Fritzen pela ajuda no design. Sem vocês o trabalho teria sido feito no paint. Esta versão é a Beta, ou seja, estamos longe de terminar. Qualquer feedback sobre erros e detalhes adicionais são totalmente bem-vindos. Critique sem dó! Queremos que esse conteúdo fique o melhor possível. Aproveite o conteúdo! É um prazer ter você como leitor(a) Matheus F. Q. Cirurgia Geral José, 53 anos, vai ao PS com queixa de dor abdominal intensa na região epigástrica que irradia para costas. A dor melhora quando o paciente assume posição fetal. Alega náuseas, vômitos e anorexia. Ao exame físico, taquicárdico, taquipneico e febril. Ligeiramente confuso e agitado. Apresenta amilase 4x acima do padrão de normalidade. Qual é a principal hipótese? Quais são os critérios diagnós- ticos para hipótese? Qual é o tratamento para qua- dros leves? Quais são as duas causas mais comuns? Qual é a enzima mais específica para o diagnóstico: amilase ou lipase? R. Cirurgia Geral Principal hipótese: Pancreatite aguda Critérios: Clínico, laboratorial e imagem. Dor epigástrica com irradiação. Amilase ou lipase 3x LSN e achados em TC. Tratamento quadro leve: Hidratação, analgesia, antiemético, suporte nutricional Causas mais comuns: Cálculo biliar e alcoólica Enzima mais específica: Lipase Dica do especialista Os livros falam em dor em cólica, mas não é exatamente assim. É uma dor de forte intensidade, contínua e persistente, que dura horas ou dias, localizada na parte alta do abdômen Indivíduo que teve pancreatite alcoólica não pode tomar álcool nunca mais, para não agravar o quadro e evitar a progressão da doença. Q. Cirurgia Geral Dara, 40 anos, com histórico de cólica biliar, chega ao pronto-socorro com dor intensa e constante no quadrante superior direito, náuseas e vômitos. Afirma que comeu uma feijoada há 3 horas. Nega dor torácica, diarreia, dispneia. Ao exame físico, não apresenta icterícia, febril e palpação dolorosa no quadrante superior direito. Qual é a principal hipótese? Quais é o sinal semiológico associado a essa patologia? Como é o mnemônico dos 4F relacionados ao fatores de risco? Qual é o primeiro exame de imagem pedido? Qual é a tratamento? R. Cirurgia Geral Principal hipótese: Colecistite aguda Sinal semiológico: Sinal de Murphy Mnemônico: Forty(40), Fat(Obesidade), Female(Mulheres), Fertile(Fértil) Primeiro exame: USG de abdômen Tratamento: Colecistectomia Dica do especialista A colecistite aguda pode ocorrer quando uma pedrinha fica impactada, bloqueando o ducto cístico , que se distende a vesícula, e a bile é reabsorvida pela parede vesicular. O ultrassom mostra também se as vias biliares estão livres ou comprometidas por pequenas pedras. O paciente é operado num dia, no outro volta para casa com pouquíssima dor e logo retoma as atividades habituais.. Q. Cirurgia Geral Larissa, 12 anos, apresenta dor abdominal, anorexia, náuseas e febre baixa. A dor se iniciou na região abdominal periumbilical há 5 horas e agora se encontra no quadrante inferior direito do abdome. Ao exame físico, apresenta dor à palpação do quadrante inferior direito e leuco- citose com 85% de neutrófilos Qual é a principal hipótese? Quais é o sinal semiológico associado a essa patologia? Qual é o escore mais usado para avaliar esta patologia? Quais exames de imagem pode auxiliar no diagnóstico? Qual é a tratamento? R. Cirurgia Geral Principal hipótese:Apendicite Sinal semiológico: Sinal de McBurney Escore de Alvarado Exames de imagem: USG de abdômen ou TC de abdômen Tratamento: Apendicectomia Dica do especialista A principal causa para a obstrução da luz do apêndice é a proliferação dos folículos linfoides Na maioria das vezes, o problema ocorre por obstrução da luz dessa pequena saliência do ceco pela retenção de material com restos fecais e é acompanhada de estase. Q. Cirurgia Geral Claudete, 61 anos, histórico de HAS, constipação e hipercolesterolemia, chega ao PS com história de 12 horas de dor abdominal progressiva no quadrante inferior esquerdo, associada a náuseas e vômitos. Ao exame físico, apresenta-se febril, taquicárdica e com dor importante a palpação do FIE. Hemograma com leucocitose e com presença de bastões. Qual é a principal hipótese? Quais é o exame de imagem pedido no momento? Qual é o tratamento do quadro leve? Como se chama a cirurgia associada a essa patologia? Quais as complicações possí- veis? R. Cirurgia Geral Principal hipótese:Diverticulite aguda Exame de imagem: TC do abdômen Tratamento quadro leve: analgesia, antibioticoterapia e dieta líquida Cirurgia de Hartmann Fístula, abscesso e peritonite Dica do especialista O cólon esquerdo possui mais divertículos, principalmente em sigmoide. Já o cólon direito possui divertículos maiores e mais sangrantes Em geral, em 72 horas, 80% dos casos evoluem para cura. A diverticulite é mais comum entre pessoas com mais de 40 anos. Q. Cirurgia Geral Gustavo, 33 anos, chega a emergência após um queda do 4º andar de seu condomínio. Alega dor torácica a esquerda e dispneia. Nega TCE, perda de consciência, vômitos ou dor em extremidades. Ao exame físico, PA 110X70, FC110bpm, FR18. Ausculta cardíaca dentro da normalidade, ausculta pulmonar com murmúrio abolida à esquerda e macicez a percussão do hemi-tórax esquerdo. Qual é a principal hipótese? Quais é o exame de imagem pedido no momento? Quais são os achados do exame de imagem? Qual é o tratamento dessa patologia na emergência? Qual classe de choque o paciente apresenta? R. Cirurgia Geral Principal hipótese: Hemotórax Exame de imagem: Raio-x em AP Novidades: USG a beira-leito Achados: Velamento do seio costofrênico Tratamento de emergência: Drenagem torácica em selo dágua Classe II Dica do especialista O hemotórax não é doloroso, mas a lesão que o causou costuma ser. A gravidade de outros sintomas depende, em parte, da quantidade de sangue no espaço pleural. Além da drenagem, a reposição volêmica é de extrema importância Critérios para retirada do dreno: Ausência de bolhas de ar, melhora do padrão respiratório, drenagem inferior a 100ml/24h Q. Cirurgia Geral Um homem jovem é trazido ao pronto-socorro após se envolver em um acidente com veículo automotor em alta velocidade. Ele apresenta múltiplas áreas de abrasões, lacerações e equimose no rosto e couro cabeludo. O exame de imagem mostra a seguinte figura: Qual é a principal hipótese? Quais são os fatores de risco? Quais veias são acometidas? Qual é o tratamento para casos pequenos? Qual é o tratamento para casos grandes? R. Cirurgia Geral Principal hipótese: Hematoma subdural Fator de risco: Alcoolistas, idosos, anticoagulados Veias ponte Pequenos: Suporte Grandes: Cirurgia para drená-los Dica do especialista Uma pessoa idosa com sintomas de demência poderá, em vez disso, apresentar um hematomasubdural, que pode ser tratado eficazmente. Apenas cerca de 50% dos indivíduos que são tratados devido a um hematoma subdural agudo de grande tamanho sobrevivem. Hematoma intracraniano mais comum Q. Cirurgia Geral Kaio, 21 anos, chega ao PS após queda de bicicleta há 20 minutos com perda de consciência por 2 minutos. No momento está lúcido, orientado e contactuante. Sinais vitais estáveis. Glasgow 15, sem déficit neurológico. Durante a realização da TC, Kaio fica inconsciente. Qual é a principal hipótese? Qual artéria é acometida? Como é chamado o fenômeno ocorrido no caso clínico? R. Cirurgia Geral Principal hipótese: Hematoma epidural Artéria meníngea média Intervalo lúcido Dica do especialista Pode-se sentir uma dor de cabeça intensa de imediato ou várias horas depois da lesão É necessário tratamento imediato para prevenir danos permanentes. Geralmente, para drenar o excesso de sangue faz-se um ou mais orifícios no crânio. Q. Cirurgia Geral Joaquim, 31 anos, chega a emergência há 20 minutos, protocolado após queda de motocicleta a moderada velocidade. Um resumo do ABCDE: A: Vias aéreas pervias, sem cervicalgia B: Tórax com expansão simétrica, tim- panismo a percussão HTE. MV ausentes em hemitórax esquerdo, mas presentes em direito, SRA. C:RCR, BNF, 2T, SS. Pulsos periféricos amplos e palpáveis. Pelve estável. FC98 PA130x80 Sat96% com O2 D: Glasgow 15. PIFR E: Dor em hemitórax direito. Qual é a principal hipótese? Qual exame de imagem ajuda no diagnóstico? Qual é o tratamento? Quais são as indicações para intubação? R. Cirurgia Geral Principal hipótese: Pneumotórax Exame: Raio-x ou USG pulmonar Drenagem com dreno em selo d'agua Apneia, Proteção de vias aéreas, TCE grave, PCR Dica do especialista Pacientes devem receber suplementação de oxigênio até a radiografia de tórax estar disponível, uma vez que o oxigênio acelera a reabsorção pleural de ar. Pneumotórax é ar na cavidade pleural, acarretando colapso pulmonar parcial ou completo. Q. Cirurgia Geral Qual é a principal hipótese? Precisa de exame de imagem? Qual é o tratamento? Qual é o fator de risco na história para o desenvol- vimento da patologia? Zé, 39 anos, estava internado na emergência há 2 dias recebendo ventilação invasiva quando começou a apresentar dispneia intensa, turgência de jugular e hipotensão. Ao exame físico, apresenta-se taquicárdico, hipotenso e com a ausência de murmúrios vesiculares em tórax direito. R. Cirurgia Geral Principal hipótese: Pneumotórax hipertensivo Exame: Não! Diagnóstico é clínico Tratamento: Punção de alívio em 5ª espaço intercostal Ventilação mecânica Dica do especialista O pneumotórax hipertensivo deve ser diagnosticado à beira do leito com base nos achados clínicos e tratado imediatamente com descompressão por agulha e/ou drenagem do tórax. O pneumotórax hipertensivo ocorre quando uma lesão no pulmão ou na parede torácica é tal que permite a entrada de ar no espaço pleural, mas não sua saída (válvula unidirecional). Q. Cirurgia Geral Qual é a principal hipótese? Precisa de exame de imagem? Qual é o tratamento? Qual é o fator de risco na história para o desenvol- vimento da patologia? Dafine, 44 anos chega ao pronto- socorro com uma queixa principal de dor cervical e sensibilidade na distribuição do músculo trapézio após cair de um lance de escadas. O enfermeiro triador imediatamente coloca um colar cervical rígido na paciente e a ajuda a deitar-se em uma maca macia. Q. Medicina de Emergência Paciente é encontrado inconsciente na rua. Irmão da vítima é estudante de medicina e está realizando compressões torácicas externas há 10 minutos, desde o momento da parada cardiopulmonar. Você chega com o DEA, que identifica o ritmo abaixo: Qual é o ritmo? O ritmo é chocável? Qual é a conduta imediata? Quais são as drogas utilizadas nas paradas cardiorrespiratórias nesse ritmo? Por quanto tempo deve-se continuar as manobras de reanimação? Quais as características de compressões torácicas de qualidade R. Medicina de Emergência Fibrilação Ventricular. Sim é chocável. Deve-se realizar o choque com o DEA. Adrenalina e Amiodarona Nos ritmos chocáveis, continua-se a realizar as manobras se o ritmo continuar chocável. Compressões realizadas no terço inferior do esterno, de profundidade de 5-6cm, permitindo expansão e re-expansão do tórax, e não interromper por mais de 10s Dica do especialista 90% das paradas ocorrem em Fibrilação Ventricular Ritmos chocáveis: Fibrilação Ventricular e Taquicardia Ventricular sem pulso. Ritmos não chocáveis: Assistolia e Atividade Elétrica sem Pulso Q. Medicina de Emergência Um homem de 22 anos, portador de DM tipo 1, chega ao pronto-socorro com dor abdominal, náuseas e vômitos, além de poliúria, polidipsia e torpor, desde o dia anterior. Ele menciona que está sem insulina há 2 dias. Os sinais vitais são: PA: 104/67 mmHg, FC: 121 bpm, FR: 32 mrpm, T: 37.1 °C. O exame físico revela respiração de Kussmaul com odor cetônico e leve desconforto abdominal generalizado sem defesa e dor à descompressão brusca. Qual é o provável diagnóstico? Quais são os dois fatores desencadeante mais comuns para essa condição? Quais são os critérios laboratoriais para a confirmação deste diagnóstico? Qual é o tratamento imediato para essa condição? Qual é a tríade para o tratamento dessa condição? R. Medicina de Emergência Cetoacidose diabética. Infecções (principalmente pulmonares) e uso inadequado da insulinoterapia. 1.pH <7,3 ou Bicarbonato <15mmol/L 2.Hiperglicemia >250 mg/dL 3.Cetonemia >3mmol/L ou cetonúria +++ ou ++++/4 Reposição volêmica de 1-1,5L na primeira hora 1.Hidratação 2.Insulina 3.Reposição de potássio Dica do especialista A reposição de potássio deve ser realizada se o potássio estiver abaixo de 3,3mEq/L ou entre 3,3 e 5,2 mE/L, já que a terapia com insulina pode causar hipocalemia Especialmente em criançase jovens, uma correção muitorápida da glicemia pode gerar Edema cerebral. Q. Ortopedia Um menino de 5 anos de idade caiu da bicicleta 2 semanas antes e parou de andar, queixando-se de dor ines- pecífica na perna. Sua mãe relata que, aparentemente, ele teve gripe, com febre e calafrios. Ao raio-x, podemos ver lesão lítica no canal medular com sinal de "folha caída" Qual é a principal hipótese? Qual é o agente etiológico mais comum? Qual é o teste mais acurado? Qual é o melhor tratamento? R. Ortopedia Principal hipótese: Osteomielite Agente etiológico: S. aureus Teste mais acurado: RNM Tratamento: Oxacilina ou Cefazolina Salmonela(falciforme) = ceftriaxona Por 4-6 semanas Dica do especialista De forma geral, a infecção óssea é hematogênica (originada de bacteremia) ou de foco contíguo (originada de um foco de infecção adjacente à área da osteomielite).. O diagnóstico deve ser confirmado usando-se amostras microbiológicas profundas por meio de biópsia guiada por radiologia ou cirurgia por via aberta. Q. Ortopedia Luiz, 3 anos, estava atravessando a rua da cidade quando foi puxado pelo braço esquerdo por seu pai. No momento, Luiz queixa-se de dor e reluta em utilizar o braço, que permanece ao lado do corpo, com antebraço pronado. Qual é a principal hipótese? Há necessidade de radiografia? Qual é o tratamento? R. Ortopedia Principal hipótese: Pronação dolorosa Geralmente, não há necessidade de radiografias antes da redução. Somente nos casos de dor importante pós redução Tratamento: Redução É realizada rodando o antebraço para colocar a mão virada para cima e depois fletindo o cotovelo enquanto segura o braço – pode sentir um clickDica do especialista Nos casos recorrentes, sim, uma tipoia deve ser usada por 3 a 4 dias. Lembre-se de orientar os pais ou cuidadores para o mecanismo que produziu a pronação dolorosa e evitá-lo. É um pequeno deslocamento da cabeça do rádio em relação ao ligamento anular. Q. Pediatria Enzo de 18 meses chega ao consultório com 1 semana de rinorreia, tosse e congestão. Seus pais relatam que ela está irritadiça. Ao longo da noite, ela apresentou febre. Ela frequenta uma creche e ambos os pais são fumantes. EF revela sinais compatíveis com uma infecção respiratória, incluindo rino- rreia e congestão. A criança parece com febre. A otoscopia revela que a membrana timpânica está abaulada bilateralmente, eritematosa e sem pontos de referência. Qual é a principal hipótese? Qual é a etiologia mais comum? Qual é o melhor teste inicial? Quais são os critérios para uso de atb? Qual é o melhor tratamento? R. Pediatria Principal hipótese: OMA(Otite média aguda) Etiologia mais comum: S. pneumoniae Melhor teste inicial: Otoscopia com membrana timpânica abaulada ATB: <6m; otorreia; pacientes graves(dor moderada, febre 39ºC, otite >48h; 6m-2a com otite bilateral Tratamento: Sintomáticos + Amoxicilina 45 mg/kg/dia (10 dias) Dica do especialista Na falha terapêutica, pode-se optar pela amoxicilina + clavulanato As complicações mais frequentes são a perfuração timpânica, otite média serosa e mastoidite aguda Q. Pediatria Lúcio, 3 anos, chega ao seu consultório com obstrução nasal, coriza e tosse(mais prevalente noturna) há 2 dias. Diz que começou a frequentar a creche faz 2 meses. Apresenta-se hígido, disposto, sem alteração na ausculta pulmonar e sem irritação ao exame, exceto por febrícula. Qual é a principal hipótese? Qual é a etiologia mais comum? Pode usar mucolíticos? Qual é o melhor tratamento? R. Pediatria Principal hipótese: Resfriado comum Etiologia mais comum: Rinovírus Não. Nem antitussígenos ou mucolíticos. Evitar uso de ASS(síndrome de Reye) Tratamento: Antipiréticos, soro nasal e líquidos Dica do especialista A doença é auto-limitada. Deve-se acalmar a família, para que a criança não receba medicações desnecessárias. A tosse do resfriado comum é predominantemente noturna, pois um dos mecanismos da tosse é o gotejamento pós-nasal (a hipofaringe é repleta de receptores para a tosse) Q. Pediatria Lana, 13 anos apresenta história de 12 dias de drenagem nasal purulenta e congestão nasal e relata história de febre, mialgia e pressão facial.Os sintomas da paciente começaram a melhorar a partir do 5º dia; porém, eles pioraram nos últimos dias, apesar do uso de medicamentos de venda livre. O exame físico mostra mucosa edematosa no corneto inferior. Também se observa um muco espesso na cavidade nasal. Qual é a principal hipótese? Qual é a etiologia mais comum? Quais são as três "dicas" para um quadro bacteriano? Qual é o melhor tratamento? R. Pediatria Principal hipótese: Rinossinusite bacteriana aguda Etiologia mais comum: S. pneumoniae Dicas: Quadro de resfriado arrastado, quadro grave, quadro "que piora" Tratamento: Sintomáticos + Amoxicilina 45 mg/kg/dia (7 dias) Dica do especialista Ao nascimento as crianças não têm todos os seios paranasais. Ao nascer: seio etmoidal e rudimento do seio maxilar. O seio frontal começa a se formar na idade escolar (7 anos) O diagnóstico é clinico, não há recomendação de exames de imagem – principalmente em crianças < 6 anos Q. Pediatria Um garoto de 6 anos até então saudável apresenta início agudo de febre de 39 °C (102 °F), dor de garganta intensa exacerbada pela deglutição, cefaleia e mal-estar. No exame físico, suas amígdalas apresentavam vermelhidão e aumento simétrico com exsudato purulento. Ele apresenta linfonodos cervicais anteriores aumentados e doloridos, porém nem esplenomegalia. Não tem coriza nem tosse e não apresenta dificuldade respiratória. Qual é a principal hipótese? Qual é a etiologia mais comum? Quais são os critérios de Centor? Qual é o melhor tratamento? R. Pediatria Principal hipótese: Faringoamigdalite bacteriana Etiologia mais comum: Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) Centor: Febre >38º, ausência de tosse, , adenopatia cervical anterior e exsudato amigdaliano Tratamento: Sintomáticos + Amoxicilina 45 mg/kg/dia (10 dias) Ou penicilina benzatina. *Macrolídeos para aqueles com alergia Dica do especialista Abaixo dos 3 anos = a criança não tem faringite estreptocócica! Entre 3- 5 anos é possível, mas pouco provável. Os critérios de Centor predizem a probabilidade de ser uma faringite por Streptococcus. Q. Pediatria Uma lactente de 12 meses apresenta tosse espasmódica, cianose ao redor dos lábios e dedos durante a tosse e vômito pós-tosse. Os pais relatam que ela está resfriada há aproximadamente 3 semanas e que houve diminuição do apetite. A mãe da lactente relata que ela também está tossindo há 6 semanas. Os registros de vacinação da lactente estão incompletos. Ao exame percebe-se tosse com guincho inspiratório. Qual é a principal hipótese? Qual é a etiologia mais comum? Quais são as três fases desta patologia? Qual é o melhor tratamento? R. Pediatria Principal hipótese: Coqueluche Etiologia mais comum: Bordetella pertussis Fases: Fase catarral, paroxística(acessos de tosse) e convalescença Tratamento: Sintomáticos + Azitromicina Dica do especialista O hemograma pode apresentar reação leucemoide com leucocitose intensa e linfocitose Enquanto a criança não recebeu a vacina, ela estará suscetível à infecção. Q. Pediatria Pedrinho, 4 meses, é levado ao clínico geral com queixa de inspiração esforçada. Ele nasceu a termo, sem complicações. Ao longo dos dias posteriores, ele desenvolveu aumento da tosse e do esforço respiratório. No exame físico, sua temperatura é de 38 °C, a frequência respiratória é 42 respirações por minuto. Seu exame torácico revela retrações intercostais leves, estertores disseminados bilateralmente e sibilos expiratórios bilateralmente. Qual é a principal hipótese? Qual é a etiologia mais comum? Em que faixa etária essa patologia é mais comum? Qual é o melhor tratamento? Deve fazer corticoide? R. Pediatria Principal hipótese: Bronquiolite viral aguda Etiologia mais comum: Vírus sincicial respiratório (VSR) Faixa etária: < 2 anos Tratamento: Oxigenioterapia(se saturação <90%) + hidratação + nutrição Não faça corticoide Dica do especialista Primeiro episódio de sibilância associado a uma infecção viral em uma criança menor de 2 anos Cuide com os diagnósticos diferenciais como Asma. Q. Pediatria Lara, 6 anos, apresenta desenvolvimento avançado das mamas. Mediante exame físico, observa-se também presença de pelos pubianos. Os pais mencionam que o desenvolvimento das mamas se iniciou há cerca de 6 meses, mas que os pelos pubianos são recentes. Suas roupas estão ficando pequenas rapidamente este ano. O exame neurológico é normal. Qual é a principal hipótese? Quais são as idades limites para caracterizar a patologia? Qual é a causa mais comum quando a origem é central? Qual é a causa mais comum quando a origem é periférica? Qual é a tríade da síndrome de Mc Cune Albright? R. Pediatria Principal hipótese: Puberdade precoce Limites: Meninas < 8 a / Meninos < 9a Causa mais comum central: Idiopática Causa mais comum periférica: Cisto ovariano Tríade: Puberdade precoce, manchas café com leite e displasia fibrose poliostótica Dica do especialista A puberdade precoce central sempre será um quadro isossexual. A periférica pode ser issosexual ou heterossexual. Exames como Raio-x de mão e punho, dosagemde LH e FSH são úteis no diagnóstico. Q. Pediatria Francisco, 5 meses, nascido a termo, chega a consulta de rotina para avaliação geral. Ao exame, você percebe um lactente saudável, com todos os padrões dentro da normalidade. Ao longo do exame, a mãe de Francisco realiza algumas perguntas sobre a amamentação. Até quanto tempo o aleitamento materno deve ser exclusivo Qual leite tem mais proteína: o humano ou o de vaca? Após quanto tempo tenho que repor ferro? Quais são as contraindicações absolutas para o aleitamento materno? R. Pediatria Aleitamento materno exclusivo até 6m O leite humano tem menos proteínas. Isso é vantagem --> menor sobrecarga renal Após os 6m de idade é indicado para todos as crianças Contraindicações absolutas: HIV, HTLV, Galactosemia, Fenilcetonúria, medicamentos(amiodarona, citotóxicos, etc) Dica do especialista Choro, peso, diurese são parâmetros que indicam se a criança está bem alimentada. Por exemplo, uma diurese satisfatório é de 6-8 vezes ao dia O leite humano é rico em anticorpos, em especial IgA secretória Q. Pediatria João, 6 anos, apresenta-se ao seu consultório com quadro de eliminações fecais amolecidas(>5 vezes no dia) há 2 dias. Nega febre, calafrios, sangue nas fezes. Mãe relata que irmão teve quadro semelhante, porém mais leve. Ao exame físico, paciente apresenta-se sem sinais de desidratação. Qual é a principal hipótese? Qual é a etiologia mais comum? Qual plano deve ser feito para o paciente? Qual é o melhor tratamento? Qual é o período que a patologia é considerada aguda? R. Pediatria Principal hipótese: Diarreia Aguda Etiologia mais comum: Rotavírus Plano A Tratamento: Aumentar ingestão hídrica, solução de reidratação oral, manter dieta habitual, orientar sinais de desidratação, suplementação de zinco Até 14 dias --> Aguda Dica do especialista Fique de olho nos diagnósticos diferenciais, como em um processo mais invasivo(disenteria) Após cada evacuação: <2 anos: 50-100mL >2 anos: 100-200mL Q. Júlio, 66 anos, queixa-se de febre e tosse produtiva com expectoração amarelada há 3 dias. Reclama de dispneia e dores a inspirações profundas. Ao exame físico, apresenta- se febril, FC98bpm FR30rpm. Ausculta pulmonar com estertores finos em base direita, associado a egofonia Qual é a principal hipótese? Quais são os organismos mais comuns nesta patologia? Qual é o melhor teste inicial? Qual score você usa para decidir a internação do paciente? Qual é o tratamento Pneumologia R. Pneumologia Principal hipótese: PAC(pneumonia adquirida na comunidade) Agentes mais comuns: S. pneumoniae, H. influenzar, M. catarrhalis Melhor teste inicial: Raio-x de Tórax(não é necessário para o diagnóstico) Critério de internação: CURB65 Melhor terapia: Antibioticoterapia Macrolídeos(primeira escolha) Dica do especialista O fumo e o álcool são fatores de risco para desenvolver a doença. A radiografia pode mostrar o infiltrado até um mês depois de o paciente estar curado CURB65 - Cada fator ganha 1 ponto Confusão Elevação na ureia FR>30 PAS<90 Idade maior que 65 >=2 precisa internar Q. Natália, 28 anos, fumante, queixa-se de dispneia há 3 dias. Ela tem dor torácica a inspiração profunda. Diz que voltou de viagem recentemente. Não tem histórico médico, usa ACO diariamente. Ao exame físico, FC 121bpm, SatO2 91% em AA, AR dentro da normalidade. Resto do exame físico impecável. Qual é a principal hipótese? Qual sinal de exame físico é o mais comum? Qual escore deve guiar seu exame inicial? Qual é o teste mais acurado? Qual é o tratamento? Pneumologia R. Pneumologia Principal hipótese: TEP(Tromboembolismo pulmonar). Três fatores de risco:Viagem longa, exposição ao ACO e uso de tabaco. Sinal mais comum: Não existe sinal patognômonico. Taquicardia e saturação baixa em pulmões "limpos" falam a favor Melhor escore inicial: Critérios de Wells Melhor terapia: Anticoagulação. Trombos maciços requerem trombólise Dica do especialista A embolia pulmonar (EP) é consequência da formação de trombos em uma veia profunda do corpo, mais frequentemente nos membros inferiores. Critérios de Wells Suspeita de TVP - 3 Diagnóstico alternativo - 3 Taquicardia - 1,5 Imobilização - 1,5 Histórico de TVP - 1,5 Hemoptise - 1 Malignidade associada -1 >6: alta chance < 2: baixa chance Q. Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial? Qual é o melhor tratamento inicial? Qual é o melhor tratamento a longo prazo? Pneumologia Vitor, 41 anos, IMC de 39, apresenta episódios de ronco crônico alto e arquejo durante o sono. Sua esposa presenciou episódios de apneia. Ele relata sono não restaurador, vários despertares do sono e cefaleias pela manhã. Ele tem sonolência diurna excessiva, o que interfere em suas atividades diárias, e quase se envolveu em um acidente com veículo automotor. R. Pneumologia Principal hipótese: Apneia Obstrutiva do sono Melhor exame inicial: Estudo do sono com Polissonografia Melhor terapia inicial: Perda de peso e CPAP Melhor terapia a longo prazo: Se a CPAP ou os aparelhos intraorais não forem aceitos ou tolerados, poderá ser preferível realizar tratamento cirúrgico dos locais residuais que medeiam a obstrução. Dica do especialista Aparelhos com titulação (ajustáveis) são os preferidos e recomendados para uso em AOS leve (IAH de 5 a 15 episódios/hora) a moderada (IAH de 15 a 30 episódios/hora) Os sintomas incluem ronco alto, arquejo durante o sono, apneias, sono não restaurador e sonolência diurna excessiva. Q. Qual é a principal hipótese? Quais são os elementos do diagnóstico? Qual é o melhor tratamento inicial? Como avaliar os cantactantes? Pneumologia Rodrigo, 34 anos de idade se apresenta ao médico da unidade básica de saúde com uma história de 7 semanas de tosse, a qual descreve como não produtiva. Apresenta sudorese, predominantemente noturna. Alega perda de peso e estar febril algumas vezes. Nega dispneia ou hemoptise. R. Pneumologia Principal hipótese: Tuberculose Pulmonar Quadro clínico, Rx de tórax e escarro Tratamento: RIPE por 6 meses: 2 meses de RIPE + 4 meses de RI Contactuantes: Sintomáticos -> Doença ativa(fazer BAAR+Rx) Assintomáticos -> Realizar PPD Não reator(<5mm) -> Sem infecção Reator (>5mm) -> infecção Dica do especialista 1. Rifampicina 2. Isoniazida 3. Pirazinamida 4. Etambutol O PPD não indica a doença. Ele indica infecção (quem teve contato com o bacilo) Q. Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial? Qual é o melhor teste? Qual é o tratamento? Pneumologia Manoela, 29 anos apresenta dispneia, tosse(nas últimas 6 semanas) e lesões vermelhas dolorosas na superfície anterior da parte inferior de ambas as pernas. A radiografia torácica revela linfadenopatia hilar bilateral com infiltrado pulmonar. R. Pneumologia Principal hipótese: Sarcoidose Teste inicial: Raio-x de Tórax com aumento de linfonodos Melhor teste: Biópsia pulmonar com granulomas não caseosos Tratamento: AINEs e Corticoides Ocasionalmente imunossupressores Dica do especialista A sarcoidose é um distúrbio que resulta em granulomas sem caseificação em um ou mais órgãos e tecidos; a etiologia é desconhecida A sarcoidose mais comumente afeta indivíduos na faixa etária de 20 a 40 anos, mas, eventualmente, acomete crianças e adultos mais velhos. A prevalência mundial é maior em americanos de cor negra. Q. Psiquiatria Katia, 41 anos, relata história de um mês de comportamento irritável, não consegue manter a concentração e esta cominsônia. Ela expressa sen- timentos de inutilidade e às vezes se questiona sobre o porquê de viver. Ela tem se forçado a manter-se envolvida nas atividades dos filhos e nos outros interesses que ela costumava ter; sente como se estivesse "passando um dia depois do outro". Os resultados dos seus testes, incluindo o hormônio estimulante da tireoide, são normais. Qual é a principal hipótese? Quais são os critérios usados para o diagnóstico? Qual é o melhor tratamento? R. Psiquiatria Principal hipótese: Transtorno depressivo maior Critérios: >=5 devem estar presentes todos os dias por pelo menos 2 semanas Humor deprimido, diminuição do interesse, ganho ou perda de peso, insônia, agitação ou atraso psicomotor, fadiga, sentimento de inutilidade, capacidade diminuída de pensar e pensamentos de morte ou suicídio Tratamento: Suporte, psicoterapia e medicamentoso. TODOS são importantes. ISRS são os medicamentos mais usados. Dica do especialista O diagnóstico baseia-se em critérios clínicos; distúrbios físicos devem ser excluídos por meio de avaliação clínica e testes selecionados (p. ex., hemograma; eletrólitos, níveis de TSH, B12 e folato) Um médico pode precisar ver o paciente semanalmente ou a cada duas semanas a fim de fornecer suporte e educação, além de monitorar o progresso. Ligações telefônicas podem complementar as visitas ao consultório. Q. Psiquiatria Helena, 15 anos, apresenta-se a UBS com queixa de fadiga e queda de unhas. Diz que se alimenta nor- malmente, o que é negado pela mãe. Mostra-se relutante a subir na balança, mencionando ter ganhado um pouco de peso. Apresenta IMC de 15,7. A mãe diz estar preocupada com a situação de sua filha, já que a mesma se alimenta muito pouco e tem se exercitado diariamente Qual é a principal hipótese? Quais são os dois tipos conhecidos desta patologia? Quais alterações endócrinas estão relacionadas a esta patologia? Qual é o melhor tratamento? R. Psiquiatria Principal hipótese: Anorexia nervosa Tipo restritivo: Restringem os alimentos Tipo purgativo: Episódios de compulsão alimentar com vômitos induzidos, diuréticos e enemas Níveis baixos de hormônios gonadais, T4 e T3. Aumento da secreção de cortisol Tratamento: suplementação da nutrição, psicoterapia. Algumas vezes pode-se optar por antipsicóticos de segunda geração Dica do especialista Para adolescentes e crianças é interessante a terapia familiar Caracteriza-se por busca incansável por magreza, medo mórbido da obesidade, imagem distorcida do corpo, e restrição da ingestão relativa à necessidade, levando a peso corporal significativamente baixo. Q. Psiquiatria Júlia, 22 anos, queixa-se de tensão muscular, especialmente em pescoço, associado a cefaleia tensional. Diz ter diminuição do sono, constante agitação e fadiga crônica, além de baixa concentração no trabalho. Tem esses sintomas desde a infância, tendo períodos de estresse. Ao exame físico está saudável. Nega abuso de drogas ou substância semelhantes Qual é a principal hipótese? Qual é o gênero que esta patologia mais predomina? Quais são os critérios diagnósticos? Qual é o melhor tratamento? R. Psiquiatria Principal hipótese: Transtorno de ansiedade generalizada(TAG) Mulheres são 2x mais acometidas que homens Critérios: Pelo menos 6 meses de três dos seguintes: agitação, cansaço fácil, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e alterações do sono Tratamento: Antidepressivos Ansiolíticos(uso crônico pode levar a dependência). Dica do especialista A buspirona também é eficaz; a dose inicial é de 5 mg, via oral, 2 ou 3 vezes/dia. Entretanto, a buspirona pode levar pelo menos duas semanas antes de começar a ajudar. Psicoterapia, geralmente terapia cognitivo-comportamental, pode ser tanto de suporte como focada em problemas. Q. Reumatologia Augusto, 34 anos, vai ao seu ambulatório com queixa de dor lombar que piora a noite. Ele sente um pouco de dor quando acorda e diz melhorar ao caminhar. Ao exame físico, está estável, não apresenta dor a palpação de coluna lombar. Apresenta teste de Schober positivo. Paciente relata episódio de uveíte anterior há 3 meses Qual é a principal hipótese? Qual é o gene associado a esta patologia? Qual é o melhor teste diagnóstico inicial para o paciente? Qual é o tratamento? R. Reumatologia Principal hipótese: Espondilite Anquilosante. Gene: HLA-B27. A uveíte anterior, aortite e colite ulcerativa também estão relacionadas Melhor teste inicial: Raio-x mostrando articulação sacroilíaca com erosões e esclerose. Tratamento: Controle da dor com AINEs, corticoides injetáveis. Inibidores de TNF e sulfassalazina podem reduzir a inflamação. Dica do especialista Espodiloartropatia soronegativa, é uma inflamação das ênteses. A inflamação acaba por culminar na fusão das vértebras(em bamboo) Soronegativa significa que não existe teste específico de sangue para o diagnóstico da doença O teste mais preciso é a RM Q. Reumatologia Eduardo, 12 anos, chega a emergência com joelho esquerdo edemaciado, apresentando eritema, com dor a mobilização. Há 6 dias estava jogando bola com os amigos quando caiu e lesionou área inferior ao joelho esquerdo. Ao exame físico mostra-se febril e com calafrios. Tem perda de movimentação de articulação do joelho esquerdo. Joelho direito dentro dos padrões de normalidade. Qual é a principal hipótese? Qual é o agente etiológico mais comum? Qual é o melhor teste diagnóstico inicial para o paciente? Quais melhor teste diagnóstico para esse paciente? Qual é o tratamento? R. Reumatologia Principal hipótese: Artrite séptica, devido a uma infecção da articulação. Agente etiológico: Staphylococcus(30- 50%), Streptococcus(10-30%) e gram- negativos(5-20%) Melhor teste inicial: Artrocentese e contagem de célula mostrando >50.000 leucócitos Melhor teste diagnóstico: Cultura do fluido da artrocentece Tratamento: Ceftriaxona e Vancomicina Dica do especialista É importante iniciar o uso de antibióticos logo que se suspeita de uma infecção, mesmo antes de o laboratório ter identificado o organismo infectante. Diagnóstico diferencial A artrite reacional ou pós-infecciosa associa-se a episódio prévio recente ou concomitante de infecção das vias aéreas superiores, gastrointestinais ou genitourinárias Q. Reumatologia Lucas, 37 anos, queixa-se de for intensa no hálux do pé esquerdo que começou há hoje. Diz que ontem a noite foi ver o jogo do Flamengo em bar, onde tomou várias doses de cerveja. Paciente com passado de hipertensão controlada com hidroclorotiazida. Ao exame físico, apresenta articulação metatarso- falangeana com eritema, edemaciada e dolorosa a palpação Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial para averiguar a hipótese? Qual é o tratamento agudo? Quais são os fatores de risco? Qual é a melhor terapia a longo prazo? R. Reumatologia Principal hipótese: Artrite gotosa(gota). Causa pelo deposito de cristais de ácido úrico na articulação Melhor teste inicial: Artrocentese Tratamento inicial: AINEs. Se contraindicados, pode-se usar corticoides Hipertensão, obesidade, dislipidemias Prevenção da obesidade, evitar uso de álcool, começar o uso de alopurinol Dica do especialista É importante saber destacar que somente 20% das pessoas com a taxa de ácido úrico elevada (hiperucemia) desenvolverão a doença Outra manifestação importante é o aparecimento de tofos, isto é, de caroços brancos ou nódulos formados por cristais de ácido úrico Q. Reumatologia G.A., feminina, 40 anos, vai ao seu ambulatório com dor em punhos bilateral e em articulações metacarpofalangeanas. Sente suas mãos rígidas pela manhãe leva 50 minutos para "aquecê-las". Possui histórico de vitiligo que começou há 4 anos. O exame físico revelou edema de articulações MCF e IFP, porém sem edema em IFD. Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial para averiguar a hipótese? Qual é o tratamento? Quais são os fatores de risco? Quais drogas pode-se usar em uma paciente grávida? R. Reumatologia Principal hipótese: Artrite Reumatoide. Principalmente pela simetria e rigidez matinal Pode começar a investigação pelo fator reumatoide e provas inflamatórias(VHS e PCR). O anti-CCP é o marcador mais específico da doença O tratamento inclui AINEs combinados com DMARD(como o metotrexato) Agentes Anti-TNF são para casos refratários Mulher, idade(30-50) e histórico familiar positivo Hidroxicloroquina e sulfassalazina podem ser usados em grávidas Dica do especialista Afeta duas vezes mais mulheres do que homens entre 50 e 70 anos Atividade física e fisioterapia são importantes para controlar o comprometimento das articulações e a perda da mobilidade. Q. Reumatologia Uma paciente de 62 anos queixa-se de dor crônica no joelho esquerdo que caracteriza como rigidez. Diz que dor piora ao movimento, tendo que parar várias vezes ao caminhar. Ao exame físico você percebe pequeno edema local e crepitação ao movimento Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial para averiguar a hipótese? Qual é o tratamento? Quais são os fatores de risco? Qual é o prognóstico? R. Reumatologia Principal hipótese: Osteoartrite do joelho Raio-x da articulação afetada. Diminuição do espaço articular e a presença de osteófitos podem dar o diagnóstico O paracetamol é a primeira linha de tratamento farmacológicoIdade é o principal. Obesidade e sedentarismo também estão associados Geralmente é bom com o tratamento farmacológico aliado a perda de peso e exercício físico Dica do especialista É a doença reumatológica mais comum. O principal sintomas é a dor articular Nódulos de Bouchard e Heberden são apresentações da OA. É uma das principais causas de afastamento do trabalho Q. Reumatologia Délcio, 63 anos, chega a emergência com queixa de edema, eritema e perda de movimento no joelho direito. Realizou operação ortopédica no mesmo joelho há 1 mês. Tem tido quadro de febre e calafrios. Não aguenta o peso do próprio corpo por dor no joelho Qual é a principal hipótese? Qual é o agente etiológico mais comum? Qual é o melhor exame inicial? Qual é o tratamento R. Reumatologia Principal hipótese: Artrite séptica Agentes etiológicos: Staphylococcus (30%-50%), Streptococcus (10%-30%) e bacilos gram-negativos Teste inicial: Artrocentese com aumento de células brancas. A cultura do exame é o padrão-ouro Tratamento: Antibioticoterapia. Ceftriaxona + Vancomicina Nunca aplique antibióticos na articulação Dica do especialista Suspeitar de artrite infecciosa se os pacientes têm artrite monarticular aguda, particularmente os pacientes em risco ou com achados sugestivos de outras síndromes específicas de artrite infecciosa. Pelo histórico da operação ortopédica, supõe-se que a bactérica seja a Staphylococcus aureus Q. Urologia Homem, negro, obeso, 63 anos, em consulta de rotina, apresentou ao toque retal próstata de 30 g e nódulo à direita. Nega sintomas urinários ou fecais.. Solicitou-se um PSA. PSA total = 6,3 ng⁄mL Qual é a principal hipótese? Quais são os fatores de risco para câncer de próstata? Qual é o tipo histólogico mais comum? Quais são as indicações para biópsia de próstata? Qual é o tratamento para tumores restritos a próstata ? R. Urologia Principal hipótese: Câncer de próstata Idade, histórico familiar, negro, obesidade, dietas ricas em gordura, mutação BRCA-1 e 2 Adenocarcinoma acinar(95% dos casos) PSA acima de 10, nódulo ao TR, Alta densidade prostática(>0,15), baixo PSA livre(<18%), aumento progressivo do PSA Cirurgia ou radioterapia. Para T3 e T4 temos, também, a hormonioterapia Dica do especialista Os sintomas geralmente estão ausentes até o crescimento do tumor causar hematúria e/ou obstrução com dor É o tumor mais frequente no homem Fique atento: HPB não é fator de risco Q. Urologia Um homem de 48 anos chega a emergência com dor em flanco direito, em cólica, sem irradiação clara, que começou há 2 horas. Ele nega disúria, febre ou ter se alimentado nas últimas 6 horas. Diz ter náuseas sem vômitos. Ao exame está afebril, PA 160/80 e FC 110bpm. Ele não consegue ficar em posição confortável. Abdômen é inocente. O exame de urina apresenta hematúria(+) e padrão não infeccioso. Qual é a principal hipótese? Qual é a composição mais comum de cálculo renal? Qual é a etiologia isolada mais comum para cálculo renal? Qual é o tratamento do cálculo renal na emergência? Quais medidas previnem cálculos de cálcio R. Urologia Principal hipótese: Litíase Urinária Composição mais comum de cálculo renal: Oxalato de cálcio Etiologia isolada mais comum para cálculo renal: Hipercalciúria idiopática Tratamento do cálculo renal na emergência: Hidratação e analgesia Hidratação abundante, dietas pobres em carne e sal, Aumento da ingestão de citrato Dica do especialista O melhor exame para visualizar o cálculo é a TC sem contraste, porém, muitas vezes, o raio-x pode nos dar o diagnóstico Mais frequente entre 40-60 anos Cálculo coraliforme requer tratamento cirúrgico! Q. Urologia Felipe, 38 anos, vem ao seu ambulatório com queixa de disúria e urgência para urinar, associado à febre e calafrios. Quadro começou há 3 dias. Alega ter tido 4 parceiras nas últimas 3 semanas. Ao exame, apresenta-se estável. Toque retal é doloroso e mostra flutuação prostática. Hemograma apresenta pequena leucocitose e PSA apresenta valor de 8 ng⁄mL. Qual é a principal hipótese? Qual é o agente etiológico mais comum dessa patologia? Qual é o tratamento? Quais são os fatores de risco? Qual é o prognóstico? R. Urologia Principal hipótese: Prostatite aguda Bactérias enterococus gram negativas. A E.coli é a mais comum Com fluorquinolona. Tempo de tratamento varia de 2-4 semanas(geralmente 21 dias) Intercurso sexual sem proteção, fimose, cirurgia prévia, cateterismo vesical, estenose de uretra. Geralmente é bom com o tratamento rápido e adequado Dica do especialista Na pratica, geralmente está relacionado ao HPB Comum entre maiores de 40 anos Não confundir com dor prostática crônica Q. Urologia B.L., 61 anos, sexo masculino, metalúrgico aposentado, portador de diabetes mellitus e de ICC é admitido no seu hospital com queixa de dor em flanco direito. A dor havia iniciado há cerca de cinco meses e estava associada à perda de 10kgs. Há 4 dias começou a apresentar hematúria. Paciente estável no momento. Ao ultrassom, visualizou-se um nódulo sólido de 5cm em rim direito. Paciente irá ser submetido a TC com contraste Qual é a principal hipótese? Qual é o local mais comum das metástases? Qual é a tríade clássica desta patologia? Qual é o tratamento? Qual é o principal fator de risco? R. Urologia Principal hipótese: Câncer renal(Adenocarcinoma) Pulmões(50%), ossos(33%) Dor lombar, massa abdominal palpável e hematúria O tratamento é cirúrgico. A escolha do procedimento depende de fatores como a viabilidade do outro rim e do tamanho do tumor. Tabagismo. Existem outros como doença cística, esclerose tuberosa. Dica do especialista O câncer renal é radiorresistente e quimioresistente. Muitas vezes optamos pela nefrectomia parcial Tem um pico de incidência entre 50- 70 anos É a terceira neoplasia mais comum do trato urinário Q. Urologia K.M. feminina, 44 anos, teve início de dor lombarunilateral esquerda há 1 semana, sem fator desencadeante, associada a vômitos, que melhorava com o uso de dipirona. Alega pouca disúria, mas nega polaciúria. Apresenta hemograma não infeccioso, hemoglobinúria, bacteriúria, em especial para bactérias produtoras de urease. Ao raio-x apresenta cálculo grande dismórfico que ocupa pelve e cálice renal. Qual é a principal hipótese? Qual é o agente etiológico mais comum da patologia? Como está o pH da urina nesta patologia? Qual é o tratamento? Qual é o melhor exame de imagem para visualizar o cálculo? R. Urologia Principal hipótese: Litíase urinária por cálculo coraliforme Bactérias produtoras de urease como a Proteus mirabilis O pH está alto O tratamento de escolha é o cirúrgico com uma combinação entre NLP e LEOC e tratar a infecção Tomografia computadorizada sem contraste Dica do especialista Na maioria das vezes esses cálculos são assintomáticos. Por isso temos que ficar de olho em infecções por produtores de urease NLP - Nefrolitotripsia percutânea LEOC - Litotripsia extracorpórea por ondas de choque pH baixo fala a favor de litíase por cálculo de a. úrico Q. Urologia Homem de 64 anos, caucasiano, padeiro, natural de Lisboa procura atendimento pois queixa-se de jato fraco ao urinar, que vem cada vez piorando(diz que quadro começou há 8 anos). Alega que demora alguns segundos para começar a urinar e que demora muito tempo para terminar. Nega disúria, hematúria, polaciúria e outros sintomas. No momento está estável. Qual é a principal hipótese? Qual é a área da próstata afetada pela patologia? Qual escore é usado para quantificar os sintomas do paciente? Em caso de IPSS 10, qual é o tratamento? Quando o tratamento é cirúrgico? R. Urologia Principal hipótese: Hiperplasia Prostática Benigna Área afetada: de transição. Diferente do câncer de próstata(periférica) International Prostatic Symptom Score(IPSS) - compostos por 7 perguntas IPSS>7 = tratamento. Pode começar com alfabloqueador(Tamsulosin) ou numa terapia combinada com bloqueador de 5-alfa redutase(Finasterida) Quando os pacientes não respondem ao tratamento medicamentoso ou desenvolvem complicações como ITU, cálculo, hidronefrose Dica do especialista Avalie os paciente com toque retal, exame de urina, urocultura e PSA Extremamente comum com o envelhecimento O procedimento se chama Ressecção transuretral de próstat Q. Júlia, 29 anos, apresenta uma históricas de dor torácica há 2 semanas, intensa e progressiva. A dor final com a piora ao se deitar e melhora na posição sentada e inclina para frente. A dor não relaciona-se com esforço físico. No exame físico, ouve-se atrito pericárdico na expiração final com a paciente inclinada para frente Qual é a principal hipótese? Qual é a causa mais comum? Qual é o melhor teste inicial? Qual é o melhor teste diagnós- tico? Qual é o tratamento? Cardiologia R. Cardiologia Principal hipótese: Pericardite Causa mais comum: Infecção viral pelo Coxsackie B, seguido pelo CMV e HSV. Teste inicial: ECG com elevação do segmento ST em todas as derivações e depressão do segmento PR Melhor teste: ECG Tratamento: AINEs e colchicina Dica do especialista O achado físico clássico é um atrito pericárdico. Frequentemente há febre baixa. Ela é caracterizada clinicamente pela tríade de dor torácica, atrito pericárdico e alterações eletrocardiográficas em série. Q. Denise, 61 anos, apresenta dor torácica e dispneia após receber a notícia que seu esposo faleceu em acidente. Nega histórico de angina. ECG realizado mostra: Qual é a principal hipótese? Qual teste deve ser feito? Qual é o tratamento? Cardiologia R. Cardiologia Principal hipótese: Cardiomiopatia de Takotsubo Teste inicial: Ecocardiografia Tratamento: Beta Bloqueadores Dica do especialista Requer atenção especial às pacientes femininas, pós-menopausa, em que há possibilidade de antecedentes de história aguda de estresse emocional geralmente isento de fatores de risco de doença arterial coronariana. Síndrome do balonamento apical transitório do ventrículo esquerdo, foi recentemente descrita no Japão, frequentemente desencadeada por intenso estresse Q. Salésio, 46 anos, é diagnosticado com hipertensão arterial após 2 consultas na UBS. Ele nega cefaleia, dor torácica ou dispneia. Ao exame físico, PA de 150/95. Ele nega outros problemas médicos. Qual é a melhor terapia inicial para o paciente E se ele fosse diabético? E se ele tivesse HPB? E se ele tivesse osteoporose Cardiologia R. Cardiologia Terapia inicial: Tiazídicos, ACC, iECA, BRA Se diabetes: iECA ou BRA Se HPB: Alfa bloqueadores Se osteoporose: Tiazídico(aumentam a absorção de cálcio nos rins) Dica do especialista Em pessoas com artérias muito rígidas (mais comumente idosos), a pressão arterial pode ser medida como alta, mesmo quando não há hipertensão. Esse fenômeno é chamado pseudo-hipertensão. Com frequência, a causa da hipertensão arterial não pode ser identificada, mas, às vezes, ela ocorre como resultado de um distúrbio subjacente dos rins ou um distúrbio hormonal. Q. Gabriel, 21 anos, sofre facada em tórax, paraesternal à esquerda. No PS, apresenta-se pálido, com TEC>5s. PA80x60, FC102. Ausculta pulmonar dentro dos padrões da normalidade. À ausculta cardíaca, RCR, bulhas hipofonéticas, 2T, SS. Percebe- se ingurgitamento da veia jugular. Qual é a principal hipótese? Qual é o nome da tríade que aparece no exame? Como confirmar o diagnóstico? Qual é o tratamento de emer- gência? Cardiologia R. Cardiologia Principal hipótese: Derrame pericárdico Tríade de Beck: Hipotensão, hipofonese de bulhas e turgência de jugular Por um ecocardiograma Tratamento de emergência: Pericardiocentese Dica do especialista Realize o CHA2DS2VASc para todo paciente com fibrilação atrial. O melhor tratamento é a anticoagulação por 4 semanas para depois reversão Atualmente, existem novos anticoagulantes. Eles são mais modernos, pois não precisam ser monitorizados mensal ou semanalmente, o que dá uma praticidade enorme para o paciente Q. Jorge, 63 anos, queixa-se de desmaio hoje cedo quando estava "passando" o café. Diz que, por vezes, sente um turvamento da visão, mas que nunca se preocupou. Ao exame físico, FC40, PA150/70. Ausculta cardíaca: RCR, BNF, 2T, com sopro sistólico. Ao ECG Qual é a principal hipótese? Quais são as causas de bradi- cardia? Quais são os achados do ECG? Qual é o tratamento? Cardiologia R. Cardiologia Principal hipótese: Bradicardia por bloqueio átrio-ventricular total Causas mais comuns: Bradicardia sinusal, bloqueio AV de 2º, bloqueio AV total, ritmo nodal ECG: Completa dissociação ente ondas "p" e complexo QRS com <40 batidas por minuto Tratamento: Atropina para casos agudos. Se sintomáticos, pode-se pensar em um marca-passo permanente Dica do especialista Investigue uso de drogas depressoras do nódulo AV como BB, BCC e digoxina Quando o nódulo AV "falha", átrio e ventrículo batem independentemente(dissociação AV). A atividade ventricular pode vir do nódulo AV ou feixe de His(QRS curto). Ou, das fibras de Purkinje(QRS largo) Q. Vera, 81 anos, é sua paciente há 10 anos. Apresenta hipertensão há 10 anos. Venho a consulta com queixas de palpitações em tórax. Ao exame físico, está estável, porém apresenta pulso irregular. Você pede um ECG, que se encontra abaixo: Qual é a principal hipótese? Quais são os sintomas mais comuns? Quais testes laboratoriais de- vem ser pedidos? Qual é o tratamento? Cardiologia R. Cardiologia Principalhipótese: Fibrilação atrial Sintomas mais comuns: Palpitações e dor torácica Testes laboratoriais: TSH, já que o hipertireoidismo é uma das causas. Eletrólitos como K+, Na+, Mg+, Ca++ Tratamento: Pacientes estáveis recebem controle de frequência com BB, BCC ou digoxina. Dependendo do risco recebem anticoagulação. A reversão pode acontecer após a anticoagulação ou no momento da consulta dependendo de critérios Dica do especialista Realize o CHA2DS2VASc para todo paciente com fibrilação atrial. O melhor tratamento é a anticoagulação por 4 semanas para depois reversão Atualmente, existem novos anticoagulantes. Eles são mais modernos, pois não precisam ser monitorizados mensal ou semanalmente, o que dá uma praticidade enorme para o paciente Q. Rodrigo, 52 anos, chega ao PS com dor torácica excruciante que irradia para costas. Alega histórico de HAS/ Ao exame físico, FC95bpm. A PA é 190/85 no braço direito e 160/70 no braço esquerdo. Os pulsos dos membros inferiores estão diminuídos Qual é a principal hipótese? Qual é o score mais usado para classificar a patologia? Qual exame de imagem é usado para o diagnóstico? Qual é o tratamento clínico? Quando o tratamento cirúrgico é necessário? Cardiologia R. Cardiologia Principal hipótese: Dissecação de aorta Score: Stanford. Tipo A: Afeta a aorta ascendente e o arco da aorta Tipo B: Começa após os vasos a subclávia esquerda Exames: Angiografia por TC, angiografia por ressonância magnética ou ecocardiograma transesofágico Tratamento clínico:Metoprolol e Nitroprussiato de sódio Tratamento cirúrgico: Tipo A: cirúrgico Tipo B: Maioria conservador Dica do especialista Todas as pessoas que têm uma dissecção aórtica, incluindo aquelas tratadas cirurgicamente, precisam de terapia medicamentosa para manter sua pressão arterial baixa, geralmente para o resto de suas vidas. A maior parte das dissecções aórticas ocorrem porque a hipertensão arterial provoca a deterioração da parede da artéria. Q. Endocrinologia Alice, 42 anos, branca, professora da matemática, queixa-se de fadiga para fazer suas atividades diárias. Diz que vai ao banheiro 3x por semana e que perde cabelo no banho há alguns anos. Você opta por solicitar TSH, T4 e anti- TPO. Alice volta com os resultados: TSH:40mUI/L(0.35 a 6.20 mUI/L) T4:6.44 picomoles/L(9.00 a 23.12 pico- moles/L) Altos níveis de anticorpos peroxidase tireoidiana Qual é a principal hipótese? Quais anticorpos são rela- cionados a doença? Qual é o tratamento? R.Endocrinologia Principal hipótese: Tireoidite de Hashimoto Anticorpos: anticorpos da peroxidase tireoidiana e, menos comumente, de anticorpos antitireoglobulina. Tratamento: Reposição dos hormônios tireoidiano(levotiroxina, 75 a 150 mcg, VO, 1 vez/dia.) Dica do especialista Recomendo o rastreio com TSH para todas as pessoas acima de 40 anos, principalmente porque no hipotireoidismo subclínico já aparecem alguns sintomas A tireoidite de Hashimoto é uma inflamação autoimune crônica da tireoide com infiltração linfocitária. Q. Endocrinologia Kátia, 42 anos, obesa, queixa-se de sede e polaciúria nos últimos meses. Admite que tem perdido peso e achava que estava bebendo mais água devido a exercícios. Não tem histórico médico ou familiar relevante. Glicemia na admissão: 259 Qual é a principal hipótese? Quais são os critérios diag- nósticos? Qual é a indicação mais forte para o screening? Qual é a melhor terapia inicial? Qual é a melhor terapia a longo prazo? R.Endocrinologia Principal hipótese: Diabetes mellitus tipo 2 Critérios: Duas glicoses de jejum acima de 125, uma glicose randômica acima de 200 com sintomas, teste de tolerância a glicose anormal, hemoglobina A1c acima de 6,5% Indicação: Hipertensão Melhor terapia inicial: Perda de peso e exercício físico A longo prazo: Metformina(bloqueia a gliconeogênese). Pode ser associada a outros hipoglicemiantes Dica do especialista É importante a triagem de complicações com exame dos pés, exame fundoscópico, dosagem de albumina urinária, medição de creatinina sérica e perfil lipídico Primeira: o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Segunda: as células são resistentes à ação desse hormônio cuja função é quebrar as moléculas de glicose absorvida através da digestão para que as células possam assimilá-las e produzir energia. Q. Endocrinologia Uma mulher de 38 anos, que no passado tentou emagrecer sem sucesso, estava feliz em ver que nos últimos 2 meses havia perdido cerca de 11 kg (25 libras). Ela também tinha dificuldade em dormir à noite. Seu marido queixou-se de que ela está mantendo a casa em uma temperatura muito fria. Recentemente, ela consultou um oftalmologista por vermelhidão e lacrimejamento nos olhos. EF: FC102bpm e tireoide aumentada Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial? Qual é o teste mais acurado? Qual é a melhor terapia? R.Endocrinologia Principal hipótese: Hipertireoidismo Teste inicial: Altos níveis de T4 e baixos de TSH. Teste mais acurado: Captação de iodo radioativo. As outras formas de hiper- tireoidismo como subaguda apresentam pouca atenuação ao teste Melhor terapia: Beta-bloqueadores para sintomas. O metimazol e a propiltiouracila são os medicamentos mais comumente usados para tratar o hipertireoidismo. Dica do especialista Fique atento para os outros diagnósticos como tireoidite, bócio multinodular tóxico e nódulo tóxico individual O hipertireoidismo é a hiperatividade da tireoide que resulta em níveis elevados de hormônios tireoidianos e aceleração das funções vitais do corpo. Sendo Graves a causa mais comum Q. Endocrinologia Jane, 40 anos, vem apresentando ganho de peso nos últimos 6 meses. Ao exame físico, ela apresenta obesidade abdominal, face redonda, associado a acumulo de gordura atrás do pescoço e costas. Possui extremidades(braços e pernas) finas. Testes laboratoriais revelam que ela tem hiperglicemia e alterações de perfil lipídico. Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial? Qual é o teste mais acurado? Qual é o tratamento? R.Endocrinologia Principal hipótese: Síndrome de Cushing Melhor teste inicial: Medir o nível de cortisol na urina(24 horas), saliva e/ou sangue Mais acurado: Se o teste de 24 horas está elevado --> Dosar os níveis de ACTH Tratamento: Consiste em remover a causa como um adenoma, tumor ou massa ectópica Dica do especialista Para tratar a síndrome de Cushing é ajudar a condição geral de saúde ao seguir uma dieta com alto teor de proteína e de potássio. Na síndrome de Cushing, os níveis de corticosteroides são excessivos, geralmente devido à superprodução pelas glândulas adrenais. Q. Endocrinologia Luísa, 32 anos, apresenta-se com amenorreia e galactorreia. Teste de gravidez e TSH estão normais. Apresenta aumento nos níveis de prolactina. Ela também queixa-se de cefaleia e dificuldades visuais. A paciente não tem histórico médico e não usa medicações. Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial? Qual é o teste mais acurado? Qual é o tratamento inicial? Qual é o tratamento definitivo? R.Endocrinologia Principal hipótese: Hiperprolactinemia Melhor teste inicial: Medir o TSH para excluir um hipotireoidismo Mais acurado: RNM do crânio e níveis de prolactina Tratamento: Agonistas de dopamina como a cabergolina, vai reduzir o tamanho do prolactinoma. Tratamento definitivo: Ressecção cirúrgica Dica do especialista A dopamina inibe a produção de prolactina A prolactina inibe o GnRH, causando inibição da liberação de FSH e LH. Isso pode ser responsável pelo quadro de amenorreia e galactorreiaQ. Endocrinologia Luciana, 19 anos, apresenta-se com fagida, ganho de peso e referindo sensação de frio. Ela também alega alterações na menstruação. O exame físico mostra fâneros "sem brilho", com quedas de cabelo. O pele apresenta-se fina, e existe uma perda de força. Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial? Qual é o tratamento inicial? R.Endocrinologia Principal hipótese: Hipotireoidismo Melhor teste inicial: TSH e T4 Melhor terapia: Repor hormônio tireoidiano Dica do especialista O hipotireoidismo secundário é menos comum; ele é devido a doenças hipofisárias ou hipotalâmicas, e os níveis de TSH são baixos. Os sintomas se desenvolvem de forma insidiosa e tipicamente incluem intolerância ao frio, constipação e alterações cognitivas e/ou de personalidade; mais tarde, a face torna-se inchada. Q. Endocrinologia Luciana, 19 anos, apresenta-se com fagida, ganho de peso e referindo sensação de frio. Ela também alega alterações na menstruação. O exame físico mostra fâneros "sem brilho", com quedas de cabelo. O pele apresenta-se fina, e existe uma perda de força. Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial? Qual é o tratamento inicial? Q. Gastroenterologia Aquiles, 38 anos, possui histórico de obesidade. Vai a consulta com dor em queimação em região torácica recorrente nas últimas semanas. Alega que dor piora após alimentação, com irradiação até o pescoço. A dor piora a noite. Acorda algumas vezes para tossir e sente gosto "ruim" na boca. Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial para averiguar a hipótese? Qual é o teste mais acurado? Qual é o principal fator de risco? Qual é o melhor tratamento? R.Gastroenterologia Principal hipótese: Doença do refluxo gastroesofágico(DRGE) Melhor teste inicial: Teste empírico com IBP por 4 semanas Teste mais acurado: pHmetria de 24 horas Maior fator de risco: Obesidade Tratamento: mudanças nos hábitos de vida Farmacológico: IBP(omeprazol) ou bloqueadores de H2(ranitidina) Dica do especialista Se a criança tem refluxo que provoca problemas respiratórios ou pneumonias de repetição, a conduta precisa ser mais agressiva e exige orientação médica especializada. Se a terapia farmacológica falhar, pode-se optar pelo tratamento cirúrgico: Fundoplicatura de Nissen Q. Gastroenterologia Lúcio, 32 anos, diagnosticado com uma dor lombar grave. Apresenta-se na emergência com dor em epigastro, associado a fezes escuras. Paciente tem tomada naproxeno duas vezes ao dia nas duas últimas semanas. Notou que a dor começou há 4 dias. A dor piorar após se alimentar Qual é a principal hipótese? Quais são as três causas mais comuns deste diagnóstico? Qual é o tratamento? Qual é o melhor tratamento a longo prazo? R.Gastroenterologia Principal hipótese: Doença ulcerosa péptica(DUP) Causas comuns: Uso de AINEs e infecção por Helicobacter pylori. Gastrinoma é uma causa rara Tratamento: IBP Longo prazo: Investigar H.pylori e tratar se positivo. Dica do especialista Álcool e tabaco não causam úlcera! Eles atrapalham a cicatrização da mesma! A complicação mais comum é o sangramento gastroduodenal. A perfuração é uma complicação menos frequente, mas com potencial risco de vida. Q. Gastroenterologia Gabriel, 9 anos, apresenta vômitos há 6 dias. O crescimento tem sido normal. Tem apresentado quadros de diarreia desde os 6 anos. Queixa-se de distensão abdominal. Ao exame físico, apresenta duas úlceras aftosas orais e palidez Qual é a principal hipótese? Qual é o melhor teste inicial? Qual é o teste mais acurado? Qual é o tratamento? R.Gastroenterologia Principal hipótese: Doença celíaca Teste inicial: Anticorpos antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase Teste mais acurado: EDA com biópsia de duodeno Tratamento: Dieta livre em glúten Dica do especialista A ativação imunológica no intestino delgado causa atrofia vilosa, hipertrofia das criptas intestinais e aumento do número de linfócitos no epitélio e na lâmina própria. A doença celíaca é uma doença autoimune sistêmica desencadeada por peptídeos de glúten alimentar encontrados no trigo, centeio, cevada e grãos relacionados. Q. Gastroenterologia Gabriel, 22 anos, apresenta-se a emergência com histórico de mal- estar, anorexia, dor abdominal, icterícia e urina escura há 6 dias. Relata que foi a congresso acadêmico a uma semana(Intermed). Seu nível de alanina aminotransferase (ALT) é de 5660 unidades/L, e a bilirrubina total é 153.9 micromoles/L (9 mg/dL). Anticorpos séricos antivírus da hepatite A (HAV) do tipo imunoglobulina M (IgM) são detectados. Qual é a principal hipótese? Por quanto tempo está indi- cado o isolamento? A doença cronifica? Qual é o tratamento? R.Gastroenterologia Principal hipótese: Hepatite A Tempo de isolamento: 7 dias após o início da icterícia É a única hepatite que não cronifica Tratamento: Suporte Dica do especialista O modo de transmissão é fecal-oral; por isso, ele é mais prevalente em ambientes com higiene inadequada Hepatomegalia e icterícia clínica são achados comuns dos exames, com elevação acentuada das transaminases séricas (geralmente >1000 unidades/L) Q. Gastroenterologia Um homem de 52 anos apresenta uma história de 6 meses de pirose e dor torácica atípica, ambas não relaciona- das à alimentação. Ele também descreveu sons de "gargarejos" no peito. Um mês antes da apresentação, ele desenvolveu disfagia intermitente para sólidos e líquidos, regurgitação e perda de peso de 3 kg. Qual é a principal hipótese? Qual é o teste diagnóstico pedido abaixo? Qual plexo é destruído nessa patologia? Qual é o tratamento? R.Gastroenterologia Principal hipótese: Acalasia Teste diagnóstico: Esofagografia baritada Plexo destruído: Plexo de Auerbach Tratamento: De acordo com evolução Grau 1 -> nitrato, antagonistas de canal de cálcio Grau 2 -> Dilatação pneumática por balão Grau 3 -> Cardiomiotomia a Heller + fundoplicatura Grau IV -> Esofagectomia Dica do especialista O exame padrão-ouro é a esofagomanometria A tríade do exame é a hipertonia do EEI, perda do relaxamento fisiológico do EEI e peristalse anormal Q. Gastroenterologia Gabriela, 27 anos, apresenta-se com dor abdominal e constipação. Ela relata que por vezes tem quadros de constipação e outros de diarreia. Essa é a terceira visita dela ao consultório. Exame de fezes, colonoscopia e TC de abdômen são normais. Anticorpos antiendomísio e antitransglutaminase são negativos Qual é a principal hipótese? Qual é o teste diagnóstico? Qual é o tratamento? Quais são os critérios para realizar o diagnóstico? R.Gastroenterologia Principal hipótese: Síndrome do intestino irritável Teste diagnóstico: Diagnóstico de exclusão. Tratamento: Aumento da ingestão de fibras. Ioga e exercícios de relaxamento. Casos refratários --> Antiespasmódicos, antidepressivos. Critérios de ROMA IV: Dor relacionada a defecação, mudança na frequência das fezes e mudança na forma das fezes. Com início há mais de 6 meses. Dica do especialista Um relacionamento compreensivo, terapêutico e apoiador é essencial; dirija o tratamento farmacológico aos sintomas dominantes. A angústia psicológica é comum em pacientes com SII, especialmente naqueles que procuram atendimento médico. Alguns pacientes têm distúrbios de ansiedade, depressão ou um transtorno de somatização. Q. Ginecologia Victória, 17 anos, vem ao seu consultório com queixa de hirsutismo. Diz que precisa se depilar duas vezes por semanas há uns 4 anos. A menstruação é irregular, ocorrendo a cada 2 a 3 meses. Alegase sentir deprimida pela situação. Qual é a principal hipótese? Quais são os critérios para o diagnóstico desta patologia? Qual exames auxiliam o diagnóstico? Qual é o tratamento? R. Ginecologia Principal hipótese: Síndrome dos ovários policísticos(SOP) Critérios diagnósticos: Irregularidade menstrual, Androgenismo(hirsutismo) e achados na ultrassonografia pélvica(mais de 10 folículos por ovário) Exames: TSH e prolactina, FSH, LH e medições de testosterona. Tratamento: Anticoncepcionais Dica do especialista Calcula-se que 20% a 30% das mulheres tenham ovário policístico, embora apenas de 5% a 10% delas manifestem a síndrome. As outras são assintomáticas. Em consequência do hiperinsulinismo, essas mulheres apresentam maior risco de apresentar distúrbios cardiovasculares. Mais frequentemente, elas são hipertensas e desenvolvem diabetes do tipo II Q. Ginecologia Vânia, 45 anos, G3P3A0, apresenta vários anos de períodos menstruais progressivamente mais intensos e prolongados. Recentemente, foi diagnósticada com anemia moderada. Mãe com histórico de histerectomia, aos 49 anos, por miomas uterinos. Exame físico dentro da normalidade. Ultrassonografia pélvica apresenta múltiplas massas intramurais. Qual é a principal hipótese? Quais são os fatores de risco para esta patologia? Qual é o tipo mais comum? Qual é o tratamento? R. Ginecologia Principal hipótese: Miomas uterinos Fatores de risco: Etnia negra, IMC elevado, nuliparidade. Tipo mais comum: Intramural Tratamento: Assintomáticos não necessitam de tratamento. Antagonistas do GnRH podem diminuir os sintomas. A miomectomia é o tratamento definitivo Dica do especialista A maioria dos miomas é assintomática. No entanto, na fase reprodutiva, quando a mulher menstrua e deseja ter filhos, a sintomatologia se torna mais presente. Mioma é um tumor sólido, monoclonal, isto é, proveniente de uma única célula que tem, em geral, desenvolvimento lento na muscu- latura do útero e pode ou não causar sintomas. Q. Ginecologia Angélica, 18 anos, estudante, vem ao ambulatório de ginecologia com dor em hipogastro e corrimento vaginal há 2 dias. Histórico de infecção por clamídia há menos de 1 mês. Ao exame físico, apresenta-se febril, com dor a palpação difusa do abdômen inferior. Tem dor a mobilização do colo e palpação de anexos. Apresenta corrimento mucopurulento ao exame pélvico Qual é a principal hipótese? Quais são os agentes etioló- gicos mais comuns? Quais são os critérios maiores diagnósticos para essa pato- logia? Qual é o tratamento? R. Ginecologia Principal hipótese: Doença inflamatória Pélvica(DIP) Agentes etiológicos: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis Critérios diagnósticos maiores: dor no abdômen inferior, a palpação dos anexos e a mobilização do colo Tratamento: Antibióticos e drenagem de abscesso(se necessário) Ceftriaxona + Doxiciclina Dica do especialista Mulheres que tiveram doença inflamatória pélvica têm uma chance seis a dez vezes maior de terem uma gravidez tubária (um tipo de gravidez ectópica). A doença inflamatória pélvica é uma infecção dos órgãos reprodutores femininos superiores (o útero, as trompas de Falópio e os ovários). Q. Ginecologia Jaqueline, 34 anos, nulípara, queixa-se de dor progressiva, associado ao período menstrual. Diz que perde 2-3 dias de trabalho por mês devido a dor. É sexualmente ativa e tem parceiro de longa data. Alega pequena dor a relação sexual. Ao exame vaginal, sua musculatura pélvica se encontra sensível, restante dentro da norma- lidade Qual é a principal hipótese? Qual é a tríade desta patologia Quais são os métodos diagnósticos? Qual é o tratamento? R. Ginecologia Principal hipótese: Endometriose Tríade: Dismenorreia, dispareunia e infertilidade Métodos diagnósticos: Visão direta e/ou biópsia por laparoscopia. Tratamento: AINEs para desconforto, ACO combinados, cirúrgico com ablação do tecido endometrial ou resecção ou histerectomia total Dica do especialista Tratar a dor e, dependendo dos objetivos de fertilidade das pacientes, geralmente usar drogas que suprimem a função do ovário para inibir o crescimento e a atividade dos implantes endometrióticos. Na endometriose, o tecido endometrial funcional é implantado na pélvis fora da cavidade uterina. Q. Ginecologia Salete, 31 anos, chega ao consultório de ginecologia com queixa de corrimento vaginal associado a prurido intenso há 8 dias. Alega corrimento vaginal assemelha-se a queijo cottage e é inodoro. Primeira vez que apresenta esses sintomas. Ao exame físico, paredes vaginais recobertas por placas brancas. São observadas leveduras de brotamento em câmara úmida. Qual é a principal hipótese? Qual é o agente etiológico mais comum? Quais são os diagnósticos diferenciais? Qual é o tratamento? R. Ginecologia Principal hipótese: Candidíase Agente etiológico: Candida albicans Diagnósticos diferenciais: vaginose bacteriana, tricomoníase, vaginite atrófica. Tratamento: Antifúngico Fluconazol, nistatina vaginal. Dica do especialista A ausência de odor é característico de cândida. Porém, na pratica médica, é difícil encontrar esse sinal isolado. Sintomas comuns incluem corrimento, prurido e dispareunia. Mesmo múltiplos parceiros ser fator de risco, a candidíase não é uma infecção sexualmente transmissível Q. Ginecologia Laura, 28 anos em sua segunda semana pós-parto apresenta mastalgia de início recente e sensibilidade na área adjacente de uma das mamas, que está dura, quente e edemaciada, aparentemente eritematosa. Sua produção de leite diminuiu. Ao exame físico, eupneica, corada, FC:89bpm, ela apresenta sintomas semelhantes aos da gripe, pirexia de 38 °C (100.4 °F) e mialgia, além de se sentir cansada. Qual é a principal hipótese? Qual é o agente etiológico mais comum? Qual é a faixa etária mais afetada? Qual é o tratamento? Pode-se pedir algum exame? Por que? R. Ginecologia Principal hipótese: Mastite puerperal Agente etiológico: Staphylococcus aureus Faixa etária mais comum: Entre 15 e 45 anos, sobretudo as lactantes Tratamento: Analgesia e antibiótico Paracetamol + cefalexina Exame: USG de mamas. Para avaliar um possível abscesso mamário. A parada do aleitamento pode ser indicada na mama afetada quando formação de abscesso Dica do especialista Trata-se de processo inicialmente inflamatório, que resulta da estase láctea, distensão alveolar e obstrução ao fluxo do leite A mastite é uma inflamação mamária que ocorre com ou sem infecção. A mastite com infecção pode ser lactacional (puerperal) ou não lactacional (por exemplo, ectasia do ducto) Q. Ginecologia Ana, 24 anos, queixa-se de corrimento vaginal fétido e pruriginoso nos últimos 13 dias. Relata que odor piora após relações sexuais e que tem cor branco-amarelada. Atualmente casada, relação estável, possui um filho. Nega qualquer histórico médico. Ao exame físico, apresenta-se estável, com corrimento branco no fórnice vaginal posterior, mas não há eritema nem sangramento vaginal. Teste de KOH positivo. Qual é a principal hipótese? Qual é a etiologia? Quais são os diagnósticos diferenciais? Qual é o tratamento? Quais são os critérios de Amsel? R. Ginecologia Principal hipótese: Vaginose bacteriana Agente etiológico: Desbalanço de flora bacteriana. Com aumento de Gardnerella vaginalis e diminuição de Lactobacillus Diagnósticos diferenciais: Candidíase, tricomoníase, vaginite atrófica Tratamento: Metronidazol Critérios de Amstel: Corrimento homogêneo, teste KOH +, Clue cells +, pH vaginal >4,5 Dica do especialista É importante ressaltar que essa infecção não tem relação com as infecções sexualmente