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oftalmologia resumo (1)

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oftalmologia
anatomia do olho
impulso luminosos em elétrico a partir de reações químicas
bulbo – 3 túnicas, e espaço episcleral
	Esclera
	Protege o olho
	Coróide
	Suprimento sanguíneo da retina; Absorve e previne a reflexão interna da luz
	Retina
	Recebe a luz e produz um impulso nervoso
	Córnea
	Faz parte do sistema refrativo (ajuda a focar a luz na fóvea)
avascular
-epitélio
-membrana de bowman
-estroma
-membrana de descemet
-endotélio
	Íris
	Controla a quantidade de luz que entra no olho
	Cristalino
	Faz parte do sistema refrativo (ajuda a focar a luz na fóvea)
	Músculo ciliar
	Altera a espessura do cristalino e, desse modo, a acomodação
	Humor aquoso
	Faz parte do sistema refrativo (ajuda a focar a luz na fóvea)
	Corpo vítreo
	Faz parte do sistema refrativo (ajuda a focar a luz na fóvea); Ajuda a manter a forma do globo ocular
	
	
 A esclera representa o branco do olho. Ela é recoberta pela conjuntiva, uma membrana mucosa transparente que é importante para a distribuição do filme lacrimal durante o piscar do olho. Inflamação da conjuntiva (conjuntivite) causada por infecção bacteriana ou viral pode ser dolorosa, desconfortável e restringir a visão do paciente.
As câmaras anterior e posterior do olho são separadas pela íris, mas possuem uma conexão através da pupila. Elas são preenchidas por humor aquoso, que flui da câmara posterior para a anterior. Uma obstrução ao fluxo causa um aumento da pressão intraocular, o que pode levar a glaucoma. Devido à capacidade do humor aquoso de refratar a luz, ele também é considerado parte do sistema óptico.
As pálpebras são 
- pregas móveis cobertas externamente por pele fina e internamente por túnica mucosa transparente, conjuntiva palpebral, continua com a conjuntiva bulbar, que é frouxa
- são fortalecidas pelos tarsos, que tem as glândulas tarsais, que produzem uma secreção lipídica que lubrifica as margens das pálpebras
- mantém a córnea úmida
- cílios estão na margem
O aparelho lacrimal consiste em: 
· glândula lacrimal (parte orbital e palpebral) – liquido lacrimal
Essa produção é estimulada por impulsos paeassimpáticos no NCVIII: ductulo – fornice superior da conjuntiva do saco conjuntival – olho pisca – lago lacrimal – ação capilar – saco lacrimal – ducto lacrimonasal - meato nasal inferior – faringe – engolidas
Inervação – parassimpáticas: nervo facial para o petroso maior e depois do canal pterigoideo ate o gânglio pteriopalatino
 Simpáticas: gânglio cervical superior pelo plexo carotico interno e nervo petroso profundo
· ductos excretores - condução
· canalículos lacrimais - 
· ducto lacrimonasal
Órbita
- teto – frontal
- medial – maxila, lacrimal, etmoide e esfenoide
- lateral – zigomático e esfenoide
- anterior - palpebra
- inferior – maxilar, zigomático, palatino
A órbita por dentro é preenchida por corpo adiposo da órbita e revestido pela periórbita
via óptica
→ retina
· 1 neurônio - cones e bastonetes
· 2 neurônio - célula bipolar
· 3 neurônio - célula ganglionar → prolongamento virá → nervo, quiasma óptico e trato óptico
→ corpo geniculado lateral ( tálamo) 
· 4 neurônio
→ radiação óptica
→ lábios do sulco calcarino
· área visual 17
campo visual - olhar fixo no horizonte
· nasal - parte medial
· temporal - parte lateral
nervo óptico = prolongamento no neurônio 3 → axônio da célula ganglionar da retina nasal e temporal → 
1. nasal: centro do quiasma óptico e integram o trato óptico do lado oposto
2. temporal: centro do quiasma óptico e integram o trato óptico do mesmo lado 
Começam na lâmina cribriforme da esclera, saem da órbita através dos canais ópticos
· óptico
· oculomotor
· troclear
· abducente
3 túnicas
1. externa ou fibrosa → esclera e córnea, esqueleto fibroso externo que garante forma e resistência
2. média: túnica vascular → úvea, corioide, corpo ciliar e íris
3. interna → retina, camada neural sensitiva, a retina possui 2 partes: a óptica e a cega. 
retina: evaginaçao do diencefalo
· bastonetes: sensiveis a luz e principaisreceptores para baixos niveis de luminosidades
· cones: percepção de luz em intensidade normal, grande acuidade visual
percepção de luz em intensidade normal
inervação
Motores e sensitivos
- Sensitivos são ramos do trigêmeo (V)
V1 oftálmico
- se divide em nasociliar e lacrimal e frontal
V2 maxilar
- motor
Facial (VII) que inerva a parte palpebral
Oculomotor (III) que inerva o músculo levantador da pálpebra 
– movimento dos olhos, constrição da pupila e formato do cristalino
- fissura orbital superior
visão humana - fisiologia
raios atravessam a córnea
iris abre ou fecha
luz atravessa a pupila e chega ao cristalino
luz é focada na retina
imagem na retina é invertida
cones e bastonetes convertem a energia luminosa em impulsos elétricos
cérebro pelo nervo óptico
imagem
→ refração da luz:  quando a luz passa de um meio para o outro ela pode sofrer um desvio
→ acomodação: alteração do cristalino, passa de lente convexa para muito convexa 
Isso é possível devido a cápsula elástica cheia de líquido viscoso
→ diâmetro pupilar: a íris controla a quantidade de luz
→ retina
· camada pigmentar: melanina + vit. A
· camada de bastonetes e cones: se projeta para a camada pigmentar
· camada nuclear externa: corpos celulares dos bastonetes e cones
· camada plexiforme externa
· camada nuclear interna
· camada plexiforme interna
· camada ganglionar
· camada de fibras do nervo óptico
· membrana limitante interna
Cones e bastonetes possuem substâncias que em contato com a luz se decompõem e excitam o nervo óptico. Os bastonetes veem os tons de cinza e os cones as cores (vermelho, azul e verde) e adaptação para a alta luminosidade
Transdução sensorial: luz→ retina → cones e bastonetes
-luz estimula a rodopsina → ativação da proteína G, a transducina → ativa a fosfodiesterase (PDE) DO GMPc → canais de sódio se fecham → hiperpolarização → - glutamato
→ células bipolares
1. centro-off → sinapse apenas no escuro
2. centro-on → sinapse no claro
3. neurotransmissor glutamato
→ células ganglionares
superfície da retina
m - grandes e mais sensíveis ao movimento
p - sensíveis a sinais relativos à forma e detalhes finos, como textura
→ células amácrinas
entre bipolar e ganglionar
→ células horizontais
entre fotorreceptor e bipolar
músculos
Músculos Extrínsecos 
Atuam juntos para movimentar as pálpebras superiores e os bulbos dos olhos.
Músculo Reto Superior
o Nervo Oculomotor
o Ação: Para cima e medialmente
Músculo Reto Inferior
o Nervo Oculomotor
o Ação: Para baixo e medialmente
Músculo Reto Medial
o Nervo Oculomotor
o Ação: Para medial (Adução)
Músculo Reto Lateral *
o Nervo Abducente
o Ação: Para lateral (Abdução)
Músculo Oblíquo Superior *
o Nervo Troclear
o Ação: Rotação do olho para baixo e lateralmente
Músculo Oblíquo Inferior
o Nervo Oculomotor
o Ação: Rotação do olho para cima e lateralmente
Músculo Levantador da Pálpebra
o Nervo Oculomotor
o Ação levantar a pálpebra
Músculos Intrínsecos 
Atuam juntos para movimentar a pálpebra inferior
Músculo Ciliar
o Nervo Oculomotor
o Ação: Parassimpática
Músculo Esfíncter da pupila
o Nervo Oculomotor
o Ação: Parassimpática
Músculo Dilatador da pupila
o Nervo Oculomotor
o Ação: Simpática
histologia
córnea: escamoso estratificado não queratinizado que cobre sua superfície anterior exposta ao ar
retina: evaginação do diencéfalo
· células pigmentares: cúbicas com microvilos de melanina + fagocitam discos velhos + barreira hemato retiniana
· cones e bastonetes
· plexiforme externa: sinapse
· células bipolares: camadas com núcleos redondos pequenos e bem corados
· plexiforme interna: sinapse
· células ganglionares: células nervosas de 2 ou 3 camadas
conjuntiva: TER estratificado prismático e tecido conjuntivo frouxo
pálpebra: pele TEREPQ e derme frouxo, feixe de músculos e tecido conjuntivo denso
glândulas lacrimais: serosa tubuloalveolar composta, porção secretora envolvida por células mioepiteliais
patologias
O olho normal ou emétrope é aquele no qual os raios de luz paralelos são trazidos a um foco na fóvea sem o uso da acomodação.
conceitos
Emetropia. Descreve um estado no qual a imagem de um objeto no infinito se forma na retina sem que haja acomodação (refração normal). 
Ametropia. É um estado refrativo no qual no olho é incapaz de formar imagem na retina sem que se utilizem lentes corretivas (refração anormal). Miopia e hipermetropia são ametropias esféricas e astigmatismo cilíndrico.
Lentes convexas São lentes que convergem a imagem para o foco. A imagem formada será tão mais próxima da lente quanto maior o poder de refração, que é medida em dioptrias positivas. Podem funcionar como lentes de aumento. 
Lentes côncavas São lentes que divergem os raios luminosos, podendo ser esféricas ou cilíndricas. A imagem formada será tão mais distante da lente quanto maior o poder de refração, que é medido em dioptrias negativas. Podem reduzir o tamanho de imagens.
envelhecimento
As alterações da visão com o envelhecimento, são: 
· Diminuição da acuidade visual
· Diminuição do campo visual periférico
· Lentidão na adaptação ao claro-escuro (contraste)
· Diminuição na acomodação
· Diminuição na noção de profundidade
· Diminuição na discriminação das cores
· Diminuição da captação das formas em movimento
· Diminuição da capacidade de se adaptar ao ofuscamento
As conseqüências da visão alterada em relação ao ambiente, são:
Detalhes podem passar despercebidos, como degraus, objetos no chão
Dificuldades com letras pequenas
É comum esbarrar em pessoas e quinas. 
Dificuldades com entroncamento de corredores
Dificuldade com excesso de luminosidade, instabilidade nas passagens para ambientes mais claros /escuros
 Dificuldade em seguir pistas sensoriais mal sinalizadas, como letras e números nas portas e avisos com muitas informações
Dificuldade com pisos desenhados, degraus e escadas, assim como em ambientes com excesso de padronagens
Desorientação em ambientes com monotonia de cores.
hipermetropia
A convergência dos raios de luz paralelos ocorre em um foco atrás da retina. O resultado é uma visão não nítida a qualquer distância. Ela pode ser causada por encurtamento do globo ocular ou enfraquecimento do poder refringente da córnea ou cristalino. Esse erro refrativo da visão pode ser corrigido com o uso de lentes convexas, para aumentar o ângulo de incidência dos raios de luz que entram na córnea e cristalino.
miopia
Os raios de luz convergem em um foco anterior à retina. Assim o “ponto distante” do olho, que está no infinito na hipermetropia e na emetropia, está a uma distância finita a menos de 6 metros do indivíduo, ou seja, imagens de objetos muito distantes não são nítidas. A miopia pode ser causada por globo ocular grande ou por aumento do poder refringente dos Olho Hipermétrope Retina Foco do olho hipermétrope Correção para Hipermetropia Formação da imagem Após correção Foco do olho hipermétrope sem correção Lente Convergente meios. Felizmente, este problema, independente de sua origem, pode ser corrigido fazendo-se o uso de lentes côncavas para divergir os raios luminosos, focalizando-os na retina
astigmatismo
Diferença entre o poder refringente nos diversos meridianos do olho. A maioria dos casos ocorre devida irregularidade na forma da córnea, mas o cristalino também pode causar astigmatismo. O erro refrativo Olho Míope Foco do olho míope Retina Correção para Miopia Formação da imagem. Após correção Lente Divergente pode ser tratado com lentes cilíndrica, côncava ou convexa dependendo do meridiano do olho que é origem do problema.
presbiopia
A presbiopia ou vista cansada surge com o decorrer da vida. Trata-se de uma diminuição do poder de acomodação. Isso implica numa dificuldade de focalizar os objetos próximos. A correção do problema pode ser feita com uma lente que corrige o erro refrativo básico, adicionada a uma lente convexa adequada. Muitas vezes faz-se uso de lentes bifocais ou multifocais
Ambliopia
Doença em que a visão não se desenvolve, tornando-se fraca. Pode acontecer mesmo se a vista parecer normal, e normalmente é causada pelo estrabismo, entre outros problemas. O método mais eficiente para descobrir a doença é medir a visão de cada olho separadamente. Este mal atinge quatro em cada cem crianças e pode ser curado com o uso de tampões nos olhos. Usa-se o tampão na vista boa para forçar o olho mais fraco a enxergar mais. Óculos também são indicados nestes casos.
Ceratocone
Nesta patologia a córnea é muito curva a ponto de ficar "bicuda", formando um cone. Surge na segunda ou terceira década de vida e tem componente hereditário. Nas fases iniciais tratamos com óculos ou lentes de contato rígidas. Os casos mais avançados demandam transplante de córnea.
Glaucoma
Aumento da pressão intra-ocular associado a lesão do nervo óptico e perda de campo visual. A pressão dos olhos varia de 10 a 20mmHg. Níveis acima de 21mmHg podem levar a alterações do nervo óptico com conseqüente perda de campo visual. Pode acometer qualquer idade mas é mais comum depois dos 40 anos. 
O olho normalmente produz um líquido claro que é drenado para fora através de buracos microscópicos ao redor da íris. Por várias razões estas pequenas aberturas podem ocluir, e então a pressão aumenta dentro do olho. A elevada pressão intraocular pode danificar o nervo óptico. Estes dados podem causar perda da visão. A elevação da pressão do olho é chamada hipertensão ocular. Se o nervo óptico é danificado, a ponto de conseguirmos medir esta perda de visão, esta condição é chamada glaucoma
A prevenção é muito simples, especialmente porque hoje existem equipamentos que medem a pressão dos olhos sem a necessidade de usar colírios. Todos devem medir a pressão dos olhos uma vez por ano, principalmente depois dos 40 anos. Quando descobre-se a doença no início podemos tratar com colírios. Nos casos refratários podemos fazer aplicações com raios Laser e em último caso a cirurgia. Portadores de glaucoma devem fazer anualmente o exame de campimetria computadorizada. Os aparelhos mais modernos de campo visual realizam comparações estatísticas e são essenciais para o acompanhamento da doença.
RETINOPLASTIA DIABÉTICA - HIPERGLICEMIA CRÔNICA
dm1 - autoimune, destruição das células beta
dm2 - resistência à insulina por fatores genéticos, ambientais e estado pró inflamatório
→ alterações vasculares: Na RD, a principal causa de baixa visual é o edema macular, podendo estar presente desde as fases iniciais da retinopatia até em casos nos quais há doença proliferativa grave
não proliferativa: alterações vasculares
proliferativa: neovascularização - mais graves - sintomas robustos
A hiperglicemia crônica desvia o metabolismo da glicose para vias alternativas, formando fatores inflamatórios, trombogênicos e vasoconstrictores, além de aumentar a suscetibilidade ao estresse oxidativo, resultando em oclusão e fragilidade vascular com perda de pericitos. Esse processo de enfraquecimento dos capilares causa a quebra da barreira o que possibilita formação de microaneurismas (achados mais precoces da RD) e extravasamento de plasma para o interstício, resultando em hemorragias e edema .
O diagnóstico da RD se faz pelo exame de fundo de olho. Idealmente, todo paciente com DM deve ser avaliado por um oftalmologista anualmente. Porém, em decorrência do enorme número de doentes e da dificuldade de acesso para todos, é recomendada a realização de triagem para RD por todo médico. Todo paciente DM1 acima de 12 anos deve ser avaliado após 5 anos de doença. Por outro lado, o rastreio em pacientes com DM2 deve ocorrer ao diagnóstico. A avaliação engloba medida da acuidade visual para longe e para perto e oftalmoscopia.
Diagnóstico diferencial. O principal diagnóstico diferencial da RD é a retinopatia hipertensiva (RH). Apesar dos cruzamentos arteriovenosos patológicos fazerem parte apenas da fisiopatologia da RH, diabetes e hipertensão são condições comumente associadas, tornando importante sempre correlacionar os achados fundoscópicos a história e exame clínicos :Retinopatia hipertensiva, Retinopatia por oclusões venosa, Síndrome ocular isquêmica, Retinopatia por irradiação
CATARATA
A formação
de uma nuvem ou área opaca no cristalino é conhecida, geralmente, como catarata. Dependendo da sua localização e cobertura do cristalino, pode impedir a visão normal.
As cataratas são mais frequentes em pessoas com mais de 55-60 anos, contudo, ocasionalmente, podem ocorrer em crianças e mesmo bebês. Geralmente desenvolvem-se em ambos os olhos, mas é comum que um olho esteja mais atingido do que o outro.
No olho saudável, o cristalino foca a luz transmitida na retina, que depois envia impulsos para o cérebro através do nervo óptico. Na presença de cataratas, o enevoamento do cristalino causa refração da luz, reduzindo a capacidade do cristalino de focar a luz corretamente.
As cataratas ocorrem principalmente devido a alterações nas proteínas e fibras que constituem o cristalino e, geralmente, formam-se ao longo de um período de tempo extenso. Muitas cataratas são um resultado do processo de envelhecimento. Com o nosso envelhecimento o cristalino se espessa e fica difícil para a luz atravessá-lo, tornando a visão borrada e embaçada. Muitos casos são bilaterais, embora a taxa de progressão em cada olho raramente seja equivalente
Os sintomas de uma catarata incluem:
· visão desfocada/enevoada
· dificuldade com visão no escuro, sensibilidade aumentada a focos de luz
· intensidade de visão a cores reduzida (com tonalidade amarelada progressiva)
· as fontes luminosas podem parecer ter um “halo” em torno delas
· visão “dupla”
O tratamento é cirúrgico, onde é feita a retirada do cristalino e o implante de uma lente intra-ocular.
Tipos de cataratas
· catarata nuclear: quando a catarata se localiza no centro do cristalino, conhecido como núcleo.
· catarata cortical: afeta o córtex do cristalino, que se encontra interiormente à cápsula do cristalino.
· catarata capsular posterior: encontra-se na camada externa posterior do cristalino, pode desenvolver-se mais rapidamente do que os outros tipos.
A maior parte das cataratas pode ser tratada cirurgicamente. Isto frequentemente envolve a remoção do cristalino doente e a sua substituição por um cristalino artificial, restaurando assim a visão.
estrabismo
Uma tropia é um desvio aparente, detectável com ambos os olhos abertos (de modo que a visão seja binocular). Uma tropia pode ser constante ou intermitente, envolvendo apenas um olho ou ambos.
Uma foria é um desvio latente, detectável apenas quando um olho está coberto de modo que a visão seja monocular. Em uma foria, o desvio é latente porque o cérebro, utilizando músculos extraoculares, corrige a falta de alinhamento minor.
A maior parte do estrabismo é causada por Erros de refração; Desequilíbrio muscular
O estrabismo pode ser infantil ou adquirido. O termo infantil, em vez de congênito, é preferível porque a presença de estrabismo verdadeiro no nascimento é rara, e o termo infantil permite a inclusão de variedades que se desenvolvem nos primeiros 6 meses de vida. O termo adquirido inclui variedades que se desenvolvem após os 6 meses de vida.
Fatores de risco para o estrabismo infantil incluem história familiar (parentesco de 1o ou 2o graus), doenças genéticas (síndrome de Down e síndrome Crouzon), exposição a drogas no período pré-natal (incluindo o álcool), prematuridade ou nascido com baixo peso, defeitos oculares congênitos e paralisia cerebral.
O estrabismo adquirido pode desenvolver-se aguda ou gradualmente. As causas do estrabismo adquirido incluem erro de refração (hiperopia alta), tumores (p. ex., retinoblastoma), traumatismo craniano, condições neurológicas (p. ex., paralisia cerebral, espinha bífida, paralisia do 3º par craniano, 4º par craniano ou 6º par craniano), infecções virais (p. ex., encefalite, meningite) e defeitos oculares adquiridos. As causas específicas variam de acordo com o tipo de desvio.
Esotropia é comumente infantil. A esotropia infantil é considerada idiopática, embora haja a suspeita de uma anomalia de fusão. A esotropia acomodativa é uma variedade comum de esotropia adquirida e se desenvolve entre 2 e 4 anos de idade, associada à hiperopia. A esotropia sensorial ocorre quando a perda da visão (por cataratas, anomalias do nervo óptico ou tumores) interfere no esforço cerebral para manter o alinhamento ocular.
A esotropia pode ser paralítica, assim chamada porque a causa é a paralisia do 6º par craniano (abdutor), mas é incomum. A esotropia também pode ser um componente de uma síndrome. Síndrome de Duane (ausência congênita do núcleo abdutor com inervação anômala do músculo reto lateral extraocular pelo 3º par craniano [oculomotor]) e a síndrome de Möbius (anomalias de múltiplos pares cranianos) são exemplos específicos.
Exotropia na maioria das vezes é intermitente e idiopática. Com menos frequência, a exotropia é constante e paralítica, como na exotropia infantil ou paralisia do 3º par craniano (oculomotor).
A hipertropia pode ser paralítica, causada pela paralisia congênita do 4º par craniano (troclear), após traumatismo craniano ou, mais raramente, pela paralisia do 3º par craniano.
Hipotropia pode ser restritiva, causada por restrição mecânica do movimento total do globo, e não pela interferência neurológica no movimento ocular. Por exemplo, hipotropia restritiva pode resultar de fratura do assoalho ou parede orbital. Menos frequente é a hipotopia restritiva causada pela oftalmopatia de Graves (doença ocular da tireoide). A paralisia do 3o par craniano e a síndrome de Brown (rigidez adquirida ou congênita e restrição do tendão do músculo oblíquo superior) são outras causa menos comuns.
As forias, com exceção dos casos graves, raramente causam sintomas de estrabismo. Se sintomáticas, forias normalmente causam astenopia (tensão ocular).
Tropias às vezes resultam em sintomas. Por exemplo, torcicolo pode se desenvolver para compensar a dificuldade do cérebro em fundir as imagens provenientes dos olhos desalinhados e para reduzir a diplopia. Algumas crianças portadoras de tropias têm acuidade visual normal; entretanto, a ambliopia frequentemente se desenvolve com as tropias e se deve à supressão cortical da imagem no globo ocular com desvio, para evitar confusão e diplopia.
O diagnóstico pode ser por: Exame físico e neurológico na avaliação de crianças saudáveis; Testes (p. ex., reflexo de luz pela córnea, com e sem tampão, alternadamente); Prismas.
O estrabismo pode ser detectado durante testes de rotina em crianças saudáveis por meio da história e de exames oculares. A avaliação deve incluir perguntas sobre a história familiar de ambliopia ou estrabismo e, se a família ou responsáveis perceberam desvios do olhar, perguntas sobre quando o desvio começou, a frequência e se há preferência no uso do globo ocular para a fixação do olhar. O exame físico deve incluir avaliação da acuidade visual, reatividade da pupila e a extensão dos movimentos extraoculares. O exame com lâmpada de fenda é feito para detectar sinais de catarata, e o exame fundoscópico é feito para detectar sinais de retinoblastoma. O exame neurológico é importante para avaliação dos pares cranianos.
O teste dos reflexos luminosos da córnea é uma boa triagem, embora não muito sensível para detectar pequenos desvios. A criança olha para a luz e o reflexo luminoso da pupila é observado; normalmente, o reflexo aparece simétrico (no mesmo local sobre cada pupila). No olho exotrópico, o reflexo luminoso é nasal para o centro da pupila, enquanto no olho esotrópico o reflexo é temporal para o centro. Aparelhos para triagem da visão, operados por pessoal treinado, são usados para identificar crianças de risco.
Ao fazer o teste de tampão alternado, pede-se para a criança fixar o olhar em um objeto. Com um cartão, cobre-se um dos olhos enquanto se observa o movimento do outro. Neste movimento pode-se verificar se os olhos estão alinhados adequadamente, porém o estrabismo está presente se o olho encoberto desvia-se para buscar a fixação, uma vez que o outro olho, que está fixado sobre objeto, está coberto. O teste é, então, repetido com o outro olho.
Em uma variação do teste com o cartão, denominado teste alternado, pede-se
para a criança fixar-se em um objeto enquanto o examinador cobre um olho e então o outro, repetidamente. O olho que apresenta estrabismo latente desvia a posição quando é descoberto. Na exotropia, o olho que estava coberto vira-se para dentro para fixar-se, enquanto na esotropia ele vira para fora. Os desvios podem ser quantificados com a utilização de prismas posicionados de modo que o olho desviado não precisa mover-se para se fixar. O poder do prisma é utilizado para quantificar o desvio e fornecer medidas da magnitude do desalinhamento dos eixos visuais. A unidade de medida usada pelos oftalmologistas é o prisma-diopter. Um prisma-diopter equivale a um desvio do eixo visual de 1 cm a 1 m.
O estrabismo deve ser diferenciado do pseudoestrabismo, que tem a aparência da esotropia em uma criança com boa acuidade visual em ambos os olhos, mas tem raiz nasal e pregas epicantais amplas que obscurecem grande parte da esclera branca do lado nasal quando olha lateralmente. Os reflexos luminosos e os testes com tampão são normais na criança com pseudoestrabismo.
Neuroimagens podem ser necessárias para identificar a causa da paralisia do par craniano adquirida. Além disso, a avaliação genética pode ser benéfica para certas malformações oculares.
O estrabismo não pode ser ignorado pela suposição de que vai desaparecer com o tempo. Se o estrabismo e a ambliopia não forem tratados antes dos 4 a 6 anos, pode ocorrer perda permanente da visão; há alguma resposta em crianças tratadas mais tarde, mas, depois que o sistema visual se desenvolveu (tipicamente aos 8 anos de idade), a resposta é mínima. Toda criança na idade pré-escolar deve ser submetida a triagem oftalmológica.
O tratamento pode ser: Aplicação de tampões ou atropina em colírio para ambliopia; Lentes de contato ou óculos (para erro refrativo); Exercícios para os olhos (somente para insuficiência de convergência); Alinhamento cirúrgico dos olhos. O objetivo do tratamento do estrabismo é igualar a visão e então alinhar os olhos. O tratamento das crianças com ambliopia requer medidas para incentivar o uso do olho ambliópico, como aplicação de tampão no olho normal ou administração de atropina em colírio no olho normal para fornecer uma vantagem visual para o olho ambliópico; a visão melhorada oferece um prognóstico melhor para o desenvolvimento da visão binocular e para a estabilidade se a cirurgia for feita. O tampão, entretanto, não é tratamento para o estrabismo. Os óculos ou lentes de contato são, às vezes, utilizados se o valor do erro de refração for significativo o suficiente para interferir com a fusão, especialmente em crianças com esotropia acomodativa. Os exercícios de ortóptica podem ajudar na correção da exotropia intermitente e insuficiência de convergência. A correção cirúrgica é geralmente feita quando métodos conservadores são mal sucedidos em alinhar os olhos de maneira satisfatória. O reparo cirúrgico consiste em procedimentos de afrouxamento (recessão) e apertamento (ressecção), na maioria das vezes envolvendo os músculos retos horizontais. A correção cirúrgica é geralmente feita em um ambiente ambulatorial. As taxas de sucesso do realinhamento podem exceder 80%. As complicações mais frequentes são a super ou as subcorreções e a recorrência do estrabismo posteriormente. As complicações mais raras são infecções, sangramento excessivo e perda da visão.
testes
Teste de Hirschberg
Avaliação pelo reflexo luminoso nas córneas (Teste de Hirschberg) O passo inicial para avaliação da mobilidade é a visualização do reflexo luminoso sobre a superfície da córnea (Teste de Hirschberg), produzido pela luz de um foco luminoso pequeno, como uma lanterna manual ou um oftalmoscópio direto. Objetiva identificar a presença de desvios oculares manifestos (heterotropia). O teste deve ser realizado em crianças acima de seis meses, para observação do alinhamento dos olhos ou da presença de estrabismo. Deve ser realizado em ambiente com pouca luz, com o paciente imóvel, com a cabeça alinhada ao eixo axial longitudinal e fixando o olhar no foco luminoso, disposto a 30 cm, na altura dos olhos no plano medial. Avaliar o paciente, iluminando simultaneamente os dois olhos e observando a posição relativa do reflexo corneano em relação às pupilas, simultaneamente: reflexos no centro de cada olho, sem desvio; na borda pupilar: desvio de 15°; entre a borda e o limbo: desvio de 30°; e no limbo, desvio de 45° 
Exame das pupilas
O tamanho e a forma das pupilas, sua reação à luz e acomodação devem ser observados iluminando-se cada uma das pupilas, enquanto o paciente olha a uma certa distância. Então é feito o teste da lanterna alternante para comparar a resposta direta e consensual da pupila. São 3 passos:
1. Uma pupila se contrai ao máximo ao ser exposta à luz da lanterna de 1 a 3 segundos.
2. A lanterna é movida rapidamente para o outro olho por 1 a 3 segundos.
3. A lanterna é movida novamente para o primeiro olho.
Normalmente as pupilas contraem-se similarmente quando a luz é direcionada diretamente (resposta direta) e quando a luz é direcionada para o outro olho (resposta consensual). Entretanto, se um dos olhos possui menos percepção para luz do que o outro, causada por uma disfunção da via aferente (do nervo óptico ao quiasma óptico) ou doença retiniana extensa, então a resposta consensual do olho afetado é mais forte do que a resposta direta. Assim, no 3º passo do teste da lanterna alternante, quando a luz ilumina novamente o olho afetado, ele paradoxalmente parece dilatar. Esse achado indica um defeito pupilar aferente relativo (DPAR, ou pupila Marcos Gunn).

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