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UNIVERSIDADE PAULISTA Isabella Meneses da Silva - D93BBF0 Jheniffer Vitoria Martines Alves - D97FCI0 Juliah de Souza Silva Teixeira - F02AGJ4 Kauê Laet Marioti - N484BJ6 Letícia Pinheiro - N5291B0 Mayara Marques Ramos- F037DF6 GASTRITE: Estudo Clínico SÃO PAULO 2021 Nota: 9,5 Trabalho adequado conforme solicitado Atenção as normas de formatação Ex Espaçamento deveria ser 1,5 entre as linhas. Atenção nomes deveriam estar em caixa alta 2 Isabella Meneses da Silva - D93BBF0 Jheniffer Vitoria Martines Alves - D97FCI0 Juliah de Souza Silva Teixeira - F02AGJ4 Kauê Laet Marioti - N484BJ6 Letícia Pinheiro - N5291B0 Mayara Marques Ramos- F037DF6 GASTRITE: Estudo Clínico Trabalho de APS no curso de Graduação em Enfermagem para apresentação à Disciplina de Prática Clínica do Processo de Cuidar na Saúde do Adulto Universidade Paulista – UNIP. Orientadora: Profa Ms. Raffaela Angel Cassotta SÃO PAULO 2021 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4 2. REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................................... 6 2.1. Fisiopatologia da Gastrite.................................................................................................... 6 2.2. Epidemiologia no Brasil e mundo ...................................................................................... 7 2.3. Sinais e Sintomas da Gastrite ............................................................................................ 8 2.4. Diagnóstico da Gastrite ....................................................................................................... 9 2.5. Principais medicamentos utilizados para o tratamento da Gastrite ............................ 10 2.6. Importância do Processo de Enfermagem (PE) ............................................................ 11 3. CASO CLÍNICO ...................................................................................................................... 12 3.1. Histórico do paciente.......................................................................................................... 12 3.2. Exame Físico ....................................................................................................................... 13 3.3. Exames complementares .................................................................................................. 14 4. Correlação NANDA-NOC-NIC ............................................................................................ 14 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 18 4 1. INTRODUÇÃO Este trabalho refere-se a pesquisa relacionadas aos cuidados da enfermagem para pacientes diagnosticados com gastrite, onde seja implementado o Sistematização da Assistência de Enfermagem e o Processo de enfermagem, detalhando algumas características da patologia e o uso dos livros da SAE que são NANDA (North American Nursing Diagnosis Association), NIC (Nursing Interventions Classification) e NOC (Nursing Outcomes Classification). A gastrite é uma condição patológica onde tem uma inflamação na parede do estomago devido a alteração da mucosa ou das glândulas que secretam ácido, deficiência do sistema imunológico, estresse, medicamentos e infecções. 1 Essa patologia e classificada como aguda ou crônica, onde quando aguda geralmente apresenta inchaço e aspecto avermelhado na parede gástrica, presença de edema e migração leucocitária, geralmente de neutrófilos, para o local edemaciado, ela está associada geralmente a infecção, estresse e medicamentos. Já no caso crônico, devido a constante inflamação da região, ocorre uma perda da aparência normal do estomago, pode gerar uma alteração nas células e na parede gástrica, e ocorre a migração leucocitária, e é encontrado outros leucócitos na região como linfócitos, neutrófilos e plasmócitos. No caso crônico, é comum associar a ocorrência com a bactéria H. pylori. 1 Alguns sintomas apresentados da gastrite são: dores de na região abdominal e no estoma após refeições ou períodos prolongados sem a ingestão de alimentos, inchaço no abdômen, sensação de queimação no estomago e mal-estar. Por esse motivo é importante realizar consultas médicas para pode realizar o tratamento. 17 Para fazer o diagnóstico da gastrite, quando aguda, em maior parte é pelas queixas do paciente e do histórico clínico dele, onde os exames são necessários apenas se estives em um estágio crítico. Já nos casos de gastrite crônica, o principal exame solicitado é a endoscopia digestiva alta, onde será analisado a parte lesionada e se necessário será recolhido uma amostra para biopsia. 1 O tratamento varia de acordo com o motivo da gastrite ter ocorrido, podendo ser feito uma dieta com fim terapêutico e uso de medicações, como por exemplo, omeprazol, pantoprazol, esomeprazol etc. 18 O enfermeiro, ao receber um paciente, faz seu atendimento de forma sistemática e proativa, realizando processo de enfermagem com um atendimento de raciocínio clínico e crítico. Para colocar em prática essas ações, é utilizado a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que consiste em 5 etapas, sendo elas: Coleta de dados; Diagnostico de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação; e Avaliação. 15 Com os achados e decisões sobre as etapas da SAE sobre o paciente, se faz necessário a utilização de uma linguagem padronizada, logo, a preferência para ter essa padronização é utilizar os livros NANDA, NIC e NOC. 15 Dessa forma este trabalho irá discorrer sobre a importância do enfermeiro realizar as devidas etapas do Processo de Enfermagem e do SAE para realizar o atendimento ordem crescente as referencias 5 aos pacientes que possuem o diagnóstico de gastrite, listando os diagnósticos, os resultados esperados e as intervenções de enfermagem. 6 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1. Fisiopatologia da Gastrite Ao nos alimentarmos, para que nosso organismo possua nutrientes que necessitamos para sobrevivência, é necessário que ocorra modificações em suas estruturas, para que esses alimentos possam ser utilizados como fonte de energia para nossas células do corpo. 1 Todo processo digestivo se inicia pela boca, com a mastigação. Ocorre a mastigação dos alimentos junto com a saliva que auxilia umedecendo os alimentos, deixando-os menores para as enzimas existente na saliva possa ter uma ação eficiente. 1 No momento em que o bolo alimentar passar pela faringe e logo após pelo esôfago, não ocorre modificação nos alimentos, acontece apenas movimentos peristálticos que irá unir ainda mais o bolo alimentar, para sua chega ao estômago. 1 Após o processo de movimentos peristálticos vai para o estômago, um órgão oco parecido com o formato de uma bolsa com capacidade aproximadamente 1,2 litros, o bolo alimentar sofrerá modificação e degradação, de amido, gorduras e proteínas. 1 Sendo divido em 5 regiões: cárdia, fundo, corpo, antro e píloro ( para se comunicar com o duodeno). Sendo assim as glândulas que são responsáveis pela secreção das enzimas que irão atuar no bolo alimentar estarão presentes. 4 No estômago encontra-se células secretoras de muco, elas revestem toda sua superfície para auxiliar na proteção dele, já a mucosa estomacal possui dois tipos de glândulas tubulares: 4 • Glândulas oxínticas:Conhecida como gástricas , elas têm a função de secretar pepsinogênio, ácido clorídrico, muco e fator intrínseco; • Glândulas pilóricas: Secretam muco para proteção da mucosa na região pilórica do ácido presente no estômago e tendo também a função de secretar a gastrina (um hormônio que tem função de controlar a secreção gástrica como um todo). O estômago apresenta um pH de 2 nas suas condições normais. Sendo necessária essa acidez para nosso o nosso organismo, pois ela que faz com que nosso organismo consiga desestruturar uma grande quantidade de moléculas do bolo alimentar, para que haja uma absorção no intestino. 2 Sendo assim precisamos estar sempre em equilíbrio, pois esses ácidos que são secretados pelas glândulas não podem afetar a integridade da parede do estômago.2 A Gastrite é um caso clínico que ocorre justamente por conta das glândulas que afetam a integridade da parede do estômago, está relacionada também por conta de uma produção ineficaz de muco, que o responsável pela proteção da mucosa gástrica do estômago. 1 Portanto a ausência e/ou diminuição do muco no estômago, deixando a mucosa exposta, pode estar relacionado a fatores específicos, como o uso contínuo de algumas medicações, alguns tipos de alimentos ou até mesmo emocional etc. Com isto ocorre a inibição da ação e produção de células e glândulas que são responsáveis pela síntese e secreção do muco protetor. 1 7 Na ausência do muco realizando a proteção a camada interna do estômago, o ácido que fica nessa região terá contato direto com a mucosa gástrica, ocorrendo assim uma inflamação, se prolongado pode ocorrer perfurações, prejudicando a morfologia normal da parede estomacal. 4 Uma modificação que também pode causar a gastrite, é quando apresentamos um quadro de estimulação das glândulas que produzem ácidos, acontece o aumento de síntese das glândulas pilóricas, acidificando drasticamente a mucosa interna do estômago. 1 As modificações citadas têm ações para o surgimento e desenvolvimento da gastrite. Quando ocorre aumento ou até mesmo diminuição da produção do muco protetor juntamente da estimulação do ácido em grande quantidade pelas glândulas gástricas ocorre o quadro clínico agudo, transformando em um quadro clínico crônico, que é quando ocorre uma modificação morfológica da mucosa interna do estômago, fazendo com que ela perca o aspecto de normalidade. 1 O caso clínico precisa ser tratado desde a forma farmacológica até a alimentação adequada, para que não se evolua para úlceras na parede interna do estômago, e/ou câncer estomacal. 3 É de grande importância o conhecimento da epidemiologia da gastrite, sua predominância e recorrência, pois ela pode auxiliar a encontrar um diagnóstico. 2.2. Epidemiologia no Brasil e mundo A etiologia da gastrite está predominantemente associada a contaminação pela bactéria Helicobacter pylori. No mundo, estima-se que 50% da população está infectada pelo H. pylori, e em diversos estudos realizados, pode-se perceber que nos países em desenvolvimento, nas populações de baixa renda e nos locais em que há falta de saneamento básico, sua predominância é maior. 2 A contaminação por H. pylori é adquirida de forma igualitária para ambos os sexos. Caso não seja tratada, esta contaminação pode permanecer por muito tempo na vida do indivíduo, por isso é importante a manutenção dos hábitos higiênicos e comportamentais. Abaixo temos apresentado em um gráfico o estudo realizado em 2016 por Milena R. Macitelli e por Ulysses Fagundes Neto, demonstrando a prevalência da contaminação por H pylori no Brasil. 5 Gráfico 1 - Prevalência da contaminação por H pylori no Brasil em 2016 8 Fonte – Prevalência da contaminação por H pylori no Brasil em 2016, por Milena R. Macitelli e pelo Ulysses Fagundes Neto, disponível em www.igastroped.com.br/gastrites 5 Outras etiologias da gastrite são, por exemplo, uso de alguns medicamentos, ingestão de substâncias corrosivas, cirurgias, estresse, sepses, insuficiência hepática, tabagismo, alcoolismo e dietas inapropriadas. 3 Alguns medicamentos são nocivos para a mucosa gástrica, podendo gerar episódios de refluxo, causando lesões gástricas crônicas. O álcool atua da mesma forma, também provoca erosões e eritemas, rompendo a barreira da mucosa gástrica e alterando a motilidade, secreção e a permeabilidade gástrica. 3 O uso de condimentos é bastante discutido, principalmente os picantes, pois podem causar irritação no revestimento do estômago e elevar a secreção gástrica. A pimenta vermelha, por exemplo, possui uma substância chamada capsaicina, que é irritante para a mucosa gástrica, aumentando secreção ácida e ocasionando perda de potássio. 4 Uma alimentação balanceada diminui as lesões gástricas, deve ser rica em hortaliças e frutas que contenham vitaminas C, vitaminas E e os carotenoides. Obtendo uma nutrição adequada ao longo da vida, é possível prevenir e retardar a ocorrência de gastrite e diminuir a contaminação pela bactéria H pylori. A prevenção é muito importante, podendo evitar a gastrite e seus sinais e sintomas. 6 2.3. Sinais e Sintomas da Gastrite Há muitos sinais e sintomas relacionados a gastrite, são eles: 7 • Epigastralgia; • Distensão abdominal e cólica; • Náuseas; • Dispepsia, pode aparecer em forma de pontadas; 8 • Inapetência, causando então a perda de peso; 30% 78% 82% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 6 a 8 anos 10 a 19 anos Acima de 20 anos Prevalência da contaminação por H pylori no Brasil em 2016 9 • Problemas na digestão, causando a lentidão; • Cefaleia; • Eructação frequente; • Pirose; • Mal-estar geral; • Sensação de que há alguma coisa na garganta; 9 • Soluços; • Gases; • Refluxo; • Melena; • Hematêmese. As queixas dos sinais e sintomas são muito importantes, pois elas podem sugerir para a equipe de saúde um prognóstico, onde devem investigar, realizando exames para obter o diagnóstico. 2.4. Diagnóstico da Gastrite Muitos pacientes podem apresentar queixas de dores ou incômodos no abdômen que não estão relacionados propriamente a gastrite, contudo, a confirmação da doença depende da realização de alguns exames. A endoscopia digestiva alta é o exame mais conhecido pela população, ele visualiza a mucosa gástrica do estômago e esôfago por meio de um tubo flexível – endoscópio – introduzido pela boca que proporciona uma visão direta e permite a realização do teste de urease, que consiste na análise de um fragmento pequeno da mucosa gástrica para pesquisa direta da presença da bactéria H. pylori ou da biópsia para um exame microscópico para verificar o grau de inflamação da mucosa e a natureza de suas alterações (podendo ser benigna ou maligna). Abaixo na Foto 1 temos uma endoscopia digestiva alta capturando a imagem do estômago.13 Foto 1 – Endoscopia digestiva alta capturando imagem do estômago 10 Fonte – Centro de Endoscopia Rio Preto, disponível em https://cerpendoscopia.com.br/endoscopia-digestiva-alta/ 16 Outros exames solicitados para identificar a causa da gastrite ou complicações são: • Seriografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno: O paciente engole bário (procedimento pouco utilizado atualmente), um material de contraste líquido que faz com que o sistema digestivo seja visível aos raios-x, podendo mostrar alterações no revestimento do estômago, tais como erosões ou lesões.14 • Exame de sangue: O médico pode verificar se há anemia, e caso a quantidade de hemoglobina estiver diminuída pode ser um sinal de hemorragia crônica no estômago. 14 • Exame de fezes: Este teste verifica a presença de sangue nas fezes, que indica sangramento no estômago, além de examinar a presença de antígenos do H. pylori.14 • Teste respiratório com ureia marcada: O paciente ingere uma quantidade de material contendo ureia marcada com um átomo especial de carbono, aoexpirar o ar em um recipiente ele deve exalar dióxido de carbono (CO2), caso o átomo de carbono marcado no ar expirado for encontrado, então o teste é positivo para a bactéria H. pylori.14 O resultado esperado da endoscopia é a ausência de lesões ou inflamações na parede do estômago, no exame de sangue são valores normais da hemoglobina (entre 12-16g/dl), já no exame de fezes e no teste respiratório espera-se negativo para a presença da bactéria H. pylori.14 Feitos os exames de imagem e laboratoriais, obtemos o diagnóstico, de modo que o médico possa definir o método de tratamento e os medicamentos que serão utilizados. 2.5. Principais medicamentos utilizados para o tratamento da Gastrite A maioria dos casos de gastrite resultam de uma infecção causada pela H. pylori, bactéria essa que é muito resistente à acidez do estomago. 10 O tratamento medicamentoso depende muito dos sinais e sintomas que cada paciente apresenta, normalmente os medicamentos mais usados são: 10 • Inibidores da produção de ácido: Trabalham diminuindo a liberação de ácidos no estômago e são mais eficientes. Os mais utilizados são o Omeprazol, Pantoprazol, Esomeprazol e Rabeprazol. Estes remédios ajudam na melhora dos sintomas como a epigastralgia e a pirose. Podendo haver efeitos colaterais sendo estes cefaleia, diarreia, erupções cutâneas, dor abdominal, flatulência, náuseas, constipação intestinal, sonolência, cansaço e dor muscular.11 • Antiácidos: Agem neutralizando a acidez do estômago, proporcionam um alívio imediato. Os antiácidos mais comuns são o Hidróxido de Alumínio, Hidróxido de Magnésio e o Bicarbonato de Sódio. Os efeitos colaterais no tratamento com esses medicamentos podem ser constipação intestinal ou diarreia. 11 11 • Antibióticos: Bastante eficazes no tratamento de infecções bacterianas. Normalmente o médico recomenda uma combinação de antibióticos como a Claritromicina associada à Amoxicilina ou ao Metronidazol, durante 7 a 14 dias. Os efeitos colaterais no tratamento com esses medicamentos podem ser diarreia, náuseas, má digestão, êmese, dor abdominal, reações na pele, cefaleia, alterações do paladar e insônia. 11 • Antidiarreico: Diminui a frequência e urgência de evacuação. O Peptozil é o medicamento mais utilizado, tendo como seus possíveis efeitos colaterais a constipação intestinal, diarreia, melena, náuseas, êmese e escurecimento da língua. Por isso, é muito importante a prática do processo de enfermagem no tratamento da gastrite, visando o conforto e melhora do paciente. 12 2.6. Importância do Processo de Enfermagem (PE) Tendo em vista toda a condição patológica da gastrite, os sinais e sintomas que acarretam essa patologia e a necessidade do uso de fármacos para tratamento desta doença, é necessário ter uma ferramenta que atenda às necessidades desse paciente de uma forma universal e sistemática para que o cuidado desse paciente seja realizado da melhor maneira. 15 O enfermeiro precisará ter o pensamento crítico e analítico para poder tomar as devidas decisões no seu atendimento e conseguir realizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). O processo de enfermagem, não só para a gastrite, mas sim para qualquer atendimento que seja prestado pelo enfermeiro deverá ser realizado em cinco etapas, sendo elas: 15 1. Coleta de dados ou histórico de enfermagem: É a etapa onde o enfermeiro coleta as informações e dados do paciente através das perguntas e observações, e avalia o estado do paciente, possibilitando a criação de um vínculo.15 2. Diagnostico de enfermagem: É um julgamento clínico sobre os dados coletados anteriormente do indivíduo, família ou da comunidade. Nessa etapa adquire-se uma base para escolher a melhor intervenção ao problema encontrado. É utilizado a Classificação de Diagnósticos da NANDA-I para padronização dos diagnósticos.15 3. Planejamento de Enfermagem: Nesta etapa o profissional de enfermagem estabelece metas e resultados esperados, e faz as prescrições de enfermagem que serão realizadas.15 4. Implementação: É colocar em ação todo os achados e as prescrições de enfermagem que foram feitos no planejamento de enfermagem, onde a equipe de enfermagem realiza essa implementação. 15 5. Avaliação: É nessa fase em que a equipe de enfermagem analisa se o objetivo foi alcançado, se é necessário fazer algum reajuste ou mudança no processo, se não teve o resultado esperados, ou se teve novos dados que não eram esperados, para que assim possa ter um novo diagnostico e recomeçar o processo de enfermagem.15 12 3. CASO CLÍNICO 3.1. Histórico do paciente Fatores pessoais C. S. M., 30 anos, sexo masculino, caucasiano, casado, natural de São Paulo - SP, professor do ensino fundamental em período integral. Pesa 78kg, 1.75m de altura, IMC 22,28. Estado de saúde Paciente relata que sofre de gastrite, tendo episódios de refluxo gástrico acentuado em períodos estressantes. Durante suas crises sofre de uma dor intensa na região epigástrica, azia, náuseas, soluços, gosto amargo na boca, hipotensão e inapetência. Dados relacionados com desvio de saúde Nega ser portador de DM e HAS, não possui relatos de internações e alergias. Dados relacionados com o autocuidado universal Ar: Não tabagista. Água e alimentação: perda de apetite durante períodos estressantes. Relata frequência de 4 refeições/dia. Ingere aproximadamente 1,5 litros de líquidos por dia. Etilista há 12 anos. Atividades Atividade: Participa de um grupo de ciclismo em alguns finais de semana. Repouso: dorme cerca de 6 horas por noite, prefere dormir em DLD ou DLE. Solidão e interação social: Comunicativo, relata convívio frequente com a esposa e filhos, gosta de estar com a família. Histórico familiar Casado há 6 anos, 2 filhos. De acordo com o paciente, existem casos de câncer de estômago e de gastrite na família. Perigos para vida e o bem-estar Etilismo, estresse, má alimentação. Padrões de vida Gosta de estudar e dar aula, realiza atividades físicas esporadicamente, lazer em família e amigos. Orientação sociocultural Nível Superior Completo Disponibilidade de recursos Boa condição socioeconômica (classe média alta) Fatores ambientais relevantes Mora em residência com saneamento básico adequado Processos de eliminação Não apresenta dificuldades no autocuidado quanto a eliminação urinária ou intestinal. Hábito intestinal irregular 1 vez a cada 3 dias, relata melena. Nega disúria, refere urina com aspecto fisiológico. Promoção do funcionamento e desenvolvimento humano Não apresenta dificuldades no autocuidado quanto a higienização corporal ou bucal. Dados relacionados com o autocuidado de desenvolvimento Nos últimos dias não conseguiu dar suas aulas, referindo dor intensa na região epigástrica. 13 Histórico social Relata alimentação inadequada. Desde a infância relata dores na região epigástrica, aos 16 anos teve o diagnóstico de gastrite causada pelo H. pylori. Relata dificuldades na vida social devido as dores. Medicamentos Refere ter feito tratamento com Pantoprazol e Claritrominicina associado com Metronidazol quando foi diagnosticado, faz uso do Pantoprazol durante as crises. Atualmente não faz nenhum tratamento específico. 3.2. Exame Físico Estado Geral: Comunicativo e colaborativo. Pele pálida, anictérico. Queixa dor score 8 na região epigástrica em pontadas e cólicas. Pirose, eructação e hematêmese. Sistema neurológico: Consciente, orientado no tempo e no espaço, abertura ocular espontânea com pupilas isocóricas (4mm) e fotorreagentes e obedecendo aos comandos (Glasgow 15). Higiene: Higienizações corporal e bucal adequadas. Cabeça e Pescoço: Cabeça normocefálica, couro cabeludo integro, ausência de lesões no crânio e na face, movimentos faciais dentro dos padrões de normalidade. Apresenta cefaleia. Globo ocular integro com acuidade visual preservada.Acuidade olfatória preservada, nariz sem secreção. Acuidade auditiva direita e esquerda preservadas. Mucosa oral com coloração e umidade dentro dos padrões de normalidade, com presença de aftas nas bochechas e língua, dentição limpa, presença de mau hálito, arcada dentária normal. Traqueia centralizada, com ausência de nódulos ou massas palpáveis. Carótida rítmica com ausência de frêmito durante a ausculta. Hábito Alimentar: dieta irregular, com poucos nutrientes. Tórax: Elíptico, simétrico, com expansibilidade torácica dentro dos padrões de normalidade, frêmito toracovocal normal, percussão pulmonar com som claro pulmonar. Ausculta pulmonar com presença de MV + sem ruídos adventícios. FR: 18. Sat O2 = 98%. Sistema Cardíaco: FC: 80 bpm, pulso normal, PA: 100x70 mmHg, ictus cordis + dentro do padrão de normalidade, BRNF 2T s/s. Sistema Gastrointestinal: Abdome plano, normotenso, RHA+, percussão normal: timpanismo +, sem presença de massas ou nódulos, teste de descompressão brusca + em quadrante superior esquerdo, apresenta dor profunda em pontadas na região epigástrica, também queixa cólicas e pirose. Piora da dor no momento da palpação. Sistema Urinário: Sinal de Giordano negativo. Hábito Urinário e Intestinal: micção presente, com coloração amarelo claro, sem odor fétido, nega disúria; evacuação presente, observa-se melena. Genitália: Higiene adequada. MMSS/MMII: Massa muscular distribuída bilateralmente simetricamente nos quatro membros. AVP em MSE em região do terço distal, salinizado sem sinais flogísticos. Tempo de Enchimento capilar de 2 segundos em MMSS. Força dentro dos padrões de normalidade, turgor firme. Sensibilidade dentro dos padrões de normalidade. Sinal de Godet +/++++. Pele: Palidez, sem lesões ou cicatrizes. 14 3.3. Exames complementares Laboratoriais: Sangue = Sorologia para H. Pylori positivo. Hemoglobina 14,5 g/dL Fezes = Presença de sangue. 4. Correlação NANDA-NOC-NIC Diagnóstico de Enfermagem Nutrição desequilibrada, menor do que as necessidades corporais, relacionada a ingestão alimentar insuficiente evidenciado por alteração no paladar, cavidade oral ferida, dor abdominal. Resultados Esperados 1008 – Estado Nutricional: Ingestão de Alimentos e Líquidos 13/04/2021 Indicadores 1 2 3 4 5 Meta Ingestão oral de alimentos 13/04 14/04 (2) Ingestão oral de líquidos 13/04 14/04 (5) Intervenções de Enfermagem 1120 - Terapia Nutricional Atividades Monitorar a adequação da prescrição da dieta para atender diariamente as necessidades nutricionais, como apropriado Determinar, em colaboração com a nutricionista, o número de calorias e o tipo de nutrientes necessários para atender os requisitos nutricionais, como apropriado Determinar as preferências alimentares considerando a diversidade cultural e as preferências religiosas Certificar-se de que a dieta inclui alimentos ricos em fibras para prevenir constipação Intervenções de Enfermagem 1400 - Controle da Dor Atividades Fazer uma avaliação abrangente da dor para incluir a localização, características, início/duração, frequência, qualidade, intensidade ou severidade da dor e fatores precipitantes; Assegurar cuidados analgésicos para o paciente Verificar o nível de desconforto com o paciente, registrar as alterações no prontuário médico, informar os profissionais de saúde que trabalham com o paciente 15 Diagnóstico de Enfermagem Risco de constipação evidenciado por fraqueza dos músculos abdominais, hábitos alimentares inadequados, hábitos de evacuação irregulares e ingestão de fibras insuficiente. Resultados Esperados 0500 – Continência intestinal 13/04/2021 Indicadores 1 2 3 4 5 Meta Elimina fezes pelo menos a cada 3 dias 13/04 14/04 (4) Ingere quantidade adequada de fibras 13/04 14/04 (2) Constipação 13/04 14/04 (5) Intervenções de Enfermagem 0450 - Controle de Constipação/Impactação Atividades Monitorar movimentos intestinais, incluindo frequência, consistência, forma, volume e cor, conforme apropriado Monitorar sons intestinais Incentivar o aumento da ingestão de líquidos, a menos que contraindicado Sugerir o uso de laxante/emoliente fecal, conforme apropriado Avaliar o perfil de medicamentos quanto a efeitos colaterais gastrointestinais Intervenções de Enfermagem 0430 - Controle Intestinal Atividades Iniciar um programa de treinamento intestinal, conforme apropriado Encorajar a ingestão reduzida de alimentos formadores de gases, conforme apropriado; Orientar o paciente quanto a alimentos ricos em fibras, conforme apropriado Inserir supositório retal, conforme necessário Intervenções de Enfermagem 5246 - Aconselhamento Nutricional Atividades Facilitar a identificação de comportamentos alimentares a serem mudados Estabelecer metas realistas em curto e longo prazo para a mudança no estado nutricional 16 Diagnóstico de Enfermagem Risco de infecção evidenciado por alteração na integridade da pele, presença de AVP em braço esquerdo. Resultados Esperados 0703 - Gravidade da Infecção 13/04/2021 Indicadores 1 2 3 4 5 Meta Dor 13/04 14/04 (5) Colonização do dispositivo de acesso vascular 13/04 14/04 (5) Sensibilidade 13/04 14/04 (5) Intervenções de Enfermagem 6540 - Controle de infeção Atividades Manter um ambiente asséptico ideal durante a inserção central de cateter à beira do leito Lavar as mãos antes e depois da atividade de atendimento de cada paciente Garantir manuseio asséptico de todas as linhas EV Garantir técnicas de cuidados de feridas apropriadas Administrar terapia com antibióticos, conforme apropriado Intervenções de Enfermagem 3590 - Supervisão da pele Atividades Inspecionar a pele e as mucosas quanto a vermelhidão, calor extremo, edema ou drenagem Observar os membros quanto a cor, calor, inchaço, pulsos, textura, edema e ulcerações Monitorar infecções, especialmente em áreas edematosas Registrar as alterações observadas na pele ou mucosa 17 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este trabalho, concluímos que a gastrite é uma doença comum no Brasil e no mundo, foram mencionadas as fisiopatologias, os sinais e sintomas, sendo alguns deles: náuseas, dor de barriga, soluço, cefaleia, entre outros. Também foi mencionado sobre a epidemiologia tendo como principal causa a contaminação pela bactéria Helicobacter pylori, sendo 50% da população contaminada por esta que é fortemente associada a gastrite, além de apresentar os métodos diagnóstico para a gastrite e os principais remédios utilizados para tratamento, sendo eles: Omeprazol, Pantoprazol, Esomeprazol e Rabeprazol. Por fim, foi percebida a importância do papel do enfermeiro e da implementação do Processo de Enfermagem (PE) para a assistência de enfermagem, buscando a melhora do bem-estar do paciente e a organização dos serviços de enfermagem. 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. LOVATEL, Claudia Cristina. Gastrite. Fandom. 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