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OS PRINCIPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

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ROSIANE CRISTINA DE OLIVEIRA CONCEIÇÃO
 (8059466)
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PORTFÓLIO 02- “OS PRINCIPIOS DO DIREITO DO TRABALHO”
Tutor: Prof° Carlos Henrique Solimani
Claretiano - Centro Universitário
BATATAIS
 
2020
Objetivos: Compreender o conceito e a finalidade de direito trabalhista nas diferentes abordagens e relacioná-lo com suas fontes, princípios e formas de aplicação. Refletir sobre os princípios norteadores do direito do trabalho e sua aplicação na solução dos conflitos trabalhistas:
Os princípios do direito do trabalho;
A finalidade do direito trabalhista e seus princípios têm como objetivo proteger o trabalhador e provar que o mesmo tem seus direitos constitucionais pela legislação trabalhista em especial.
Princípio da proteção:
É a direção que norteiam todo o sentido da criação do direito do trabalho, no sentido de proteger a parte mais frágil na relação jurídica que é chamada de empregado, onde esta proteção dê o objetivo de igualar as partes, pois na relação empregado X empregador, tem sua reposição hipossuficiente nessa relação trabalhista. Enquanto o empregador reúne uma série de potencialidades e capacidades, principalmente de cunho econômico. este princípio visa assegurar que o empregado não vá sofrer prejuízos na alteração de cláusulas do seu contrato. Um exemplo que podemos citar no artigo 468 da CLT onde diz, "nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultam, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de a nulidade da cláusula infringente desta garantia.
A) A regra da aplicação da norma mais favorável:
 Dispõe que o magistrado ao se deparar com duas ou mais normas que visão sobre o mesmo assunto aplicar-se-á a norma mais favorável para o empregado, permitindo-se ao magistrado afastar-se da hierarquia das normas vírgulas ou seja aplica-se em cada caso a que for mais favorável ao trabalhador, isto desde que não se trate de matéria probatória nem que vai de encontro com a manifestação do juiz.
B) A regra da condição mais benéfica;
Determinar a prevalência das condições mais vantajosas para o trabalhador, ajustados no contrato de trabalho, onde se o empregado tem benefícios e surgem normas que tratam deste assunto, mas, reduzem os direitos adquiridos por esse empregado em face ao seu contrato assinado, ele não sofrer a, a menos que o mesmo concorde pois este princípio visa proteger os direitos adquiridos pelos empregados.
C) O critério in dubio pro operário ou in dubio pro mísero.
Esse subprincípio se assemelha bastante com princípio do Direito penal chamado in dubio pro réu que significa dizer que nada na dúvida de interpretação das normas que seja favorável ao réu, trazendo para o direito do trabalho esse princípio diz que na dúvida de interpretação que seja favorável ao operário, ou seja, funciona como uma extensão ao princípio da proteção, fazendo assim com que a parte mais frágil da relação posso estar resguardada, mas só deve ser aplicada quando realmente houver dúvidas com relação ao alcance da Norma e sempre tem que atentar para não estar em desacordo com o legislador. Há explícita necessidade de se observar as seguintes condições (segundo Olá Rodrigues); a) somente quando exista dúvida sobre o alcance da Norma legal e; b) sempre que não esteja em desacordo com a vontade do legislador.
Ainda, para aplicação da regra mais favorável devem estar presentes alguns pressupostos vírgulas quais sejam:
Pluralidade de normas jurídicas:
Validade das normas em confronto.
Habilidade das normas concorrentes ao caso, concreto.
Existe também grande divergência doutrinária sobre a possibilidade de aplicação da regra do in-dubio pro operário no âmbito processual, sobretudo em se tratando de matéria probatória.
A decisão em benefício do empregado, não é decisão que se coaduna com as normas jurídicas positivas, mas, ao contrário disso reflete a atitude piedosa, de favor, que se ressente de qualquer lastro de juridicidade.
Desta forma a decisão com base no princípio in dubio pro operário aplicado a valorização das provas, torna-se intense a frágil, suscetível de virtual reforma pelo grau de jurisdição superior. A desigualdade real entre as partes, entretanto, há de ser outorgada por leis processuais adequadas e não pela pessoa do julgador, a poder de certos critérios subjetivos casuísticos.
Princípio da irrenunciabilidade dos direitos.
A impossibilidade jurídica de privar o empregado a direitos adquiridos, como por exemplo: 13º salário, férias e etc. Os direitos presentes na CLT são inalienáveis integralmente uma vez que podem ser vendida parte das férias.
De fato, se tal princípio não existisse, os direitos dos trabalhadores poderiam ser facilmente reduzidos dada a sua situação econômica e social menos privilegiada, presente na grande maioria dos casos.
Seria muito fácil para o empregador eximir-se de cumprir suas obrigações legais, pois, para tanto bastar-lhe-ia obter um documento por meio do qual o trabalhador renunciasse a determinados direitos para não precisar satisfazê-los, e que o empregado não faria tal declaração em nome da obtenção ou manutenção de um emprego.
Devemos observar que, aqui, ah a inversão do princípio da irrenunciabilidade do direito comum, marcado pela ideia de que a autonomia da vontade deve prevalecer.
Existem divergências doutrinárias, no que diz respeito aos fundamentos do princípio da irrenunciabilidade: alguns o baseiam no princípio da indisponibilidade, segundo o qual o direito se utiliza de normas para proteger que é social e economicamente débil, não podendo permitir que tais benefícios sejam anulados, outros o relacionam com o caráter imperativo das normas trabalhistas, outros o vínculo não a noção de ordem pública, havendo ainda aqueles que o concebem como forma delimitação da autonomia da vontade.
Contudo, hoje a maioria da doutrina não entendeu assim, acreditando que as leis trabalhistas enquanto concedentes de garantias mínimas aos trabalhadores, não podem ser modificadas in-pejus das mesmas, mesmo com o seu consentimento expresso. Em todos os demais casos, ou quando superado o limite mínimo; caberia renúncia, desde que mútuo acordo. Registra-se que a irrenunciabilidade, ao contrário do que possa parecer, não tem caráter absoluto, pois a própria legislação pode autorizar a conciliação, a transação, a prescrição a desistência e etc
Princípio da continuidade da relação de emprego.
Podemos dizer que o contrato de trabalho é feito sem tempo determinado para que haja uma continuidade nesta relação de trabalho, mas existe excepcionalmente a possibilidade de contratações com o tempo determinado e este contrato que tem tempo determinado, poderá ser firmado tácita ou expressamente, verbal mente ou por escrito, os contratos que têm tempo determinado só são possíveis em três hipóteses que devem constar neles o início e o término, que são possíveis nessas hipóteses descritas abaixo:
a) Desserviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo.
b) De atividades empresariais de caráter transitório.
c) De contrato de experiência.
Lamenta-se na necessidade de um trabalhador de um emprego que assegure o sustento próprio e da família. Outro fundamento, de ordem moral, é que toda pessoa tem direito ao trabalho. Logicamente, todos necessitam de uma ocupação para o bem do corpo e da alma, por quê o ócio é o pai de todos os vícios. Fator segurança soma-se aos anteriores, ainda que o trabalho seja pesado e o ganho pouco, o trabalhador gostaria de poder contar com ele indefinidamente, até que o outro melhor se lhe apresente. Com efeito, qualquer emprego e leva o empregado a condição de filiado a previdência social, garantido dê os benefícios daí decorrentes: seguro contra acidentes de trabalho, salário família, seguro desemprego, aposentadoria e etc.
O ideal é que o empregado, antes de ser dispensado, pudesse ser colocado em outra empresa do grupo ou em outra função. E o trabalhador passar por um curso de reciclagemou recapacitação profissional antes de ser dispensado, para que assim pudesse ser aproveitado na empresa. A valorização do trabalho humano tem de ser entendida no sentido de que o trabalho não é uma mercadoria, uma coisa. Não é descartável, em que a pessoa é usada e jogada fora, principalmente quando o obreiro já tem idade ou não tem mais condições físicas para trabalhar. O trabalhador é um ser humano, devendo ser valorizado como tal, tem de dignidade de pessoa humana decorrente da valorização do trabalho humano: labor cum dignitate vitae.
Princípio da primazia da realidade.
O princípio da primazia da realidade significa que, em caso de discordância entre o que ocorre na prática e o que emerge de documentos ou acordos, deve-se dar preferência ao primeiro, isto é, ao que sucede no terreno dos fatos. Esta noção re porta a expressão cunhada por De Lá Cuena, que sustenta ser o contrato de trabalho um contrato realidade. Ao expor a natureza jurídica do contrato de trabalho, ressalta-se a diferença essencial entre o contrato de trabalho, em que é necessário o cumprimento da obrigação contraída e os contratos de Direito civil, os quais a aplicação do direito depende apenas de acordo de vontades, conclui-se que no Direito civil o contrato não está a distrito a seu cumprimento, enquanto no direito do trabalho a sua execução é essencial para sua completitude.
Direito do trabalho é a prestação de serviço, e não acordo de vontades, que dá ampara o trabalhador, ou seja, a prestação de serviço é o pressuposto necessário para aplicação do Direito do trabalho. Por essa razão, é o que o contrato depende cada vez mais da situação objetiva e cada vez menos de uma relação jurídica subjetiva para caracterizar a sua existência.
Algumas doutrinas confundem esse princípio com o contrato realidade, muitos usam como sinônimo, mas são instituídos distintos e não devem ser confundidos, pois o contrato realidade é uma das teorias da relação de emprego, enquanto a primazia da realidade é um princípio.
No direito do trabalho importa o que acontece na prática, mais do que aquilo que consta em documentos, instrumentos, formulários pactuados solenemente. Esse desarranjo entre fatos e forma pode ter várias procedências como: uma intenção deliberada de fingir ou simular uma situação jurídica da real, ou seja, uma simulação, provir de um erro sobre a qualificação de trabalhador, que pode ser intencional, dê uma falta de atualização de dados, visto o contrato ser dinâmico, exigindo mudanças constantes da prestação de serviço e mesmo a falta de algum requisito formal, por exemplo; nomeação por determinado órgão da empresa ou cumprimento de qualquer requisito omitido.
Portanto, do princípio e estudo decorre que, numa situação de conflito envolvendo o trabalhador na sua relação de trabalho, deve o juiz do trabalho ao dizer direito, sempre buscar a verdade real, dando preferência aos fatos em detrimento das formas.
Como escrever eu Alice Monteiro de Barros: "o princípio da primazia da realidade significa que as relações jurídicas trabalhistas se definem pela situação de fato, isto é, pela forma como se realizou a prestação de serviços, pouco importando o nome que diz foi atribuído pelas partes. Despreza-se a ficção jurídica. É sabido que muitas vezes que a prestação de trabalho subordinado está encoberto por meio de contratos de Direito civil ou comercial. Compete ao intérprete, quando chamado a se pronunciar sobre o caso concreto, retirar essa roupagem e atribuir o enquadramento adequado, nos moldes, traçados pelos artigos 2º e 3º da CLT. Esse princípio manifesta-se em todas as fases da relação de emprego. “( Barros, 2008).
Concluindo nossa análise sobre o princípio da primazia Da realidade no direito do trabalho, como explica Volia Bomfim (2017). “Para o direito do trabalho prevalecem os fatos reais sobre as formas”. O que importa é o que realmente aconteceu e não o que está escrito.
Referências Bibliogáficas: 
http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/50289/o-principio-da-protecao-no-direito-trabalhista-brasileiro
https://jus.com.br/artigos/37274/o-principio-da-protecao-ao-trabalhador-no-processo-do-trabalho-e-sua-aplicacao-na-jurisprudencia-atual
https://douglascr.jusbrasil.com.br/artigos/614572073/o-principio-da-primazia-da-realidade-e-da-continuidade-da-relacao-de-emprego

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