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Aula 1. Nutrição Enteral

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Luciene da Silva Araújo 
Nutricionista/UERJ 
MS. Ciências da Saúde/UERJ 
Especialista em Terapia Nutricional pela SBNPE/UERJ (HUPE) 
Terapia Nutricional Enteral 
Regulamento Técnico para Terapia Nutricional Enteral 
Resolução RDC nº 63- 6 de julho de 2000- ANVISA 
Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) 
 Acesse atribuições da EMTN 
Nutrição Enteral 
Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA 
Conceito 
 
 “Alimento para fins especiais, industrializado, apto para uso por tubo e, 
opcionalmente, por via oral, consumido somente sob orientação médica ou de nutricionista, 
especialmente processado ou elaborado para ser utilizado de forma exclusiva ou complementar na 
alimentação de pacientes com capacidade limitada de ingerir, digerir, absorver ou metabolizar 
alimentos convencionais ou de pacientes que possuem necessidades nutricionais específicas 
determinadas por sua condição clínica” 
Terapia Nutricional Enteral 
Resolução nº 63- 6 de julho de 2000- ANVISA 
Conceito 
 
 Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado 
nutricional do paciente por meio de nutrição enteral 
 
Terapia Nutricional Enteral 
Resolução nº 63 - 6 de julho de 2000- ANVISA 
Benefícios 
 
 
 Estímulo para fatores hormonais tróficos para a mucosa 
 Reforça a barreira mucosa intestinal 
 Mantém o pH e flora intestinal normais 
 Reduz crescimento bacteriano oportunista no intestino delgado 
 Menor incidência de complicações infecciosas e custo comparada à NPT 
 
 
 
NPT- nutrição parenteral total 
Terapia Nutricional Ideal 
 Underfeeding 
Déficit calórico e proteico 
 
 
 Overfeeding 
Hiperglicemia, esteatose, acidose 
 
 
 Síndrome de Realimentação 
Queda dos níveis de eletrólitos intracelulares 
(potássio, magnésio e fósforo), hiperglicemia, 
deficiência de vitaminas e oligoelementos 
Risco: jejum prolongado com ou sem estresse, alcoolismo, 
greve de fome, câncer... 
Terapia nutricional ideal, metas de proteína 
(Ptn) e energia (E) atingidas, está associada 
a uma diminuição da mortalidade em 28 
dias em 50% 
Fonte: Weijs et al., 2012 
Waitzberg DL , 2009 
Vias de Nutrição 
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
 Oral 
• Acesso pela boca 
 
 Enteral 
• Acesso por sonda com inserção oral ou nasal 
• Acesso por sonda implantada no estômago 
 ou intestino delgado 
 
 Parenteral 
• Acesso venoso 
ACESSO ENTERAL 
Waitzberg DL , 2009 
Indicações 
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
 Trato gastrointestinal íntegro 
• Lesões no sistema nervoso central, depressão grave, anorexia nervosa 
• Caquexia cardíaca, câncer; queimaduras 
• Trauma muscular, cirurgia ortopédica (colar cervical ou posicionamento a 0o dificultam 
alimentação por via oral) 
• Alimentação insuficiente por via oral < 60% das necessidades nutricionais 
 
 Dificuldade de acesso ao intestino normal 
• Lesões de face e mandíbula 
• Câncer de boca 
• Cirurgia de esôfago 
• Deglutição comprometida 
• Lesão obstrutiva do esôfago 
• Fístula de anastomose esôfago-jejunal 
Waitzberg DL , 2009 
Indicações 
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
 Comprometimento da digestão e absorção (anormalidades funcionais) 
• Insuficiência pancreática ou pancreatite 
• Doenças inflamatórias intestinais 
• Fístulas entéricas de baixo débito 
• Íleo gástrico 
• Síndrome do intestino curto 
• Má-absorção 
• Anorexia, câncer 
• Estados hipermetabólicos (queimadura, infecção, trauma) 
 
 
Waitzberg DL , 2009 
Contraindicações 
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
 Doença terminal 
 Síndrome do intestino curto (ressecção maciça) 
 Vômitos incoercíveis 
 Diarreia refratária 
 Fístula intestinal (médio jejuno e de alto débito) 
 Isquemia intestinal 
 Instabilidade hemodinâmica 
 Disfunção do trato gastrointestinal ou condições que requerem repouso intestinal 
 Obstrução intestinal; Peritonite severa 
 Refluxo gastroesofágico intenso 
 Íleo paralítico intestinal 
 Sangramento digestivo maciço 
Waitzberg DL , 2009 
Terapia Nutricional Oral 
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
 Indicações 
• Pacientes com aceitação alimentar inferior a 60% por 5 a 10 dias consecutivos 
 
• Suplemento em pó- necessita de manipulação 
• Suplemento líquido- pronto para consumo 
 
 Atentar para a validade depois de aberto e manter sob refrigeração 
Fonte: NESTLÉ Waitzberg DL , 2009 
Vias de Acesso 
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
 Curta duração 
• Cateter de Levine - posicionamento gástrico 
• Cateter enteral - posicionamento gástrico, duodenal ou jejunal 
 
 Longa duração 
• Gastrostomia (GTT) 
• Jejunostomia (JTT) 
Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nutrologia em Foco Fonte: Nutrologia em Foco 
Fonte: Markmed 
Cateter de Levine 
Vias de Acesso 
 Vantagens do Acesso Gástrico 
 Boa tolerância a fórmulas 
 Fácil posicionamento da sonda 
 Maior tolerância a osmolaridade 
 Maior tolerância à administração em bolus 
 Progressão mais rápida da dieta 
 Vantagens do Acesso Pós-Pilórico 
 Início precoce 
 Menor risco de aspiração 
 Maior dificuldade de saída acidental da 
sonda 
 Indicado quando a via gástrica não é 
conveniente 
 
Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nutrologia em Foco Fonte: Nutrologia em Foco 
Cateter Enteral 
 Poliuretano ou Silicone 
 Peso 5 ou 7 g (questionável o uso do peso como facilitador) 
 Comprimento da sonda pós-pilórica - 108 a 150 cm 
 Marcação em torno de 60 cm sonda gástrica e a partir de 80 cm pós-pilórica 
 Lubrificante interno (impede aderência do guia a sonda) 
 Calibre 10-12 French (F)- ideal para adulto 
 Diâmetro (1 F) = 1 Charriére (CH) = 0,33 mm 
 Conexões fixas 
 Radiopaca 
Sonda Bexen 
Waitzberg DL , 2009 
Fonte: Bexen Medical 
Contraindicação da Passagem do Cateter Enteral 
 Coagulopatia 
 Hemorragia do trato gastrointestinal 
 Obstrução esofagiana grave 
 Paciente agitado 
 Recusa do paciente 
Inserção Inadvertida de Sonda para Cérebro 
Waitzberg DL , 2009 
Gastrostomia (GTT) 
 Indicações 
 Nutrição por longo prazo (> 6 semanas) 
 AVC com distúrbio de deglutição 
 Esofagectomia 
 Tumor de esôfago inoperável 
 Radiação de orofaringe com estenose 
 Tumor de faringe com compressão 
extrínseca 
 Contraindicações 
 Refluxo gastroesofágico grave 
 Gastroparesia 
 Ascite volumosa 
 Obstrução intestinal 
 Diálise peritoneal 
 Derivação ventrículo peritoneal 
 
Botton de GTT 
Waitzberg DL , 2009 Fonte: Mic-Key AVC- acidente vascular cerebral 
Jejunostomia (JTT) 
 Indicações 
 Tumor gástrico em fase terminal 
 Pós-operatório de gastrectomia total 
 Refluxo gastroesofágico grave 
 Fístula esôfago brônquica 
 Duodenopancreatectomia 
 
 Contraindicações 
 Via gástrica viável 
 
PEG 24 Jejunal 
Fonte: Cook Medical 
Waitzberg DL , 2009 
Fórmulas para Nutrição Enteral 
Nutrição Enteral em Sistema Aberto- nutrição enteral que requer manipulação prévia à sua 
administração, para uso imediato ou atendendo à orientação do fabricante 
Nutrição Enteral em Sistema Fechado- nutriçãoenteral industrializada, estéril, acondicionada 
em recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de administração 
 
Nutrição Enteral Artesanal- nutrição enteral preparada a base de módulos de nutrientes. Sua 
composição química é estimada e necessita de sondas mais calibrosas 
ASPEN, 2009 ; RDC, 63/2000 
Infraestrutura Física 
a. Área de armazenamento 
b. Sala de recebimento de prescrições e dispensação de nutrição enteral (NE) 
c. Sala de limpeza e sanitização de insumos 
d. Vestiário 
e. Sala de preparo de alimentos “in natura” 
f. Sala de manipulação e envase de NE 
g. Sanitários de funcionários (masculino e feminino) 
h. Depósito de material de limpeza 
• No caso de utilização exclusiva em sistema fechado, a Unidade Hospitalar fica dispensada da existência dos 
itens: c), d), e), f) 
• Ambientes que não podem ser compartilhados com outras unidades: e), f) 
 
 
 
Resolução nº 63 - 6 de julho de 2000 - ANVISA 
Critérios para Seleção da Fórmula de Nutrição Enteral 
 Integridade do trato gastrointestinal (avaliar a capacidade digestiva e absortiva) 
 Estado geral e condição clínica (avaliar a situação metabólica) 
 Presença de doença específica (conteúdo de minerais e eletrólitos para pacientes com 
disfunções: renal, hepática e cardíaca) 
 Necessidade de restrição hídrica e/ou de algum nutriente específico (densidade calórica e 
oferta proteica) 
Waitzberg DL , 2009 
Fórmulas para Nutrição Enteral 
Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA 
 Fórmula padrão- atende aos requisitos de composição para macro e micronutrientes 
estabelecidos com base nas recomendações para população saudável 
 Fórmula modificada- alteração em relação aos requisitos de composição (ausência, redução ou 
aumento dos nutrientes, adição de substâncias não previstas nesta Resolução ou de proteínas 
hidrolisadas) 
 Módulo- composta por grupos de nutrientes: carboidratos, lipídios, proteínas, fibras 
alimentares, vitaminas e minerais 
Características das Fórmulas Enterais 
Adaptado Sobotka, 2008; Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA 
Tipo Subtipo Descrição Indicações 
Polimérica Padrão Distribuição de nutrientes da dieta normal . 
Fibra alimentar quantidade não seja superior a 
2 g/100 kcal 
Função gastrointestinal normal 
Hiperproteica Proteína ≥ 20% do valor energético total Estados catabólicos 
Hipercalórica Densidade energética superior a 1,2 kcal/mL Restrição de líquidos 
Rica em fibras Quantidade de fibra superior ou igual a 3g/100 
kcal 
Desordens da função intestinal 
Oligomérica Parcialmente 
hidrolisada 
Composição variada Alteração na digestão ou absorção 
Doença 
Específica 
Renal Menos proteína, menor carga eletrolítica Insuficiência renal 
Hepática Rica em aminoácidos de cadeia ramificada Encefalopatia hepática 
Pulmonar Rica e lipídios Síndrome da angústia respiratória 
do adulto 
Diabetes Pobre em carboidratos Diabetes mellitus 
Imunomoduladora Arginina, glutamina, ácidos graxos ômega-3, 
nucleotídeos e antioxidantes 
Estresse metabólico; imunidade 
alterada 
Fórmulas para Nutrição Enteral Disponíveis no Mercado 
Fonte: NESTLÉ 
Fonte: ABBOTT 
Fonte: FRESENIUS 
Fonte: SUPPORT 
Exemplo de Fórmula para Nutrição Enteral- Replena LP 
Waitzberg DL, 2009 
Fonte: ABBOTT 
Imunonutrientes 
 Arginina 
• Aminoácido não essencial na ausência de doença, que se torna condicionalmente essencial 
durante períodos de estresse hipermetabólico 
• Intermediário importante na síntese de poliaminas (crescimento e proliferação celular) 
• Potente regulador vasoativo- responsável pelo relaxamento do endotélio 
• Promove a síntese de colágeno ao atuar como substrato para a síntese de prolina 
 
 
 Glutamina 
• Mantém a função intestinal, melhora o balanço nitrogenado e reduz as demandas catabólicas 
em relação a massa muscular 
• 0,5 a 0,7 g/kg/dia como dose recomendada pela via enteral (Projeto Diretrizes, SBNPE 2011) 
Waitzberg DL, 2009 
Imunonutrientes 
 Nucleotídeos 
• Ajudam na replicação das células do sistema imunológico que se dividem rapidamente, como 
por exemplo os linfócitos T, por meio do fornecimento de uma fonte de bases purinas e 
pirimidinas para a produção de DNA/RNA 
 
 Ácidos Graxos Ômega-3 
• A composição de ácidos graxos da membrana celular é afetada pela composição da dieta, 
portanto a quantidade de ômega 3 e ômega 6 ingerida modula suas quantidades na parede 
celular 
Waitzberg DL, 2009 DNA-ácido desoxirribonucleico; RNA- ácido ribonucleico 
Imunonutrição 
Imunonutrição 
Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Complexidade dos 
Nutrientes 
Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA 
 Polimérica Oligomérica 
 Somente com proteínas na 
forma intacta 
Quantidade de proteínas 
hidrolisadas na forma de peptídeos 
(cadeias de 2 a 50 aminoácidos) 
superior a 50% do teor de proteína 
no produto, não podem conter 
proteínas na forma intacta 
Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Densidade 
Calórica 
Categorização Densidade Calórica 
(kcal/mL) 
Fórmula 
Baixa <0,9 Hipocalórica 
Padrão ≥0,9 -≤ 1,2 Normocalórica 
Alta >1,2 Hipercalórica 
Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA 
Densidade calórica- Kcal da formulação/ volume 
Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Quantidade de 
Proteínas 
Classificação Quantidade de Proteína 
Hipoproteica <10% 
Normoproteica ≥10%- <20% 
Hiperproteica ≥20% 
Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA 
Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Quantidade de 
Água Livre 
Densidade Calórica 
(kcal/mL) 
Conteúdo de Água 
(mL/L de Solução) 
Conteúdo de 
Água (%) 
0,9 - 1,2 800 - 860 80 - 86 
1,3 - 1,5 760 - 780 76 - 78 
> 1,5 690 - 710 69 - 71 
Waitzberg DL , 2009 
Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Osmolaridade 
Classificação Osmolaridade (mOsm) 
Hipotônica 280 - 300 
Isotônica* 300 - 350 
Levemente Hipertônica 350 - 550 
Hipertônica 550 - 750 
Muito Hipertônica > 750 
Waitzberg DL , 2009 
*Melhor tolerância digestiva 
Quanto mais componentes hidrolisados > a osmolaridade 
Osmolaridade- concentração osmótica calculada de um líquido expressa em miliosmoles por 
litro (mOsm/L) da solução 
Prescrição Nutricional 
 Início da Terapia Nutricional Enteral 
 
ESPEN (2006) 
 Período de 24h 
 
ASPEN/ SCCM (2016) 
 Período de 24 a 48h da admissão na UTI 
 
UTI- Unidade de Terapia Intensiva 
Fonte: Nestlé 
Diretrizes são orientações para um generalidade de casos. A tomada de decisão pelo 
profissional responsável deve levar em conta a individualidade de cada paciente 
Prescrição Nutricional 
 Evolução da Terapia Nutricional Enteral 
 
• 1º dia- 1/3 do volume 
 
• 2º dia- 2/3 do volume 
 
• 3º ao 5º dia- aporte pleno 
Evolução de acordo com a tolerância gastrointestinal e cálculo 
das necessidades nutricionais 
Waitzberg DL , 2009 
Fonte: Nestlé 
Resíduo Gástrico 
 O resíduo gástrico não deve ser utilizado como parte de uma rotina de cuidados de 
pacientes na terapia intensiva recebendo nutrição enteral 
 
 Razão: 
• Não correlação com incidência de pneumonia 
• Regurgitação 
• Aspiração 
ASPEN/ SCCM, 2016 
Métodos de Administração 
 “BOLUS” ou Gavage 
• 100-300 mL de dieta no estômago com uso de seringa a cada 3-4h 
 
 GRAVITACIONAL 
• Contínua: até 24h com uso de equipo de macro gotas 
• Intermitente: 200-300 mL a cada 3-4h 
 
 BOMBA INFUSORA 
• Contínua: 24h (mL/h) com uso de equipo para bomba de infusão• Cíclica ou Intermitente: 16-18h (mL/h) com uso de equipo para bomba de infusão com 
período de descanso* 
 
 
 *A pausa noturna permite o processo fisiológico de acidificação gástrica, auxiliando no controle da população 
bacteriana no trato gastrointestinal. Além de permitir maior conforto ao paciente, que pode manter decúbito baixo durante a noite. 
Waitzberg DL , 2009; EMTN HU/USP, 2014 
Fonte: Nestlé 
AVALIAR 
Posicionamento da sonda 
 
Condição clínica 
 
Tolerância do paciente 
Métodos de Administração 
“BOLUS” ou Gavage GRAVITACIONAL BOMBA INFUSORA 
Fonte: Virali Fonte: Nestlé Fonte: Nestlé 
Administração da Nutrição Enteral 
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
 Competência do Enfermeiro 
• Observar a integridade da embalagem e presença de elementos estranhos ao produto 
• Checar o rótulo da dieta com a prescrição 
• Proceder à lavagem das mãos 
• Confirmar o posicionamento da sonda 
• Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada 
• Checar o (mL/h= volume total/ no. de horas) 
• Programar a bomba de infusão, conectar o equipo à sonda e iniciar a administração da dieta 
• Após aberta, a dieta sistema fechado tem validade de 24 h, assim como o equipo 
Adaptado da Resolução nº 63- 6 de julho de 2000- ANVISA 
Sistema fechado: irrigar a sonda com 30 a 40 mL de água a cada 4h 
Recalcular o mL/h caso haja medicação que necessite de jejum 
Principais Complicações da Nutrição Enteral 
Gastrointestinal Mecânica Infecciosa Metabólica 
Distensão 
abdominal 
Obstrução da 
sonda 
 
Pneumonia 
aspirativa 
Hiperglicemia 
Náuseas e 
vômitos 
Perfuração do 
trato 
gastrointestinal 
Sinusite Sobrecarga hídrica 
Diarreia Perda ou 
migração da 
sonda 
Otite média Síndrome de 
realimentação 
Hemorragia 
gastrointestinal 
Desequilíbrio hidro 
eletrolítico 
Complicação Gastrointestinal 
Diarreia é a principal causa de interrupção da dieta em paciente crítico 
ASPEN/ SCCM, 2016 
Fonte: Nestlé 
Definição: 2 a 3 episódios de fezes líquidas ou > 250 g de fezes líquidas 
 Os consensos de terapia nutricional recomendam fortemente a utilização de 
protocolos de investigação e manejo da diarreia: 
 Padronizar o conceito 
 Checar a prescrição 
 Se em uso de antibiótico solicitar a pesquisa de Clostridium difficile 
 Checar a história clínica e a condição abdominal por pseudo diarreia (fecaloma) 
 
Complicação Gastrointestinal 
 Causas não relacionadas à TNE 
• Medicações (sorbitol; bloqueador H2; antiácidos com magnésio; betabloqueador/digoxina; 
suplementos com potássio e fósforo ; laxantes; teofilina; antibióticos) 
• Hipoalbuminemia (provoca edema de mucosa intestinal e diminui absorção) usar 
formulações isotônicas e concentrar gradualmente a dieta 
• Atrofia de mucosa 
• Supercrescimento bacteriano 
• Insuficiência pancreática 
• Fecaloma (pseudo diarreia) 
 
• Antibioticoterapia prolongada infecção por clostridium difficile colite + diarreia 
 
 
 
Waitzberg DL , 2009 
Fonte: Nestlé 
TNE-terapia nutricional enteral 
Complicação Gastrointestinal 
 Causas relacionadas à TNE 
 
 Contaminação bacteriana rever as boas práticas de preparo e administração 
 Alta osmolaridade administrar dieta isotônica 
 Dieta sem fibras incluir fibra solúvel 
 
 
 
Waitzberg DL , 2009 
Fonte: Nestlé 
TNE-terapia nutricional enteral 
Desmame da Terapia Nutricional Enteral 
Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I 
A ingestão diária média de energia e proteínas não excedeu 50% das necessidades diárias em todos os 7 
dias para toda a população 
 Capacidade de atender as necessidades nutricionais por via oral 
 Avaliar risco nutricional 
Adequação da ingestão oral em doentes críticos 1 semana após a extubação 
Peterson SJ et al, 2010 
Avaliação Dinâmica da Deglutição 
EMTN HU/USP, 2014 SNE- sonda nasoenteral, GTT- gastrostomia, VO-via oral 
Desmame da Terapia Nutricional Enteral 
TNE- terapia nutricional enteral 
< 25% de aceitação oral 
 Manter 100% da TNE 
 
≥25% e < 50% de aceitação oral 
 Manter 75% da TNE 
 
≥50% e < 75% de aceitação oral 
• Manter 50% da TNE 
 
≥75% de aceitação oral 
• Suspender a TNE 
• Avaliar a ingestão hídrica 
 
Fonte: Nestlé 
EMTN HU/USP, 2014 
Monitorização 
Controle Clínico Frequência 
Avaliação nutricional 10 em 10 dias 
Balanço calórico e proteico diário 
Exame físico e balanço hidro 
eletrolítico 
diário 
Volume e aspecto das fezes diário 
Observação das complicações sempre que necessário 
Monitorização 
Controle Laboratorial Frequência 
Hemograma, glicose, ureia, 
creatinina, sódio, potássio, fósforo, 
magnésio 
semanal 
Proteínas totais e frações; 
lipidograma 
quinzenal 
Ureia urinária/24h quinzenal 
Assistência Domiciliar 
Atribuições do Nutricionista na Assistência Domiciliar 
 Formular a prescrição dietética com base nas necessidades nutricionais e via de acesso 
 
 Selecionar e/ou elaborar a formulação enteral de acordo com a condição clínica e financeira 
do paciente 
 
 Orientar e treinar os familiares e os cuidadores 
 
 Avaliar a tolerância da formulação prescrita e a eficácia da terapia nutricional 
 
 Avaliar as possíveis interações fármaco-nutrientes com base na prescrição médica 
 
 Realizar evolução dietoterápica de maneira clara no prontuário 
Waitzberg DL , 2009 
Fonte: Nestlé 
TNE-terapia nutricional enteral 
Indicador de Qualidade em Terapia Nutricional 
EMTN HU/USP, 2014 
Indicador de frequência da medida ou estimativa do gasto energético e necessidades proteicas em pacientes em TN 
TN- terapia nutricional, EMTN- equipe multiprofissional de terapia nutricional 
 Indicador de Qualidade- método de avaliação da assistência nutricional 
Considerações Finais 
 A nutrição enteral é a primeira opção para nutrir os pacientes com trato gastrintestinal 
funcionante ou pouco comprometido 
 
 Balanço calórico e balanço proteico são importantes parâmetros de acompanhamento 
 
 A formulação enteral só deve ser liberada para administração, após confirmação do 
posicionamento da sonda (raio-x de abdome) pelo médico e/ou enfermeira 
 
 A solicitação de exames laboratoriais para avaliação da terapia nutricional enteral deve 
acontecer em consenso com o médico (EMTN/rotina) e, deve ser avaliado a necessidade de 
inclusão de outros parâmetros de acordo com a condição clínica do paciente 
 
 Implementar protocolos adequados à sua instituição 
EMTN- equipe multiprofissional de terapia nutricional 
Exercício * baseado nos Guidelines ASPEN/SCCM (2016) 
1. Sobre medidas para aumento da tolerância/efetividade na oferta da terapia nutricional, 
assinale a alternativa VERDADEIRA 
 
a) Use estratégias de infusão baseadas no mL/h 
b) Meça rotineiramente o volume residual gástrico e considere volumes de corte de até 500 
mL 
c) Acrescente de modo escalonado e progressivo as medidas de otimização da tolerância à 
nutrição enteral 
d) Não interrompa a alimentação enteral em caso de diarreia 
e) Dentição, baixa relação número de enfermeiro/paciente, alimentação em bolus e 
frequência de transporte intra-hospitalar não estão associados a maior incidência de 
bronco aspiração 
 
Resposta Certa: _____ 
Falcão H, 2016 
Exercício * baseado nos Guidelines ASPEN/SCCM (2016) 
1. Sobre o tipo de fórmula no paciente grave, assinale a alternativa VERDADEIRA 
 
a) O paciente grave deve sempre iniciar com fórmula peptídica 
b) A fórmula enteral imunomoduladora está indicada para pacientes graves cirúrgicos e 
sépticos graves 
c) A fórmula polimérica deve ser a primeira escolha no paciente sépticograve 
d) O uso de probióticos não mostrou benefício na redução da ocorrência de pneumonia 
associada a ventilação mecânica, colite pseudomembranosa e diarreia associada a 
antibiótico 
e) A suplementação de poli vitamínicos não altera o desfecho em pacientes graves em uso de 
terapia nutricional 
Resposta Certa: _______ 
Falcão H, 2016 
Bibliografia Complementar 
 Cuppari, L. Nutrição Clínica no Adulto. 3ª ed. Editora Manole , 2009. Cap.: 19 (págs.: 435-
437). 
 Waitzberg, D L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. Editora Atheneu, 2009. 
 Manual da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) do Hospital Universitário 
 da Universidade de São Paulo - HU/USP, 2014. 
 Guidelines ASPEN/SCCM 2016. 
 Resolução nº 63- 06 de julho de 2000- ANVISA. 
 Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA. 
 Peterson SJ, Tsai AA, Scala CM, Sowa DC, Sheean PM, Braunschweig CL. Adequacy of oral 
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 SOBOTKA L. Bases da Nutrição Clínica. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2008.

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