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Luciene da Silva Araújo Nutricionista/UERJ MS. Ciências da Saúde/UERJ Especialista em Terapia Nutricional pela SBNPE/UERJ (HUPE) Terapia Nutricional Enteral Regulamento Técnico para Terapia Nutricional Enteral Resolução RDC nº 63- 6 de julho de 2000- ANVISA Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN) Acesse atribuições da EMTN Nutrição Enteral Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA Conceito “Alimento para fins especiais, industrializado, apto para uso por tubo e, opcionalmente, por via oral, consumido somente sob orientação médica ou de nutricionista, especialmente processado ou elaborado para ser utilizado de forma exclusiva ou complementar na alimentação de pacientes com capacidade limitada de ingerir, digerir, absorver ou metabolizar alimentos convencionais ou de pacientes que possuem necessidades nutricionais específicas determinadas por sua condição clínica” Terapia Nutricional Enteral Resolução nº 63- 6 de julho de 2000- ANVISA Conceito Conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de nutrição enteral Terapia Nutricional Enteral Resolução nº 63 - 6 de julho de 2000- ANVISA Benefícios Estímulo para fatores hormonais tróficos para a mucosa Reforça a barreira mucosa intestinal Mantém o pH e flora intestinal normais Reduz crescimento bacteriano oportunista no intestino delgado Menor incidência de complicações infecciosas e custo comparada à NPT NPT- nutrição parenteral total Terapia Nutricional Ideal Underfeeding Déficit calórico e proteico Overfeeding Hiperglicemia, esteatose, acidose Síndrome de Realimentação Queda dos níveis de eletrólitos intracelulares (potássio, magnésio e fósforo), hiperglicemia, deficiência de vitaminas e oligoelementos Risco: jejum prolongado com ou sem estresse, alcoolismo, greve de fome, câncer... Terapia nutricional ideal, metas de proteína (Ptn) e energia (E) atingidas, está associada a uma diminuição da mortalidade em 28 dias em 50% Fonte: Weijs et al., 2012 Waitzberg DL , 2009 Vias de Nutrição Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I Oral • Acesso pela boca Enteral • Acesso por sonda com inserção oral ou nasal • Acesso por sonda implantada no estômago ou intestino delgado Parenteral • Acesso venoso ACESSO ENTERAL Waitzberg DL , 2009 Indicações Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I Trato gastrointestinal íntegro • Lesões no sistema nervoso central, depressão grave, anorexia nervosa • Caquexia cardíaca, câncer; queimaduras • Trauma muscular, cirurgia ortopédica (colar cervical ou posicionamento a 0o dificultam alimentação por via oral) • Alimentação insuficiente por via oral < 60% das necessidades nutricionais Dificuldade de acesso ao intestino normal • Lesões de face e mandíbula • Câncer de boca • Cirurgia de esôfago • Deglutição comprometida • Lesão obstrutiva do esôfago • Fístula de anastomose esôfago-jejunal Waitzberg DL , 2009 Indicações Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I Comprometimento da digestão e absorção (anormalidades funcionais) • Insuficiência pancreática ou pancreatite • Doenças inflamatórias intestinais • Fístulas entéricas de baixo débito • Íleo gástrico • Síndrome do intestino curto • Má-absorção • Anorexia, câncer • Estados hipermetabólicos (queimadura, infecção, trauma) Waitzberg DL , 2009 Contraindicações Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I Doença terminal Síndrome do intestino curto (ressecção maciça) Vômitos incoercíveis Diarreia refratária Fístula intestinal (médio jejuno e de alto débito) Isquemia intestinal Instabilidade hemodinâmica Disfunção do trato gastrointestinal ou condições que requerem repouso intestinal Obstrução intestinal; Peritonite severa Refluxo gastroesofágico intenso Íleo paralítico intestinal Sangramento digestivo maciço Waitzberg DL , 2009 Terapia Nutricional Oral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I Indicações • Pacientes com aceitação alimentar inferior a 60% por 5 a 10 dias consecutivos • Suplemento em pó- necessita de manipulação • Suplemento líquido- pronto para consumo Atentar para a validade depois de aberto e manter sob refrigeração Fonte: NESTLÉ Waitzberg DL , 2009 Vias de Acesso Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I Curta duração • Cateter de Levine - posicionamento gástrico • Cateter enteral - posicionamento gástrico, duodenal ou jejunal Longa duração • Gastrostomia (GTT) • Jejunostomia (JTT) Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nutrologia em Foco Fonte: Nutrologia em Foco Fonte: Markmed Cateter de Levine Vias de Acesso Vantagens do Acesso Gástrico Boa tolerância a fórmulas Fácil posicionamento da sonda Maior tolerância a osmolaridade Maior tolerância à administração em bolus Progressão mais rápida da dieta Vantagens do Acesso Pós-Pilórico Início precoce Menor risco de aspiração Maior dificuldade de saída acidental da sonda Indicado quando a via gástrica não é conveniente Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nutrologia em Foco Fonte: Nutrologia em Foco Cateter Enteral Poliuretano ou Silicone Peso 5 ou 7 g (questionável o uso do peso como facilitador) Comprimento da sonda pós-pilórica - 108 a 150 cm Marcação em torno de 60 cm sonda gástrica e a partir de 80 cm pós-pilórica Lubrificante interno (impede aderência do guia a sonda) Calibre 10-12 French (F)- ideal para adulto Diâmetro (1 F) = 1 Charriére (CH) = 0,33 mm Conexões fixas Radiopaca Sonda Bexen Waitzberg DL , 2009 Fonte: Bexen Medical Contraindicação da Passagem do Cateter Enteral Coagulopatia Hemorragia do trato gastrointestinal Obstrução esofagiana grave Paciente agitado Recusa do paciente Inserção Inadvertida de Sonda para Cérebro Waitzberg DL , 2009 Gastrostomia (GTT) Indicações Nutrição por longo prazo (> 6 semanas) AVC com distúrbio de deglutição Esofagectomia Tumor de esôfago inoperável Radiação de orofaringe com estenose Tumor de faringe com compressão extrínseca Contraindicações Refluxo gastroesofágico grave Gastroparesia Ascite volumosa Obstrução intestinal Diálise peritoneal Derivação ventrículo peritoneal Botton de GTT Waitzberg DL , 2009 Fonte: Mic-Key AVC- acidente vascular cerebral Jejunostomia (JTT) Indicações Tumor gástrico em fase terminal Pós-operatório de gastrectomia total Refluxo gastroesofágico grave Fístula esôfago brônquica Duodenopancreatectomia Contraindicações Via gástrica viável PEG 24 Jejunal Fonte: Cook Medical Waitzberg DL , 2009 Fórmulas para Nutrição Enteral Nutrição Enteral em Sistema Aberto- nutrição enteral que requer manipulação prévia à sua administração, para uso imediato ou atendendo à orientação do fabricante Nutrição Enteral em Sistema Fechado- nutriçãoenteral industrializada, estéril, acondicionada em recipiente hermeticamente fechado e apropriado para conexão ao equipo de administração Nutrição Enteral Artesanal- nutrição enteral preparada a base de módulos de nutrientes. Sua composição química é estimada e necessita de sondas mais calibrosas ASPEN, 2009 ; RDC, 63/2000 Infraestrutura Física a. Área de armazenamento b. Sala de recebimento de prescrições e dispensação de nutrição enteral (NE) c. Sala de limpeza e sanitização de insumos d. Vestiário e. Sala de preparo de alimentos “in natura” f. Sala de manipulação e envase de NE g. Sanitários de funcionários (masculino e feminino) h. Depósito de material de limpeza • No caso de utilização exclusiva em sistema fechado, a Unidade Hospitalar fica dispensada da existência dos itens: c), d), e), f) • Ambientes que não podem ser compartilhados com outras unidades: e), f) Resolução nº 63 - 6 de julho de 2000 - ANVISA Critérios para Seleção da Fórmula de Nutrição Enteral Integridade do trato gastrointestinal (avaliar a capacidade digestiva e absortiva) Estado geral e condição clínica (avaliar a situação metabólica) Presença de doença específica (conteúdo de minerais e eletrólitos para pacientes com disfunções: renal, hepática e cardíaca) Necessidade de restrição hídrica e/ou de algum nutriente específico (densidade calórica e oferta proteica) Waitzberg DL , 2009 Fórmulas para Nutrição Enteral Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA Fórmula padrão- atende aos requisitos de composição para macro e micronutrientes estabelecidos com base nas recomendações para população saudável Fórmula modificada- alteração em relação aos requisitos de composição (ausência, redução ou aumento dos nutrientes, adição de substâncias não previstas nesta Resolução ou de proteínas hidrolisadas) Módulo- composta por grupos de nutrientes: carboidratos, lipídios, proteínas, fibras alimentares, vitaminas e minerais Características das Fórmulas Enterais Adaptado Sobotka, 2008; Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA Tipo Subtipo Descrição Indicações Polimérica Padrão Distribuição de nutrientes da dieta normal . Fibra alimentar quantidade não seja superior a 2 g/100 kcal Função gastrointestinal normal Hiperproteica Proteína ≥ 20% do valor energético total Estados catabólicos Hipercalórica Densidade energética superior a 1,2 kcal/mL Restrição de líquidos Rica em fibras Quantidade de fibra superior ou igual a 3g/100 kcal Desordens da função intestinal Oligomérica Parcialmente hidrolisada Composição variada Alteração na digestão ou absorção Doença Específica Renal Menos proteína, menor carga eletrolítica Insuficiência renal Hepática Rica em aminoácidos de cadeia ramificada Encefalopatia hepática Pulmonar Rica e lipídios Síndrome da angústia respiratória do adulto Diabetes Pobre em carboidratos Diabetes mellitus Imunomoduladora Arginina, glutamina, ácidos graxos ômega-3, nucleotídeos e antioxidantes Estresse metabólico; imunidade alterada Fórmulas para Nutrição Enteral Disponíveis no Mercado Fonte: NESTLÉ Fonte: ABBOTT Fonte: FRESENIUS Fonte: SUPPORT Exemplo de Fórmula para Nutrição Enteral- Replena LP Waitzberg DL, 2009 Fonte: ABBOTT Imunonutrientes Arginina • Aminoácido não essencial na ausência de doença, que se torna condicionalmente essencial durante períodos de estresse hipermetabólico • Intermediário importante na síntese de poliaminas (crescimento e proliferação celular) • Potente regulador vasoativo- responsável pelo relaxamento do endotélio • Promove a síntese de colágeno ao atuar como substrato para a síntese de prolina Glutamina • Mantém a função intestinal, melhora o balanço nitrogenado e reduz as demandas catabólicas em relação a massa muscular • 0,5 a 0,7 g/kg/dia como dose recomendada pela via enteral (Projeto Diretrizes, SBNPE 2011) Waitzberg DL, 2009 Imunonutrientes Nucleotídeos • Ajudam na replicação das células do sistema imunológico que se dividem rapidamente, como por exemplo os linfócitos T, por meio do fornecimento de uma fonte de bases purinas e pirimidinas para a produção de DNA/RNA Ácidos Graxos Ômega-3 • A composição de ácidos graxos da membrana celular é afetada pela composição da dieta, portanto a quantidade de ômega 3 e ômega 6 ingerida modula suas quantidades na parede celular Waitzberg DL, 2009 DNA-ácido desoxirribonucleico; RNA- ácido ribonucleico Imunonutrição Imunonutrição Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Complexidade dos Nutrientes Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA Polimérica Oligomérica Somente com proteínas na forma intacta Quantidade de proteínas hidrolisadas na forma de peptídeos (cadeias de 2 a 50 aminoácidos) superior a 50% do teor de proteína no produto, não podem conter proteínas na forma intacta Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Densidade Calórica Categorização Densidade Calórica (kcal/mL) Fórmula Baixa <0,9 Hipocalórica Padrão ≥0,9 -≤ 1,2 Normocalórica Alta >1,2 Hipercalórica Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA Densidade calórica- Kcal da formulação/ volume Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Quantidade de Proteínas Classificação Quantidade de Proteína Hipoproteica <10% Normoproteica ≥10%- <20% Hiperproteica ≥20% Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Quantidade de Água Livre Densidade Calórica (kcal/mL) Conteúdo de Água (mL/L de Solução) Conteúdo de Água (%) 0,9 - 1,2 800 - 860 80 - 86 1,3 - 1,5 760 - 780 76 - 78 > 1,5 690 - 710 69 - 71 Waitzberg DL , 2009 Categorização das Fórmulas para Nutrição Enteral de acordo com a Osmolaridade Classificação Osmolaridade (mOsm) Hipotônica 280 - 300 Isotônica* 300 - 350 Levemente Hipertônica 350 - 550 Hipertônica 550 - 750 Muito Hipertônica > 750 Waitzberg DL , 2009 *Melhor tolerância digestiva Quanto mais componentes hidrolisados > a osmolaridade Osmolaridade- concentração osmótica calculada de um líquido expressa em miliosmoles por litro (mOsm/L) da solução Prescrição Nutricional Início da Terapia Nutricional Enteral ESPEN (2006) Período de 24h ASPEN/ SCCM (2016) Período de 24 a 48h da admissão na UTI UTI- Unidade de Terapia Intensiva Fonte: Nestlé Diretrizes são orientações para um generalidade de casos. A tomada de decisão pelo profissional responsável deve levar em conta a individualidade de cada paciente Prescrição Nutricional Evolução da Terapia Nutricional Enteral • 1º dia- 1/3 do volume • 2º dia- 2/3 do volume • 3º ao 5º dia- aporte pleno Evolução de acordo com a tolerância gastrointestinal e cálculo das necessidades nutricionais Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nestlé Resíduo Gástrico O resíduo gástrico não deve ser utilizado como parte de uma rotina de cuidados de pacientes na terapia intensiva recebendo nutrição enteral Razão: • Não correlação com incidência de pneumonia • Regurgitação • Aspiração ASPEN/ SCCM, 2016 Métodos de Administração “BOLUS” ou Gavage • 100-300 mL de dieta no estômago com uso de seringa a cada 3-4h GRAVITACIONAL • Contínua: até 24h com uso de equipo de macro gotas • Intermitente: 200-300 mL a cada 3-4h BOMBA INFUSORA • Contínua: 24h (mL/h) com uso de equipo para bomba de infusão• Cíclica ou Intermitente: 16-18h (mL/h) com uso de equipo para bomba de infusão com período de descanso* *A pausa noturna permite o processo fisiológico de acidificação gástrica, auxiliando no controle da população bacteriana no trato gastrointestinal. Além de permitir maior conforto ao paciente, que pode manter decúbito baixo durante a noite. Waitzberg DL , 2009; EMTN HU/USP, 2014 Fonte: Nestlé AVALIAR Posicionamento da sonda Condição clínica Tolerância do paciente Métodos de Administração “BOLUS” ou Gavage GRAVITACIONAL BOMBA INFUSORA Fonte: Virali Fonte: Nestlé Fonte: Nestlé Administração da Nutrição Enteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I Competência do Enfermeiro • Observar a integridade da embalagem e presença de elementos estranhos ao produto • Checar o rótulo da dieta com a prescrição • Proceder à lavagem das mãos • Confirmar o posicionamento da sonda • Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada • Checar o (mL/h= volume total/ no. de horas) • Programar a bomba de infusão, conectar o equipo à sonda e iniciar a administração da dieta • Após aberta, a dieta sistema fechado tem validade de 24 h, assim como o equipo Adaptado da Resolução nº 63- 6 de julho de 2000- ANVISA Sistema fechado: irrigar a sonda com 30 a 40 mL de água a cada 4h Recalcular o mL/h caso haja medicação que necessite de jejum Principais Complicações da Nutrição Enteral Gastrointestinal Mecânica Infecciosa Metabólica Distensão abdominal Obstrução da sonda Pneumonia aspirativa Hiperglicemia Náuseas e vômitos Perfuração do trato gastrointestinal Sinusite Sobrecarga hídrica Diarreia Perda ou migração da sonda Otite média Síndrome de realimentação Hemorragia gastrointestinal Desequilíbrio hidro eletrolítico Complicação Gastrointestinal Diarreia é a principal causa de interrupção da dieta em paciente crítico ASPEN/ SCCM, 2016 Fonte: Nestlé Definição: 2 a 3 episódios de fezes líquidas ou > 250 g de fezes líquidas Os consensos de terapia nutricional recomendam fortemente a utilização de protocolos de investigação e manejo da diarreia: Padronizar o conceito Checar a prescrição Se em uso de antibiótico solicitar a pesquisa de Clostridium difficile Checar a história clínica e a condição abdominal por pseudo diarreia (fecaloma) Complicação Gastrointestinal Causas não relacionadas à TNE • Medicações (sorbitol; bloqueador H2; antiácidos com magnésio; betabloqueador/digoxina; suplementos com potássio e fósforo ; laxantes; teofilina; antibióticos) • Hipoalbuminemia (provoca edema de mucosa intestinal e diminui absorção) usar formulações isotônicas e concentrar gradualmente a dieta • Atrofia de mucosa • Supercrescimento bacteriano • Insuficiência pancreática • Fecaloma (pseudo diarreia) • Antibioticoterapia prolongada infecção por clostridium difficile colite + diarreia Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nestlé TNE-terapia nutricional enteral Complicação Gastrointestinal Causas relacionadas à TNE Contaminação bacteriana rever as boas práticas de preparo e administração Alta osmolaridade administrar dieta isotônica Dieta sem fibras incluir fibra solúvel Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nestlé TNE-terapia nutricional enteral Desmame da Terapia Nutricional Enteral Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I A ingestão diária média de energia e proteínas não excedeu 50% das necessidades diárias em todos os 7 dias para toda a população Capacidade de atender as necessidades nutricionais por via oral Avaliar risco nutricional Adequação da ingestão oral em doentes críticos 1 semana após a extubação Peterson SJ et al, 2010 Avaliação Dinâmica da Deglutição EMTN HU/USP, 2014 SNE- sonda nasoenteral, GTT- gastrostomia, VO-via oral Desmame da Terapia Nutricional Enteral TNE- terapia nutricional enteral < 25% de aceitação oral Manter 100% da TNE ≥25% e < 50% de aceitação oral Manter 75% da TNE ≥50% e < 75% de aceitação oral • Manter 50% da TNE ≥75% de aceitação oral • Suspender a TNE • Avaliar a ingestão hídrica Fonte: Nestlé EMTN HU/USP, 2014 Monitorização Controle Clínico Frequência Avaliação nutricional 10 em 10 dias Balanço calórico e proteico diário Exame físico e balanço hidro eletrolítico diário Volume e aspecto das fezes diário Observação das complicações sempre que necessário Monitorização Controle Laboratorial Frequência Hemograma, glicose, ureia, creatinina, sódio, potássio, fósforo, magnésio semanal Proteínas totais e frações; lipidograma quinzenal Ureia urinária/24h quinzenal Assistência Domiciliar Atribuições do Nutricionista na Assistência Domiciliar Formular a prescrição dietética com base nas necessidades nutricionais e via de acesso Selecionar e/ou elaborar a formulação enteral de acordo com a condição clínica e financeira do paciente Orientar e treinar os familiares e os cuidadores Avaliar a tolerância da formulação prescrita e a eficácia da terapia nutricional Avaliar as possíveis interações fármaco-nutrientes com base na prescrição médica Realizar evolução dietoterápica de maneira clara no prontuário Waitzberg DL , 2009 Fonte: Nestlé TNE-terapia nutricional enteral Indicador de Qualidade em Terapia Nutricional EMTN HU/USP, 2014 Indicador de frequência da medida ou estimativa do gasto energético e necessidades proteicas em pacientes em TN TN- terapia nutricional, EMTN- equipe multiprofissional de terapia nutricional Indicador de Qualidade- método de avaliação da assistência nutricional Considerações Finais A nutrição enteral é a primeira opção para nutrir os pacientes com trato gastrintestinal funcionante ou pouco comprometido Balanço calórico e balanço proteico são importantes parâmetros de acompanhamento A formulação enteral só deve ser liberada para administração, após confirmação do posicionamento da sonda (raio-x de abdome) pelo médico e/ou enfermeira A solicitação de exames laboratoriais para avaliação da terapia nutricional enteral deve acontecer em consenso com o médico (EMTN/rotina) e, deve ser avaliado a necessidade de inclusão de outros parâmetros de acordo com a condição clínica do paciente Implementar protocolos adequados à sua instituição EMTN- equipe multiprofissional de terapia nutricional Exercício * baseado nos Guidelines ASPEN/SCCM (2016) 1. Sobre medidas para aumento da tolerância/efetividade na oferta da terapia nutricional, assinale a alternativa VERDADEIRA a) Use estratégias de infusão baseadas no mL/h b) Meça rotineiramente o volume residual gástrico e considere volumes de corte de até 500 mL c) Acrescente de modo escalonado e progressivo as medidas de otimização da tolerância à nutrição enteral d) Não interrompa a alimentação enteral em caso de diarreia e) Dentição, baixa relação número de enfermeiro/paciente, alimentação em bolus e frequência de transporte intra-hospitalar não estão associados a maior incidência de bronco aspiração Resposta Certa: _____ Falcão H, 2016 Exercício * baseado nos Guidelines ASPEN/SCCM (2016) 1. Sobre o tipo de fórmula no paciente grave, assinale a alternativa VERDADEIRA a) O paciente grave deve sempre iniciar com fórmula peptídica b) A fórmula enteral imunomoduladora está indicada para pacientes graves cirúrgicos e sépticos graves c) A fórmula polimérica deve ser a primeira escolha no paciente sépticograve d) O uso de probióticos não mostrou benefício na redução da ocorrência de pneumonia associada a ventilação mecânica, colite pseudomembranosa e diarreia associada a antibiótico e) A suplementação de poli vitamínicos não altera o desfecho em pacientes graves em uso de terapia nutricional Resposta Certa: _______ Falcão H, 2016 Bibliografia Complementar Cuppari, L. Nutrição Clínica no Adulto. 3ª ed. Editora Manole , 2009. Cap.: 19 (págs.: 435- 437). Waitzberg, D L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. Editora Atheneu, 2009. Manual da equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo - HU/USP, 2014. Guidelines ASPEN/SCCM 2016. Resolução nº 63- 06 de julho de 2000- ANVISA. Resolução nº 21- 13 de maio de 2015- ANVISA. Peterson SJ, Tsai AA, Scala CM, Sowa DC, Sheean PM, Braunschweig CL. Adequacy of oral intake in critically ill patients 1 week after extubation. J Am Diet Assoc. 2010 Mar;110 (3):427- 33. SOBOTKA L. Bases da Nutrição Clínica. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2008.
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